A Viagem de Marcus.Rogé2

que os olhos do paciente estavam emitindo luzes
violaceas. Apavorada, largou tudo e comecou a
gritar em panico, por ajuda. Foi quando resolvi
contar tudo o que sabia para a irma Cleonice,
minha auxiliar de maior confianca. Por
determinacao dela, apos termos ligado para o Dr.
Clovis, em Porto Alegre, se prontificou em viajar
para a capital, dois dias mais cedo, pois, de dois
em dois meses, ela viaja para la a fim de
participar de reunioes administrativas e
religiosas de nossa Congregacao, aproveitando
para busca-lo e, ao mesmo tempo, entregar-lhe as
balas e o bilhete. Achamos que seria melhor
assim do que te-los aqui, no hospital. Estamos
com muito medo. Nao sabemos o que esta
acontecendo com o Francisco e muito menos o
que ele e na realidade.
- Bem, disse o delegado Clovis, que ate agora
ouvia a tudo no mais completo silencio, eu
conheco so um Marcus Roge que, alem de
detetive, e medico. Trabalhamos juntos, aqui no
Rio Grande do Sul, por algum tempo, durante o
regime militar, no combate aos subversivos;
depois, nos separamos: eu continuei a trabalhar
em Porto Alegre e ele foi para o Parana, mais
precisamente para Londrina, onde por muitos
anos exerce as duas profissoes. Procurei entrar