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entre o singular eo coletivo o AColHIMENto DE - Instituto Fazendo ...

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pode preencher nosso vazio, alimentando nossa onipotência, o que é<br />

um risco para a autonomia desse chegante, mas também convoca o rico<br />

processo de socialização. se o bebê é estrangeiro, precisa ser adotado<br />

por sua cultura: mãe, família, adulto cuidador, rede social. nas palavras<br />

de regina Aragão (2008), é preciso retomar a noção de parentalidade,<br />

como trabalho de domesticação da estrangeiridade do bebê, ou seja,<br />

assumir que este se encontra em um ambiente que pensa, apoiado no<br />

pensamento de muitos outros que acreditam que ele pensa.<br />

e esta publicação vence o desafio de tecer interpretações , de construir<br />

pensamentos, t<strong>eo</strong>ria para acolher os bebês em condições adversas,<br />

oferecendo subsídios consistentes para a prática. lembremos que<br />

os sujeitos se constituem no encontro <strong>entre</strong> uma proposta, um projeto<br />

e seu investimento <strong>singular</strong>, respondendo a esse projeto; no caso dos<br />

bebês, pode ser com choro, grito, mordida, sorriso, manifestações que<br />

precisam ser interpretadas por um cuidador. A leitura deste livro permite<br />

resgatar a compreensão de como um corpo que grita pode se desenvolver<br />

em direção a um sujeito que produz cultura, desde que lhe seja<br />

permitida uma pluralidade de experiências e que ele sinta ser importante<br />

para o mundo, sendo acolhido em sua afirmação subjetiva <strong>singular</strong>,<br />

no grupo e na coletividade. em outras palavras, pretende oferecer os<br />

elementos para que se criem condições para a resiliência.<br />

Boris cyrulnik nos ilumina quando diz:<br />

16<br />

“Frente à perda, à adversidade, ao sofrimento que encontramos todos,<br />

um dia ou outro, no decorrer de nossas vidas, muitas estratégias<br />

são possíveis: seja abandonar-se ao sofrimento e fazer carreira de<br />

vítima, seja fazer alguma coisa com o sofrimento para transcendê-<br />

-lo. A resiliência não é de forma alguma uma história de sucesso, é<br />

uma história da luta de uma criança empurrada para a morte que<br />

inventa uma estratégia de retorno à vida; não é o fracasso que é pressuposto<br />

desde o começo do filme, é o devir imprevisível, as soluções<br />

surpreendentes e frequentemente romanescas. A fabricação de uma

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