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entre o singular eo coletivo o AColHIMENto DE - Instituto Fazendo ...

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ou educadores percebem a importância desse objeto para a criança e<br />

permitem seu acesso a ele. 26<br />

É a partir da alternância <strong>entre</strong> a presença e a ausência daqueles que<br />

exercem função estruturante para a criança que ela irá escolher um objeto<br />

transicional, e assim esse objeto, ao mesmo tempo que a mantém<br />

<strong>entre</strong>tida quando o outro não está, também presentifica sua ausência,<br />

já que surge pela frustração devida à tal ausência. “esse objeto, por ser<br />

substitutivo, introduz uma presença sobre o fundo de uma ausência”<br />

(Jerusalinsky, J., 2009, p. 212)<br />

É importante que as crianças tenham acesso aos objetos para poderem<br />

constituir seu objeto transicional, e depende do adulto cuidador<br />

oferecê-los a elas. Vale lembrar que nem todas as crianças elegem objetos<br />

com esse estatuto, e isso não deve pr<strong>eo</strong>cupar os adultos que estão à<br />

sua volta. contudo, nos abrigos, os educadores, ao reconhecerem a importância<br />

desses objetos, podem permitir que as crianças tenham não<br />

só acesso a eles como também possam mantê-los consigo. mesmo em<br />

um espaço <strong>coletivo</strong> (e ainda mais nesse), o objeto escolhido pela criança<br />

para desempenhar essa função deve ser respeitado e preservado, até<br />

que ela possa prescindir dele, pois, como observa Winnicott, será em<br />

algum momento descartado, deixado no limbo.<br />

o terceiro tempo da instauração dos jogos constituintes do sujeito,<br />

de acordo com Jerusalinsky, J. (2009), é composto por dois precursores<br />

diretos do brincar simbólico: o jogo de lançar objetos para que o outro<br />

recupere e o “cadê-achou!”<br />

o jogo de lançar objetos para que o outro recupere começa sem<br />

uma intencionalidade clara por parte da criança. cabe ao adulto entender<br />

isso como o começo da brincadeira e dar continuidade, ou seja,<br />

situar tal manifestação como endereçada a ele e recuperar o objeto<br />

devolvendo-o à criança. Assim, um jogo começa a se configurar, na<br />

26 Para saber mais sobre o conceito de objeto transicional: donald Winnicott – “A criança e seu mundo”;<br />

“O Brincar e a Realidade”; “Da pediatria à psicanálise – obras escolhidas.”<br />

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