síntese de feromônios - UFF
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE<br />
CENTRO DE ESTUDOS GERAIS<br />
INSTITUTO DE QUÍMICA<br />
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA ORGÂNICA<br />
ALISSON FAGNER DOS SANTOS TRINDADE<br />
APLICAÇÃO DE ULTRA-SOM EM HIDRÓLISE<br />
ENZIMATICA DE ACETATOS ALQUÍLICOS E<br />
ARÍLICOS:<br />
SÍNTESE DE FEROMÔNIOS<br />
Niterói<br />
Novembro/ 2006
ALISSON FAGNER DOS SANTOS TRINDADE<br />
APLICAÇÃO DE ULTRA-SOM EM HIDRÓLISE<br />
ENZIMATICA DE ACETATOS ALQUÍLICOS E<br />
ARÍLICOS:<br />
SÍNTESE DE FEROMÔNIOS<br />
Dissertação <strong>de</strong> Mestrado apresentada ao<br />
Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Química<br />
Orgânica da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />
Fluminense como requisito parcial para a<br />
obtenção do Grau <strong>de</strong> Mestre em Química<br />
Orgânica.<br />
Orientador: Carlos Magno Rocha Ribeiro<br />
Niterói<br />
Novembro / 2006
ALISSON FAGNER DOS SANTOS TRINDADE<br />
APLICAÇÃO DE ULTRA-SOM EM HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DE<br />
ACETATOS ALQUÍLICOS E ARÍLICOS:<br />
SÍNTESE DE FEROMÔNIOS<br />
Dissertação <strong>de</strong> Mestrado apresentada ao<br />
Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Química<br />
Orgânica da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />
Fluminense como requisito parcial para a<br />
obtenção do Grau <strong>de</strong> Mestre em Química<br />
Orgânica<br />
BANCA EXAMINADORA<br />
_______________________________________________________<br />
Prof. Dr. Carlos Magno Rocha Ribeiro - Orientador - Presi<strong>de</strong>nte da Banca<br />
<strong>UFF</strong><br />
_______________________________________________________<br />
Prof. Dr. Maria Fernanda V. da Cunha<br />
<strong>UFF</strong><br />
_______________________________________________________<br />
Prof. Dr. Pedro Ivo Canesso Guimarães.<br />
UERJ<br />
Niterói<br />
Novembro / 2006
Este trabalho foi realizado sob<br />
orientação do professor Carlos Magno<br />
Rocha Ribeiro, do Instituto <strong>de</strong> Química<br />
da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense.
ÍNDICE<br />
Resumo..........................................................................................................5<br />
Abstract ........................................................................................................6<br />
Lista <strong>de</strong> Abreviaturas.....................................................................................7<br />
1. Introdução..................................................................................................8<br />
2. Semioquímicos........................................................................................10<br />
2.1 Definição e Classificação.......................................................10<br />
2.2 Feromônios ............................................................................11<br />
3. Feromônios, Histórico e algumas Sínteses (Sulcatol 7 e 2-metil-4-octanol<br />
17)................................................................................................................15<br />
3.1 Histórico da Síntese <strong>de</strong> Feromônios .....................................15<br />
3.2 SULCATOL 7 (2-hidróxi-6-metilhept-5-eno)......................16<br />
3.3 2-Metil-4-Octanol 17............................................................31<br />
4. Enzimas...................................................................................................35<br />
4.1 Histórico...............................................................................35<br />
4.2 Aspectos mecanisticos..........................................................36<br />
4.3 Classificação ........................................................................37<br />
4.4 Hidrólise <strong>de</strong> Ésteres .............................................................38<br />
5. Ultrasom..................................................................................................39<br />
6. Objetivo...................................................................................................45<br />
7. Metodologia.............................................................................................46<br />
8. Resultados e Discussão...........................................................................49<br />
8.1 Obtenção dos Álcoois 17, 25, 26 E 27 E ACETATOS 7a, 17a,<br />
18a, 19a, 20a, 21a, 22a, 23a, 25a, 26a e 27a..............................49<br />
8.2 Hidrólise Enzimática dos Acetatos Sob Ultrasom e Agitação<br />
Magnética....................................................................................................52<br />
8.3 Proposta <strong>de</strong> Continuida<strong>de</strong>.......................................................57<br />
8.4 Analise das Conversões das Resoluções Enzimáticas............66<br />
1
9. Conclusão................................................................................................83<br />
10. Experimental.........................................................................................83<br />
10.1 Materiais e Métodos............................................................83<br />
10.2 Procedimento Geral Para Reação <strong>de</strong> Redução das Cetonas.85<br />
10.3 Procedimento para Reação <strong>de</strong> Alquilação para Obtenção <strong>de</strong><br />
2-Metil-4-Octanol 17...................................................................................87<br />
10.4 Procedimento Geral Para Reação <strong>de</strong> Acetilação dos Álcoois<br />
Racêmicos...................................................................................................87<br />
10.5 Procedimento Para Obtenção do Acetato <strong>de</strong> Pitiol 18.........92<br />
10.6 Procedimento Para Obtenção do Hidróxiéster 24................93<br />
10.7 Procedimento Para A Hidrólise Enzimática dos Acetatos<br />
Alquílicos 19a, 20a, 21a, 22a E 23a...........................................................94<br />
10.8 Procedimento Para a Hidrólise Enzimática dos Acetatos<br />
Aromáticos 25a, 26a E 27a.........................................................................95<br />
10.9 Procedimento Para Hidrólise Enzimática do Acetato <strong>de</strong> Sulcatol<br />
7ª..................................................................................................................96<br />
10.10 Procedimento Para A Hidrólise Enzimática do Acetato <strong>de</strong><br />
Transpitiol 18a ...........................................................................................97<br />
10.11 Procedimento Para Hidrólise Enzimática do Acetato <strong>de</strong> 2metil-4-octanol<br />
17a.....................................................................................98<br />
11. Bibliografia..........................................................................................100<br />
12. Anexos.................................................................................................111<br />
2
“Não há nada que seja maior evidência <strong>de</strong> insanida<strong>de</strong> do que fazer a<br />
mesma coisa dia após dia e esperar resultados diferentes.”<br />
(Albert Einstein)<br />
Este trabalho é <strong>de</strong>dicado a Deus e as pessoas mais importantes da minha<br />
vida:<br />
Minha esposa, meus pais e meus irmãos.<br />
3
AGRADECIMENTOS:<br />
A Deus pelo amor <strong>de</strong>spejado a min e minha formação moral.<br />
A minha esposa, Dayana Ferreira Souza Trinda<strong>de</strong>, por todo o apoio,<br />
carinho, amor e companheirismo.<br />
Ao Prof. Dr. Carlos Magno Rocha Ribeiro, pela confiança, paciência<br />
e respeito com os quais este trabalho foi conduzido.<br />
A minha família, principalmente minha mãe Elenir dos Santos<br />
Silvestre, meu pai Wagner Brum Trinda<strong>de</strong>, meus irmãos Alexssan<strong>de</strong>r dos<br />
Santos Trinda<strong>de</strong> e Kamilla dos Santos Trinda<strong>de</strong> e a meu sogro Argentino<br />
Souza Abreu e minha Sogra Ana Val<strong>de</strong>te Ferreira Sousa. Por todo apoio e<br />
amor concedidos.<br />
Aos meus amigos Cristina Mitsue, Pablo Pinto Sousa e Fabiano<br />
Fernan<strong>de</strong>s Vieira por todo o companheirismo.<br />
Aos <strong>de</strong>mais amigos <strong>de</strong> laboratório e amigos da GQO.<br />
Á CAPES pela bolsa concedida.<br />
4
RESUMO<br />
Este trabalho amplia o estudo das reações <strong>de</strong> hidrólise enzimática mediada por<br />
ultrasom <strong>de</strong> acetatos primários, secundários e terciários mo<strong>de</strong>los.<br />
Os substratos avaliados neste trabalho foram o acetato <strong>de</strong> 1-metilpentila, acetato<br />
<strong>de</strong> 1-metilhexila, acetato <strong>de</strong> 1-metiloctila, acetato <strong>de</strong> 1,5-dimetil-4-hexenila, acetato <strong>de</strong><br />
1-butil-2-propenila, acetato <strong>de</strong> 2-etil-hexila, acetato <strong>de</strong> 1-isobutilpentila, 1-feniletila,<br />
acetato <strong>de</strong> ciclohexil(fenil)metila, acetato <strong>de</strong> 1,2,3,4-tetrahidro-1-nafitalenila e acetato<br />
<strong>de</strong> 1-metil-1-(5-metiltetrahidro-2-furanil)etila. Alguns dos álcoois obtidos pela reação<br />
<strong>de</strong> hidrólise enzimática (sulcatol, 2-metil-4-octanol, trans-pitiol, 2-heptanol e<br />
feniletanol) são <strong>feromônios</strong> que po<strong>de</strong>m ser utilizados no controle <strong>de</strong> pragas na<br />
agricultura. As enzimas utilizadas para estas reações foram a “pig live” esterase (PLE),<br />
Cândida rugosa lípase (CRL) e Aspergillus oryzae protease (AOP) e a Pseudomonas<br />
cepacia protease (AOP).<br />
Este trabalho <strong>de</strong>monstrou que o emprego do banho <strong>de</strong> ultrasom neste tipo <strong>de</strong><br />
hidrólise aumentou a velocida<strong>de</strong> das reações para os substratos alquílicos e arilicos<br />
quando comparadas com a mesma reação <strong>de</strong> hidrólise enzimática usando-se agitação<br />
magnética com as enzimas AOP, PLE e CRL, com exceção da hidrólise enzimática do<br />
acetato <strong>de</strong> 1-isobutilpentila com a enzima PLE.<br />
5
ABSTRACT<br />
This work enlarge the study of the enzymatic hydrolysis mediated by ultrasound<br />
primary, secondary and tertiary acetates mo<strong>de</strong>ls.<br />
The substrates used in this reactions were: 1-methylpentyl acetate, 1-<br />
methylhexyl acetate, 1-methyloctyl acetate, 1,5-dimethyl-4-hexenyl acetate, 1-butyl-2-<br />
propenyl acetate, 2-ethyl-hexyl acetate, 1-isobutylpentyl acetate, 1-phenyletyl acetate,<br />
ciclohexyl(phenyl)methyl acetate, 1,2,3,4-tetrahydro-1-naphthalenil acetate and 1-<br />
methyl-1-(5-methyltetrahydro-2-furanyl)ethyl acetate. Some alcohols prepared by these<br />
enzymatic hydrolysis are pheromones (sulcatol, 2-methyl-4-octanol, 1-phenylethanol<br />
and 2-(5-methyltetrahydro-2-furanyl)-2-propanol), which can be used in the control of<br />
insects. The enzymes valued in these reactions were: pig liver esterase (PLE), Candida<br />
rugosa lipase (CRL) and Aspergilus oryzae protease (AOP).<br />
In general way, the use of ultrasound bath lead to an appreciative <strong>de</strong>crease in the<br />
reaction time of enzymatic hydrolysis reactions for alkyl and aryl acetates when<br />
compared with the use of magnetic stirring in the same reactions, excepting when PLE<br />
was used. in enzymatic hydrolysis of the 1-isobutylpentyl acetate.<br />
6
AG: Agitação Magnética<br />
AOP: Aspergilus oryzae protease<br />
APT: Aspergillus oryzae protease<br />
ccf: Cromatografia <strong>de</strong> camada fina<br />
CRL: Cândida rugosa lípase<br />
e.e : excesso enantiomérico<br />
LISTA DE BREVIATURAS<br />
NADH: nicotinamida a<strong>de</strong>nina dinucleoti<strong>de</strong>o<br />
NADH: nicotinamida a<strong>de</strong>nina dinucleoti<strong>de</strong>o fosfato<br />
PCL: Pseudomonas cepacia lípase<br />
PLE: pig liver esterase<br />
RMN 13 C: ressonância magnética nuclear <strong>de</strong> carbono-13<br />
RMN 1 H: ressonância magnética nuclear <strong>de</strong> hidrogênio<br />
DCM: diclorometano<br />
THF: Tetrahidrofurano<br />
US: Ultrasom<br />
DMAP: dimetilaminopiridina<br />
7
1. INTRODUÇÃO<br />
Os sinais químicos emitidos por diversos organismos vivos estão envolvidos em<br />
processos relacionados à sua dinâmica populacional como a reprodução, espaço,<br />
agregação e <strong>de</strong>fesa. 1,2,3 A ativida<strong>de</strong> biológica <strong>de</strong>stes sinais químicos está, na maioria<br />
dos casos, intrinsecamente ligada ao seu arranjo estrutural e/ou pureza óptica. 4<br />
A <strong>síntese</strong> das substâncias envolvidas nestes processos, po<strong>de</strong> ser realizada por<br />
varias metodologias sintéticas das quais <strong>de</strong>stacam-se o uso <strong>de</strong> blocos <strong>de</strong> construção<br />
quírais, reduções químicas assimétricas, reduções enzimáticas assimétricas e<br />
biotransformações, além da aplicação <strong>de</strong> hidrolases. 4<br />
A Resolução <strong>de</strong> álcoois racêmicos é uma das mais interessantes metodologias<br />
empregadas em <strong>síntese</strong> orgânica e vem sendo investigado por muitos pesquisadores. 5<br />
Dentre os álcoois que têm sido alvo <strong>de</strong> resoluções <strong>de</strong>stacam-se aqueles que são<br />
<strong>feromônios</strong>, bem como, o uso <strong>de</strong> enzimas como uma das metodologias empregadas na<br />
resolução <strong>de</strong> álcoois racêmicos.<br />
As hidrólises enzimáticas <strong>de</strong>scritas na literatura têm <strong>de</strong>monstrado bons<br />
resultados para a resolução <strong>de</strong> álcoois, como, por exemplo, bons excessos<br />
enantioméricos <strong>de</strong> suas reações e em boas conversões. 6 A catálise <strong>de</strong>stas hidrólises<br />
po<strong>de</strong> ser mediada tanto pela enzima isolada 7 como pelo microorganismo vivo. 61<br />
1 Silverstein, R. M., “Insect Comunication”, T. Lewis (ed). 12 th Symposium of the Royal Entomological<br />
Society of London. Aca<strong>de</strong>mic Press, Londres. 1984.<br />
2 Mori, K., Synthesis of Optically active pheromones. Tetrahedron, 1989, 45, 3233-3298. e referências<br />
citadas.<br />
3 Pickett, J. A., Wadhams, L. J., e Wooddcock, C. M., The Chemical Ecology of Aphids. Annu. Rev.<br />
Entomol. 1992, 37, 67-90.<br />
