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VJ FEV 2010.p65 - Visão Judaica

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m grupo de socorristas<br />

israelenses conseguiu<br />

dia 23/1 resgatar<br />

com vida Emmanuel<br />

Buso, de 22 anos<br />

que estava preso nos escombros<br />

de um prédio em<br />

Porto Príncipe, dez dias depois do terremoto<br />

que arrasou a cidade, informou<br />

um comunicado do Exército de Israel.<br />

O homem foi levado para um hospital<br />

de campanha montado pelas forças<br />

israelenses na capital haitiana, e<br />

seu estado de saúde é estável. O prédio<br />

onde ele estava fica perto do palácio<br />

presidencial, que também foi<br />

destruído pelo impacto do tremor.<br />

"Equipes americanas e francesas<br />

não haviam conseguido resgatá-lo,<br />

então chamaram as equipes de busca<br />

e resgate da delegação israelense,<br />

que o tiraram dos escombros em<br />

meia hora. Um túnel de 2,5 a 3 m foi<br />

cavado e por ele o homem foi retirado<br />

inteiro e saudável", disse o major<br />

Zohar Moshe, membro da equipe de<br />

socorristas de Israel.<br />

Os 236 membros do corpo médico e da<br />

equipe de resgate das Forças de Defesa de<br />

Israel (218 militares e 18 civis) que desembarcaram<br />

no Haiti três dias após o catastrófico<br />

terremoto que atingiu o Haiti, concluíram<br />

seus trabalhos dia 27/01. A bordo do avião que<br />

os levou de volta, estava uma criança haitiana<br />

de 5 anos que passará por uma cirurgia cardíaca<br />

em Israel.<br />

Durante sua permanência os israelenses<br />

trataram mais de 1.100 pacientes, realizaram<br />

319 cirurgias bem sucedidas, fizeram o parto<br />

de 16 bebês e salvaram dezenas de pessoas<br />

presas sob as ruínas.<br />

A delegação era constituída de equipes de<br />

resgate do Comando e pessoal médico dos<br />

Corpos Médicos das Forças de Defesa de Israel,<br />

bem como unidades de logística, pessoal<br />

de segurança, busca, identificação e outros.<br />

Trinta toneladas de equipamentos que incluem<br />

aparelhos cirúrgicos, duas incubadoras,<br />

material para curativos, lençóis e material de<br />

cozinha foram deixados no Haiti para ajudar<br />

na continuidade dos esforços de ajuda.<br />

Na cerimônia que marcou a desmontagem<br />

do hospital de campo, o comandante, coronel<br />

Itzik Kryce, disse ao seu pessoal:<br />

- "Vocês foram uma gota de esperança num<br />

mar de desespero e muitas vezes fizeram a<br />

diferença entre a vida e a morte. Foi um grande<br />

privilégio e vocês o fizeram como seres humanos,<br />

seguindo o espírito das Forças de Defesa<br />

de Israel e de acordo com os valores de<br />

seu Corpo Médico".<br />

Homem de 22 anos é resgatado<br />

no Haiti 10 dias após tremor<br />

Terremoto erremoto<br />

Um terremoto de magnitude 7 na<br />

escala Richter atingiu o Haiti dia 12/<br />

1, às 16h53 no horário local (19h53<br />

em Brasília). Com epicentro a 15 km<br />

da capital, Porto Príncipe, segundo o<br />

Serviço Geológico Norte-Americano, o<br />

terremoto é considerado pelo órgão<br />

o mais forte a atingir o país nos últimos<br />

200 anos.<br />

Dezenas de prédios da capital<br />

caíram e deixaram moradores sob<br />

escombros. Importantes edificações<br />

foram atingidas, como prédios das<br />

Nações Unidas e do governo do país.<br />

Estimativas recentes do governo haitiano<br />

falavam que seriam 217 mil mortos<br />

e 75 mil corpos já enterrados. O<br />

Haiti é o país mais pobre do continente<br />

americano.<br />

Morte Morte de de brasileiros<br />

brasileiros<br />

A fundadora e coordenadora internacional<br />

da Pastoral da Criança,<br />

Organismo de Ação Social da Conferência<br />

Nacional dos Bispos do Brasil<br />

(CNBB), Zilda Arns, de Curitiba, o diplomata<br />

Luiz Carlos da Costa, segunda<br />

maior autoridade civil da Organização<br />

das Nações Unidas (ONU) no<br />

Haiti, o tenente da Polícia Militar do<br />

Distrito Federal Cleiton Batista Neiva,<br />

e pelo menos 18 militares brasileiros<br />

da missão de paz da ONU morreram<br />

durante o terremoto. Também<br />

foi confirmada a morte de uma brasileira<br />

