16.04.2013 Views

The L Word - Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG

The L Word - Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG

The L Word - Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ava uma mu<strong>da</strong>nça mais expressiva <strong>da</strong> mídia. Provavelmente, Ilene Chaiken se referia ao<br />

fato <strong>de</strong> <strong>The</strong> L <strong>Word</strong> não ter <strong>de</strong>ixado um programa substituto na TV americana: “Eu realmente<br />

imaginei que, quando essa série saísse do ar, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma boa exibição, haveria<br />

outras séries. Não somente uma, mas várias, que teriam a missão <strong>de</strong> representar a vi<strong>da</strong><br />

LGBT no entretenimento, mas não existem“ (ENTREVISTA..., 2009).<br />

As críticas americana e brasileira já taxaram <strong>The</strong> L <strong>Word</strong> <strong>de</strong> polêmica, revolucionária e até<br />

a apeli<strong>da</strong>ram <strong>de</strong> Sex & the City lésbico. Por exemplo: “quem pensou na série Sex and the<br />

City, sobre transas <strong>de</strong> mulheres heterossexuais, não errou. A diferença é que L <strong>Word</strong> tem<br />

muito mais sexo (por sinal, bem encenado, entre mulheres) e nu<strong>de</strong>z feminina (frontais,<br />

menos genitálias)” (TELEVISÃO – LÉSBICAS..., 2005). Sex & the City é consi<strong>de</strong>rado um<br />

marco na história <strong>da</strong> TV americana por ser a série que mais falou sobre as mulheres, o<br />

que elas pensam e o que <strong>de</strong>sejam.<br />

É importante ain<strong>da</strong> consi<strong>de</strong>rar que, além <strong>de</strong> o elenco ser maciçamente composto por<br />

mulheres, boa parte <strong>de</strong>las assumi<strong>da</strong>mente homossexuais ou bissexuais, os cargos-chave<br />

na produção e <strong>de</strong> roteiristas <strong>de</strong> <strong>The</strong> L <strong>Word</strong> também são ocupados por mulheres, a<br />

maioria homossexuais. Há poucas mulheres assumi<strong>da</strong>mente heterossexuais trabalhando<br />

na série, entre elas as atrizes Jennifer Beals e Pam Grier25 . A importância <strong>de</strong>ssa equipe <strong>de</strong><br />

mulheres é <strong>de</strong>staca<strong>da</strong> por Daniela Sea no especial:<br />

Ela [Ilene Chaiken] se esforçou para contratar mulheres diretoras, o que<br />

é quase impossível na televisão. Ela se esforçou e isso <strong>de</strong>colou a carreira<br />

<strong>de</strong> algumas profissionais. Esse é o espírito <strong>de</strong> nossa comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong> nos<br />

trazermos para cima e mu<strong>da</strong>r o mundo mostrando quem somos <strong>de</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

(SHOWTIME, 2009b).<br />

Chaiken, em entrevista ao jornal <strong>The</strong> Observer, chegou a dizer que o seriado “é uma espécie<br />

<strong>de</strong> antropologia lésbica e tem sido chamado <strong>de</strong> “Dyke [gíria americana equivalente<br />

à brasileira “sapatão”] as Folk” ou “Lesbians in the City”. A lésbica que assistir à série vai se<br />

sentir representa<strong>da</strong>. (cf. SAITO, 2005)<br />

Tecnologia favorece<br />

Além <strong>da</strong> exibição pela TV, os DVDs po<strong>de</strong>m ser comprados pela internet – originais ou<br />

pirateados –, em gran<strong>de</strong>s livrarias ou ain<strong>da</strong> é possível fazer seu download gratuito, for-<br />

25 É curioso notar que boa parte do elenco assumiu uma postura aberta a relações homossexuais e que<br />

algumas atrizes se <strong>de</strong>clararam lésbicas antes, durante ou imediatamente após o término do programa.<br />

Entre as que saíram do armário logo após o final <strong>de</strong> <strong>The</strong> L <strong>Word</strong> estão Kelly McGillis, que fez par romântico<br />

com Tom Cruise em Top Gun (1986), e Clementine Ford, que interpretou Molly.<br />

– eLas por eLas 50

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!