Dissertação M. Fátima Leitão.pdf - Universidade Aberta
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Relações Interpessoais numa escola básica integrada do concelho de Oeiras. O posicionamento dos alunos<br />
Cap.II: Relações interpessoais<br />
(2007: 60). A predisposição dos professores para aceitarem o papel de figuras de<br />
vinculação, irá permitir às crianças: aprender a confiança e a reciprocidade 21 ,<br />
desenvolver a capacidade de auto-regulação emocional e comportamental, formar uma<br />
identidade, estabelecer valores morais e desenvolver recursos de resiliência 22 . (ibidem)<br />
Por outro lado, a compreensão do processo de ensino aprendizagem não pode<br />
prescindir de análises que considerem as características dos professores e dos alunos<br />
(inteligência, motivação, crenças, aspectos afectivos, rendimento académico, formação<br />
profissional, competências sociais educativas, entre outros) e do contexto imediato em<br />
que se dá esse processo (condições económicas e físicas da escola, estrutura e<br />
funcionamento, ambiente de sala de aula, relação pedagógica etc), nem do conjunto de<br />
condições mais amplas, como a filosofia da educação, a política educacional, a<br />
qualidade da formação de professores. Estes factores irão ser cruciais para o<br />
aperfeiçoamento das relações interpessoais, um dos objectivos decisivos na educação.<br />
Podendo contribuir como facilitadores das relações com a família com os amigos,<br />
colegas, a relação com o professor ou com os diversos grupos sociais onde o aluno se<br />
vai inserindo e com a comunidade em geral.<br />
4. Desenvolvimento de Competências Sociais<br />
A Psicologia nos seus diferentes ramos tem-se preocupado com o campo das<br />
relações interpessoais e dos comportamentos disruptivos 23 que daí podem advir. No<br />
com figuras significativas, o indivíduo desenvolve modelos representativos de si próprio e dos outros; - A<br />
qualidade dos laços emocionais influencia o processo de adaptação psicossocial presente e futuro. Abreu<br />
(2005)<br />
21 Por reciprocidade entende-se a resposta, dádiva, positiva ou negativa dada por um indivíduo a uma<br />
acção também ela positiva ou negativa. Ao dar-se uma resposta ao outro está a seguir-se a norma da<br />
reciprocidade. Esta norma, pressupõe que paguemos favores aos que nos ajudaram. Neto (2000:398)<br />
22 “A resiliência pode ser pensada como a capacidade de adaptação ou faculdade de recuperação. Uma<br />
atitude resiliente significa ter uma conduta positiva apesar das adversidades, ou seja, soma-se à resiliência<br />
a capacidade de construção positiva, superação, re-significação dos problemas, flexibilidade cognitiva.<br />
Este constructo apesar de actual, nas ciências humanas não é apenas um fenómeno individual, pode ser<br />
grupal, institucional e comunitário. As pesquisas cada vez mais aprofundadas em resiliência mudaram a<br />
forma como se percebe o ser humano, saindo de um modelo de risco, baseado nas necessidades e na<br />
doença, para um modelo de prevenção e promoção, baseado nas potencialidades e recursos que o ser<br />
humano tem em si mesmo e ao seu redor, considerando o indivíduo agente de sua própria ecologia e<br />
adaptação social.” Ingrid Pecorelli (2010) in<br />
http://autoconhecimentoequalidadedevida.blogspot.com/p/resiliencia-no-campo-da-relacoes.html<br />
23 Para uma definição de comportamento disruptivo, socorremo-nos de Veiga (1996:45) que o define “<br />
como aquele que vai contra as regras escolares, prejudicando as condições de aprendizagem, o ambiente<br />
Maria de <strong>Fátima</strong> <strong>Leitão</strong> 18