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nós temos: são só cinco pessoas de cada vez.”<br />
Em 95, os aldeões foram proibidos de utilizar<br />
os telefones públicos existentes no interior do<br />
Forte. Algum tempo depois, os telefones foram<br />
simplesmente retirados. Hoje, é proibido instalar<br />
novas linhas telefônicas no local.<br />
Em nossa visita à Aldeia Imbuhy, pudemos<br />
perceber que grande parte das casas lá<br />
existentes encontra-se em péssimo estado de<br />
conservação. Isto ocorre simplesmente porque<br />
o Exército não permite a entrada de material<br />
de construção no local. O objetivo por<br />
trás desta medida, segundo Aílton Navega,<br />
é “deixar que tudo se deteriore, pois isso, na<br />
visão deles, facilita a nossa expulsão daqui”.<br />
Em 2004, a Defesa Civil chegou a condenar<br />
e interditar uma das casas da Aldeia, por estar<br />
“colocando vidas em risco”. Os moradores<br />
Legenda nononono nonononono onononon ononononono onono onono onono onon<br />
72<br />
conseguiram junto à prefeitura uma doação<br />
de material de construção para <strong>fazer</strong> obras na<br />
casa, mas o Exército impediu a entrada desse<br />
material nas dependências do Forte. Tivemos<br />
acesso a uma notificação da Defesa Civil<br />
que diz: “... embora esta Coordenadoria tenha<br />
comunicado ao comando do Forte do Imbuhy<br />
da situação de risco que encontra-se o seu<br />
imóvel apontado no relatório número 791/04<br />
originando uma interdição, não nos foi permitido<br />
na data de 27/07/2004, a entrega de<br />
1000 (mil) tijolos e 10 (dez) sacos de cimento<br />
através do ‘Projeto Morar Certo’. Esclareço<br />
ainda que os materiais seriam para realizar a<br />
segurança do seu imóvel.”<br />
A verdadeira guerra de nervos travada<br />
entre aldeões e o Exército, como se vê, já produziu<br />
um sem-número de arbitrariedades. Em<br />
OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO/2008 – Revista da Associação dos Docentes da UFF – CLASSE