O Anticristo | Friedrich Nietzsche - Charlezine
O Anticristo | Friedrich Nietzsche - Charlezine
O Anticristo | Friedrich Nietzsche - Charlezine
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
O <strong>Anticristo</strong> | <strong>Friedrich</strong> <strong>Nietzsche</strong><br />
www.mundocultural.com.br<br />
que sois vós, é santo” (I Paulo aos coríntios, 3:16-17). – Para coisas assim não há<br />
desprezo suficiente...<br />
“Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve<br />
ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?” (I Paulo<br />
aos coríntios, 6:2). – Infelizmente, não é apenas o discurso de um lunático... Esse<br />
espantoso impostor assim prossegue: “Não sabeis vós que havemos de julgar os<br />
anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?”...<br />
“Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na<br />
sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus<br />
salvar os crentes pela loucura da pregação... Não são muitos os sábios segundo a<br />
carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. Mas Deus<br />
escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as<br />
coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas vis<br />
deste mundo, e as desprezíveis, e as que nada são, para aniquilar as que são; para<br />
que nenhuma carne se glorie perante ele” (I Paulo aos coríntios, 1:20 e adiante(2)). –<br />
Para compreender esta passagem, um exemplo de primeira linha da psicologia da<br />
moral de chandala, deve-se ler a primeira parte de minha “Genealogia da Moral”: nela,<br />
pela primeira vez, foi evidenciado o antagonismo entre a moral nobre e a moral de<br />
chandala, nascida do ressentimento e da vingança impotente. Paulo foi o maior dos<br />
apóstolos da vingança...<br />
1 – Paráfrase de Demétrio. “Bem rugido, leão!”, ato V, cena I de “Sonho de uma Noite<br />
de Verão”, por William Shakespeare. O leão, obviamente, é o símbolo cristão para<br />
Marcos. (H. L. Mencken)<br />
2 – 20, 21, 26, 27, 28, 29.<br />
www.mundocultural.com.br