entre o singular eo coletivo o AColHIMENto DE - Instituto Fazendo ...
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antemão como ter certeza de nada. no entanto, a significação não é<br />
produzida aleatoriamente, como um “chute”, mas deve estar articulada<br />
a uma série. isso quer dizer que o que se supõe estar acontecendo com<br />
determinado bebê – por exemplo, “chora porque quer colo” – é consequência<br />
de outras interpretações que foram feitas e numa sequência<br />
que tem sentido particular para ele. Por isso, o adulto cuidador oferece<br />
uma interpretação e se certifica se estava correto ou não: “será que era<br />
isso mesmo? Parou de chorar? Parece mais tranquilo?” dessa maneira,<br />
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“(..) todos os fatos de um bebê são colocados em uma série, no dizer<br />
de uma mãe ou da pessoa que cuida do bebê, tem um percurso de<br />
ida e volta no tempo, e o que agora lhe acontece depende do que<br />
lhe aconteceu antes, e do que se supõe que virá depois, no caso de<br />
seguir por tal caminho, no sentido de um caminho, de uma senda de<br />
significações” (Jerusalinsky, A., 2007, p. 54)<br />
o educador situará no tempo sua fala dirigida ao bebê, por mais<br />
breve que seja o tempo de estada do bebê no abrigo; terá que suportar<br />
não saber sobre um tempo anterior de vida deste e lançar-se em supor,<br />
significar, apostar, arriscar-se, ao saber que a mãe, mesmo que tenha<br />
carregado o bebê no v<strong>entre</strong> e supostamente conhece sua história, também<br />
ela se arrisca ao falar, supor, significar.<br />
Além disso, a interpretação dos afetos que o bebê sente em seu corpo<br />
feita pelo agente da função materna, desde a série que supõe naquele, é<br />
acompanhada de uma entoação de acordo com o que ele percebe. então,<br />
quando o bebê está bravo, irritado, carinhoso ou contente, o adulto<br />
cuidador modulará a voz, assim como sua prosódia será diferente se o<br />
que supor no bebê for tristeza, dor, alegria. (Jeruzalinsky, J., 2004)<br />
o choro, desde que tomado como uma mensagem, um chamado,<br />
vai se modulando ao longo dos meses. Por não saberem falar ainda de<br />
acordo com as regras formais da língua, os bebês utilizam-se do ritmo<br />
e da entoação para produzir diferenciações nas suas vocalizações. Por