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The L Word - Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG

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fácil <strong>de</strong>duzir o quanto esse sentimento <strong>de</strong> inclusão po<strong>de</strong> ser ain<strong>da</strong> mais frequente em<br />

pessoas que pertencem a minorias, sejam raciais ou <strong>de</strong> orientação sexual. Os pesquisadores<br />

alertam ain<strong>da</strong> para o risco <strong>de</strong> se trocar o convívio social real pelo ilusório. Entretanto,<br />

programas como <strong>The</strong> L <strong>Word</strong> talvez cumpram mais um papel <strong>de</strong> porta <strong>de</strong> entra<strong>da</strong> para<br />

novas reali<strong>da</strong><strong>de</strong>s e também colaborem na autoaceitação, conforme relatado pelas atrizes<br />

<strong>de</strong> <strong>The</strong> L <strong>Word</strong>, a partir <strong>de</strong> suas experiências com as fãs, no especial sobre a série. Segundo<br />

a atriz Jennifer Beals, uma garota pediu a seu marido que lhe entregasse uma carta.<br />

No texto, ela agra<strong>de</strong>cia a Beals pela série, relatava o quanto <strong>The</strong> L <strong>Word</strong> era a “salvação<br />

<strong>de</strong>la” e ressaltava sua importância. A atriz Erin Daniels, por sua vez, foi abor<strong>da</strong><strong>da</strong> por uma<br />

menina num mercado, que relatou ter chamado a mãe para assistir à série e, ao final,<br />

perguntou se ela havia gostado. A mãe respon<strong>de</strong>u que sim e a menina retrucou: “Ótimo,<br />

porque essa sou eu. Assim que me assumi para a minha mãe.” (SHOWTIME, 2009b)<br />

Além <strong>de</strong> cultivar fãs lésbicas em vários países, críticos, pessoas que trabalharam na produção<br />

e ativistas homossexuais também frisaram que um dos méritos <strong>da</strong> série foi o <strong>de</strong> não ter<br />

uma audiência exclusiva <strong>de</strong> lésbicas. No especial exibido, Sharon Isbin, guitarrista clássica<br />

assumi<strong>da</strong>mente lésbica, que faz uma ponta na segun<strong>da</strong> tempora<strong>da</strong>, diz que acha maravilhoso<br />

o fato <strong>de</strong> “mulheres heteros estarem absolutamente <strong>de</strong>vota<strong>da</strong>s a assistir à série”:<br />

Acho que uma <strong>da</strong>s gran<strong>de</strong>s coisas <strong>de</strong> <strong>The</strong> L <strong>Word</strong> é que a série leva as<br />

pessoas para <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> história <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> outras pessoas. Não é... não<br />

é sobre ser gay, é sobre ser humano. É sobre arranjar um emprego, é<br />

sobre per<strong>de</strong>r um emprego. É sobre per<strong>de</strong>r um amor, é sobre ganhar um<br />

amor. É sobre todos os tipos <strong>de</strong> coisas que os seres humanos vivenciam<br />

na vi<strong>da</strong> (SHOWTIME, 2009b).<br />

Hilary Rosen, sócia <strong>de</strong> Ilene Chaiken no OurChart.com26 e colaboradora <strong>da</strong> CNN, vai<br />

além e diz que “o fato <strong>de</strong> ter heteros assistindo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o começo, e to<strong>da</strong>s nós sabíamos<br />

disso, fez as lésbicas gostarem ain<strong>da</strong> mais <strong>da</strong> série” (SHOWTIME, 2009b). Talvez essa satisfação<br />

<strong>de</strong> as mulheres homossexuais terem a consciência <strong>de</strong> estarem sendo vistas possa<br />

ser explica<strong>da</strong> pela quebra <strong>de</strong> estereótipos. Para Joan M. Garry, conheci<strong>da</strong> ativista dos<br />

direitos humanos nos EUA e Diretora-Executiva <strong>da</strong> GLAAD, um dos gran<strong>de</strong>s presentes <strong>de</strong><br />

<strong>The</strong> L <strong>Word</strong> foi que “ele acabou totalmente com os estereótipos arcaicos <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

lésbica” (SHOWTIME, 2009b). Na mesma linha, Kate Clinton, comediante e escritora americana<br />

assumi<strong>da</strong>mente lésbica, afirma que “a série <strong>de</strong>finitivamente mudou aquela noção<br />

<strong>de</strong> que todo mundo [lésbicas] sempre está <strong>de</strong> blusa <strong>de</strong> flanela” (SHOWTIME, 2009b). So-<br />

26 OurChart.com é uma re<strong>de</strong> social <strong>de</strong> mulheres cria<strong>da</strong> durante sua exibição e inspira<strong>da</strong> no OurChart.<br />

com <strong>da</strong> série.<br />

– eLas por eLas 53

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