4 Mori, K. Pheromones: Synthesis and bioactivity. Chem. Comm. 1997, 6, 1153-1158.<br />
5 Secundo, F., Ottolina, G., Riva, S., e Carrea, Giacomo. The Enantioselectivity of Lipase PS in<br />
Clorinated Solventes Increases as a Function of Substrate Conversion. 1997, 8, 2167. e referências<br />
citadas.<br />
6 . Loughlin, W. A., Biotransformations in Organic Synthesis. Bioresource Technology, 2000,74, 49-62.<br />
7 Abate,A., Brenna, E., Fuganti, C., Gatti, F. G., e Serra, S., Lipase-Catalysed Preparation Of<br />
Enantiomerically Enriched Odorants. Journal of Molecular Catalysis B: Enzymatic, 2004, 32, 33–51.<br />
8
As hidrólises mediadas por enzimas isoladas vêm sendo aplicadas a várias<br />
categorias <strong>de</strong> substratos orgânicos. 7 De uma forma geral, estas reações têm uma<br />
conversão máxima <strong>de</strong> 50% do racemato, on<strong>de</strong> o enantiômero compatível com a enzima<br />
é hidrolisado. Contudo, resoluções dinâmicas foram relatadas como o acoplamento <strong>de</strong><br />
hidrólise com reações reversíveis <strong>de</strong> Michael. 8 Enzimas recombinadas por metagênese<br />
também foram aplicadas a reações <strong>de</strong> hidrólise enzimática. 9<br />
A aplicação <strong>de</strong> novas técnicas acopladas às hidrólises enzimáticas, como o uso<br />
<strong>de</strong> ultrasom, vem revelando resultados importantes como o aumento significativo da<br />
velocida<strong>de</strong> reacional sem prejuízo a enantioseletivida<strong>de</strong> da enzima. 10,11,12 Desta forma,<br />
resolveu-se ampliar o estudo, iniciado pelo nosso grupo <strong>de</strong> pesquisa, das reações <strong>de</strong><br />
hidrólise enzimática acoplados ao uso <strong>de</strong> ultra-som na <strong>síntese</strong> <strong>de</strong> álcoois quírais. Além<br />
disso, foi <strong>de</strong>cido aplicar esta metodologia na obtenção dos <strong>feromônios</strong> sulcatol 7<br />
(feromônio <strong>de</strong> agregação da broca Gnathotrichus sulcatus) 13 e o 2-metil-4-octanol 17<br />
(feromônio <strong>de</strong> agregação do Metamasius h. hemipterus) 14 .<br />
Nos próximos capítulos serão apresentados alguns temas que são importantes<br />
para a discussão <strong>de</strong>sta dissertação, como semioquímicos, <strong>síntese</strong> <strong>de</strong> <strong>feromônios</strong> com<br />
ênfase para as <strong>síntese</strong>s <strong>de</strong>scritas dos <strong>feromônios</strong> sulcatol 7 e 2-metil-4-octanol 17,<br />
enzimas e o uso <strong>de</strong> ultrasom nas reações <strong>de</strong> hidrólise enzimática. A seguir serão<br />
<strong>de</strong>scritos o objetivo e o planejamento para o estudo proposto, bem como os resultados<br />
obtidos.<br />
8<br />
Pestei, J. A., Yin, J., Zhang, L., e Anzalone, L., Reversible Michael Reaction-Enzymatic Hydrolises: A<br />
New Variant of Dynamic Resolution. J. Am. Chem. Soc. 2001, 123, 11075-11076.<br />
9<br />
Anna, M., e Bornscheuer, U. T., Site directed Mutagenesis of Reconbinant Pig Liver Esterase Yelds<br />
Mutants With Altered Enantioselectivity. Tetrahedron: Assym. 2003, 14, 1341-1344.<br />
10<br />
Lin. G.; Liu. H., Ultrasound-Promoted Lipase-Catalyzed Reactions. Tetrahedron Lett. 1995,<br />
36,34,6067.<br />
11<br />
Ribeiro, C., M., R., Elisa, N., P., e Brenelli, E., C., S. Ultrasound in Enzymatic Resolution of Ethyl 3hydroxy-3-phenylpropanoate.<br />
Tetrahedron lett. 2001, 42, 6477.<br />
12<br />
Brenelli, E., C., S., Ferna<strong>de</strong>s, J., L., N. Stereoselective Acylations of 1,2-azidoalcohols With Vinyl<br />
Acetate, Catalyzed by Lipase Amano ps. Tetrahedron: Asymm., 2003, 14,1255.<br />
13<br />
Byrne, K. J. Swigar, A. A., Silverstein, R. M., Bor<strong>de</strong>n, J. H. e Stokkink, E . Sulcatol: Population<br />
Aggregation Pheromone In The Scolytid Beetle, Gnathotrichus Sulcatus. J. Insect. Physiol.1974, 20,<br />
1895-1900<br />
14<br />
Rochat, D.; Malosse, C.; Lettere, M.; Ramirez-Lucas, P.; Einhorn, J.; Zagatti, P. C. R. I<strong>de</strong>ntification<br />
Of New Pheromone-Related Compounds From Volatiles Produced By Males Of Four Rhynchophorinae<br />
Weevils (Coleoptera, Curculionidae). Acad. Sci. Paris III 1993, 316, 1737.<br />
9
2. SEMIOQUÍMICOS<br />
2.1 Definição e Classificação<br />
O termo semioquímico (do grego semeion que significa sinais) é aplicado às<br />
substâncias químicas que promovem a comunicação entre os organismos vivos,<br />
compreen<strong>de</strong>ndo tanto substâncias que fazem a comunicação entre indivíduos da mesma<br />
espécie (intraespecifico) como aquelas que promovem a comunicação entre indivíduos<br />
<strong>de</strong> espécies diferentes (interespecifico). Os <strong>feromônios</strong> representam uma subclasse dos<br />
semioquímicos, pois são responsáveis somente pela comunicação intraespecifica e são<br />
classificados conforme sua função, as principais são agregação, repulsão, alarme, sexual<br />
e trilha ou orientação. 15,16 Já as substâncias pertencentes à subclasse dos aleloquímicos<br />
são responsáveis pela comunicação entre indivíduos <strong>de</strong> espécies diferentes e são<br />
classificados pelas vantagens e <strong>de</strong>svantagens que po<strong>de</strong>m causar ao receptor e ou ao<br />
emissor, são classificados em: alomômios (geram algum tipo <strong>de</strong> vantagem para o<br />
emissor e não para o receptor), cairomônios (somente o receptor terá algum beneficio),<br />
sinomônios (proporcionam benefícios para ambos, tanto para o receptor quanto para o<br />
emissor) e apneumônios (sinais emitidos por material morto ou em <strong>de</strong>composição).<br />
Algumas substâncias especificas po<strong>de</strong>m realizar a comunicação interespecífica e<br />
intraespecífica, po<strong>de</strong>ndo estar inseridas em mais <strong>de</strong> uma das subclasses citadas acima 17<br />
(Fluxogra 1).<br />
15 Law J. H.,e Regnier F. E., Pheromones, Annual Review Of Biochemistry. 1971, 40, 533.<br />
16 Nordlund, D. A. Semiochemicals: A Review of The Terminology. In: Semiochemicals: Their Role in<br />
Pest Control; (Eds.: Nordlund, D. A.; Jones, R. L.; Lewis, W. J.) John Wiley and Sons, New York, 1981;<br />
pp 13–28 e referências citadas.<br />
17 Larsson, M. Natural Products From Nonracemic Building Blocks. In: Synthesis of Pine Sawfly<br />
Pheromones; Mid Swe<strong>de</strong>n University. 2005<br />
10
2.2- Feromônios<br />
Fluxograma 1: Classificação dos assinaladores químicos.<br />
Os <strong>feromônios</strong> são originalmente <strong>de</strong>finidos como substâncias secretadas por um<br />
indivíduo e recebidas por um segundo indivíduo da mesma espécie em qual provoca<br />
uma reação específica, como uma <strong>de</strong>terminada resposta comportamental ou<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado processo 18 . O termo feromônio vem do grego<br />
Pherein, que significa transferência, e hormon, que significa estimulação, excitação. A<br />
ação dos <strong>feromônios</strong> entre os indivíduos po<strong>de</strong> ser comparada com a ação dos hormônios<br />
como sinais internos em um organismo individual. 19<br />
2.2.1 Aplicação e Bioativida<strong>de</strong><br />
A principal aplicação <strong>de</strong> <strong>feromônios</strong> ocorre, por exemplo, no controle <strong>de</strong><br />
superpopulações <strong>de</strong> insetos, que <strong>de</strong> alguma forma po<strong>de</strong>m causar danos à produção <strong>de</strong><br />
alimentos e ma<strong>de</strong>ira, 20 por exemplo. O uso extensivo <strong>de</strong> vários inseticidas a base <strong>de</strong><br />
compostos orgânicos usuais no controle <strong>de</strong> insetos tem tido várias conseqüências não<br />
<strong>de</strong>sejadas; uma vez que estas substâncias po<strong>de</strong>m não agir somente sobre o inseto que<br />
está em <strong>de</strong>sequilíbrio populacional, mas também em seus predadores e outras classes <strong>de</strong><br />
organismos. Além disso, muitos insetos <strong>de</strong>senvolvem resistência a estes <strong>de</strong>fensivos<br />
agrícolas. Estes problemas têm incentivado vários químicos e biólogos a <strong>de</strong>senvolver<br />
18 Wyatt, T. D. Pheromones and Animal Behaviour, Cambridge, Oxford, 2003<br />
19 Karlson, P.; Butenandt, A. Pheromones (Ectohormones) In Insects. Ann.. Rev. Entomol. 1959, 4, 39–58<br />
20 Per E Månsson. P. E. Host Selection and Antifeedants in:Hylobius abietis Pine Weevils, Suécia<br />
University of Agricultural Sciences, 2005<br />
11
novas metodologias para o <strong>de</strong>vido controle e manejo <strong>de</strong>stes insetos. Por exemplo,<br />
agentes <strong>de</strong> controle biológico como parasitas e insetos predadores têm sido usados já há<br />
algum tempo. Recentemente, o controle <strong>de</strong> pragas tem sido complementado pelo uso <strong>de</strong><br />
<strong>feromônios</strong>. 21,22,23,24<br />
Um dos avanços mais notáveis nas ciências dos <strong>feromônios</strong> nas duas últimas<br />
décadas é a <strong>de</strong>monstração da importância da relação da quiralida<strong>de</strong> das substâncias<br />
orgânicas com a bioativida<strong>de</strong> do feromônio (Figura 1). A relação estrutura-ativida<strong>de</strong> das<br />
substancias orgânicas po<strong>de</strong>m ser divididas em <strong>de</strong>z categorias 4 :<br />
Somente um enantiômero é bioativo, e o antipodo não inibe a<br />
ação do feromônio – esta é a relação mais comum e representa aproximadamente<br />
60% dos <strong>feromônios</strong>, por exemplo, o isômero (3-(S), 4-(R))-faranal (1) é o<br />
feromônio <strong>de</strong> trilha da formiga do faraó, enquanto seu enantiômero não tem<br />
qualquer ativida<strong>de</strong>. 25<br />
Somente um enantiômero é bioativo e o antipodo inibe a ação do<br />
feromônio – o enantiômero (3-(R), 2-(S))-2-<strong>de</strong>ciu-3-(5-metil-hexil) oxirano 2 foi<br />
o primeiro feromônio estudado pertencente a este grupo. Em condições <strong>de</strong><br />
campo o macho das mariposas Lymantria díspar e Lymantria monacha<br />
respon<strong>de</strong>m ao (7(R),8(S))-2 contudo, a adição do (7(S),8(R))-2 diminui a<br />
resposta significativamente na L. díspar, enquanto o mesmo não acontece na L.<br />
monacha. 26,27<br />
Somente um enantiômero é bioativo, e seu diasteroisomero inibe<br />
a ação do feromônio – a serricornina (4(S),6(S),7(S))- 7-hidroxi-4,6-dimetil-3-<br />
21 Dev., S.; Koul, O. Insectici<strong>de</strong>s of Natural Origin; Harwood Aca<strong>de</strong>mic Publishers: Amsterdam, 1997; p<br />
vii<br />
22 Cross, J. V.; Solomon, M. G.; Babandreier, D.; Blommers, L.; Easterbrook, M. A.; Jay, C. N.; Jenser,<br />
G.; Jolly, R. L.; Kuhlmann, U.; Lilley, R.; Olivella, E.; Toepfer, S.; Vidal, S. Biocontrol of Pests of<br />
Apples and Pears in Northern and Central Europe: 2. Parasitoids. Biocontrol Sci. Techn. 1999, 9, 314.<br />
23 Klein, O., Kroschel. Biological Control of Orobanche Spp. With Phytomyza Orobanchia, A Review. J.<br />
Biocont. 2002, 47, 245.<br />
24 Solomon, M. G.; Cross, J. V.; Fitzgerald, J. D.; Campbell, C. A. M.; Jolly, R. L.; Olszak, R. W.;<br />
Niemczyk, E.; Vogt, H. Biocontrol of Pests of Apples and Pears in Northern and Central Europe - 3.<br />
Predators. Biocontrol Sci. Techn. 2000, 10, 91.<br />
25 Kobayashi, M. Koyama, T., Ogura, K. Seto, S., Ritter F. J., e Brüggemann-Rotgans, I. E. M.,<br />
Bioorganic Synthesis And Absolute-Configuration Of Faranal. J. Am. Chem. Soc., 1980, 102, 6602.<br />
26 Iwaki, S., Marumo, S., Synthesis And Activity Of Optically-Active Disparlure. J. Am. Chem. Soc.,<br />
1974, 96, 7842.<br />
27 Vit´e, J, P., Klimetzek, D., Loskant, G., Hed<strong>de</strong>n, R., and Mori, K., Chirality of Insect Pheromones -<br />
Response Interruption By Inactive Antipo<strong>de</strong>s. Naturwissenschaften, 1976, 63, 582.<br />
12
nonanona 3 é o feromônio sexual feminino do bezouro do cigarro. E o<br />
diasteroisomero (4(S), 6(S), 7(R))-7-hidroxi-4,6-dimetil-3-nonanona 3 inibe a<br />
ação do enantiômero bioativo (4(S), 6(S), 7(S))- 7-hidroxi-4,6-dimetil-3-<br />
nonanona 3. 28<br />
O feromônio natural é constituído um único enantiômero, mas seu<br />
enantiômero ou diasteroisômeros são bioativos – a barata alemã não discrimina<br />
os quatro diasteroisômeros do feromônio sexual feminino enquanto o feromônio<br />
natural produzido é o (3-(S), 11-(S))-2, 3,11-trimetil-1-nonacosene 4. 4<br />
O feromônio natural é uma mistura enantiomérica, e ambos os<br />
<strong>feromônios</strong> são ativos separadamente – a fêmea do besouro <strong>de</strong> Douglas-fir<br />
produz seu feromônio <strong>de</strong> agregação numa proporção <strong>de</strong> 55:45 do isômero (R)- 1-<br />
metil-2-ciclohexen-1-ol 5 e (S)-1-metil-2-ciclohexen-1-ol 5 respectivamente.<br />
Nesta proporção o feromônio alcança a maior ativida<strong>de</strong>, sendo que os<br />
<strong>feromônios</strong> separados também têm ativida<strong>de</strong>. 29<br />
Os diferentes enantiômeros ou diasteroisômeros são usados por<br />
espécies diferentes- o (S)-Ipsdienol 6 é um componente do feromônio do Ips<br />
paraconfusus, enquanto outros besouros como o Ips calligraphus e Ipsus avulsus<br />
respon<strong>de</strong>m ao (R)-6. 30<br />
Ambos os <strong>feromônios</strong> são necessários para se obter ativida<strong>de</strong> - o<br />
sulcatol 7 é o feromônio <strong>de</strong> agregação do Gnathotrichus sulcatus, e ambos os<br />
enantiômeros não tem ativida<strong>de</strong> quando separados. Tendo sua maior ativida<strong>de</strong><br />
na razão <strong>de</strong> 65:35 do isômero (R) para (S) para este inseto. 40<br />
Um enantiômero é mais ativo do que seu enantiômero oposto e<br />
seus diasteroisômeros, mas uma mistura enantiomérica ou diastereoisomérica é<br />
mais ativa que o enantiômero <strong>de</strong> maior ativida<strong>de</strong> - isto acontece para o<br />
feromônio <strong>de</strong> trilha da formiga Myrmica scabrinodis; o feromônio natural é<br />
produzido em uma proporção <strong>de</strong> 9:1 do R: S-8, que tem uma ativida<strong>de</strong> muito<br />
28 Mori, M., Mochizuki, K., Kohno, M., Chuman, T, Ohnishi, A., Watanabe, H.,e Mori, K. Inhibitory-<br />
Action of (4s,6s,7r)-Isomer To Pheromonal Activity of Serricornin, (4s,6s,7s)-7-Hydroxy-4,6-Dimethyl-<br />
3-Nonanone. .J. Chem. Ecol., 1986, 12, 83.<br />
29 Lindgren, B. S., Gries, G., Pierce, H. D., and Mori, K. Dendroctonus-Pseudotsugae Hopkins<br />
