O Turismo em 2008 - Turismo de Portugal

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Alargando o leque aos dez principais mercados exter‑ nos, verificou ‑se que estes foram responsáveis por 82% do total das dormidas de estrangeiros registadas em Portugal. O Reino unido, primeiro mercado de ori‑ gem das dormidas internacionais, com 7,7 milhões de dormidas, que lhe permitiram uma representação no total de 28%, registou, contudo, um decréscimo ho‑ mólogo de 5,2%, equivalente a menos 403 mil dormi‑ das, facto motivado em grande parte pela desvaloriza‑ ção da libra esterlina face ao euro, que induziu à realização de menos viagens para destinos da Zona Euro. Atendendo aos bons resultados obtidos entre 2006 e 2007 (+6,7%), este mercado apresentou um ligeiro crescimento médio anual desde 2006 (+0,3%). A Alemanha, com uma quota de 14% da procura ex‑ terna (segundo mercado emissor para Portugal), tem vindo a registar um desempenho inferior ao dos outros países, e apresentou mesmo um valor médio negativo de 2,7%, na evolução entre 2006 e 2008. O mercado espanhol, que foi o terceiro mais importan‑ te, com 12% da procura externa, apresentou, contu‑ do, um dos maiores decréscimos absolutos face a 2007 ( ‑311 mil dormidas, ou seja, ‑9,2%). Considerando a evolução desde 2006, o mercado espanhol contribuiu com menos 125 mil dormidas ( ‑2,0% de crescimento ao ano). PORTugAL COMO DESTiNO TuRíSTiCO • 36 representatividade das áreas regionais de Turismo e regiões autónomas na captação de fluxos, por mercado emissor [2008] % 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 24,2 7,7 65,0 36,3 16,7 39,0 Reino Unido Alemanha Espanha Holanda França Irlanda Itália Brasil Bélgica EUA Algarve LVT Madeira Norte Centro Açores Alentejo Unidade: Dormidas de estrangeiros nos estabelecimentos hoteleiros, aldeamentos e apartamentos turísticos (%) FONTE: INE – Instituto Nacional de Estatística 17,5 7,2 43,3 20,7 11,2 11,8 69,7 23,7 35,0 18,3 6,5 12,5 11,4 79,1 13,7 10,8 58,2 8,8 19,8 2,8 64,0 4,4 A Holanda, apesar de se apresentar como o quarto mercado em termos de dormidas externas para Portu‑ gal (quota de 8%), e ao contrário dos três principais mercados, registou aumentos médios anuais, entre 2006 e 2008, de 2,9% (+56 mil dormidas). A França, embora com uma representatividade mais reduzida (6%), foi dos países que obteve os maiores crescimentos médios anuais desde 2006 (13,2%), sendo de salientar que, só em 2008, registou uma taxa de crescimento de 10,3%, o que em termos ab‑ solutos significa mais 148 mil dormidas oriundas des‑ te mercado. Incidindo a análise sobre o destino destes fluxos (Top10) em Portugal, é notório o seu grau de concen‑ tração, em particular no que se refere ao Reino unido, Alemanha, Holanda e irlanda, os quais elegem a ART Algarve como o principal destino de férias. O posicionamento da ART Lisboa e Vale do Tejo na cap‑ tação de fluxos do Brasil, EUA, Itália, Espanha e França é igualmente maioritário, ocupando a região da Madei‑ ra uma posição dominante nos fluxos provenientes da Suécia, Noruega e Finlândia. 7,9 24,6 32,1 30,4 9,2 5,5 62,9 12,6
37 • PORTugAL COMO DESTiNO TuRíSTiCO Comportamento Sazonal da Procura A procura para Portugal apresenta um pico de sazona‑ lidade mais marcado nos meses de Verão, principal‑ mente em Agosto, em que a quota de procura externa atinge os 13% e a quota de procura nacional os 17%. No entanto, embora os picos de sazonalidade de am‑ bos os mercados sejam em Agosto, a procura externa desenvolve ‑se de uma forma mais equilibrada entre Abril e Outubro (quotas entre 8% e 10%), com quotas superiores à procura nacional. Os meses de menor procura são os de inverno (Novembro a Março), para ambos os mercados, com quotas de procura, neste caso, superiores para os fluxos nacionais. evolução mensal das dormidas* – milhares [2008] 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 617,1 Merc. Nacional Merc. Externo 1.175,6 724,5 1.481,3 1.003,8 2.067,9 926,2 2.123,6 1.094,8 2.697,6 1.108,0 2.592,5 Dos mercados externos com maior predominância em Portugal destacaram ‑se a Espanha e a França, com pi‑ cos de procura muito significativos em Agosto (respec‑ tivamente 23,3% e 17,0%), e superiores ao valor al‑ cançado pelo conjunto dos mercados estrangeiros para esse mês (13,0%). O Reino unido, com quotas de procura muito seme‑ lhantes entre Maio e Setembro (entre 11% e 12%), e a Alemanha, entre Março e Outubro (9% e 11%), de‑ notaram, no entanto, uma ligeira preferência pelo mês de Setembro, registando quotas de procura neste mês de 12% e 11%, respectivamente. O mercado holandês assinalou quotas mais elevadas entre Maio e Setembro, mas optou preferencialmente pelo mês de Julho (15% da procura incidiu neste mês), com um valor de representação bastante superior à média obtida para a globalidade dos mercados exter‑ nos neste mesmo mês (12%). JAN FEV MAR** ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ * em estabelecimentos hoteleiros, aldeamentos e apartamentos turísticos ** mês em que ocorreu a Páscoa FONTE: INE – Instituto Nacional de Estatística 1.470,4 3.106,0 2.196,7 3.395,7 1.318,7 2.918,7 987,4,1 2.353,0 823,3 1.288,9 725,8,1 1.003,4
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