A Viagem de Marcus.Rogé2

minha vontade de telefonar. "Casada". Com tanta
beleza, com tantos gestos sensuais, com aquele
jeito sexy, nao prestara atencao para o que eu
mesmo havia escrito. Ela era casada. O remedio,
para mim, era tentar tira-la da minha cabeca. Fui
para o meu apartamento decepcionado,
enraivecido comigo mesmo. Que estupido. Que
idiota havia sido. Como me deixar impressionar e
alimentar fantasias com uma mulher casada?
Onde estava a minha etica profissional e os meus
principios?
Durante a noite, mal dormida, tive varios
pesadelos. Ela estava em todos e em todos eu a
estava salvando de algum modo. Pretensao? Que
podia fazer se, em todos os pesadelos que tive,
era eu o medico que a atendia e a salvava de
varios tipos de molestias?
O dia comecou de forma monotona. Nada para
mim teria importancia. Era como se um vazio
enorme estivesse tomando conta de mim, de
meus atos, da minha vontade. Estava agindo e
reagindo como qualquer colegial apaixonado. Isto
mesmo, apaixonado! Enfim descobrira o que
estava acontecendo comigo. Eu estava
apaixonado. Perdidamente apaixonado.
Em meu consultorio, apos atender a varios
pacientes, estava absorto em meus pensamentos,