Inspiração providencial - Acil
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JORNAL DA ACIL/Janeiro 2005 13<br />
Estudo elaborado pelo Banco Nacional de<br />
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),<br />
em 1998, e atualizado em 2002, aponta o<br />
trecho Londrina-Maringá como o mais viável<br />
do País para a retomada do transporte ferroviário<br />
de passageiros. O custo de recuperação<br />
da malha e compra dos dois módulos de<br />
vagões, para um total de 500 a 600 passageiros,<br />
foi estimado em torno de R$ 95 milhões.<br />
A taxa de retorno pode chegar a 47,2%.<br />
“O potencial é muito grande, representa<br />
um dos melhores trechos do País porque liga<br />
centros economicamente fortes - não só Londrina<br />
e Maringá -, mas cidades intermediarias<br />
de grande importância regional”, disse por<br />
A VOLTA DO TREM<br />
Londrina e Maringá<br />
Projeto, com custo estimado<br />
em R$ 95 milhões pelo BNDES e<br />
que já está nas mãos do<br />
Governo Federal, pode trazer o<br />
trem de passageiros de volta à<br />
região<br />
telefone ao Jornal da ACIL, o chefe de Desenvolvimento<br />
Urbano do BNDES, João<br />
Scharinger. O estudo do banco selecionou 14<br />
regiões do País com distância máxima de 100<br />
quilômetros e pelo menos uma cidade com<br />
mais de 100 mil habitantes, situação que o<br />
Norte do Paraná ultrapassa com folga.<br />
Os vagões, menores que os trens normais,<br />
seriam movidos a óleo diesel e desenvolveriam<br />
velocidade entre 80 e 110 Km/hora. A previsão<br />
é que a passagem fique 10% mais cara que o<br />
transporte rodoviário.<br />
“Em compensação seria mais seguro, menos<br />
poluente, não precisaria parar em sinaleiros<br />
e quebra-molas e permitira um novo eixo<br />
de desenvolvimento ao longo da via”, declarou<br />
Scharinger. “Além disso, o custo de manutenção<br />
de ferrovia é bem menor que o das estradas.”<br />
Scharinger acredita que é grande a possibilidade<br />
do projeto virar realidade nos próximos<br />
anos. “Depende de uma decisão de<br />
governo, o presidente Lula e o presidente do<br />
Banco, Guido Mantega, têm essa visão, de que<br />
o transporte de passageiros é um serviço<br />
público. O BNDES está profundamente envolvido<br />
nisso”.<br />
O volume de tráfego da linha ferroviária de<br />
passageiros pode atingir, inicialmente, sete<br />
milhões de pessoas ao ano, entre Londrina e<br />
Maringá, cerca de 20% da movimentação<br />
rodoviária atual. A previsão é de que haja<br />
estações intermediárias em Cambé, Rolândia,<br />
Apucarana, Jandaia do Sul e Mandaguari.<br />
De acordo com o BNDES, a instalação de<br />
trens de passageiros iria aumentar a taxa de<br />
ocupação da linha férrea entre Londrina e<br />
Maringá, atualmente circunscrita aos seis meses<br />
do ano em que há transporte da safra<br />
agrícola.<br />
Fábio Cavazotti<br />
pela linha férrea