16.04.2013 Views

The L Word - Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG

The L Word - Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG

The L Word - Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Ross (2008) vai além e aponta a internet como a gran<strong>de</strong> responsável pela alteração no<br />

modo como a televisão é feita e consumi<strong>da</strong>. Para a autora, a partir <strong>da</strong> propagação <strong>da</strong><br />

internet, os responsáveis pela produção <strong>de</strong> um programa não pu<strong>de</strong>ram <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> pensar<br />

na complementari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>sses dois meios e também no fato <strong>de</strong> que o telespectador ficou<br />

mais próximo. Do ponto <strong>de</strong> vista do telespectador, a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> acessar, na re<strong>de</strong>,<br />

trechos <strong>de</strong> noticiários, <strong>de</strong> realizar downloads <strong>de</strong> programas favoritos, <strong>de</strong> opinar e reivindicar<br />

também mudou a postura <strong>da</strong> assistência. Se a forma <strong>de</strong> produzir e assistir mu<strong>da</strong>, é<br />

fácil perceber que a todo tempo mu<strong>da</strong>, também, a forma <strong>de</strong> pensar a televisão. O foco<br />

no telespectador ganhou ain<strong>da</strong> mais status, especialmente se pensarmos na tão fala<strong>da</strong><br />

cultura <strong>da</strong> convergência. Enten<strong>de</strong>mos convergência na acepção <strong>de</strong>fendi<strong>da</strong> por Jenkins,<br />

que <strong>de</strong>scarta visões equivoca<strong>da</strong>s e muito divulga<strong>da</strong>s que a <strong>de</strong>finem como a unificação <strong>de</strong><br />

mídias. Para ele, a convergência representa uma transformação cultural, pois incentiva os<br />

consumidores a experimentar novos formatos e posições. A partir <strong>de</strong> Jenkins (2008), po<strong>de</strong>mos<br />

eleger três elementos importantes para esse conceito. São eles: fluxo (ou trânsito),<br />

informação e conexão.<br />

(...) fluxo <strong>de</strong> conhecimentos através <strong>de</strong> múltiplos suportes midiáticos, à<br />

cooperação entre múltiplos mercados midiáticos e ao comportamento<br />

migratório dos públicos dos meios <strong>de</strong> comunicação, que vão a quase<br />

qualquer parte em busca <strong>da</strong>s experiências <strong>de</strong> entretenimento que <strong>de</strong>sejam<br />

(JENKINS, 2008, p. 27).<br />

Esse fluxo <strong>de</strong> conhecimento em múltiplos suportes, <strong>de</strong>stacado por Jenkins (2008), é a<br />

chama<strong>da</strong> era <strong>da</strong> convergência, em que os consumidores, incentivados a <strong>de</strong>bater o que<br />

consomem, participam, ca<strong>da</strong> vez mais, <strong>da</strong> confecção <strong>de</strong> produtos e programas, e afetou<br />

especialmente a mídia e principalmente a televisão. Não se trata, pois, <strong>de</strong> concorrência entre<br />

suportes midiáticos, mas <strong>de</strong> parceria e integração. Quase todo programa televisivo tem<br />

hoje, por exemplo, seu website, o que, em outras palavras, significa que a programação<br />

não se encerra ao subirem os créditos. Longe disso, o telespectador é chamado a <strong>de</strong>bater,<br />

opinar, apontar rumos e mesmo se divertir com elementos do programa em foco, como<br />

<strong>de</strong>staca Jenkins (2008):<br />

(...) fãs <strong>de</strong> um popular seriado <strong>de</strong> televisão po<strong>de</strong>m capturar amostras <strong>de</strong><br />

diálogos no ví<strong>de</strong>o, resumir episódios, discutir sobre roteiros, criar “fan fiction”<br />

(ficção <strong>de</strong> fã), gravar suas próprias trilhas sonoras, fazer seus próprios<br />

filmes – e distribuir tudo isso ao mundo inteiro pela internet (p. 42).<br />

Além <strong>de</strong>ssa autonomia <strong>de</strong>staca<strong>da</strong> por Jenkins (2008), é importante lembrar que a criação<br />

<strong>de</strong> espaços para os telespectadores nos sites oficiais dos programas se tornou inevitável,<br />

– eLas por eLas 40

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!