16.04.2013 Views

DEFIL - Diss - Ana Augusta Carneiro de Andrade Araujo - Ufop

DEFIL - Diss - Ana Augusta Carneiro de Andrade Araujo - Ufop

DEFIL - Diss - Ana Augusta Carneiro de Andrade Araujo - Ufop

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

muito interessantes. Em geral, tais teorias contemporâneas discutem a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir o<br />

conceito <strong>de</strong> arte. Há tradicionalmente uma busca por uma característica intrínseca que sirva<br />

como solução para a <strong>de</strong>finição da arte. George Dickie escolhe outro caminho <strong>de</strong> investigação,<br />

que surge <strong>de</strong>ntro da contemporaneida<strong>de</strong> a partir da década <strong>de</strong> 50. Sua escolha implica olhar a arte<br />

em seus aspectos relacionais, que abarcam sua prática já executada no mundo.<br />

George Dickie aponta que para <strong>de</strong>finir o que algo é existem diferentes caminhos, dois<br />

<strong>de</strong>les mais relevantes e interessantes para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> seu ponto <strong>de</strong> vista. Po<strong>de</strong>-se,<br />

como é comum e citamos acima, buscar a essência daquilo que se quer <strong>de</strong>finir através <strong>de</strong><br />

condições necessárias (inevitáveis, que não po<strong>de</strong>m não ser) e suficientes (satisfatórias, que<br />

especifiquem e correspondam plenamente aquilo que se <strong>de</strong>seja compreen<strong>de</strong>r). E po<strong>de</strong>-se buscar<br />

<strong>de</strong>finir algo recorrendo às suas circunstâncias – aquilo que o implica e é implicado por ele 20 . Ou<br />

seja, enten<strong>de</strong>ndo sua especificida<strong>de</strong> através do meio em que este algo esta inserido. À primeira<br />

forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição chamamos <strong>de</strong> essencialistas. À segunda forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição que <strong>de</strong>screvemos<br />

chamamos <strong>de</strong> relacionais ou contextuais 21 .<br />

Dickie consi<strong>de</strong>ra que tradicionalmente investigações essencialistas ocorrem através <strong>de</strong><br />

inferências, sejam elas racionais, metafísicas ou psicológicas 22 . Por isso, aponta que tais<br />

investigações envolvem em geral ativida<strong>de</strong> reflexiva e linguística, e acontecem via análise da<br />

linguagem. Trata-se <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> uma afirmação a partir <strong>de</strong> outras<br />

afirmações. São inferências das essências das coisas para explicar suas i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s na<br />

experiência, <strong>de</strong>terminando-as. Em outras palavras, infere-se um princípio ou condição cujos<br />

20 BRANQUINHO, 2006.<br />

21 MURCHO, 2002; DAVIES, 1991.<br />

22 DICKIE, 2008.<br />

13

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!