(Coleoptera, Scolytidae) - Production Of And Response To Enantiomers Of 1-Methylcyclohex-2-En-1-<br />
Ol. J. Chem. Ecol., 1992, 18, 1201.<br />
30 Seybold, S. J., Ohtsuka, T., Wood, D. L., e Kubo, I., Enantiomeric Composition Of Ipsdienol - A<br />
Chemotaxonomic Character For North-American Populations Of Ips Spp In The Pini Subgeneric Group<br />
(Coleoptera, Scolytidae). J. Chem. Ecol., 1995, 21, 995.<br />
13
maior que o R-octanol 8 ou a mistura racêmica, enquanto o S-8 não tem<br />
nenhuma ativida<strong>de</strong>. 31<br />
Um enantiômero tem ativida<strong>de</strong> em fêmeas e o outro em machos –<br />
a fêmea da mosca da oliveira produz o feromônio (S)-2-(4-metoxi-butil)-<br />
tetrahidro-oirano 9, enquanto no macho somente o feromônio (R)-9 tem<br />
ativida<strong>de</strong>. 32<br />
Somente o isômero meso tem ativida<strong>de</strong>- Na mosca tsé-tsé<br />
somente o alkano meso (13R,26S)-10 vai ter ativida<strong>de</strong> como feromônio sexual. 33<br />
Como se po<strong>de</strong> observar a configuração dos <strong>feromônios</strong> é muito importante para<br />
a sua ativida<strong>de</strong> biológica, porém são isolados em baixíssima quantida<strong>de</strong>. Assim, a<br />
<strong>síntese</strong> dos <strong>feromônios</strong> é <strong>de</strong> fundamental importância. A seguir serão discutidas<br />
algumas <strong>síntese</strong>s aplicadas a <strong>feromônios</strong>.<br />
O<br />
O OH<br />
(4S,6S,7S)-3<br />
OH HO<br />
(R)-5 (S)-5<br />
O<br />
(R)-9<br />
(3S, 4R)-1<br />
Me(H 2C) 17<br />
OH OH<br />
(R)-7 (S)-7<br />
O<br />
O<br />
(S)-9<br />
Me(CH 2) 11<br />
Figura 1: Feromônios<br />
(3S,11S)-4<br />
31 Cammaerts, M. C., e Mori. K., Behavioral Activity Of Pure Chiral 3-Octanol For The Ants Myrmica-<br />
Scabrinodis Nyl and Myrmica-Rubra L . Physiol. Entomol., 1987, 12, 381.<br />
32 Haniotakis. G., Francke, W., Mori, K., Redlich. H., e Schurig, V., Sex-Specific Activity of "(R)-(-)-1,7-<br />
Dioxaspiro[5.5]Un<strong>de</strong>cane (S)-(+)-1,7-Dioxaspiro[5.5]Un<strong>de</strong>cane, The Major Pheromone of Dacus-Oleae<br />
(Diptera, Tephritidae). J. Chem. Ecol., 1986, 12, 1559.<br />
33 McDowell. P. G., A. Hassanali and R. Dransfield, Activity of The Diastereoisomers of 13,23-<br />
Dimethylpentatriacontane, the Sex-Pheromone of Glossina-Pallidipes, and Comparison With the Natural<br />
Pheromone. Physiol. Entomol., 1985, 10, 183.<br />
O<br />
(7R,8S)-2<br />
OH<br />
(R)-6<br />
OH<br />
(R)-8<br />
(13R,23S)-10<br />
O<br />
(CH 2) 11Me<br />
14
3 FEROMÔNIOS, HISTÓRICO E ALGUMAS SÍNTESES (SULCATOL 7 E 2-<br />
METIL-4-OCATANOL 17.)<br />
3.1 Histórico da Síntese <strong>de</strong> Feromônios<br />
A química dos <strong>feromônios</strong> se iniciou em 1959, quando Butenandt estabeleceu a<br />
estrutura do bombycol 11, o feromônio sexual do bicho da seda. Posteriormente, na<br />
década <strong>de</strong> 60 vários <strong>feromônios</strong> quírais foram i<strong>de</strong>ntificados, como por exemplo, a exo-<br />
brevicomina 12 que é o feromônio <strong>de</strong> agregação do besouro <strong>de</strong> pinheiros do oeste.<br />
(CH 2)OH<br />
O<br />
11 12<br />
Figura 2: Bombycol 11 e exo-brevicomina 12.<br />
A primeira i<strong>de</strong>ntificação absoluta <strong>de</strong> configuração <strong>de</strong> um feromônio natural por<br />
<strong>síntese</strong> enantioseletiva foi feita por Mori em 1973, quando partindo do álcool (S)-2-<br />
metil-butanol 13 obteve o (2Z)-8-metil-2-<strong>de</strong>cen-1-ol (S)-14, o qual é o enantiômero do<br />
feromônio natural. 34<br />
13<br />
OH<br />
7 etapas<br />
O<br />
(S)-14<br />
Esquema 1: Síntese enantioseletiva do (S)-14.<br />
(CH 2)OH<br />
Em 1974 três grupos in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes sintetizaram três <strong>feromônios</strong> <strong>de</strong> três<br />
diferentes insetos. Riley e colaboradores sintetizaram o feromônio <strong>de</strong> alarme da formiga<br />
corta<strong>de</strong>ira, e observaram que o isômero (S)-4-metil-heptan-3-ona 15 era 400 vezes mais<br />
34 Mori, K., Absolute-Configurations of (-)-14-Methyl-Cis-8-Hexa<strong>de</strong>cen-1-Ol And Methyl (-)-14-Methyl-<br />
Cis-8-Hexa<strong>de</strong>cenoate, Sex Attractant of Female Dermestid Beetle, Trogo<strong>de</strong>rma-Inclusum Le Conte.<br />
Tetrahedron Lett., 1973, 3869<br />
15
ativo que o isômero (R)-15. 35 Já o grupo <strong>de</strong> Marumo sintetizou os enantiômeros do<br />
feromônio2-<strong>de</strong>cyl-3-(5-metil-hexil)-oxirano 16 da mariposa cigana. 36 Mori, por sua<br />
vez, sintetizou os dois enantiômeros da exo-brevicomina 12 partindo dos enantiômeros<br />
do ácido tártarico e <strong>de</strong>monstrou neste trabalho que somente a (+)-exo-brevicomina tinha<br />
ativida<strong>de</strong>. 37<br />
O<br />
(S)-15<br />
O<br />
Figura 3: Feromônios sintetizados pelos grupos <strong>de</strong> Marumo e Riley.<br />
A <strong>síntese</strong> enantioseletiva <strong>de</strong> um feromônio quiral po<strong>de</strong> ser executada, por<br />
exemplo, por um dos três seguintes métodos: <strong>de</strong>rivação <strong>de</strong> um bloco <strong>de</strong> construção não<br />
racêmico e <strong>de</strong> quiralida<strong>de</strong> conhecida, uso <strong>de</strong> reações químicas ou enzimáticas e o uso <strong>de</strong><br />
resolução química ou enzimática em uma das etapas da <strong>síntese</strong>.<br />
3.2. SULCATOL 7 (2-hidroxi-6-metil-hept-5-eno)<br />
O sulcatol 7 foi isolado pela primeira vez em 1974 do besouro Gnathotrichus<br />
sulcatus. Este feromônio está presente em outros insetos como, por exemplo, o<br />
Gnathotrichus retusus, Rhophalosiphum padi e o Gnathotrichus materiarius 13,38,39 . O<br />
sulcatol 7 é um exemplo <strong>de</strong> feromônio que vem sendo aplicado no manejo <strong>de</strong><br />
infestações. Esta broca é uma infestação que causa muitos danos a florestas do México e<br />
noroeste da América do Norte, causando uma diminuição significativa na produção <strong>de</strong><br />
fibras <strong>de</strong> celulose sendo o sulcatol 7 utilizado em armadilhas para o controle <strong>de</strong>stas<br />
35 Riley, R. G., Biological Responses of Atta Texana To its Alarm Pheromone and Enantiomer of<br />
Pheromone Silverstein, R. M. e Moser, J. C., Science, 1974, 183, 760.<br />
36 Iwaki, S., Marumo. S., Saito .T., Yamada, M. e K. Katagiri, Synthesis and Activity of Optically-Active<br />
Disparlure. J. Am. Chem. Soc., 1974, 96, 7842.<br />
37 Mori. K., Synthesis of Exo-Brevicomin, The Pheromone of Western Pine Beetle, To Obtain Optically<br />
Active Forms of Known Absolute Configuration. Tetrahedron, 1974, 30, 4223.<br />
38 Mori, K. Synthesis of Optically-Active Pheromones. Tetrahedron 1989, 45, 3233.<br />
39 Flechtmann, C. A. H., Berisford, C. W. I<strong>de</strong>ntification of Sulcatol, a Potential Pheromone of the<br />
Ambrosia Beetle Gnathotrichus Materiarius (col., scolytidae) . J. Appl. Entomol. 2003,127, 189.<br />
16<br />
16
pragas. Foi observado que este inseto respon<strong>de</strong> a variadas razões dos enantiômeros <strong>de</strong> 7,<br />
mas na presença <strong>de</strong> um único enantiômero não tem ativida<strong>de</strong> alguma. Já o<br />
Gnathotrichus retusus só respon<strong>de</strong> ao enantiômero (S)-7. O sulcatol ainda po<strong>de</strong> agir<br />
como repelente, na proporção 75:25 ((R):(S)) e como mistura racêmica, ao inseto<br />
Rhopalosiphum padi que é uma praga em plantações <strong>de</strong> trigo. 40,41 Como po<strong>de</strong>-se<br />
observar o sulcatol 7 é um feromônio que po<strong>de</strong> ser usado para o controle <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> um<br />
tipo <strong>de</strong> infestação, apenas ajustando a proporção dos enantiômeros presentes na mistura.<br />
Muitas rotas sintéticas têm sido discutidas para a <strong>síntese</strong> do (R)- e (S)-sulcatol 7,<br />
incluindo <strong>síntese</strong> usando material <strong>de</strong> partida quíral, resolução cinética por lípases,<br />
redução assimétrica com S. cerevisae ou álcool <strong>de</strong>hidrogenases, ou ainda reações<br />
reversas. 42,43,44,45<br />
3.2.1-Síntese do sulcatol 7 a partir <strong>de</strong> precursores quírais.<br />
A primeira <strong>síntese</strong> do sulcatol 7 foi realizada pelo grupo <strong>de</strong> Mori em 1975 46 .<br />
Neste trabalho, partiu-se do ácido (S)- e (R)-glutâmico, os quais levaram ao (R)- e (S)-<br />
sulcatol 7 respectivamente (Esquema 2).<br />
40 Bor<strong>de</strong>n. J. H. Chonh, L., McLean, J. A., Slessor, K. N., e Mori, K. Gnathotrichus-sulcatus - synergistic<br />
Response to Enantiomers of Aggregation Pheromone Sulcatol . Science, 1976, 192, 894.<br />
41 Bor<strong>de</strong>n. J. H. Handley, J. R., McLean, Silverstein, , R. M., Chong, L., Slessor, K. N., Johnston, B. D.,<br />
e Schuler, H. R. e Mori, K. Enantiomer-Based Specificity In Pheromone Communication By Two<br />
Sympatric gnathoirichus Species (Coleoptera: Scolytidae). J. Chem. Ecol., 1980, 6, 445.<br />
42 Mori, K. Pheromone Synthesis .41. A Simple Synthesis of (s)-(+)-sulcatol, the Pheromone of<br />
Gnathotrichus-retusus, Employing Bakers-yeast for Asymmetric Reduction . Tetrahedron 1981, 37, 1341.<br />
43 Nakamura, K.; Kinoshita, M.; Ohno, A. Structure of Solvent Affects Enantioselectivity of Lipase-<br />
Catalyzed Transesterification. Tetrahedron 1995, 51, 8808.<br />
44 Belan, A.; Bolte, J.; Fauve, A.; Gourcy, J. G.; Veschambre, H. J. Use of biological-systems for the<br />
Preparation of Chiral Molecules .3. An Application in Pheromone Synthesis - Preparation of Sulcatol<br />
Enantiomers. Org. Chem. 1987, 52, 256.<br />
45 Fantin, G.; Fogagnolo, M.; Giovannini, P. P.; Medici, A.; Pedrini, P. Combined microbial oxidation<br />
and reduction: a new approach to the highyield synthesis of homochiral unsaturated secondary alcohols<br />
from racemates Tetrahedron : Asymmetry 1995, 6, 3047– 3053.<br />
46 Mori, K. Synthesis of Optically Active Forms of Sulcatol. Tetrahedron 1975, 31, 3011.<br />
17
H CO 2H<br />
HO 2C NH 2<br />
H CH 2I<br />
O<br />
O<br />
H<br />
OH<br />
(S)-7 (R)-7<br />
H CO2H H CH2OR 1 2 3<br />
O<br />
O<br />
O<br />
O<br />
7´a R=H<br />
7´b R=Ts<br />
H<br />
H<br />
4<br />
O<br />
5<br />
O<br />
6<br />
O<br />
Esquema 2: (1) e (2), (3) Li, acetona, refluxo, t= 9h. (4) Ni Raney, CaCO3, ETOH, t.a. (5) i-<br />
Bu2ALH (25% em n-hexano), THF, -60 ºC. (6) NaCH2SOMe e NaH (50 % em DMSO),<br />
brometo <strong>de</strong> trifenilfosfonio, THF, t.a, T=1,5 h.<br />
H<br />
OH<br />
OH<br />
(S)-7<br />
Em 1977 o grupo <strong>de</strong> Schuler realizou a <strong>síntese</strong> do sulcatol (R)- e (S)-7 partindo<br />
<strong>de</strong> carboidratos. Neste trabalho foram utilizados dois carboidratos quírais, a L-fucose e a<br />
2-<strong>de</strong>oxi-D-ribose, gerando assim duas rotas sintéticas. O carbono C-5 da L-fucose, que<br />
tem a configuração (S), será o centro quíral C-2 do (S)-sulcatol 7 com a aplicação das<br />
<strong>de</strong>vidas reações, que po<strong>de</strong>m ser observadas no Esquema 3. O centro C-4 da 2-<strong>de</strong>oxi-D-<br />
ribose, que tem a configuração (R), é o carbono quíral C-2 do (R)- sulcatol 7 (Esquema<br />
3) 47 .<br />
47 Schuler, H., R., e Slessor, K. N. Synthesis of Enantiomeros of Sulcatol. Can. J. Chem. 1977, 55, 3280.<br />
18
CHO<br />
HO H<br />
H OH<br />
H OH<br />
HO H<br />
CH3 L-fucose<br />
H<br />
H<br />
H<br />
HO<br />
CHO<br />
H<br />
OH<br />
OH<br />
H<br />
CH3 2-<strong>de</strong>oxi-D-ribose<br />
O<br />
O<br />
1<br />
O<br />
2 3<br />
HO OCH3 O OCH<br />
4<br />
3 RO OCH 3<br />
HO OH<br />
O<br />
OR<br />
R= H<br />
R=COC 6H 5<br />
RO<br />
OBz<br />
R= H<br />
R=CH 3SO 2<br />
5<br />
O<br />
OCH3 6<br />
O<br />
OR<br />
7<br />
H<br />
H<br />
CHO<br />
H<br />
H<br />
8<br />
OBz<br />
OH<br />
R=CH3<br />
R= H<br />
OHCO H<br />
CH3 ROH2C O OCH H2CI O<br />
3<br />
OCH3 a b c H2CI O OCH 3 d<br />
RO<br />
R = H<br />
R =CH2SO3 R=p-CH3CH 6H4SO2 I<br />
Esquema3: (1) metanol, HCl 0,5M, refluxo, 1,5h. (2) cloreto <strong>de</strong> zinco, H3PO4 concentrado,<br />
acetona, t.a, 1,5h e cloreto <strong>de</strong> benzoila, piridina anidra, 2h. (3) ácido acético aquoso 50%,<br />
70ºC, 1h e piridina anidra, cloreto <strong>de</strong> metanosulfonila, t.a, overnight. (4) io<strong>de</strong>to <strong>de</strong> sódio,<br />
zinco em pó, DMF, refluxo, 1h. (5) Pd em carbono 10%, H 2, metanol, t.a, 12h. (6) metanol,<br />
KOH 0,5M, refluxo, 1h. e Dowex 50[H + ] ,agua <strong>de</strong>stilada, 60 ºC, 3h (7) agua <strong>de</strong>stilada,<br />
periodato <strong>de</strong> sódio, 0ºC, 10 min. (8) io<strong>de</strong>to <strong>de</strong> isopropiltrifenilfosfonio, n-butillitio em<br />
hexano, THF, 0ºC, 1h. (a) HCL em metanol 0,01M, t.a, 30 min. e cloreto <strong>de</strong><br />
metanosulfonila, piridina seca, t.a, 15h (b) io<strong>de</strong>to <strong>de</strong> sódio, DMF, 70ºC, 5h. (c) níquel<br />
Raney, KOH, metanol, H2, t.a, 14h e Dowex 50[H + ], água <strong>de</strong>stilada, 50 ºC, 1h. (d) io<strong>de</strong>to <strong>de</strong><br />
isopropiltrifenilfosfonio, n-butillitio em hexano, THF anidro, 0ºC, 2h<br />
O<br />
OBz<br />
CH<br />
H H<br />
H H<br />
HO H<br />
CH3 (S)-sulcatol<br />
CH<br />
H H<br />
H H<br />
H OH<br />
CH3 (R)-sulcatol<br />
O grupo <strong>de</strong> Slessor realizou a <strong>síntese</strong> do (R)-sulcatol 7 em 1979, partindo do (S)-<br />
lactato <strong>de</strong> etila, via metiloxiranos quírais. Neste trabalho ele realizou uma abertura<br />
enantioseletiva do epóxido com um reagente <strong>de</strong> Grignard alilico tendo como produto da<br />
reação o (R)- sulcatol 7 em boa pureza óptica (Esquema 4). 48<br />
H<br />
OTs<br />
CH 3 CO 2Et<br />
BH 3<br />
THF<br />
H OTs KOH 50% H O<br />
MgCl<br />
OH<br />
CH 3 CH 2OH<br />
2-o-p-toluenosulfonil (S)-lactato (R)-sulcatol<br />
Esquema 4: Síntese do sulcatol via metiloxiranos<br />
48 Johnston, B. D., e Slessor, K. N. Facile Syntheses of Enantiomers of Sulcatol. Can. J. Chem. 1979, 57,<br />
233.<br />
CuI<br />
19<br />
OCH 3
Em 1982 o grupo <strong>de</strong> Takano realizou a <strong>síntese</strong> <strong>de</strong> ambos os enantiômeros do<br />
(R)-sulcatol 7 partindo <strong>de</strong> um único precursor quíral, o ácido L-glutamico. Neste caso o<br />
2-tosilato levou, através <strong>de</strong> redução ao produto o R-7 e por inversão <strong>de</strong> configuração do<br />
