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O ex-presidente da Associação dos Procuradores<br />

do Estado de São Paulo, José Damião de<br />

Lima Trindade, lançou recentemente a segunda<br />

edição de seu livro “A História Social dos Direitos<br />

Humanos” (Editora Petrópolis). O livro e a atuação<br />

incansável em defesa dos Direitos Humanos fizeram<br />

com que o advogado recebesse, no dia 24/10,<br />

no auditório central da UFRJ, o prêmio “João Canuto<br />

de Direitos Humanos”, na categoria “Destaque<br />

em Educação em Direitos Humanos”, promovido<br />

pela entidade carioca “Movimento Humanos<br />

Direitos”. No ano em que a Declaração Universal<br />

completa 60 anos (10/12/2008), a visão singular<br />

deste autor recoloca a questão da classe social nesta<br />

importante discussão. Na entrevista que segue<br />

ele fala sobre o livro, polícia, criminalização dos<br />

movimentos sociais, mídia e segurança pública.<br />

46<br />

Entrevista com José Damião de Lima Trindade,<br />

ex-presidente da Associação dos Procuradores<br />

do Estado de São Paulo<br />

“Só a esquerda socialista<br />

pode carregar a bandeira<br />

dos Direitos Humanos”<br />

Classe – O Instituto de Segurança Pública<br />

do Rio de Janeiro divulgou que, entre<br />

janeiro e março deste ano, 358 pessoas foram<br />

mortas pela polícia no estado nos chamados<br />

“autos de resistência”, 12% a mais<br />

do que o registrado no mesmo período de<br />

2007. A polícia está matando cada vez mais.<br />

Como avaliar essa realidade?<br />

José Damião – O crescimento da violência policial,<br />

tanto nas ruas quanto no interior das delegacias,<br />

é uma tendência estatisticamente verificável<br />

em praticamente todas as grandes cidades<br />

brasileiras. O caso do Rio chama mais atenção<br />

devido a certas especificidades muito conhecidas.<br />

Primeiro, porque a topografia carioca faz<br />

com que bairros de classes média e alta convivam<br />

lado a lado com bolsões de miséria – diferente-<br />

OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO/2008 – Revista da Associação dos Docentes da UFF – CLASSE

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