A Viagem de Marcus.Rogé2

toques em meu ombro direito. Era Ruel. Trazia
meu jantar. Enquanto comia, ele dirigiu-se ao
computador e digitou uma frase: amanha o
senhor comecara a trabalhar conosco. Em
seguida, retirou-se. Terminei o meu jantar e
voltei para cama. Teria que dormir para nao ter
que continuar a pensar... O que teria acontecido
com Carla? Por onde andaria? Estaria bem? Por
que sofreramos aquele ataque em alto mar?
Quem poderia querer se livrar de mim, ou de
nos? Subito, uma ideia maluca comecou a
martelar o meu cerebro. Quem mais poderia saber
de nosso paradeiro, de nossa posicao em alto
mar? Quem teria fornecido as nossas
coordenadas? Estaria Carla envolvida com o que
nos acontecera? Que pensamento absurdo. Nos
nos amavamos. Isto nunca seria possivel. Que
razao ela teria para planejar o acidente? No
entanto, quem se nao ela poderia ter dado nossa
localizacao ao helicoptero? So nos nos
encontravamos a bordo. Ou as pessoas que nos
atacaram estariam nos vigiando desde nossa
partida do Brasil?
Dentro da caverna nao tinha a menor nocao do
tempo. Nao sabia se era dia ou noite. Ela era
inteiramente iluminada por lampadas halogenas,
frias, de extrema claridade. Parecia que