tosilato e respectiva redução o S-7 (Esquema 5). 49 Takano e colaboradores também<br />
realizaram a <strong>síntese</strong> <strong>de</strong> ambos os enantiômeros do sulcatol 7 tendo como material <strong>de</strong><br />
partida o D-manitol. Neste trabalho, foi obtido o tosilato chave mostrado no Esquema 5<br />
que então levou a formação dos dois enantiômeros do sulcatol 7. 50<br />
HO 2C<br />
NH 2<br />
CO 2H<br />
OH<br />
HO O<br />
OH<br />
OTr<br />
OTs<br />
AcOK-Ac 2O<br />
LAH<br />
OTs LAH HO H<br />
Esquema 5: Síntese do S e R-7 a partir do ácido L-glutamico<br />
H<br />
OH<br />
(S)-sulcatol 7<br />
(R)-sulcatol 7<br />
Em 1987 Takano e colaboradores obtiveram o (R) e (S)-sulcatol 7 a partir da<br />
(R)-epicloridrina através <strong>de</strong> diferentes aberturas redutivas <strong>de</strong> epóxidos (Esquema 6). 51<br />
HO<br />
H<br />
(R)-sulcatol 7<br />
1)PhSH, n-BuLi, 2)NaOH<br />
3)C 5H 9MgCl, CuI, 4)Na, NH 3<br />
O Cl<br />
R-epicloridrina<br />
1) C5H9MgCl, CuI, 2) NaOH<br />
LiAlH 4, THF.<br />
Esquema 6: Síntese do (S) e (R)-7 a partir da (R)-epicloridrina<br />
H<br />
OH<br />
(S)-sulcatol 7<br />
49<br />
Takano, S., Goto, E., Ogasawara, K. A Simple Enantioselective Synthesis of Both Enantiomers of<br />
Sulcatol Using a Single Chiral Precursor. Chem. Lett. 1982, 12, 1913.<br />
50<br />
Takano, S., Hirama, M., E., Ogasawara, K, An Alternative Chiral Route to Sulcatol. Heterocycles.<br />
1983, 20, 1363.<br />
51<br />
Takano, S. Yanamase M., Takahashi, M., e Ogasawara, K. Enantiodivergent Synthesis of Both<br />
Enantiomer of Sulcatol and Matsutake Alcohol from (R)-epichlorohydrin, Chem. Lett. 1987, 10, 2017.<br />
20
Em 2000 o (S)-sulcatol 7 foi sintetizado a partir do 3-(S), 7-dimetilocta-1,6-<br />
dieno em uma <strong>síntese</strong> com quarto etapas com um baixo excesso enantiomérico (50%). 52<br />
3.2.2 Obtenção <strong>de</strong> sulcatol 7 via aplicação <strong>de</strong> enzimas e ou microorganismos.<br />
Em 1981 Mori e colaboradores realizaram a <strong>síntese</strong> do (S)-sulcatol 7 usando<br />
microorgnismos. A etapa inicial envolveu a redução do acetoacetato <strong>de</strong> etila com S.<br />
cerevisae tendo como produto <strong>de</strong> reação o (S)-3-hidroxibutanoato <strong>de</strong> etila, em 87 % <strong>de</strong><br />
pureza óptica. Após algumas reações o (S)-sulcatol 7 foi obtido com rendimento global<br />
<strong>de</strong> 48% (Esquema 7). 53<br />
O<br />
CO 2Et<br />
acetoacetato<br />
<strong>de</strong> etila<br />
S. cerevisae<br />
H<br />
OR<br />
CO2Et A R= H<br />
B R= THP<br />
LAH, èter<br />
H<br />
OTHP<br />
1)<br />
MgBr<br />
OR 2) THF, AcOH<br />
A R= H<br />
B R= Ts<br />
H<br />
OH<br />
(S)-sulcatol 87% e.e<br />
Esquema 7: Síntese do sulcatol 7 partindo da redução assimétrica <strong>de</strong> acetoacetato.<br />
Em 1987 Stokes e colaboradores realizaram um estudo mo<strong>de</strong>lo da aplicação da<br />
enzima PPL (“Pancreatic Porcine” Lípase) na transesterificação como metodologia <strong>de</strong><br />
resolução do sulcatol 7. Neste trabalho utilizaram-se vários ésteres como agente<br />
esterificante e se observou que a enzima <strong>de</strong>sidratada utilizando o éster laurato <strong>de</strong><br />
trifluoretila apresentou a melhor razão enantiomérica E=100% e o produto (R)<br />
esterificado. 54<br />
Em 1987 também, Belam e colaboradores obtiveram o (R)- e (S)-sulcatol 7 como<br />
produto <strong>de</strong> reduções <strong>de</strong> sulcatona e <strong>de</strong> resolução do sulcatol 7 racêmico. Para a obtenção<br />
do (R)-7 a partir da redução da sulcatona foram empregadas células integras <strong>de</strong> G.<br />
candidum e A. niger obtendo em ambas 96% <strong>de</strong> e.e e a bactéria anaeróbica C.<br />
52 Ishmuratov, G. Y., Kharisov, R. Y., Yakovlena, M. P., et. Al., Synthesis of (S)-6-methylhept-5-em-2ol,<br />
the Agregation Pheromone of Gnathotrichus Sulcatus. Russ. Chem. Bull. 2000, 49, 717.<br />
53 Mori, K. A Simple Synthesis of (S)-(+)-sulcatol, the Pheromone of Gnathotrichus retusus, Employing<br />
Baker’s Yeast for Asymmetric Reduction. Tetrahedron 1981, 37, 1341.<br />
54 Stokes, T. M., e Oehlschlager, A. C. Enzyme Reactions in Apolar Solvents: the Resolution of (+-)-<br />
Sulcatol with Porcine Pancreatic Lipase. Tetrahedron lett. 1987, 28, 2091.<br />
21
tyrobutyricum. O S-7 foi obtido através da aplicação <strong>de</strong> fermento <strong>de</strong> pão (94% e.e), da<br />
bactéria C. tyrobutyricum (88% e.e), do álcool <strong>de</strong>sidrogenase isolada (99% e.e) e <strong>de</strong><br />
células integras (100% e.e) da bactéria T. brockii na redução da sulcatona. O (R) e o (S)-<br />
7 ainda foram obtidos pela transesterificação do 7 racêmico com a enzima PPL com<br />
butirato <strong>de</strong> tricloroetanol. 55<br />
Em 1989 Afonso e colaboradores realizaram a <strong>síntese</strong> dos dois enantiômeros <strong>de</strong><br />
sulcatol 7. Neste trabalho os autores reduziram com fermento <strong>de</strong> pão <strong>de</strong> 2-acetil-5-<br />
metil-4-hexenoato <strong>de</strong> etila obtendo o respectivo 3-hidróxiacido enriquecido opticamente<br />
que foi submetido a uma <strong>de</strong>scarboxilação <strong>de</strong> Barton para formar 7. ·.<br />
A sulcatona foi reduzida pelo grupo <strong>de</strong> Rothig em 1990 utilizando um processo<br />
continuo, catalisado pelo álcool <strong>de</strong>-hidrogenase da Thermoanaerobium brocki, on<strong>de</strong> foi<br />
utilizado cofator NADP(H) retido em uma membrana e regenerado por isopropanol<br />
obtendo o sulcatol 7 como produto. 56<br />
Ainda em 1990, o grupo <strong>de</strong> Ohta realizou a resolução do sulcatol em gran<strong>de</strong><br />
escala utilizando o microrganismo Pichia miso IAM 4682 na redução da sulcatona<br />
combinado a enzima PPL aplicada na transesterificação obtendo o (R)-sulcatol com<br />
98% <strong>de</strong> e.e (Esquema 8). 57<br />
O Pichia miso OH PPL<br />
OAc OH<br />
+<br />
Esquema 8: redução seguida <strong>de</strong> transesterificação da sulcatona<br />
55 Belan, A., Bolte, J., Fauvie, A., Gourcy, G. J., e Veschambre, H. Use of Biological Systems for the<br />
Preparations of Chiral Molecules. 3. An Aplications in Pheromone Synthesis: Preparations of Sulcatol<br />
Enantiomers. J. Org. Chem. 1987, 52, 256.<br />
56 Rothig TR, Kulbe, K. D., Buckmann, F. Continuous Coenzyme-<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt Estereoselective Synthesis<br />
of Sulcatol by Alcohol-Dehydrogenase. Biotech. Lett. 1990, 12, 353.<br />
57 Sugai, T., Ohta, H. Preparation of Chiral Compound Using Enzymes. Biochemical Preparation of (R)-<br />
sulcatol. Agric.Bio. Chem. 1990, 54, 1577.<br />
(R)-7 (R)-7a<br />
22
Em 1991 Mori e colaboradores obtiveram o (S)-7 pela redução microbiológica<br />
do 2-metil-2-hepten-6-ona por Botrytis cinérea obtendo o enantiômero do sulcatol 7 em<br />
60% dos voláteis e 90% <strong>de</strong> e.e (Esquema 9) 58 .<br />
O OH<br />
Botrytis cinerea<br />
90%ee<br />
(S)-7<br />
Esquema 9: redução microbiológica da 2-metil-hepten-6-ona<br />
Em 1992 Carrea e colaboradores realizaram um estudo sobre a influência <strong>de</strong><br />
alguns solventes na transesterificação do sulcatol com as enzimas PPL (“Porcine<br />
Pancreatic” Lípase) e lípase PS frente ao agente acilante butanoato <strong>de</strong> trifluoretila. Estas<br />
enzimas mostraram preferência pelo enantiômero (R) obtendo o melhor E (razão<br />
enantiomérica) com o solvente benzeno. 59<br />
Em 1993 foi <strong>de</strong>scrita a primeira <strong>síntese</strong> do (S)-sulcatol 7 partindo <strong>de</strong> um<br />
nitroalcano. O grupo <strong>de</strong> Barua utilizou o 4-metil-1-nitropent-3-eno como material <strong>de</strong><br />
partida que após varias etapas teve como produto a 6-metil-hept-5-en-2-ona, que então.<br />
Após uma redução enantioseletiva com fermento <strong>de</strong> pão que originou o (S)-sulcatol 7<br />
em 72% <strong>de</strong> rendimento (Esquema 10). 60<br />
58 Schwab, E. Bernreuther, A., Puapoomchareon, P., e Mori, K. Stereoselective Formation of Metabolites<br />
from 2-methyl-2-hepten-6-one by Botrytis cynerea. Tetrahedrom Asymm. 1991, 2, 471.<br />
59 Secundo, F., Riva, S., e Carrea, G., “Effects of Medium and Reaction Conditions on the<br />
Enantioselectivity of Lípases in Organic Solventes and Possible Rationales. Tetrahedron Asymm. 1992,<br />
3, 267.<br />
60 Sarma, B. K., e Barua, N. C., A Short Enantioselective Synthesis of (S)-sulcatol Using Nitroalkane<br />
Synthon. Indian J. Chem. 1993, 32B, 615.<br />
23
NO 2<br />
O<br />
4-metil-1-nitropent-3-eno<br />
NO 2<br />
O<br />
1<br />
NO 2<br />
O<br />
N<br />
+<br />
- [ ] CH3CHO O -<br />
NO 2<br />
O<br />
2 3 O 4<br />
HO H<br />
OH<br />
(S)-SULCATOL 7<br />
Esquema 10: (1) DBU (2-equiv), THF. (2) PCC, CH2Cl2. (3) TBTH-AIBN, Tolueno. (4)<br />
fermento <strong>de</strong> pão e H +<br />
A utilização do microorganismo Rhizopus arrhizus foi empregada na <strong>síntese</strong> do<br />
(R) e (S)-sulcatol 7 em 1993. Neste trabalho este microorganismo foi aplicado tanto na<br />
redução da respectiva cetona tendo como produto o (S)-sulcatol 7, como na hidrólise do<br />
respectivo acetato tendo como produto o (R)-sulcatol 7. (Esquema 11). 61<br />
R=H<br />
R=Ac<br />
O<br />
a) NaBH 4/ CH 3OH<br />
b) Ac 2O/ piridina<br />
OR<br />
R. arrhizus<br />
R. arrhizus<br />
OH<br />
(S)-sulcatol 7<br />
OH<br />
(R)-sulcatol 7<br />
OAc<br />
Esquema 11: Aplicação <strong>de</strong> Rhizopus arrhizus na <strong>síntese</strong> <strong>de</strong> sulcatol 7<br />
A influência da água na transesterificação do sulcatol 7 com acetato <strong>de</strong> vinila<br />
frente a lipoproteína lípase e lípase PS foi avaliado em 1993. Neste trabalho a ativida<strong>de</strong><br />
61 Patil, P. N., Chattopadhyay, Udup, S. R., e Banerj, A. Biotransformation With Rhizopus arrhizus:<br />
Preparation of Enantiomers of Sulcatol. Biotech. Lett. 1993, 15,,367.<br />
24
da água teve pouca influencia sobre a enantioselectivida<strong>de</strong> da enzima, mas teve uma<br />
influência consi<strong>de</strong>rável na ativida<strong>de</strong> da enzima (Tabela 1). 62<br />
Tabela 1: Influência da concentração da água na enantioseletivida<strong>de</strong> e na ativida<strong>de</strong> das<br />
enzimas Lípase PS e Lipoproteína Lípase<br />
Entrada Enantioseletivida<strong>de</strong> (E) *<br />
1 Ativida<strong>de</strong><br />
da água<br />
Lípase<br />
OS<br />
Lipoproteína<br />
Lípase<br />
Ativida<strong>de</strong> da Enzima<br />
Lípase PS Lipoproteína Lípase<br />
2 99%e.e<br />
Esquema 12: Hidrólise enzimática do acetato <strong>de</strong> sulcatol com lípase PS<br />
Em 1995 o grupo <strong>de</strong> Nakamura realizou um estudo cinético das reações <strong>de</strong><br />
transesterificação <strong>de</strong> álcoois com enzimas frente a vários solventes orgânicos. Esse<br />
estudo tentou correlacionar o valor <strong>de</strong> E com alguns parâmetros dos solventes como<br />
constante dielétrica, momento dipolar, logP, mas nenhuma <strong>de</strong>stes parâmetros mostrou<br />
62 Bovara, R., Carrea, G., Ottolina, G., e Riva, S. Water Activity Does not Influence the Enantioselectivity<br />
of Lipase PS and Lipoprotein Lipase in Organic Solvents. Biotech. Lett. 1993¸15, 169.<br />
63 Naoshima, Y., Kamezawa, M., Tachibana, H., Munakata, Y., Fujita, T., Kihara, K., e Raku, T.<br />
Enzimatic Preparation of Enantiomerically Pure Alkan-2-and-3-ols by Lipase- Catalysed Hydrolisis With<br />
Pseudomonas cepacia in the Presence of Organic Media. J. Chem. Soc. Perkin Trans 1 1993, 5, 557.<br />
25
correlação linear para a reação <strong>de</strong> transesterificação do sulcatol 7 com lípase PS.<br />
(Tabela 2). 64<br />
Tabela 2: Transesterificação da sulcatona com lípase PS e correlação entre o solvente usado e o<br />
valor <strong>de</strong> E<br />
7<br />
OH OAc<br />
lipase PS, acetato <strong>de</strong> vinila<br />
+<br />
solvente organico,30ºC<br />
(R)-7a<br />
Entrada Solvente Log P E<br />
1 Hexano 3,5 28,5<br />
2 Ciclohexano 3,2 10,9<br />
3 Tolueno 2,5 37,0<br />
4 Benzeno 2,0 38,0<br />
5 Diisopropil éter 1,9 21,3<br />
6 Dietil éter 0,85 31,1<br />
7 terc-butanol 0,80 18,5<br />
8 Tetra-hidrofurano 0,49 24,9<br />
(S)-7<br />
Em 1996 Kruse e colaboradores obtiveram o (S)-sulcatol 7 a partir da redução da<br />
sulcatona catalisada por enzimas imobilizadas em membrana obtendo um ótimo<br />
reaproveitamento para o cofator NAD(H). 65<br />
Em 1996 Janssen e colaboradores realizaram um estudo mo<strong>de</strong>lo da<br />
especificida<strong>de</strong> e cinética na esterificação <strong>de</strong> ácidos graxos e sulcatol 7, em meio<br />
orgânico, mediados por Cândida rugosa lípase (CRL). A esterificação do sulcatol 7,<br />
catalisada por CRL, pô<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>scrita por um mo<strong>de</strong>lo Ping-Pong com competitiva<br />
inibição pelo álcool. 66<br />
64 Nakamura, K., Kinoshita, M., e Ohno, A. Structure Of Solvent Affects Enantioselectivity Of Lipase-<br />
Catalyzed Transesterification. Tetrahedron, 1995, 51, 8799.<br />
65 Kruse, W., Hummel, W., e Kragl, U. Alcohol-<strong>de</strong>hidrogenase-catalyzed Production of Chiral<br />
Hidrofobic Alcohols. A New Approach Leading to a Nearly Waste-free Peocess, Rec. Trav. Chim. Pays-<br />
Bas-J. Royal Nether. Chem.l Soc., 1996, 115, 239.<br />
66 Janssen, A. E. M., Vaidya, A. M., e Halling, P. J. Substrate Specificity and Kinetics of Candida rugosa<br />
Lipase in Organic Media. Enz. Micro. Tech. 1996, 18, 340.<br />
OH<br />
26
Em 1997 algumas bactérias anaeróbicas foram aplicadas na redução da sulcatona<br />
obtendo o (S) e (R)-sulcatol 7 utilizando a glucose e o crotonato como fonte <strong>de</strong> energia.<br />
Os melhores excessos enantioméricos foram obtidos com o microorganismo L. brevis<br />
com crotonato como fonte <strong>de</strong> energia que chegou a 92% e.e do isômero (R)-7. 67<br />
Ainda em 1997 Bastos e colaboradores sintetizaram o (S)-sulcatol 7 a partir da<br />
redução da sulcatona catalisada com o álcool <strong>de</strong>-hidrogenase proveniente da<br />
Thermoanaerobium brockii. 68<br />
Em 1998 Fukunaga e colaboradores estudaram transesterificações mediadas por<br />
complexos <strong>de</strong> lípase-<strong>de</strong>tergente. Utilizaram várias enzimas como lípase P, PPL, Lípase<br />
