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Inspiração providencial - Acil

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12<br />

JORNAL DA ACIL/Janeiro 2005<br />

"Democracia participativa deve prevalecer"<br />

Somar esforços para consolidar o eixo<br />

Londrina-Maringá como pólo de uma<br />

região de 4 milhões de habitantes significa<br />

uma estratégia de desenvolvimento com<br />

alcance de “um pequeno estado brasileiro”,<br />

de acordo com o professor de economia<br />

e diretor da Faculdade Nobel, de<br />

Maringá, João Celso Sordi. Além de coordenador<br />

técnico do Conselho de Desenvolvimento<br />

Econômico de Maringá<br />

(Codem), Sordi é representante da Associação<br />

Comercial e Empresarial de<br />

Maringá (ACIM) na diretoria executiva da<br />

Agência de Desenvolvimento Terra Roxa.<br />

“Atualmente, a sociedade só evolui se<br />

se organizar, o empresariado não deve<br />

pensar apenas no mercado local, há grandes<br />

oportunidades regionais”, defende o<br />

professor. “Associações, como essa, criam<br />

oportunidades para o empresário participar<br />

do processo de desenvolvimento:<br />

a democracia representativa está chegando<br />

ao final. Cada vez mais, passa a<br />

prevalecer a democracia participativa.”<br />

A seguir, os principais trechos da<br />

entrevista concedida ao Jornal da ACIL<br />

sobre o processo de integração do norte:<br />

Jornal da ACIL - Quando se espera<br />

obter os primeiros resultados do trabalho<br />

desenvolvido pela Agência?<br />

João Celso Sordi - O trabalho é de<br />

longo prazo. É preciso definir primeiro o<br />

que se quer, quais as atuações prioritárias,<br />

para agir sobre elas. O resultado leva<br />

algum tempo, é um trabalho que se inicia<br />

agora, mas não tem fim. Esperamos que<br />

em torno de uma geração haja reflexos<br />

bastante significativos no contexto da<br />

região de Londrina a Maringá.<br />

Jornal da ACIL - A Agência pretende<br />

atuar no apoio aos ramos empresariais<br />

que fazem parte do potencial de cada<br />

município. Não há risco de problemas entre<br />

as cidades que compartilham determinados<br />

setores industriais, como têxtil e de<br />

confecções, por exemplo?<br />

João Celso Sordi - Veja, é até bom<br />

que haja pontos comuns entre cidades,<br />

porque, para quem vai fazer investimento,<br />

há mais opções. De repente, dentro de<br />

um mesmo ramo de atividade, há demandas<br />

muito características que são<br />

atendidas por uma única cidade, então,<br />

no conjunto, há mais possibilidades de<br />

atender a necessidade de quem vai se<br />

instalar. Além disso, já estão definidos<br />

em nosso plano de trabalho os chamados<br />

mecanismos de compensação, de maneira<br />

que quando a Agência vai atuar por<br />

uma cidade - porque sob o ponto de vista<br />

dela aquela é a melhor oportunidade<br />

para determinado investimento – os outros<br />

municípios não vão brigar, porque<br />

estarão participando do resultado daquele<br />

empreendimento. É o mecanismo<br />

de compensação.<br />

Jornal da ACIL - Num processo de<br />

integração regional, cada município entra<br />

com um pouco do seu potencial e das suas<br />

qualidades econômicas, e tem a expectativa<br />

de obter algum tipo de retorno. O que<br />

Maringá tem a fornecer para os outros<br />

municípios e, por outro lado, o que espera<br />

receber?<br />

João Celso Sordi - Maringá pode<br />

contribuir de várias maneiras. Primeiro,<br />

por suas características, não tem praticamente<br />

área rural, só urbana, e enfrenta<br />

dificuldades para localização industrial,<br />

então muitas empresas podem se<br />

instalar em cidades próximas, utilizando<br />

a infra-estrutura, a parte de formação de<br />

recursos humanos, a disponibilidade de<br />

conhecimento tecnológico, entre outros,<br />

que Maringá tem. Esse tipo de contribuição,<br />

tanto Londrina quanto Maringá deverão<br />

dar a toda a região. E o que recebe?<br />

O empresário não deve pensar<br />

apenas no mercado local, mas também nas<br />

grandes oportunidades regionais<br />

Sabemos que Londrina e Maringá são os<br />

pólos, então qualquer empreendimento<br />

novo, num raio de 100 a 150 quilômetros,<br />

irá beneficiar diretamente essas duas<br />

cidades.<br />

Jornal da ACIL - A integração econômica<br />

da região norte pode reverter a contínua<br />

concentração de força econômica em<br />

Curitiba, nas últimas três décadas?<br />

João Celso Sordi - Eu acho que pode,<br />

porque nós temos um potencial muito<br />

grande que ainda não foi devidamente<br />

explorado. Somos uma região para a<br />

qual, infelizmente, os governos estadual<br />

e federal pouco olharam. Os programas<br />

federais de investimentos são definidos<br />

em cima da Região Metropolitana de<br />

Curitiba. É o tal negócio, quando há<br />

aglomeração urbana, se cria demanda; a<br />

demanda é atendida pelo governo e esse<br />

atendimento vai atrair novos agrupamentos,<br />

que vão gerar novas demandas.<br />

Precisamos quebrar esse círculo em torno<br />

apenas da capital, com organização,<br />

para fazer com que as demandas locais<br />

também sejam atendidas.<br />

(Fábio Cavazotti)

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