Raid Amezri – Uma história mal contada - TTVerde

Não fazia ideia que Agadir fosse de semelhante
dimensão, uma vila turística talvez… Uma
metrópole a bem dizer e de fugir! Muito ao
contrário da limpinha e bem arranjada Tiznit.
Virámos para Mirlef e fui-me sentido cada vez
mais em harmonia e maravilhado com a
paisagem. Uma estrada estreita serpenteando
entre colinas com milhares de catos. Tenho visto
muitos catos, mas nada como isto. Marrocos é
realmente surpreendente em cada recanto!
Raid Amezri – Uma história mal contada
Um atraso nem sempre é coisa má e já começa a ser uma
tradição a pequena noturna, que é sempre bem-vinda. A
pista obriga a uma atenção redobrada, mesmo com os
oito faróis. As pequenas acácias, catos e arbustos
transformam-se e existe maior oportunidade de ver os
furtivos fenecos, ou raposas-do-deserto (Vulpes zerda),
encadeadas pelos faróis.
Só vimos as ruínas do forte no dia seguinte, mas fomos
chamados à atenção por uma misteriosa fogueira e uma
placa a proibir o acampamento. A energia para o
acampamento propriamente dito vem de um gerador a
gasóleo e as luzes surgiram inesperadamente, após uma
pequena elevação do terreno.
Depois de Sidi Ifni a paisagem muda de uma
forma radical. Terminam as colinas e
percebe-se a aproximação ao deserto. Ainda
se vêm as antigas pistas, mas o alcatrão está
firme e para ficar.
Apesar de a noite estar rapidamente a cair,
ainda tentámos infrutiferamente ir ver Foum
Assaka, para depois apanharmos a pista para
Bou Jerif.
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