Raid Amezri – Uma história mal contada - TTVerde

Isto porque a abundancia é tão grande, que mesmo
que quisessem construir um castelo medieval, bastava
dar um passo e recolher as pedras.
O normal neste país é uma alternância de cenários
constante e aqui não é exceção. Depois do longo vale
que cruzamos de sul para norte, enveredamos por uma
garganta de um rio com escarpas muito altas e de
rocha nua.
A pista desaparece dando lugar a marcas de rodados
por cima do calhau redondo, típico dos rios. Este
trecho de quatro ou cinco quilómetros é deveras
impressionante e de uma beleza quase perturbadora.
Raid Amezri – Uma história mal contada
Após a primeira passagem de um
pequeno cume, descemos a um vale
cheio de pequenas quintas onde,
como é costume nas zonas
pedregosas, a terra para ser
cultivada necessita que as pedras
que cobrem o solo sejam removidas,
sendo depois aproveitadas para a
construção dos muros que delimitam
os lotes.
Algumas dessas pedras são
guardadas em montes e utilizadas
para outro fim, mas para qualquer
coisa próxima.
Começamos a subir à crista do Jebel Azlou a
cerca de 1800mts de altitude, quando podemos
observar ao longe e bem lá em baixo o Vale do
Draa. À medida que nos embrenhamos na
montanha vamo-nos sentindo mais pequeninos.
De um lado profundos desfiladeiros com
centenas de metros de altura, do outro,
sucessivos picos em direção a oriente. Alguns
com formas que nos deixam a pensar quem terá
sido o criador destas formas…
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