R associadas aos <strong>de</strong>tergentes N,N-bis(3-D-gluconamidopropil)-3-(dido<strong>de</strong>cil-L-<br />
glutamatecarbonil)propanamida e N,N-bis(3-D-gluconamidopropil)-3-(ditetracil-L-<br />
glutamatecarbonil)propanamida obtendo ambos os enantiômeros com bons e.e. 69<br />
Bastos e colaboradores realizaram a <strong>síntese</strong> do (S)-7 a partir da redução<br />
assimétrica da sulcatona, mediada por álcool <strong>de</strong>-hidrogenase <strong>de</strong> Thermoanaerobium<br />
brockii (TBADH), cuja reação necessita do cofator NADPH para iniciar, como este<br />
cofator é muito caro, foram <strong>de</strong>senvolvidos três metodologias para se regenerar tal<br />
cofator. Na primeira utilizou-se o próprio TBADH oxidando o 2-propanol para<br />
regenerar o NADH, os outros dois métodos utilizaram outras enzimas, a GDH oxidando<br />
a glucose e a G6PDH oxidando a glucose-6-fosfato, como po<strong>de</strong> ser observado no<br />
esquema 13. A melhor condição foi a que obteve 100% <strong>de</strong> conversão com 80h <strong>de</strong><br />
reação. 70 (Esquema 13).<br />
67 Tidswell, E. C., Salter, G. J., Kell, D. B., e Morris, J. G. Enantioselectivity of Sulcatone Reduction by<br />
Some Anaerobia Bacteria. Enz. Micro. Tech. 1997, 21, 143.<br />
68 Silva,. F. M., Bastos, F. M., Oestreicher, E. G., Pinto, G. F., Jones Jr, J. e Paiva, L. M. C. Simple<br />
Method for Monitoring Enzymatic Reactions by Direct Injection of the Médium Reaction in a Gás<br />
Cromatograph Equipped with Packed Liner. Biotech. Tech. 1997, 11, 739.<br />
69 Fukunaga, K., Maruoka, N., Sugimura, Y., Nakao, K., e Shimizu, T. Preparation of the Germini<br />
Detergente-lipase Complexes and their high Enzymatic Activities in the Transesterifications in<br />
Homogeneous Organic Solventes. Biotech. Lett. 1998, 20, 1161.<br />
70 Bastos, F. D., Santos, A., G., Jones, J., JR., Oestreicher, E., G., Pinto, G., F., e Paiva, L., M., C. Three<br />
Different Coupled Enzymatic Systems For in Situ Regeneration of NADPH. Biotech. Tech., 1999, 13,<br />
661.<br />
27
A)<br />
B)<br />
C)<br />
O H OH<br />
TBADH<br />
O<br />
NADPH NADP<br />
TBADH<br />
OH<br />
O H OH<br />
TBADH<br />
GLUCOLACTONA<br />
NADPH NADP<br />
GDH<br />
GLUCOSE<br />
O H OH<br />
TBADH<br />
6PGLUCOLACTONA<br />
NADPH NADP<br />
G6PDH<br />
GLUCOSE 6 FOSFATO<br />
Esquema 13: Métodos <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> (S)- sulcatol a partir <strong>de</strong> sulcatona com TBADH<br />
Em 2000, Fukunaga <strong>de</strong>senvolveu um estudo sobre a preparação <strong>de</strong> complexos <strong>de</strong><br />
lípases e <strong>de</strong>tergentes e aplicou estes complexos como catalisadores em<br />
transesterificações em meio orgânico. O complexo BIG2C12CA/lípase P foi aplicado na<br />
transesterificação do sulcatol 7 obtendo o isômero (S), em tolueno como solvente, em<br />
49% <strong>de</strong> e.e como melhor resultado. 71<br />
O grupo <strong>de</strong> Li realizou em 2000 a <strong>síntese</strong> do sulcatol partindo do 1-(4-metil)-<br />
fenisulfonil-2-propanona. A cetona foi reduzida com fermento <strong>de</strong> pão ao álcool quíral 1-<br />
(4-metil)-fenilsulfonil-2-propanol que foi alquilado e <strong>de</strong>ssulfurado obtendo o (S)-<br />
sulcatol como produto com 92% e.e. 72<br />
Em 2001 Steireiber e colaboradores utilizaram enzimas pra a resolução<br />
enzimática do sulcatol 7 racêmico, on<strong>de</strong> o racemato foi submetido a uma<br />
transesterificação com acetato <strong>de</strong> vinila mediado pela lípase da Candida antártica.<br />
71 Mine, Y., Fukunaga, K., Maruoka, N., Nakao, K., e Sugimura, Y., Preparation of Detergente-lipase<br />
Complexes Utilizing Water-Soluble Amphiphiles in Single Aqueous Phase and Catalysis of<br />
Transesterifications in Homogeneous Organic Solventes. J. Biosc. Bioeng., 2000, 90, 631.<br />
72 Li, Y., Chem, Z. X., e Shi, C. Y. Synthesis of S-(+)-sulcatol by Enzymatic Reduction of Beta-<br />
Ketosuifone. Chin. J. Org. Chem. 2000, 20, 388.<br />
28
Posteriormente o álcool assim obtido foi submetido a uma inversão <strong>de</strong> Mitsunobo,<br />
levando ao respectivo éster que foi reduzido obtendo assim o respectivo enantiômero<br />
(Esquema 14). Neste trabalho usou-se microondas nas inversões <strong>de</strong> Mitsunobo,<br />
melhorando o rendimento químico e diminuindo em muito o tempo reacional em uma<br />
conversão <strong>de</strong> 99% 73 (Esquema 14).<br />
4<br />
OH<br />
OAc<br />
5<br />
1<br />
OH OAc<br />
+<br />
OH OAc<br />
+<br />
2<br />
3<br />
OH<br />
(R)-7<br />
OH<br />
(S)-7<br />
Esquema 14: Reagente e condições: (1) C. antarctica B lípase (35 mg/mmol), acetato <strong>de</strong><br />
vinila (2.7 equiv.), hexano, 30°C, 30 h; (2) DIAD (1,9 equiv.), PPh3 (2,3 equiv.), AcOH<br />
(2,5 equiv.), 180ºC, 5min; (3) LiAlH4, THF, temperatura ambiente, 30 min; (4), Ac2O,<br />
DMAP (cat.), CH2Cl2, 42°C, 12 h; (5) C. antarctica B lípase (40 mg/mmol), tampão<br />
fosfato, pH 7.5, 30°C, 30 h<br />
2<br />
O grupo <strong>de</strong> Fukunaga realizou em 2003 um estudo sobre a influência da<br />
ativida<strong>de</strong> da enzima na transesterificação catalisada pela lípase co-liofilizada com<br />
amphiphile em meio orgânico. A mistura racêmica do sulcatol 7 foi submetida a uma<br />
reação <strong>de</strong> transesterificação com acetato <strong>de</strong> isopropenila em éter diisopropilico. O<br />
melhor resultado foi obtido em D-BIG2C12CA na razão molar <strong>de</strong> D-BIG2C12CA/PCL <strong>de</strong><br />
100 obtendo 93% <strong>de</strong> e.e do enantiômero (R)-7. 74<br />
73 Steinreiber, A., Stadler, A., Mayer, S., F., Faber, K., e Kappe, C., O. High-speed Microwave-promoted<br />
Mitsunobu Inversions. Application Toward the Deracemization of Sulcatol . Tetrahedron lett. 2001, 42,<br />
6283.<br />
74 Mine, Y., Fukunaga, K., Yoshimoto, M., Nakao, K., e Sugimura, Y. Stereochemistry of a<br />
Diastereoisomeric Amphiphile and the Species of the Lipase Influence Enzyme Activity in the<br />
Transesterification Catalyzed by a Lipase-co-Lyophilizate With the Amphiphile in Organic Media.<br />
Biotech. Lett. 2003, 25, 1863.<br />
3<br />
29
Em 2003 Tuter e colaboradores realizaram a resolução do sulcatol 7 através <strong>de</strong><br />
transesterificação catalisada por extrato enzimático <strong>de</strong> Nigella saliva, em vários<br />
solventes. O melhor resultado foi observado com o uso <strong>de</strong> tolueno como solvente. Neste<br />
caso houve uma conversão <strong>de</strong> 19,9 %. 75<br />
3.2.3 Obtenção do sulcatol7 através <strong>de</strong> reações químicas não enzimáticas com<br />
precursor aquíral.<br />
Em 1982 Slessor reduziu 6-metil-5-hepten-2-one com boro-hidreto <strong>de</strong> sódio<br />
obtendo o sulcatol 7 racêmico. 76<br />
Em 1996, Davies e colaboradores realizaram a <strong>síntese</strong> do (R)-sulcatol 7 através<br />
<strong>de</strong> uma adição conjugada estereoseletiva <strong>de</strong> lítio (R)-N-metil-(a-metilbenzil)-amida à<br />
(E, E)-hexa-2,4-dienoato <strong>de</strong> t-butila, tendo como produto a respectiva n-oxidoamina<br />
terciária. Esta oxima foi submetida a um rearranjo <strong>de</strong> Mesenheimer, o qual forneceu<br />
hidroxilamina que com mais algumas reações levou ao (R)-sulcatol 7 (Esquema 15). 77<br />
Ph N Li<br />
A<br />
CO 2But<br />
MCPBA, CHCl 3,2OºC<br />
R. Meisenheimer<br />
a) A, THF, -78ºC<br />
b) NH 4Cl(aq), -78-20ºC<br />
Ph<br />
N<br />
OH<br />
Ph<br />
N<br />
a) H 2, Rh/Al 2O 3, EtOH<br />
b) POCl 3, Piridina<br />
CO 2But<br />
Ph<br />
N<br />
a)HCl, MeOH, 20ºC<br />
b) MeMgBr, Et 2O , THF<br />
a) Na, NH 3, THF<br />
b)NH 4Cl<br />
Esquema 15: Síntese do (R)-sulcatol 7 via adição conjugada e rearranjo <strong>de</strong> Meisenheimer<br />
75<br />
Tuter, M., Secundo, F., Riva, S., Aksoy, A., e Ustun, G. Partial Purification of Nigella sativa L. Seed<br />
Lipase and its Application in Transesterification Reactions. J. American Chem. Soc. 2003, 80, 43.<br />
76<br />
Black, S. A. e Slessor, K. N. Sulcatol- Synthesis of an Agregation Pheromone. J. Chem. Educ.1982,<br />
59, 255.<br />
77<br />
Davies, G., e Smyth, G. D. Asymetric Synthesis of (R)-hexane-1,5-diol, (R)-hex-3-ene-1,5-diol e (R)-6metilhept-5-em-2-ol<br />
(sulcatol) Employing a Tan<strong>de</strong>m Asymmetric Conjugate Addition and Stereospecific<br />
Meisenheimer Rearrangement Protocol. J. Chem. Soc. Perkin Trans 1.1996, 20, 2467.<br />
Ph<br />
OH<br />
N<br />
7<br />
OH<br />
30
Chem e colaboradores realizaram a <strong>síntese</strong> do (R)-sulcatol 7 partindo <strong>de</strong> sua<br />
mistura racêmica, utilizando uma resolução química cinética e obtendo o enantiômero<br />
(R)-com 99% <strong>de</strong> e.e. (Esquema 16). O racemato reage com o al<strong>de</strong>ído esteroidal quíral,<br />
formando o produto ciclisado <strong>de</strong> apenas um enantiômero. O produto então po<strong>de</strong> ser<br />
separado por cromatografia e reconvertido ao álcool. Neste trabalho também foi<br />
estudado a habilida<strong>de</strong> catalítica <strong>de</strong> vários ácidos, sendo que o triflato <strong>de</strong> lantânio obteve<br />
o melhor resultado (Esquema 16). 78<br />
.<br />
OH<br />
St<br />
CHO<br />
Ln(OTf) 3<br />
OH<br />
CH<br />
7 2CL2,4h 99% ee. 7<br />
St=<br />
O<br />
Esquema 16: Resolução química do sulcatol 7 com al<strong>de</strong>ído esteroidal<br />
3.3 2-Metil-4-Octanol 17<br />
O 2-metil-4-octanol foi isolado pela primeira vez em 1993 do Metamasius h.<br />
hemipterus. Este feromônio <strong>de</strong> agregação ocorre em muitas espécies <strong>de</strong> curculionidios.<br />
Estes insetos causam danos agricultura, como na cultura da cana <strong>de</strong> açúcar, <strong>de</strong>ntre<br />
outras. 14,79<br />
O feromônio (R)-17 e o seu enantiômero (S)-17 foram sintetizados em cinco<br />
etapas pela primeira vez em 1996 pelo grupo <strong>de</strong> Mori. Neste trabalho foi relatado o uso<br />
78 Chem, S., Hu, Q., e Loh, T. Highly Efficient Chemical Kinetic Resolution Of Bishomoallylic Alcohols:<br />
Synthesis of (R)-Sulcatol. Organic Lett. 2004, 6, 3365.<br />
79 Zarbin, P. H. G., Arrigoni, E. B., Reckziegel, A., Moreira, J. A., Baraldi, P. T., e Vieira, P. C.<br />
I<strong>de</strong>ntification of Male-Specific Chiral Compound From the Sugarcane Weevil Sphenophorus Levis. J.<br />
Chem. Ecol. 2003. 29, 377.<br />
31
<strong>de</strong> (R)- e (S)-leucina como material <strong>de</strong> partida. O rendimento global <strong>de</strong>stas <strong>síntese</strong>s foi<br />
<strong>de</strong> 11% (Esquema 17). 80<br />
O<br />
H2N CHC<br />
CH2 CHCH3 CH3 OH<br />
(R) ou (S)-leucina<br />
5 etapas<br />
Esquema 17: Primeira <strong>síntese</strong> do 2-metil-4-octanol<br />
OH<br />
*<br />
(R) ou (S)-17<br />
Em 2002 o grupo <strong>de</strong> Zarbim realizou a <strong>síntese</strong> dos dois enantiômeros <strong>de</strong> 17,<br />
tendo como material <strong>de</strong> partida o cloreto <strong>de</strong> isovaleril. O β-cetoester foi obtido através<br />
da redução enantioseletiva da carbonila do 5-metil-3-hexanona com S. cerevisae e<br />
álcool alilico produzindo o (S)-hidróxiéster com 99% <strong>de</strong> e.e, que foi submetido a mais<br />
algumas etapas até se obter o (R)-17 com rendimento global <strong>de</strong> 20%. O isômero (S)-<br />
hidróxiéster não po<strong>de</strong> ser obtido pela redução do β-cetoester, mas por uma inversão <strong>de</strong><br />
Mitsunobo do álcool 18, que então foi submetido às mesmas etapas subseqüentes<br />
(Esquema 18). A etapa chave da <strong>síntese</strong> do (R)-17 é a redução enantioseletiva do β-<br />
cetoéster obtido intermediariamente. Neste caso a redução foi realizada usando-se S.<br />
cerevisae como agente redutor. 81<br />
LiAlH 4,THF<br />
85%<br />
O O<br />
OH<br />
LiCH2CO2Et S. cerevisae<br />
CO2ET CL 85%<br />
alcool alilico<br />
50%, ee=99% (S)-hidróxiéster<br />
OH<br />
TsCl/Et3N OH80% OH<br />
CH3CH2MgBr OTs Li2CuCl4 OH<br />
(R)-17<br />
Esquema 18: <strong>síntese</strong> do (R)-17<br />
80 Takenaka, M., Takikawa, H., Mori, K. Synthesis of the Enantiomers of 2-methyl-4-heptanol and 2methyl-4-octanol,<br />
the Pheromone Components of the West Indian Sugarcane Borer. Liebigs Ann. 1996,<br />
12,1963.<br />
81 Baraldi, P. T., Zarbin, P. H. G., Vieira, C. P., e Correa, A. G. Enantioselective Synthesis of (R)- And<br />
(S)-2-Methyl-4-Octanol, The Male-Produced Aggregation Pheromone of Curculionidae, species.<br />
Tetrahedron Assimm. 2002, 13, 621.<br />
32
Em 2004, Zarbin e colaboradores mais uma vez realizaram a <strong>síntese</strong> do (S)-17,<br />
porém, usando outra rota. Nesta nova abordagem, o D-manitol foi usado como material<br />
<strong>de</strong> partida, tendo-se o (R)-gliceral<strong>de</strong>ído acetoní<strong>de</strong>o como intermediário chave, o qual foi<br />
obtido por uma clivagem oxidativa do diol proveniente do D-manitol (Esquema 19). 82<br />
HO<br />
O<br />
O<br />
Esquema 19: (1) SnCl2, 2,2 DMP. (2) NaIO4, NaHCO3, CH2Cl2. (3) CH3CH2CH2PPh3Br,<br />
BuLi, THF. (4) H 2/Pd/CaCO 3, hexano. (5) Dowex® ácida W 50, H 2O. (6) TsCl, Piridina (7)<br />
s-C3H7MgBr<br />
OH OH<br />
OH<br />
1<br />
O<br />
O OH<br />
O<br />
2<br />
O<br />
O H<br />
H<br />
3<br />
O<br />
O H 4<br />
OH OH<br />
OH O<br />
O<br />
H<br />
5 HO H 6 HO H 7<br />
HO<br />
TsO<br />
Em 2003 Cho e colaboradores sintetizaram o feromônio (R)-17. A etapa chave<br />
<strong>de</strong>sta <strong>síntese</strong> foi a redução catalítica quíral do β-ceto-sulfeto 17b levando ao β-hidroxi-<br />
sulfeto 17c. Este hidróxi sulfeto quíral seguido <strong>de</strong> várias reações levou a obtenção do<br />
feromônio (R)-17 com um rendimento global <strong>de</strong> 70% (Esquema 20). 83<br />
O<br />
1 OH<br />
2<br />
Stolyl-p<br />
Stolyl-p<br />
17a 17c<br />
3 4 OH<br />
5 OH O 6<br />
Stolyl-p<br />
Stolyl-p<br />
OH<br />
7<br />
HO H<br />
O<br />
O<br />
Ar<br />
Stolyl-p<br />
OH O<br />
Stolyl-p<br />
(R)-17<br />
Esquema 20: (1) (S)-MeCBS oxazaborolidina (0.1 equiv.), complexo <strong>de</strong> N-ethil-N-isopropilanilina–<br />
borana (1.0 equiv.), THF, 25ºC, 98–99%. (2) 3,5-(NO 2) 2C 6H 3COCl (1.5 equiv.), TMEDA (1.0 equiv.),<br />
CH2Cl2, 97–99%. (3) recristalização. (4) 2N NaOH, MeOH, temperatura ambiente, 98–99%. (5) m-CPBA<br />
82 Zarbin,P.H.G., Princival, J. L., Santos, A. A., e Oliveira, A. R. M., Synthesis of (S)-(+)-2-Methyl-4-<br />
