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DEFIL - Diss - Ana Augusta Carneiro de Andrade Araujo - Ufop

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homens são capazes <strong>de</strong> produzir e enten<strong>de</strong>r a arte, limitados pela suas crenças, sua tecnologia e<br />

sua cultura, em geral. É como se a arte sempre estivesse atrelada ou talvez limitada ao momento<br />

histórico que estamos inseridos. A arte é resultado <strong>de</strong> nosso <strong>de</strong>senvolvimento e evolução,<br />

enquanto espécie humana 64 .<br />

Então, para ser uma obra <strong>de</strong> arte, é preciso ter um conteúdo <strong>de</strong> arte sobre alguma coisa e<br />

também apresentar-se <strong>de</strong> forma que tal conteúdo tenha o seu sentido 65 . A isso Danto intitula<br />

mundo da arte: aquilo que está ao redor da arte ou que a circunda - também a explica, i<strong>de</strong>ntifica<br />

e digere 66 .<br />

“Ver qualquer coisa como arte requer uma coisa que o olho não po<strong>de</strong> discernir<br />

- uma atmosfera <strong>de</strong> teoria artística, um conhecimento da história da arte: um<br />

mundo da arte.” (DANTO, 2006, p. 20)<br />

Devemos pensar o mundo da arte como um nicho histórico que permite aos homens<br />

produzir e compreen<strong>de</strong>r a arte 67 . Não se trata <strong>de</strong> pensar a arte como uma expressão genuína <strong>de</strong><br />

um único homem que busca se comunicar com o mundo, ou aprimorar seu entendimento, como<br />

<strong>de</strong>fendia R. G. Collingwood - a arte não terá mais tamanho enfoque subjetivista. Pelo contrário,<br />

obras <strong>de</strong> arte têm que estar relacionadas com a realida<strong>de</strong> – aquela acessível a todos que com a<br />

arte entram em contato. Deverão ser representações do mundo, produzidas para serem<br />

compreendidas, e tudo isso <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um espectro contextualizado. Este ambiente <strong>de</strong> arte<br />

chamado mundo da arte será responsável por i<strong>de</strong>ntificar tudo a que lhe pertence 68 . Isso<br />

64 WÖLFFLIN, 2000, ver conclusão.<br />

65 RAMME, 2009, p. 197-212.<br />

66 DANTO, 2006 a, p. 217.<br />

67 RAMME, 2009, p. 197-212.<br />

68 DANTO, 2006 a, p. 215.<br />

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