A Viagem de Marcus.Rogé2

um bule cheio de um cha. Fez todos os naoalienigenas
beberem. Disse-nos que era para nao
termos enjoos e, no caso de Carla, para que nao
comecasse a vomitar. Bebemos.
A manha estava em pleno fulgor, quando
acordamos. Eu adormecera no conves. Os dois
bandidos, no porao da embarcacao e Carla na
cabine, em um dos beliches. Entendi que o cha,
anti-enjoo, tinha sido mais do que isso. Tinha
sido uma pocao sonifera. Seguranca dos
alienigenas para manterem segredo a rota que
nos levaria a ilha. Perto do meio-dia, a avistamos.
O pequeno porto, mais uma enseada, abrigavam,
naquela hora apenas mais duas embarcacoes de
pequeno porte, feitas para a pesca. Eu nao tinha
visto mais do que cinco ou seis embarcacoes,
todas iguais, ali, durante todo o tempo em que la
me encontrava.
A violencia e os gritos de Carla que,
debatendo-se, na cabine, jogava tudo o que
encontrava pela frente, para o chao ou contra as
paredes, mostravam que estava em plena crise de
abstinencia da cocaina. Chorava e queixava-se de
dores no estomago ao mesmo tempo em que se
mostrava muito agressiva. Era um farrapo
humano. Face deformada, palida, com enormes
olheiras, cabelo desfeito, liso, mostrando uma