Octanol: Male-Specific Compound Released by Sugarcane Weevil Sphenophorus Levis (Coleoptera :<br />
Curculionidae) . J. Braz. Chem. Soc. 2004, 15, 331<br />
83 Cho, B. T., e King, D. J. Efficient Synthesis of (R)- And (S)-3-Octanol, (R)-2-Do<strong>de</strong>canol, (R)-2-<br />
Methyl-4-Heptanol and (R)-2-Methyl-4-Octanol: the Pheromones of Myrmica Scabrinodis,<br />
Crematogaster Castanea, C-Liengmei, C-Auberti and Metamasius Hemipterus. Tetrahedron, 2003, 59,<br />
2457.<br />
8,8%<br />
33
(1.1 equiv.), CH2Cl2, temperatura ambiente, 92–95% (6) n-BuLi (2.8 equiv.), n-PrI (1.1 equiv.), THF, -<br />
78–20ºC, 72–93%. (7) Raney Ni, MeOH, temperatura ambiente, 89–92%.<br />
O grupo <strong>de</strong> Cho realizou novamente a <strong>síntese</strong> do (R)-2-metil-4-octanol (R)-17,<br />
pela redução direta da cetona, ao invés do β-ceto-sulfeto, nas mesmas condições<br />
utilizadas em 2002, pois neste caso o rendimento químico foi muito baixo (1%) ou<br />
baixíssimo excesso enantiomérico. 84<br />
84 Cho, B. T., e Kim, J. D. A Convenient Synthesis Of Optically Active Unhin<strong>de</strong>red Aliphatic Alcohols<br />
With High Optical Purity From Non-Racemic Beta-Hydroxy Sulfi<strong>de</strong>s. Bull. Korean Chem. Soc. 2004,<br />
25, 1385.<br />
34
4. ENZIMAS<br />
As enzimas são proteínas, em sua maioria, ou moléculas <strong>de</strong> RNA que atuam<br />
como catalisadores <strong>de</strong> vários processos químicos em sistemas biológicos 85 .<br />
4.1 Histórico<br />
Payen e Perzon, no ano <strong>de</strong> 1833, relataram pela primeira vez a existência <strong>de</strong> uma<br />
enzima analisando uma precipitação que ocorreu em um extrato <strong>de</strong> malte. Três anos<br />
após, Schwann ao extrair secreções estomacais com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar estudos<br />
sobre a digestão <strong>de</strong> carne observou que, a tripsina, era o componente ativo do suco<br />
gástrico na digestão <strong>de</strong> proteínas. 86<br />
Em 1848, Pasteur conclui que o processo <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> álcool a partir do<br />
açúcar por processos fermentativos, era catalisado por fermentos,ou seja, por estruturas<br />
presentes nas células vivas, que até aquele momento, se acreditava não po<strong>de</strong>rem ser<br />
isolados do meio biológico em questão 85 .<br />
Esta afirmação foi tida como verda<strong>de</strong> por muitos anos até que Buchner, em<br />
1897, utilizou extratos <strong>de</strong> levedo para processar a fermentação do açúcar à álcool. Tal<br />
<strong>de</strong>scoberta provou que as enzimas (expressão introduzida por Kühne em 1876)<br />
envolvidas na fermentação continuavam tendo ativida<strong>de</strong> mesmo após serem removidas<br />
das células vivas. Tal observação levou um gran<strong>de</strong> numero <strong>de</strong> cientistas, empolgados<br />
com os resultados obtidos por Buchner, a tentarem o isolamento <strong>de</strong> outras enzimas e<br />
consecutivamente estudar suas proprieda<strong>de</strong>s catalíticas 85<br />
Tais investidas na tentativa do isolamento <strong>de</strong> enzimas, resultaram no isolamento<br />
e cristalização da urease, em 1926, pelo grupo <strong>de</strong> Summer. Este trabalho propiciou um<br />
85 Lehninger,A.L.; Nelson, D.L.; Cox, M.M. Principios <strong>de</strong> Bioquímica, Sarvier, São Paulo,1995.<br />
86 Schoffers, E.; Golebiowski, A.; Johnson, C.R. Enantioselective synthesis through enzymatic<br />
asymmetrization Tetrahedorn 1996, 52, 3769<br />
35
enorme avanço nos estudos das proprieda<strong>de</strong>s especificas das enzimas. Summer<br />
<strong>de</strong>monstrou que os cristais da uréase eram constituídos por proteínas e, disse que todas<br />
as enzimas eram formadas por proteínas. Esta afirmação não foi muito bem aceita pela<br />
comunida<strong>de</strong> cientifica, visto que não existiam outros exemplos <strong>de</strong> enzimas isoladas para<br />
confirmar tal fato. Entretanto, Northrop conseguiu cristalizar a pepsina e a tripsina,<br />
isoladas do boi, e observou que estas enzimas também eram formadas por proteínas,<br />
assim, a hipótese sugerida por Summer foi aceita. Atualmente, além das proteínas, se<br />
conhece algumas enzimas que são constituídas por moléculas <strong>de</strong> RNA 85 .<br />
4.2. Aspectos Mecanisticos<br />
As reações catalisadas por enzimas ocorrem no interior dos limites <strong>de</strong> uma<br />
cavida<strong>de</strong> presentes em suas estruturas moleculares, tais cavida<strong>de</strong>s são conhecidas por<br />
sítio ativo. As moléculas que se ligam a este sitio ativo sofrem algum tipo <strong>de</strong><br />
transformação provocada pela enzima em questão e são chamados <strong>de</strong> substratos 85 .<br />
A formação do complexo enzima-substrato tem um papel muito importante nas<br />
reações catalisadas por enzimas. A enzima tem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> distinguir entre dois<br />
substratos competidores, po<strong>de</strong>ndo ter uma afinida<strong>de</strong> maior a um substrato em relação ao<br />
outro. Logo, as reações enzimáticas, normalmente, tem alta especificida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido a esta<br />
característica 14 .<br />
Em 1984, Fischer propôs que as enzimas tinham estruturas rígidas que eram<br />
complementares ao substrato 86 .O que realmente acontece é um pouco diferente da<br />
afirmação <strong>de</strong> Fischer, pois raramente esta complementarida<strong>de</strong> é perfeita, e a interação<br />
entre uma enzima e um substrato frequentemente envolve a alteração estrutural em uma<br />
ou ambas as moléculas. Este mecanismo foi chamado <strong>de</strong> ajuste induzido por Koshland<br />
Jr., Em 1958, através <strong>de</strong>le po<strong>de</strong>-se explicar como uma mesma enzima po<strong>de</strong> catalisar<br />
reações <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> um tipo <strong>de</strong> substrato. 85,86,87,88.<br />
87 Faber, K. Biotransformations in Organic Chemistry – a Textbook, Springer, Nova York, 1997<br />
88 Santanielo, E.; Ferraboschi, P.; Grisenti, P.; Manzocchi, A. Chem. Rev. 1992, 92, 1071.<br />
36
A especificida<strong>de</strong> da enzima perante dois substratos competitivos po<strong>de</strong> ser<br />
compreendida pelas diferentes interações realizadas para a formação do complexo<br />
enzima-substrato e, consequentemente, suas diferentes energias. O complexo<br />
preferencialmente formado é o que possui a mais baixa energia 85 .<br />
4.3. Classificação das Enzimas<br />
As enzimas foram classificadas pela União Internacional <strong>de</strong> Bioquímica em seis<br />
grupos, conforme o tipo <strong>de</strong> reações que catalisam. A Tabela 3 mostra estas<br />
classificações. 87,88,89<br />
Tabela 3: Classificação das enzimas<br />
Classificação Tipo <strong>de</strong> reação que catalisa<br />
Oxidorredutase Oxidação e redução<br />
Transferase Transferência <strong>de</strong> grupamentos<br />
Hidrolases Hidrólise, transesterificação e hidratação<br />
Liase Adição e eliminação<br />
Isomerase Isomerização<br />
Ligase Formação <strong>de</strong> ligação<br />
As enzimas mais utilizadas são as hidrolases e as oxirredutases, pois estas<br />
enzimas têm altas seletivida<strong>de</strong>s e são compatíveis com uma varieda<strong>de</strong> muito gran<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
substratos. 88,90<br />
89<br />
Laib, T.; Zhu, J. Approach towards the total synthesis of cyclopepti<strong>de</strong> alkaloids. Tetrahedron Lett.<br />
1998, 39, 283.<br />
90<br />
Czuk,R.;Glanzer,B.I.. Baker's yeast mediated transformations in organic chemistry Chem. Rev.1991,<br />
91,49.<br />
37
4.4 HIDRÓLISE DE ÉSTERES<br />
As enzimas têm sido aplicadas em <strong>síntese</strong> orgânica principalmente com o intuito<br />
<strong>de</strong> obter produtos enantioméricamente enriquecidos. Dentre as reações mediadas por<br />
enzimas po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar as reações <strong>de</strong>: 6,91<br />
Hidrólise <strong>de</strong> ésteres primários,<br />
Hidrólise <strong>de</strong> ésteres secundários,<br />
Acetilação <strong>de</strong> 1,3-diols,<br />
Acetilação álcoois alilicos e hidrólise <strong>de</strong> ésteres alilicos,<br />
Redução <strong>de</strong> cetonas.<br />
Como um dos objetivos <strong>de</strong>sse trabalho é a <strong>síntese</strong> <strong>de</strong> <strong>feromônios</strong>, serão citados<br />
apenas alguns exemplos <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> enzimas na <strong>síntese</strong> <strong>de</strong> <strong>feromônios</strong> <strong>de</strong> um modo<br />
geral.<br />
O 1-feniletanol 25 é o feromônio da formiga Crematogaster nigriceps,e existem<br />
várias <strong>síntese</strong>s citadas na literatura dos dois enantiômeros. Como exemplo po<strong>de</strong><br />
mencionar a <strong>síntese</strong> realizada em 2004 pelo grupo <strong>de</strong> Kaieda, on<strong>de</strong> utilizaram a enzima<br />
manipulada geneticamente AOL (Aspergillus oryzae lípase) e imobilizada para<br />
promover a transesterificação <strong>de</strong> 25. Esta reação forneceu o acetato <strong>de</strong> (R)-1-feniletila<br />
25a e excessos <strong>de</strong> 90-95% e.e.(Esquema 20). A célula biocatalítica criada neste estudo<br />
se mostrou ativa após 25 reutilizações (Esquema 21). 92<br />
91 Abate, A., Brenna, E., Fuganti, Claudio., Gatti, F., G., e Serra, S., “Lipase-catalysed preparation of<br />
enantiomerically enriched odorants”, Journal of Molecular Catalysis B: Enzymatic 2004, 32, 33–51.<br />
92 Kaieda, M., Nagayoshi,. M., Hama, S., Kondo, A., Fukuda , H.Enantioselective Transesterification<br />
Using Immobilized Aspergillus Oryzae Overexpressing Lipase. Appl. Microbiol. Biotech. 2004, 65, 301.<br />
38
25<br />
OH<br />
O<br />
+ lipase<br />
O<br />
OAc OH<br />
+<br />
(R)-25a (S)-25<br />
Esquema 21: Esterificação enantioseletiva <strong>de</strong> 1-feniletanol 25 mediada por lípase.<br />
O 2-heptanol é um feromônio da Friseomelita varia. Varias <strong>síntese</strong>s <strong>de</strong>ste álcool<br />
enriquecido enantioméricamente são <strong>de</strong>scritas na literatura. Um exemplo é o trabalho <strong>de</strong><br />
Aragozzini e colaboradores que realizaram a resolução <strong>de</strong> vários álcoois secundários<br />
através da transesterificação com células liofilizadas <strong>de</strong> Rhizopus oryzae obtendo bons<br />
excessos enantioméricas. Dentre estes álcoois o (R)-2-heptanol 20 foi submetido à<br />
transesterificação e obteve o respectivo éster com 97% <strong>de</strong> e.e. e o (R)-2-hexanol 19 com<br />
95% <strong>de</strong> e.e. 93<br />
93 Molinar, R., Mantegazza, L., Villa, R., e Aragozzini, F. Resolution of 2-alkanols by Microbially-<br />
Catalyzed Esterification. J. Ferment. Bioeng. 1998, 86. 62.<br />
39
5. ULTRA-SOM<br />
A aplicação do ultra-som a processos químicos e a inúmeras inovações<br />
tecnológicas vem <strong>de</strong>spertando o interesse dos pesquisadores ao longo do tempo.<br />
Principalmente no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologias limpas, que envolvam uma menor<br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resíduos e um menor gasto <strong>de</strong> energia. 94<br />
No inicio, uma série <strong>de</strong> estudos dos efeitos químicos do ultra-som foram<br />
realizados na década <strong>de</strong> 1950, quando a produção <strong>de</strong> H2O2 indicou a evidência <strong>de</strong><br />
formação <strong>de</strong> radical na sonicação <strong>de</strong> soluções aquosas. 95 A tecnologia se <strong>de</strong>senvolveu<br />
mais intensamente a partir da década <strong>de</strong> 1980 com as reações <strong>de</strong> organometálicos. 94<br />
O ultra-som vem sendo aplicado a uma varieda<strong>de</strong> muito gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> reações:<br />
Reações com organometalicos - os excepcionais resultados<br />
obtidos nas primeiras aplicações <strong>de</strong> ultra-som a uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> reações<br />
padrão com organometalicos <strong>de</strong>ram um enorme estimulo ao<br />
<strong>de</strong>senvolvimento da sonoquímica. 94 Por exemplo, uma simples reação <strong>de</strong><br />
Reformatsky com zinco, octanal e bromoacetato <strong>de</strong> etila teve como<br />
produto o respectivo hidróxiéster com 95% <strong>de</strong> rendimento em 5 min a<br />
temperatura ambiente quando sonicada, já sem a aplicação do ultra-som a<br />
mesma reação teve um rendimento <strong>de</strong> 69% <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 12 h à temperatura<br />
ambiente. 94<br />
Hidrogenação catalisada por metais – o ultra-som vem<br />
sendo aplicado a catalisadores metálicos em pó para promover reações<br />
mediadas por adsorção na face do catalisador. 94 A hidrosilação <strong>de</strong> estireno<br />
a alquil-silanos na presença <strong>de</strong> Pt/C obteve um rendimento <strong>de</strong> 95% a<br />
temperatura ambiente e 2h <strong>de</strong> sonicação, enquanto a reação tradicional<br />
94 Cains, P. W., Martin, P. D., e Price, C. J. The Use of Ultrasound in Industrial Chemical Synthesis and<br />
Crystallization. 1.Applications to Synthetic Chemistry. Org. Process Res. Develop. 1998, 2, 34.<br />
95 Weissler, A. Formation of Hydrogen Peroxi<strong>de</strong> by Ultrasonic Waves - Free Radicals. J. Am. Chem. Soc.<br />
1959, 81, 1077.<br />
40
necessita <strong>de</strong> elevadas temperaturas (> 100ºC) e pressões (> 5 Bar) para<br />
conseguir rendimentos consi<strong>de</strong>ráveis. 96<br />
Preparação <strong>de</strong> metal e cerâmica em pó – nos últimos anos,<br />
métodos ultra-sônicos têm sido empregados na produção <strong>de</strong> uma varieda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> materiais particulados ultrafinos, amorfos e nanoestruturados para o uso<br />
como catalisadores entre outras aplicações. 94 Partículas ultrafinas <strong>de</strong><br />
paládio tem sido preparadas pela sonicação <strong>de</strong> soluções aquosas <strong>de</strong> PdCl2<br />
na presença <strong>de</strong> um agente <strong>de</strong> proteção como o poli(vinil-pirrolidona). 97<br />
Reações <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> fase – o po<strong>de</strong>r que o ultra-som<br />
