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Anarquia Cotidiana - Portal Libertarianismo

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Isso não acontece porque professores são maus, mas porque as pessoas respondem a<br />

incentivos. Se verdade básicas sobre história, lógica, ética e realidade são um<br />

inconveniente àqueles no poder – como inevitavelmente são – os que são pagos pelos<br />

poderosos quase nunca falarão deles. Não esperaríamos que um professor da era<br />

Stalinista falar sobre as glórias do capitalismo; não esperaríamos que um professor pré<br />

Guerra Civil Americana ensinasse às crianças dos donos de escravo sobre os males da<br />

escravidão; não esperaríamos que um instrutor em West Point falasse sobre os males e a<br />

corrupção do complexo militar-industrial, não mais do que esperaríamos o Vaticano<br />

voluntariamente iniciar uma discussão sobre os abusos dos padres Católicos.<br />

Podemos ver esses fatos básicos sem qualquer rancor, mas com uma suave, quase<br />

agradável, simpatia pelos inevitáveis e corruptos efeitos do poder violento.<br />

Essa é sem dúvida uma perspectiva torta para começar a examinar a obscura, úmida e<br />

enevoada floresta de propaganda com a simples luz da verdade, mas isso é o que ser um<br />

anarquista se trata.<br />

Um anarquista aceita a simples e básica realidade de que cada ser humano<br />

fundamentalmente valoriza a livre escolha em sua própria vida pessoal.<br />

Um anarquista aceita a simples e básica realidade de que os que pagam as despesas<br />

sempre estão no comando – e aquele argumento contra a virtude e eficácia do poder<br />

político nunca será disseminado em um sistema educacional pago pelo poder político.<br />

Um anarquista aceita a simples e básica realidade de que seres humanos tem, na melhor<br />

das hipóteses, uma relação ambivalente com o voluntarismo – e que seres humanos<br />

habitualmente evitam o desconforto da ambivalência e, por isso, não querem mais falar<br />

sobre anarquismo do que querem trazer a tona suas dúvidas religiosas durante a<br />

cerimônia de um casamento Cristão.<br />

As barreiras a um entendimento razoável da perspectiva anarquista são emocionalmente<br />

voláteis, socialmente isoladoras e quase infindáveis. O anarquista razoável aceita esses<br />

fatos básicos – desde que fatos são o que a anarquia se trata – e se ele é<br />

verdadeiramente sábio ele se apaixona, ao menos um pouco, pelas dificuldade de seu<br />

dever.<br />

<strong>Anarquia</strong> <strong>Cotidiana</strong> | <strong>Portal</strong> <strong>Libertarianismo</strong>: www.libertarianismo.org<br />

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