16.04.2013 Views

DEFIL - Diss - Ana Augusta Carneiro de Andrade Araujo - Ufop

DEFIL - Diss - Ana Augusta Carneiro de Andrade Araujo - Ufop

DEFIL - Diss - Ana Augusta Carneiro de Andrade Araujo - Ufop

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

jogo, arte também possui variados subconceitos (romances, óperas, filmes <strong>de</strong> terror, esculturas,<br />

instalações, etc.).<br />

O ponto <strong>de</strong>fendido por Weitz é que não existem especificida<strong>de</strong>s fixas em arte que sirvam<br />

para <strong>de</strong>fini-la. Se insistirmos nisto não estaremos falando mais <strong>de</strong> arte. Assim sendo, se não há<br />

como <strong>de</strong>finir um conjunto <strong>de</strong> características comuns entre todas as obras <strong>de</strong> arte já produzidas e<br />

que permita prever aquilo que ainda está por vir, então não há uma <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> arte. Porém,<br />

po<strong>de</strong>mos encarar a arte como um conceito aberto, e neste caso investigar tudo a que ela se aplica,<br />

através <strong>de</strong> comparações entre suas semelhanças 56 . E para fazer tais comparações temos <strong>de</strong> nos<br />

voltar para as características evi<strong>de</strong>ntes das obras <strong>de</strong> arte já existentes, <strong>de</strong>scartando a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> haver entre todos os tipos <strong>de</strong> arte uma característica intrínseca <strong>de</strong>finidora.<br />

“As teorias da arte formuladas pelos teóricos tradicionais são facilmente<br />

refutadas por contraexemplos em função da imensa diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obras <strong>de</strong><br />

arte, que fornecem exemplos da falta <strong>de</strong> uma proprieda<strong>de</strong> específica <strong>de</strong>finidora<br />

conforme <strong>de</strong>sejam as teorias tradicionais.” 57<br />

Weitz passa assim a buscar uma <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> arte em toda classe <strong>de</strong> objetos a qual o<br />

termo arte po<strong>de</strong>ria ser significativamente aplicado. As investigações começaram a levar em conta<br />

similarida<strong>de</strong>s e semelhanças evi<strong>de</strong>ntes entre os diferentes tipos <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> arte. Este caminho<br />

tratava das semelhanças experimentadas para <strong>de</strong>las construir um escopo <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> arte.<br />

citado, mas <strong>de</strong>sta vez para diferenciar aquilo que po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido porque apresenta características evi<strong>de</strong>ntes<br />

fixas daquilo que não po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido, por não apresentá-las, como o caso dos termos arte e jogo. É importante<br />

que não se confunda os momentos distintos em que o mesmo exemplo foi usado.<br />

56<br />

DICKIE, 2008, p. 115.<br />

57<br />

“The theories of art formulated by the traditional theorists are easily refuted by counterexample because the<br />

immense diversity of artworks furnishes many examples works of art that lack the properties specified as <strong>de</strong>fining<br />

by the traditional theories.” (DICKIE, 2001, p. 57)<br />

33

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!