tem <strong>de</strong> executar um bom efeito <strong>de</strong> dispersão física, po<strong>de</strong> também ser<br />
aplicado à mistura <strong>de</strong> fases heterogêneas. Do ponto <strong>de</strong> vista físico existem<br />
duas classe <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> reação; as que envolvem a dispersão <strong>de</strong> um<br />
reagente sólido insolúvel, como a N-benzilação <strong>de</strong> indol na presença <strong>de</strong><br />
KOH e polietilenoglicol-metiléter, on<strong>de</strong> a aplicação do ultra-som obteve<br />
um rendimento <strong>de</strong> 95% em 2 h, que pelo método clássico tem um<br />
rendimento <strong>de</strong> 80% em 8h, 98 e as que envolvem a mistura <strong>de</strong> duas fases<br />
líquidas imiscíveis.<br />
Geração <strong>de</strong> radicais livres – a geração homolítica <strong>de</strong><br />
radicais livres por cavitação ultra-sônica é bem estabelecida para vários<br />
processos químicos. 94 Dentro <strong>de</strong>sta classe <strong>de</strong> reações se <strong>de</strong>staca a<br />
aplicação no tratamento <strong>de</strong> efluentes e nas reações em soluções aquosas,<br />
como na sonicação <strong>de</strong> solução <strong>de</strong> lactose que forma glucose, galactose e<br />
ácido galactônico como produtos. 99<br />
Síntese <strong>de</strong> polímeros – ultra-som tem sido aplicado tanto<br />
em <strong>síntese</strong> <strong>de</strong> polímeros com organometálicos como na iniciação da<br />
polimerização e copolimerização por radical. O uso do ultrasom na<br />
polimerização por radical <strong>de</strong> estireno e metacrilato <strong>de</strong> metila tem sido<br />
96<br />
Han, B. H.; Boudjouk, P. Organic sonochemistry. Ultrasonic acceleration of the hydrosilation reaction<br />
Organometallics 1983, 2, 770.<br />
97<br />
Okitsu, K.; Bandow, H.; Maeda, Y.; Nagata, Y. Sonochemical preparation of ultrafine palladium<br />
particles. Chem. Mater. 1996, 8 (2), 315.<br />
98<br />
Davidson, R. S.; Patel, A. M.; Safdar, A.; Thornthwaite, D. The application of ultrasound to the nalkylation<br />
of amines using phase transfer catalysis. Tetrahedron Lett. 1983, 24, 5907.<br />
99<br />
Heusinger, H. Comparison of the reactions induced by ultrasound and gamma rays in aqueous lactose<br />
solutions. Ultrasonics 1990, 28 (1), 30.<br />
41
investigado. 100,101 A sonicação <strong>de</strong> metacrilato<strong>de</strong> metila a 25ºC da uma<br />
conversão <strong>de</strong> 13% do monômero após 4h, com a massa molecular<br />
chegando ao máximo <strong>de</strong> 2,5x10 5 DA. 101<br />
Reação <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> elétrons - a promoção <strong>de</strong><br />
reação <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> elétron com mecanismo via anion radical<br />
através <strong>de</strong> uma reação tipo SN2 tem sido postulado 102 como base para a<br />
maioria <strong>de</strong>stas reações quando sonicadas.<br />
Reações <strong>de</strong> cicloadição – várias cicloadições do tipo<br />
Diels-Al<strong>de</strong>r tem sido promovidas pela aplicação <strong>de</strong> ultra-som. A adição do<br />
dieno 1-vinil-ciclo-hexeno ao dienófilo O-quinona obtém um rendimento<br />
<strong>de</strong> 65% a pressão atmosférica quando sonicado, já a metodologia clássica<br />
obtém um rendimento consi<strong>de</strong>rável somente a 11 Kbar <strong>de</strong> pressão. 103<br />
Sonoeletroquímica – combinação <strong>de</strong> ultra-som e<br />
eletroquímica tem sido aplicadas a várias reações. Uma <strong>de</strong>stas aplicações é<br />
a preparação <strong>de</strong> selenetos e teluretos <strong>de</strong> alquila. 104,105 A aplicação <strong>de</strong><br />
ultrasom na oxidação <strong>de</strong> ciclo-hexanecarboxilato altera a distribuição dos<br />
produtos, quando sonicada obtém ciclo-hexeno (32%) e metilciclo-hexil<br />
éter (34%) e sem ultra-som tem como produto biciclo-hexil (49%), ciclo-<br />
hexanol (25%) e metilciclo-hexanoato (17%). 106<br />
Reações enzimáticas – poucos são os trabalhos que<br />
envolvem o uso do ultra-som em reações enzimáticas. A aplicação <strong>de</strong><br />
ultra-som em reações catalisadas por enzimas apresentou um aumento<br />
significativo na velocida<strong>de</strong> das reações sem perda da enantioseletivida<strong>de</strong>.<br />
10,11,12<br />
100<br />
Kruus, P.; O’Neill, M.; Robertson, D. Robertson, D. Ultrasonic initiation of<br />
polymerization.Ultrasonics 1990, 28 (5), 304.<br />
101<br />
Price, G. J.; Norris, D. J.; West, P. J. Polymerization of methyl methacrylate initiated by ultrasound<br />
Macromolecules 1992, 25, 6447.<br />
102<br />
Luche, J.-L.; Einhorn, C.; Einhorn, J.; Sinisterra-Gago, J. V. Organic sonochenistry : A new<br />
interpretation and its consequences. Tetrahedron Lett. 1990, 31 (29), 4125.<br />
103<br />
Lee, J.; Sny<strong>de</strong>r, J. K. Ultrasound-Promoted Diels-Al<strong>de</strong>r Reactions – Syntheses ofF Tanshinone-IIA,<br />
Nortanshinone, and (+/-)-Tanshindiol-B. J. Am. Chem. Soc. 1989, 111, 1522.<br />
104<br />
Degrand, C.; Prest, R.; Nour, M. Electrochemical Synthesis OF Seleno and Telluro Derivatives in<br />
MECN .Phosphorus Sulfur Relat. Elem. 1988, 38, 210.<br />
105<br />
Mason, T. J.; Lorimer, J. P.; Walton, D. J. Sonoelectrochemistry. Ultrasonics 1990, 28 (5), 333.<br />
106<br />
Chyla, A.; Lorimer, J. P.; Mason, T. J.; Smith, G.; Walton, D. J. . Modifying Effect OF Ultrasound<br />
Upon THE Eletrochemical Oxidation of Cyclohexanecarboxilate. J. Chem. Soc., Chem. Commun. 1989,<br />
603.<br />
42
O primeiro trabalho relatando o uso do ultra-som em reações <strong>de</strong> hidrólise<br />
enzimática realizou a acilação do 1, 2, 3,4-tetra-hidro-1-naftol catalisado pela enzima<br />
PPL com vinil acetato em benzeno-éter teve a constante <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> aumentada <strong>de</strong><br />
0,003 para 0,25 (Esquema 22) 10<br />
OH<br />
PPL, Acetato <strong>de</strong> vinila<br />
Ultrasom<br />
Esquema 22: Transesterificação mediada por ultrasom<br />
OAc<br />
O nosso grupo realizou a hidrolise enzimática do etil-3-hidróxi-3-<br />
fenilpropanoato com o uso <strong>de</strong> ultra-som. Neste trabalho, na hidrolise <strong>de</strong>ste éster foi<br />
observado que o uso do ultrasom representou um aumento significativo na velocida<strong>de</strong><br />
reacional para as enzimas PCL, PLE e CRL (Esquema 23). 11<br />
OH<br />
CO 2Et<br />
Tempo<br />
minutos<br />
PCL T.A<br />
pH 7.0 ou 8.0<br />
200<br />
100<br />
0<br />
OH<br />
Agitação M. Ultrasom<br />
40% conversão<br />
CO 2Et<br />
Esquema 23: Hidrólise enzimática em PCL <strong>de</strong> etil-3-hidróxi-3-fenilpropanoato mediada por<br />
ultrasom. Tempo em horas (eixo x)<br />
+<br />
OH<br />
CO 2H<br />
O grupo <strong>de</strong> Breneli realizou a acilação <strong>de</strong> 2-azido-1-(4-metóxifenil)<br />
etanol com acetato <strong>de</strong> vinila catalisado pela enzima amano OS. Neste trabalho se obteve<br />
uma conversão <strong>de</strong> 37% em 288 h em agitação magnética e quando sonicado a conversão<br />
chegou a 42% em 82 h. (Esquema 24) 12<br />
43
R<br />
OH<br />
N 3<br />
O<br />
O<br />
lipase PS<br />
R<br />
OAc<br />
Entrada R = OCH3 R = H<br />
(S)<br />
Método A.M. U.S. A.M. U.S.<br />
1 Tempo (h) 288 82 659 62<br />
2 Conversão(%) 37 42 29 45<br />
Esquema 24: Hidrólise enzimática <strong>de</strong> azidoalcools mediado por ultrasom. (A. M. =<br />
agitação magnética e U.S= ultra-som)<br />
N 3<br />
+<br />
R<br />
(R)<br />
OH<br />
N 3<br />
44
6. OBJETIVO<br />
Este trabalho tem como objetivo ampliar o estudo da influência do ultra-som na<br />
hidrólise enzimática <strong>de</strong> acetatos, utilizando as enzimas PLE, AOP e CRL. Neste sentido<br />
serão utilizados substratos alquílicos e aromáticos. Além disso, será aplicada esta<br />
metodologia visando à obtenção <strong>de</strong> <strong>feromônios</strong>.<br />
45
7. METODOLOGIA<br />
Visando ampliar o trabalho iniciado pelo nosso grupo 11 , foi planejado investigar<br />
o uso <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> acetatos (7a, 17a, 18a, 19a, 20a, 21a, 22a, 23a, 25a, 26a e 27a)<br />
provenientes <strong>de</strong> álcoois alquilicos, secundários (7, 17, 19, 20,21 e 22) e primários (23) e<br />
acetatos provenientes <strong>de</strong> álcoois secundários aromáticos (25, 26 e 27) para serem<br />
submetidos a reações <strong>de</strong> hidrólise enzimática em ultrasom e agitação magnética.<br />
OR<br />
R=H 7<br />
R= Ac 7a<br />
OR<br />
R=H 19<br />
R= Ac 19a<br />
OR<br />
R=H 25<br />
R= Ac 25a<br />
OR<br />
R=H 22<br />
R= Ac 22a<br />
OR<br />
R=H 17<br />
R= Ac 17a<br />
OR OR<br />
R=H 20<br />
R= Ac 20a<br />
OR<br />
R=H 26<br />
R= Ac 26a<br />
RO<br />
R=H 23<br />
R= Ac 23a<br />
O<br />
OR<br />
R=H 18<br />
R= Ac 18a<br />
R=H 21<br />
R= Ac 21a<br />
R=H 27<br />
R= Ac 27a<br />
Figura 4: Acetatos a serem submetidos as hidrólises e respectivos álcoois<br />
Os álcoois quírais alquílicos e aromáticos serão obtidos através da resolução<br />
enzimática catalisada por enzima sob agitação magnética e com o uso do ultra-som dos<br />
respectivos acetatos racêmicos conforme já relatado pelo nosso grupo 11 . Os acetatos<br />
racêmicos alquílicos e aromáticos serão obtidos por reação <strong>de</strong> acetilação clássica dos<br />
respectivos álcoois racêmicos (Esquema 25). Como <strong>de</strong>scrito na literatura 107 .<br />
OR<br />
46
OH<br />
Hidrólise enzimática OAc Acetilação<br />
´R * R AM ou US ´R R<br />
´R R<br />
Esquema 25: Retro<strong>síntese</strong> da obtenção <strong>de</strong> álcoois quírais alquílicos e aromáticos<br />
Os álcoois alquílicos secundários 2-hexanol 19, 2-heptanol 20 , 2-nonanol 21, 1-<br />
octen-3-ol 22 e o álcool primário 2-etil-1-heptanol 23 são produtos comerciais. Os<br />
álcoois racêmicos aromáticos 25, 26 e 27 serão obtidos através <strong>de</strong> reação <strong>de</strong> redução<br />
clássica da respectiva cetona comercial (Esquema 26), conforme <strong>de</strong>scrito na<br />
literatura 107 .<br />
OH<br />
R<br />
redução<br />
Esquema 26: Retro<strong>síntese</strong> da redução para obtenção dos álcoois racêmicos 25, 26 e 27<br />
O álcool quíral sulcatol sete, feromônio da broca Gnathotrichus sulcatus, será<br />
obtido através da resolução enzimática catalisada por enzima sob agitação magnética<br />
e/ou ultra-som do respectivo acetato racêmico 7a. O acetato racêmico 7a será obtido por<br />
reação <strong>de</strong> acetilação clássica 107 do respectivo álcool racêmico comercial 7 (Esquema<br />
27).<br />
7<br />
OH Hidrólise OAc Acetilação<br />
OH<br />
*<br />
AM ou US<br />
7a<br />
Esquema 27: Retro<strong>síntese</strong> da obtenção do álcool quíral sulcatol 7<br />
O álcool quíral pitiol 18, feromônio do besouro Pityophthorus pityographus,<br />
será obtido através da resolução enzimática catalisada por enzima sob agitação<br />
magnética ou ultra-som do respectivo acetato racêmico 18a. O acetato racêmico 18a<br />
O<br />
R<br />
7<br />
OH<br />
47
será obtido por reação <strong>de</strong> ciclofuncionalização mediada por tálio do álcool comercial<br />
racêmico sulcatol 7 (Esquema 28) conforme <strong>de</strong>scrito na literatura 108 .<br />
Hidrólise Ciclofuncionalização<br />
O *<br />
18<br />
OH AM ou US O<br />
18a<br />
OAc<br />
Esquema 28: Retro<strong>síntese</strong> da obtenção <strong>de</strong> transpitiol 18<br />
OH<br />
sulcatol 7<br />
O álcool quíral 2-metil-4-octanol 17, feromônio da broca Metamasius h.<br />
hemipterus, po<strong>de</strong>rá ser obtido através da resolução enzimática catalisada por enzima sob<br />
agitação magnética ou ultrasom dos respectivo acetato racêmico 17a. O acetato<br />
racêmico 17a será obtido por reação <strong>de</strong> acetilação clássica do respectivo álcool<br />
racêmico 17. O álcool racêmico 17 será obtido através <strong>de</strong> uma reação <strong>de</strong> alquilação<br />
com n-butil lítio do isovaleral<strong>de</strong>ído 107 . (Esquema 29).<br />
OH<br />
*<br />
17<br />
Hidrólise OAc Acetilação<br />
AM ou US<br />
17a<br />
OH<br />
alquilação<br />
Esquema 29: Retro<strong>síntese</strong> da resolução enzimática para a obtenção <strong>de</strong> 17.<br />
17<br />
O<br />
H<br />
48
8- RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />
Neste capítulo, inicialmente, serão discutidos os resultados das reações <strong>de</strong><br />
obtenção dos álcoois alquílicos e arílicos, seguido da obtenção dos seus respectivos<br />
acetatos, os quais serão submetidos às hidrolises enzimáticas (item 8.1). Posteriormente<br />
serão discutidas as reações <strong>de</strong> hidrólise enzimática dos acetatos preparados, sob ultra-<br />
som e agitação magnética (item 8.2). As hidrólises enzimáticas serão discutidas na<br />
seguinte or<strong>de</strong>m: hidrólises enzimáticas dos substratos alquílicos (item 8.2.1), hidrólise<br />
enzimática dos substratos aromáticos (item 8.2.2), hidrólise enzimática do acetato <strong>de</strong><br />
sulcatol 7a e do acetato <strong>de</strong> pitiol 18a (item 8.2.3), e a hidrólise enzimática do acetato <strong>de</strong><br />
2-metil-4-octanol 17a (item 8.2.4). Na seqüência serão mostradas as propostas <strong>de</strong><br />
continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste trabalho (item 8.3).<br />
As analise espectroscópicas se encontram no item 8.4 <strong>de</strong>ste capitulo, sendo que<br />
os espectros correspon<strong>de</strong>ntes às substâncias relatadas po<strong>de</strong>m ser encontrados no anexo.<br />
8.1 OBTENÇÃO DOS ÁLCOOIS 17, 25, 26 E 27 E ACETATOS 7a, 17a, 18a,<br />
19a, 20a, 21a, 22a, 23a, 25a, 26a e 27a.<br />
Os álcoois 7, 19, 20, 21, 22 e 23, como mencionado anteriormente, são produtos<br />
comerciais. Já os álcoois 17, 25, 26 e 27 foram sintetizados.<br />
OH OH OH<br />
OH<br />
7 17 19 20<br />
OH<br />
25<br />
OH<br />
HO<br />
21 22 23<br />
OH<br />
OH<br />
OH<br />
26 27<br />
Figura 5: Álcoois a serem acetilados.<br />
49
Assim sendo, os álcoois 25, 26 e 27 foram preparados através <strong>de</strong> reações <strong>de</strong><br />
redução clássicas 107 da respectiva cetona comercial (Esquema 30). Nestas reações, as<br />
carbonilas sofrem uma adição <strong>de</strong> hidreto formando o sal correspon<strong>de</strong>nte que é<br />
protonado posteriormente com adição <strong>de</strong> água, levando a formação do respectivo álcool.<br />
