16.04.2013 Views

DEFIL - Diss - Ana Augusta Carneiro de Andrade Araujo - Ufop

DEFIL - Diss - Ana Augusta Carneiro de Andrade Araujo - Ufop

DEFIL - Diss - Ana Augusta Carneiro de Andrade Araujo - Ufop

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

em suas micro-estruturas. O ouro, por exemplo, po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido como número atômico 79 e<br />

água como H2O. Consi<strong>de</strong>ram-se as <strong>de</strong>finições <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong>sta forma <strong>de</strong> investigação sólidas<br />

porque <strong>de</strong> fato estas espécies naturais po<strong>de</strong>m realmente ser analisadas e <strong>de</strong>finidas em função <strong>de</strong><br />

suas micro-estruturas. Ou seja, água é H2O em qualquer estado que se encontre e em qualquer<br />

mundo possível.<br />

Porém, este tipo <strong>de</strong> investigação só funciona em casos que há uma composição ou<br />

elemento físico intrínseco passível <strong>de</strong> ser i<strong>de</strong>ntificado. Tal método investigativo funciona bem<br />

quando se trata <strong>de</strong> investigar o que são coisas naturais como elementos, compostos e espécies.<br />

Porém, segundo Dickie, não se adéquam quando se trata da i<strong>de</strong>ntificação da arte, pois ela não<br />

tem um elemento intrínseco que possa ser pinçado e esmiuçado. Não é um composto e nem uma<br />

espécie ou organismo vivo da natureza.<br />

“Nos casos dos elementos, compostos e espécies, as proprieda<strong>de</strong>s essenciais<br />

são subjacentes porque se tratam <strong>de</strong> micro-estruturas. As <strong>de</strong>scobertas das<br />

essências do tipo natural são feitas através <strong>de</strong> uma abordagem extensional.” 28<br />

Por não possuir uma constituição física <strong>de</strong>terminante po<strong>de</strong> até ser que, intuitivamente, a<br />

<strong>de</strong>finição da arte <strong>de</strong>vesse permanecer sendo investigada por inferências. Mas Dickie não se<br />

convence. Até este ponto ele está <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo que arte não po<strong>de</strong> ser investigada intrinsecamente,<br />

nem por inferências, nem via composição física. E quer apontar outro caminho para sua real<br />

i<strong>de</strong>ntificação. Mas precisava <strong>de</strong> um argumento sólido para sustentar sua <strong>de</strong>fesa.<br />

28<br />

“In the cases of elements, compounds and species, the essential properties are un<strong>de</strong>rlying because they are<br />

micro-structures. The discovery of the essences of natural kind – (…) – is approached through extensions.” (DICKIE,<br />

2001, p. 16)<br />

17

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!