com dupla nacionalidade, cuja<br />

identidade não foi divulgada.<br />

O O Brasil Brasil no no Haiti<br />

Haiti<br />

O Brasil chefia a missão de paz<br />

da ONU no país (Missão das Nações<br />

Unidas para a Estabilização no Haiti,<br />

ou Minustah, na sigla em francês),<br />

que conta com cerca de 7 mil integrantes.<br />

Segundo o Ministério da Defesa,<br />

1.266 militares brasileiros servem<br />

na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros<br />

no Haiti.<br />

A missão de paz foi criada em<br />

2004, depois que o então presidente<br />

Jean-Bertrand Aristide foi deposto<br />

VISÃO JUDAICA fevereiro de 2010 Adar 5770<br />

durante uma rebelião. Além do prédio<br />

da ONU, o prédio da Embaixada<br />

Brasileira em Porto Príncipe também<br />

ficou danificado, mas segundo o governo,<br />

não há vítimas entre os funcionários<br />

brasileiros.<br />

9<br />

Equipes de socorro de Israel no Haiti, retiram homem dos escombros<br />

após 10 dias do terremoto<br />

Relatório Haiti Nota de pesar por Zilda Arns<br />

A comunidade israelita do Paraná<br />

recebeu com choque a confirmação da<br />

morte da fundadora e coordenadora da<br />

Pastoral da Criança Internacional, Zilda<br />

Arns Neumann, no terremoto ocorrido<br />

no Haiti dia 12/1. A vida da excepcional<br />

médica catarinense de nascimento,<br />

mas curitibana de coração,<br />

que escolheu como projeto de vida a<br />

saúde pública e salvar vidas de crianças<br />

é exemplar para o mundo todo.<br />

Na Pastoral da Criança - entidade<br />

que fundou há anos atrás, e que desempenhou<br />

papel importantíssimo no<br />

Brasil inteiro, e também no exterior,<br />

na consolidação das políticas públicas<br />

de alimentação e nutrição, amamentação<br />

materna e controle da mortalidade<br />

infantil, entre outras ações de<br />

prevenção que promoveram a saúde,<br />

Zilda contou, por diversas vezes, com<br />

o auxílio da comunidade israelita, por<br />

intermédio de suas instituições.<br />

A atuação desta mulher de espírito<br />

nobre foi essencial para elevar a<br />

criança a uma condição prioritária<br />

dentro dos objetivos éticos e humanitários.<br />

Morreu dedicando-se às<br />

crianças, como sempre fez ao longo<br />

de sua vida.<br />

Seu trabalho foi merecedor, nos<br />

últimos anos, de diversos prêmios e<br />

medalhas. A última delas foi a Me-<br />

dalha de Mérito Oswaldo Cruz, conferida<br />

em novembro passado pelo<br />

Ministro da Saúde. Ela recebeu também<br />

diversos prêmios internacionais.<br />

Zilda Arns Neumann era atualmente<br />

coordenadora da Pastoral da<br />

Criança Internacional e da Pastoral do<br />

Idoso. Estava no Haiti disseminando<br />

entre religiosos de comunidades carentes<br />

daquele país as práticas bem<br />

sucedidas da Pastoral.<br />

Em outubro de 2002, a Loja<br />

Chaim Weizman da B'nai B'rith do<br />

Paraná, quando era presidente Isac<br />

Baril, foi a primeira a propor à B'nai<br />

B'rith Internacional que o nome de<br />

Zilda Arns fosse indicado para o Prêmio<br />

Nobel da Paz.<br />

Baril, junto com Marcos Guelmann<br />

e sua esposa Clara (hoje ambos<br />

residem em Israel), e o jornalis-<br />

ta Szyja Lorber, do <strong>Visão</strong> <strong>Judaica</strong>, fizeram<br />

a entrega a Zilda Arns, na<br />

sede da Pastoral da Criança em Curitiba<br />

de uma cópia da carta de sua<br />

indicação ao Nobel.<br />

Nascida em Forquilhinha (SC) em<br />

1934 e irmã do cardeal-arcebispo<br />

emérito de São Paulo, d. Paulo Evaristo<br />

Arns, Zilda Arns Neumann era<br />

médica formada em 1959 pela Universidade<br />

Federal do Paraná, tinha<br />

cinco filhos e dez netos. Atuou como<br />

pediatra no Hospital de Crianças Cezar<br />

Pernetta e como diretora técnica<br />

da Associação de Proteção Materno<br />

Infantil Saza Lattes, em Curitiba (PR),<br />

e, posteriormente, como diretora de<br />

Saúde Materno-Infantil, da Secretaria<br />

de Saúde Pública do Estado do Paraná<br />

e do Ministério da Saúde.<br />

Marcos e Clara Guelmann (esquerda) com Zilda Arns em 2002. À direita, Isac Baril

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