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vol. 32, Nº 54 - Fundação Biblioteca Nacional

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REVISÃO DAS ESPÉCIES DO GÊNERO BREDEMEYERA WILLD.<br />

(POLYGALACEAE) DO BRASIL.<br />

MARIA DO CARMO MENDES MARQUES*<br />

Pesquisadora em Botânica do Jardim<br />

Botânico do Rio de Janeiro<br />

Dando prosseguimento ao estudo da família Polygalaceae Brown do Brasil, apresentamos,<br />

"esta vez, as espécies do gênero Bredemeyera Willd.<br />

HISTÓRICO<br />

O gênero Bredemeyera foi estabelecido por WILLDENOW (1801: 411) com apenas uma<br />

espécie, Bredemeyera floribunda, tendo Caracas como localidade típica.<br />

doso.<br />

DE CANDOLLE (1824: 340) redescreve o gênero de Willdenow, porém o considera duvi-<br />

JUSSIEU (1815: 389) coloca o gênero Bredemeyera no grupo de frutos drupáceos.<br />

SAINT-HlLAIRE (1829: 53) não aceita o gênero Bredemeyera Willd., redescreve o gênero<br />

Comesperma Labill., criado em 1806, nele inclue Bredemeyera floribunda e cria duas espécies:<br />

t-omesperma kunthiana e C. laurifolia.<br />

ENDLICHER (1840:1080) considera Bredemeyera um gênero mal notado.<br />

BENTHAM (1842: 101) não conhecedor do gênero Bredemeyera, cria o gênero Catocoma<br />

Por considerá-lo tanto no hábito, como na estrutura da flor e do fruto, muito diferente do gênero<br />

Comesperma Labill. Bentham escreve que a corola de Catocoma é igual a de uma Securidaca, isto é,<br />

Çom duas pétalas minutas escamiformes, colocadas na base do tubo estaminal; nas espécies australianas<br />

(Comesperma) porém, a corola e o tubo estaminal, como em Polygala, são muito membranáceos<br />

e estreitamente soldados sem nenhum vestígio de pétalas laterais. A forma do fruto que, naturalmente,<br />

induziu a combinação do gênero americano com o australiano, é, em geral, semelhante<br />

ern ambos os gêneros, porém essa semelhança desaparece quando os frutos são estreitamente examinados.<br />

O fruto de Catocoma é oblongo-cuneado, sempre algo camoso, a semente ocupa uma<br />

pande parte do comprimento do lóculo, sua carúncula é pequena, colocada na extremidade do fru-<br />

J2> e os pêlos longos que en<strong>vol</strong>vem a semente, procedem do hilo, e são totalmente distintos dos<br />

Pelos mais curtos que revestem as sementes da maioria das Polygalaceae. Em Comesperma, por<br />

outro lado, o fruto é espatulado, estreitado em um longo estipe na base; a semente é pequena, colocada<br />

no ápice do fruto, a carúncula é linear, estendendo-se quase até à metade da semente, e a<br />

coma que neste gênero é de comprimento extraordinário, reveste a testa.<br />

, Bentham faz novas combinações: Catocoma floribunda (sphalm St. Hil.), Catocoma<br />

junthiana (St. Hil.), Catocoma laurifolia (St. Hil.) e cria duas espécies: Catocoma lúcida e C. brevi-<br />

•olia.<br />

POEPPIG ET ENDLICHER (1845:65) descrevem Catocoma altíssima de material ocorren-<br />

*e em selvas primárias da Amazônia (Ega).<br />

'*> Bolsista do CNPq.<br />

^odriguésia Vol. XXXII - n.° <strong>54</strong><br />

R 'o de Janeiro 1980<br />

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