A Viagem de Marcus.Rogé2

com animais domesticos, frutas, sementes,
verduras, objetos artesanais e favores. A palavra
favor sempre soa, para mim, com duplo sentido.
Seria uma cobranca disfarcada pelo que faziam?
Seria uma ameaca em tom ameno? Perguntei a
ele qual seria o favor que iriam pedir desta vez?
A resposta veio imediata e em tom aspero. Ja lhe
respondi, quando estavamos no barco, esqueceu?
Nao quer um ser humano mau, ruim, sem
carater? Aqui, com certeza teremos o que quer. E
tambem tera uma surpresa. Esta, certamente, nao
o deixara muito feliz. Eu tambem, de certa forma,
estava prestando um favor aos alienigenas.
Tinham salvado a minha vida em troca da
pesquisa que agora levava adiante. O interessante
que nesta troca de favores, os alienigenas nao
tiravam nada de grande valor em proveito
proprio. O meu proprio exemplo: eles me queriam
para poder transformar a humanidade, salvar o
planeta Terra, modificar geneticamente a raca
humana.
Caminhamos em direcao as ruas centrais da
cidade que, na realidade, era uma vila. As casas
eram do estilo hispano-colonial, bem conservada,
a maioria de cor branca. Em uma rua um pouco
mais larga que as demais, paramos em frente a
uma casa grande, de cor branca. Bem, disse Falk,