The L Word - Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG
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disseram que “me sento <strong>de</strong> uma forma não <strong>de</strong>scrita á cima (coment)” [sic] e apenas 34<br />
aprovaram plenamente o final ao escolherem a opção “Adorei (simplesmente perfeito ñ<br />
po<strong>de</strong>ria ser melhor) [sic]”.<br />
Fonte Disponível em: http://www.orkut.com.br/Main#CommPollResults?cmm=52139&pct=1236926244&pid=18121<br />
12305. Acesso em 29 nov. 2009.<br />
Gráfico 1 – “O que achou do final <strong>da</strong> série?”<br />
Esse tipo <strong>de</strong> enquete, sempre acompanhado <strong>de</strong> <strong>de</strong>sabafos <strong>da</strong>s fãs e discussões em fóruns,<br />
serve para ilustrar que a web parece favorecer o cumprimento do papel ativo <strong>da</strong><br />
telespectadora <strong>de</strong> <strong>The</strong> L <strong>Word</strong>, uma vez que ela <strong>de</strong>saprova publicamente o final, exigindo<br />
dos roteiristas que <strong>de</strong> fato se concretize nas telas a promessa <strong>de</strong> mostrar o l world. Além<br />
<strong>de</strong> propor o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> promessa, ao tratar dos acessos ao mundo ficcional, Jost (2004)<br />
<strong>de</strong>staca outras duas características: a atuali<strong>da</strong><strong>de</strong> e a universali<strong>da</strong><strong>de</strong>. A primeira se refere<br />
a semelhanças com personagens e cenários do mundo em que vivemos. A universali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
por sua vez, traz ao telespectador o reconhecimento <strong>de</strong> situações como amor, ódio,<br />
ciúme e se<strong>de</strong> <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r. Isso talvez aju<strong>de</strong> a explicar, por exemplo, o fato <strong>de</strong> <strong>The</strong> L <strong>Word</strong><br />
fazer sucesso entre lésbicas <strong>de</strong> culturas, raças e situações econômicas tão diversas. As<br />
personagens parecem acionar tanto temas <strong>da</strong> atuali<strong>da</strong><strong>de</strong>, que vão <strong>da</strong> política externa<br />
americana à pauta <strong>de</strong> discussões LGBT, quanto questões universais caras ao telespectador<br />
em geral.<br />
Também colabora para a discussão sobre a diferença entre ficção e não ficção a pesquisa<br />
realiza<strong>da</strong> por Hill (2005) junto a telespectadores, em que coloca em questão conceitos<br />
como veraci<strong>da</strong><strong>de</strong>, reali<strong>da</strong><strong>de</strong> e autentici<strong>da</strong><strong>de</strong>. Segundo a pesquisadora, em reality shows,<br />
por exemplo, quanto mais atuam os atores não-profissionais, as pessoas ordinárias, mais<br />
os telespectadores ten<strong>de</strong>m a julgá-los irreais, pois esperam espontanei<strong>da</strong><strong>de</strong> dos participantes.<br />
Cai-se aí num dilema, pois nesse tipo <strong>de</strong> programa espera-se uma atuação que faça<br />
parte <strong>da</strong> estratégia para ganhar o jogo. Entretanto, essa necessária atuação acaba distanciando<br />
o programa <strong>da</strong> proposta que seu nome carrega, ou seja, <strong>de</strong> ser um reality show.<br />
Além disso, é preciso pensar <strong>de</strong> que forma o telespectador verifica essa autentici<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
– eLas por eLas 26