entre o singular eo coletivo o AColHIMENto DE - Instituto Fazendo ...
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momentos de proximidade <strong>entre</strong> ambos. Winiccott salientou a importância<br />
dos contatos físicos na tenra idade. chamou de holding a referência<br />
ao ato físico de segurar o bebê nas suas estruturas corporais no<br />
sentido de contê-lo como um todo. nos primeiros meses, este ainda<br />
não tem controle de seu corpo, e o contato corporal lhe possibilita a experiência<br />
de ser segurado e a sensação de que seu corpo é organizado<br />
pelo adulto responsável por seus cuidados. tal experiência irá ajudá-lo<br />
na direção da construção de uma noção corporal para que, juntamente<br />
com a construção da noção de si mesmo, seu eu se torne uma unidade<br />
integrada, já que inicialmente se encontra em um estado não-integrado.<br />
se o bebê é segurado adequadamente, ele irá adquirir confiança no<br />
meio ambiente, o que é fundamental para o seu desenvolvimento emocional.<br />
Um colo adequado significa um colo acolhedor, firme, capaz de<br />
transmitir-lhe uma sensação de segurança.<br />
A maneira como o cuidador segura o bebê é muito significativa. Ao<br />
segurá-lo inadequadamente, pode produzir-lhe uma tensão extrema,<br />
dando base para: “a sensação de se partir em pedaços, a sensação de<br />
cair num poço sem fundo, o sentimento de que a realidade externa não<br />
pode ser usada para reasseguramento” (Winicott, 1993, p. 31). nessa<br />
mesma direção encontramos a seguinte afirmação de maranhão:<br />
94<br />
“Um bom colo para os bebês proporciona não só um meio de transporte,<br />
mas conforto e proteção, além de criar uma experiência tátil e<br />
de interação que contribui para a organização postural e construção<br />
da identidade. o jeito de segurar um bebê permite a ele se amoldar<br />
ao corpo de quem o acolhe e vice e versa; nesse gesto o adulto<br />
delimita um espaço para que o bebê possa sentir seu corpo e o do<br />
outro, ajudando-o assim a construir a consciência corporal, base da<br />
construção da identidade.” (1999, p. 5)