Raid Amezri – Uma história mal contada - TTVerde

Raid Amezri – Uma história mal contada
Tivemos de andar dentro duma espécie de canal com
água quase a chegar às portas, pois era esse o único
caminho, mas a recompensa para contrastar com a
reação anterior, foi uma alegre surpresa na entrada em
Amezri, onde fomos rodeados por crianças, entre os doze,
treze anos e os mais pequenos com dois ou três anos.
A noite aproximava-se a passos largos e pedimos
autorização para estabelecer o acampamento num local
mais ou menos plano e com menos pedras.
Os miúdos não nos largavam e queriam coisas, mas o que
eles precisavam não era o que queriam a princípio,
porque apesar de ainda estarmos no início de Outubro,
quase todos tinham frieiras nas mãos e a pele da cara
muito desidratada. Que podíamos fazer?
A festa na aldeia ia rija e a cantoria certamente não nos ia deixar
dormir. Apesar da Lua quase cheia conseguíamos ver com nitidez
as estrelas, certamente devido à altitude, pois apesar de
O Toni, com o seu dom natural, não teve qualquer problema no relacionamento e
rapidamente travou amizades. Eu agarrei no estojo de primeiros-socorros, algodão
embebido em Betadine e primeiro tratei dos mais graves, depois com um milagroso
creme Nivea “Soft” do colega, comecei a massajar todas as mãos e algumas caras.
Que recompensa! Só por isto valeu a pena chegarmos até aqui ao ver as expressões
de agradecimento. Desculpem, eu é que agradeço esta oportunidade de vos ajudar!
Para conseguirmos jantar tivemos que nos impor e lá se foram para a aldeia um
pouco mais a cima. Sobremesa: uvas e melão perfumado…
estarmos num vale, estávamos a cerca de 2300mts de altitude,
rodeados por montanhas, que reluziam em nosso redor.
Mas não foi a música da aldeia que nos impediu
de recolhermos às tendas… Quatro
companheiros regressaram radiantes por
estarmos ali. Eramos a novidade da noite e
queriam conhecer melhor a dupla animada!
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