As condições reacionais e reagentes empregados nesta reação estão <strong>de</strong>scritas no item<br />
10.2 .<br />
O<br />
O<br />
O<br />
LiAlH 4/Et 2O<br />
N 2/t.a<br />
LiAlH 4/Et 2O<br />
N 2/t.a<br />
LiAlH 4/Et 2O<br />
N 2/t.a<br />
Esquema 30: Obtenção dos álcoois aromáticos.<br />
OH<br />
25 (98%)<br />
OH<br />
26 (86%)<br />
OH<br />
27 (52%)<br />
Já o álcool 17 foi obtido através <strong>de</strong> uma reação <strong>de</strong> adição nucleofilica <strong>de</strong> butil-<br />
lítio à carbonila 107 . Nesta reação, a carbonila do isovaleral<strong>de</strong>ído sofre uma adição do n-<br />
butil lítio levando ao respectivo sal <strong>de</strong> lítio, que posteriormente é protonado pela adição<br />
<strong>de</strong> ácido diluído no final da reação. Neste caso há a formação do álcool 17 (Esquema<br />
31). As condições reacionais e reagentes empregados nesta reação estão <strong>de</strong>scritas no<br />
item 10.3.<br />
O<br />
n-BuLi/ t.a.<br />
OH<br />
H<br />
Et2O anidro<br />
17 (62%)<br />
Esquema 31: Obtenção do 2-metil-4-octanol 17<br />
107 Vogel, A. I.; Vogel’s Textbook of Practical Organic Chemistry, 5th ed., rev. Furniss, B. S.;<br />
Hannaford, A. J.; Smith, P. W. G.; Tatchell, A. R.; Longman: Londres, 1989.<br />
50
Os álcoois foram preparados em bons rendimentos químicos, e foram<br />
purificados por <strong>de</strong>stilação e/ou cromatografia em coluna. As respectivas estruturas<br />
foram confirmadas através <strong>de</strong> espectros <strong>de</strong> RMN 1 H, RMN 13 C e IV.<br />
Os álcoois comerciais, 7, 19, 20, 21, 22 e 23, e os álcoois sintetizados, 17, 25,<br />
26 e 27, foram submetidos a reações <strong>de</strong> acetilação clássica 107 (Esquema 32). As<br />
condições e reagentes empregados nestas reações estão <strong>de</strong>scritas no item 10.4. Nestas<br />
reações, os acetatos foram formados por reação <strong>de</strong> substituição a nucleofilica do<br />
anidrido acético.<br />
R´<br />
OH<br />
R<br />
OAc<br />
Ac2O/TEA/N2 DMAP/ CH2Cl2 R´ R<br />
OAc OAc OAc<br />
OAc<br />
7a (97%) 17a (82%) 19a (79%) 20a (90%)<br />
OAc<br />
21a (90%) 22a (90%) 23a (80%)<br />
OAc<br />
OAc<br />
OAc<br />
25a (96%)<br />
OAc<br />
AcO<br />
26a (94%) 27a (98%)<br />
Esquema 32: acetilação dos álcoois comerciais.<br />
Os acetatos também foram obtidos com bons rendimentos químicos, e foram<br />
purificados em coluna cromatográfica. As respectivas estruturas foram confirmadas<br />
através <strong>de</strong> espectros <strong>de</strong> RMN 1 H, RMN 13 C e IV.<br />
51
O acetato 18a, por sua vez, foi obtido através da reação <strong>de</strong> ciclofuncionalização<br />
do sulcatol 7, usando triacetato <strong>de</strong> tálio, conforme <strong>de</strong>scrito na literatura. 108 Nestas<br />
reações, o tálio complexa com a insaturação formando um sitio <strong>de</strong>ficiente <strong>de</strong> elétrons<br />
que então reage com os elétrons livres da hidroxila levando á formação <strong>de</strong> um anel<br />
pirânico (6 membros). Este intermediário, posteriormente sofre uma contração <strong>de</strong>ste<br />
anel pirânico levando a formação do produto 18a (Esquema 33). As condições e<br />
reagentes empregados nesta reação estão <strong>de</strong>scritas no item 10.6.<br />
7<br />
OH<br />
Tl(Ac) 3<br />
AcOH Acético<br />
O<br />
18a (87%)<br />
OAc<br />
Esquema 33: ciclofuncionalização do sulcatol 7.<br />
O acetato 18a foi obtido em bom rendimento químico, e purificado por<br />
cromatografia em coluna. As respectivas estruturas foram confirmadas através <strong>de</strong><br />
espectros <strong>de</strong> RMN 1 H, RMN 13 C e IV.<br />
8.2 HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DOS ACETATOS SOB ULTRA-SOM E<br />
AGITAÇÃO MAGNÉTICA<br />
8.2.1 Hidrólise Enzimática dos Acetatos Alquílicos 19a, 20a, 21a, 22a e 23a .<br />
Visando ampliar o estudo sobre a influência do banho <strong>de</strong> ultra-som em reações<br />
<strong>de</strong> hidrólises enzimáticas, conforme mencionado anteriormente foi resolvido aplicar o<br />
banho <strong>de</strong> ultra-som em uma série <strong>de</strong> acetatos alquílicos mo<strong>de</strong>lo. Com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
comparar <strong>de</strong> comparar a diferença entre a influência do emprego do ultra-som e da<br />
agitação magnética, foram realizadas as hidrólises enzimáticas pelos dois métodos.<br />
Como em estudos prévios efetuados em nosso grupo, foi utilizada a enzima PLE<br />
e pelo fato <strong>de</strong>sta ter um custo reduzido e estar disponível no laboratório foi resolvido<br />
108 Ferraz, H.; M.; C.; Sano, M.; K. e Ribeiro, C.; M.; R.; Uma Síntese Simples e Eficiente do Feromônio<br />
Trans-pitiol e Derivados Utilizando Sais <strong>de</strong> Tálio. Química nova., 1993, 16, 548.<br />
52
utilizá-la na hidrólise enzimática dos acetatos dos álcoois secundários saturados 19a,<br />
20a e 21a; do acetato do álcool secundário insaturado 22a e do acetato do álcool<br />
primário 23a, para observar sua generalida<strong>de</strong> neste tipo <strong>de</strong> reação.<br />
Assim foi realizada a hidrólise enzimática, segundo metodologia <strong>de</strong>scrita no<br />
item 10.7, <strong>de</strong>stes substratos em solução tampão fosfato pH 7,0, com a enzima PLE (2,5<br />
mg) sob agitação magnética e com o emprego do ultra-som. Os rendimentos químicos<br />
<strong>de</strong>stas reações foram superiores a 90% (Esquema 34).<br />
OAc<br />
R´ R<br />
PLE/ Tampão pH 7,0<br />
AM ou US<br />
OAc<br />
R´ * R<br />
R R´ R R´<br />
7a CH3 C6H11 7a 7 CH3 C6H11<br />
19a CH3 C4H9 19a 19 CH3 C4H9<br />
20a CH3 C5H11 20a 20 CH3 C5H11<br />
21a CH 3 C 7H 15 21a 21 CH 3 C 7H 15<br />
22a C2H3 C4H9 22a 22 C2H3 C4H9<br />
23a H C7H15 23a 23 H C7H15<br />
Esquema 34: Hidrólises enzimáticas dos acetatos alquílicos<br />
Os valores das conversões dos acetatos em seus respectivos álcoois foram<br />
calculados pela proporção das integrais dos picos referentes aos hidrogênio dos álcoois<br />
e dos acetatos que se diferenciem no espectro <strong>de</strong> RMN 1 H. Os espectros usados para<br />
estas análises foram obtidos a partir do bruto reacional das reações <strong>de</strong> hidrólise<br />
enzimática e po<strong>de</strong>m ser observados na Tabela 4. Estes valores estão discutidos no item<br />
8.4.1.<br />
+<br />
R´<br />
OH<br />
*<br />
R<br />
53
OAc<br />
Tabela 4: Hidrólises enzimáticas dos acetatos alquílicos<br />
OAc<br />
OAc<br />
19a 20a<br />
OAc<br />
21a 22a 23a<br />
Entrada Substrato Tempo<br />
(minutos)<br />
Conversão<br />
(%)<br />
AcO<br />
Método<br />
1 19a 55 3 AM<br />
2 19a 55 21 US<br />
3 20a 70 8 AM<br />
4 20a 70 12 US<br />
5 20a 90 10 AM<br />
6 20a 90 14 US<br />
7 21a 60 11 AM<br />
8 21a 60 15 US<br />
9 21a 75 12 AM<br />
10 21a 75 18 US<br />
11 21a 90 16 AM<br />
12 21a 90 19 US<br />
13 22a 30 2 AM<br />
14 22a 30 6 US<br />
15 22a 180 6 AM<br />
16 22a 180 17 US<br />
17 23a 30 11 AM<br />
18 23a 30 13 US<br />
19 23a 60 15 AM<br />
20 23a 60 19 US<br />
54
O uso do banho <strong>de</strong> ultra-som mostrou aumentar o rendimento em todos os<br />
substratos alquílicos avaliados neste item, mas com intensida<strong>de</strong>s diferentes (Gráfico 1).<br />
Ainda no Gráfico 1, po<strong>de</strong> ser observado que o acetato do álcool primário 23a<br />
apresentou uma maior conversão quando comparado com os acetatos <strong>de</strong> álcoois<br />
secundários alquílicos <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> tamanho semelhante.<br />
C o n v e r s ã o %<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
OAc<br />
8<br />
12<br />
Agitação Ultra-som<br />
12<br />
20a/70´ 21a/75 23a/60´<br />
18<br />
Substrato/ Tempo<br />
Gráfico 1: Comparação da hidrólise enzimática em agitação magnética com ultrasom para os substratos<br />
alquílicos<br />
8.2.2 Hidrólise Enzimática dos Acetatos Aromáticos 25a, 26a e 27a<br />
Visando ampliar o estudo com acetatos mo<strong>de</strong>lo sobre a influência do banho <strong>de</strong><br />
ultra-som em reações <strong>de</strong> hidrólises enzimáticas, foi usado o banho <strong>de</strong> ultra-som em uma<br />
série <strong>de</strong> acetatos aromáticos (25a, 26a e 27a), e avaliar a influência da aplicação do<br />
ultra-som nestas reações <strong>de</strong> hidrólise enzimática. As hidrólises enzimáticas, <strong>de</strong>stes<br />
substratos foram realizadas em solução tampão fosfato pH 7,0 e enzima PLE (2,5 mg)<br />
sob agitação magnética ou ultra-som. segundo experimental <strong>de</strong>scrito no item 10.8. Os<br />
rendimentos químicos <strong>de</strong>stas reações foram superiores a 90% (Esquema 35).<br />
OAc<br />
AcO<br />
15<br />
19<br />
55
OAc<br />
R<br />
PLE/ Tampão pH 7,0<br />
AM ou US<br />
OAc<br />
* R +<br />
25a: R= CH3 25a: 25: R= CH3<br />
26a: R= C3H6 26a: 26: R= C3H6<br />
27a: R= C 6H 11 27a: 27: R= C 6H 11<br />
Esquema 35: Hidrólises enzimáticas dos acetatos aromáticos.<br />
Os valores das conversões dos acetatos em seus respectivos álcoois foram<br />
calculados pela proporção das integrais dos picos referentes aos hidrogênio dos álcoois<br />
e dos acetatos que se diferenciem no espectro <strong>de</strong> RMN 1 H. Os espectros usados para<br />
estas análises foram obtidos a partir do bruto reacional das reações <strong>de</strong> hidrólise<br />
enzimática e po<strong>de</strong>m ser observados na Tabela 5. Estes valores estão discutidos no item<br />
8.4.2.<br />
25a<br />
OAc<br />
Tabela 5: Hidrólises enzimáticas dos acetatos aromáticos<br />
OAc<br />
Entrada Substrato Tempo<br />
26a 27a<br />
(minutos)<br />
Conversão<br />
(%)<br />
OAc<br />
Método<br />
1 25ª 30 2 AM<br />
2 25ª 30 16 US<br />
3 25ª 65 21 AM<br />
4 25ª 65 28 US<br />
6 26ª 90 28 AM<br />
7 26ª 90 36 US<br />
9 27ª 30 0 AM<br />
10 27ª 30 0,4 US<br />
OH<br />
*<br />
R<br />
56
Como é possível observar pelos resultados acima, o ultra-som <strong>de</strong>monstrou<br />
aumentar a conversão das reações também em substratos aromáticos como o 25a e 26a .<br />
Já a enzima PLE não obteve boas conversões com o substrato 27a, provavelmente<br />
<strong>de</strong>vido a sua baixa solubilida<strong>de</strong> no meio reacional impedindo assim a ação da enzima.<br />
Mesmo com a baixa conversão o banho <strong>de</strong> ultrasom <strong>de</strong>monstrou discreto aumento na<br />
conversão (Gráfico 2).<br />
C o n v e r s ã o %<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
0,5<br />
conversão/Tempo<br />
(%/min.)<br />
0,4<br />
0,3<br />
0,2<br />
0,1<br />
0<br />
OAc OAc<br />
21<br />
28<br />
0,43<br />
Agitação Ultra-som<br />
28<br />
25a/65´ 26a/90´ 27a/30´<br />
36<br />
Substrato/ tempo<br />
Gráfico 2: Comparação entre agitação magnética e ultrasom na hidrólise <strong>de</strong> acetatos aromáticos<br />
Verifica-se no gráfico 3, on<strong>de</strong> é plotado substrato versus a conversão dividida<br />
pelo tempo, que os acetatos aromáticos menos volumosos apresentaram uma maior<br />
conversão que os mais volumosos tanto em agitação quanto em ultrasom.<br />
OAc<br />
0,323 0,311<br />
Agitação Ultra-som<br />
OAc<br />
0,4<br />
25a 26a<br />
substrato<br />
27a<br />
Gráfico 3: Acetatos aromáticos x Conversão/tempo<br />
0<br />
OAc<br />
0,4<br />
0<br />
OAc<br />
0,013<br />
57
8.2.3 Hidrolise Enzimática do Acetato <strong>de</strong> Sulcatol 7a e Acetato <strong>de</strong> Pitiol 18a .<br />
A partir dos dados <strong>de</strong>scritos anteriormente, o uso do ultra-som em reações <strong>de</strong><br />
hidrólise enzimática po<strong>de</strong> aumentar a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> reação para a enzima<br />
PLE. Partindo <strong>de</strong>ste fato, resolveu-se verificar a influência do ultra-som na hidrólise<br />
enzimática do acetato <strong>de</strong> sulcatol 7a e acetato <strong>de</strong> pitiol 18a.<br />
Assim, visando ampliar este estudo, foi aplicado o ultra-som em reações <strong>de</strong><br />
hidrólise enzimática catalisadas pelas enzimas CRL e AOP, além da PLE. Estas<br />
enzimas foram escolhidas <strong>de</strong>vido ao seu baixo custo, além <strong>de</strong> estarem disponíveis no<br />
laboratório.<br />
Assim foi realizado a hidrólise enzimática do acetato do sulcatol 7a, em solução<br />
tampão fosfato pH 7,0 e as enzimas PLE, AOP e CRL sob agitação magnética e ultra-<br />
som . Os rendimentos químicos dos brutos reacionais <strong>de</strong>stas reações foram superiores a<br />
90%, segundo metodologia <strong>de</strong>scrita no item 10.9 (Esquema 36).<br />
*<br />
OAc<br />
AM ou US<br />
Tampão pH=7,0/ Enzima<br />
OH<br />
OAc<br />
+<br />
7a 7<br />
Esquema 36: Hidrólise enzimática do acetato <strong>de</strong> sulcatol 7a<br />
7a<br />
Os valores das conversões do acetato <strong>de</strong> sulcatol 7a em seu respectivo álcool 7,<br />
foram calculados pela proporção das integrais dos picos referentes aos hidrogênio dos<br />
álcoois e dos acetatos que se diferenciem no espectro <strong>de</strong> RMN 1 H. Os espectros usados<br />
para estas análises foram obtidos a partir do bruto reacional das reações <strong>de</strong> hidrólise<br />
enzimática e po<strong>de</strong>m ser observados na Tabela 6. Estes valores estão discutidos no item<br />
8.4.3.<br />
*<br />
58
Entrada Tempo<br />
Tabela 6: Hidrólises enzimáticas do acetato <strong>de</strong> sulcatol 7a<br />
(Horas)<br />
Conversão<br />
(%)<br />
7a<br />
OAc<br />
Enzima/quantida<strong>de</strong> Método<br />
1 2 12 PLE / 6mg AM<br />
2 2 20 PLE / 6mg US<br />
3 3 35 PLE / 6mg AM<br />
4 3 43 PLE / 6mg US<br />
5 4 36 PLE / 6mg AM<br />
6 4 48 PLE / 6mg US<br />
7 4 18 CRL / 150mg AM<br />
8 4 31 CRL / 150mg US<br />
9 12 41 CRL / 150mg AM<br />
10 12 46 CRL / 150mg US<br />
11 25 49 CRL / 150mg AM<br />
12 25 51 CRL / 150mg US<br />
13 4 0 AOP / 100 mg AM<br />
13 4 0 AOP / 100 mg US<br />
15 10 0 AOP / 100 mg AM<br />
16 10 0 AOP / 100 mg US<br />
17 15 2 AOP / 100 mg AM<br />
18 15 4 AOP / 100 mg US<br />
Po<strong>de</strong> ser observado através dos resultados obtidos que a hidrólise do acetato <strong>de</strong><br />
sulcatol 7 com a enzima PLE, obteve valores superiores <strong>de</strong> conversões quando<br />
comparados com os valores obtidos com as enzimas CRL e AOP em um mesmo tempo<br />
reacional, tanto em agitação como em ultra-som. A enzima AOP apresentou baixas<br />
59
conversões. Isto po<strong>de</strong> ser melhor visualizado no Gráfico 4 on<strong>de</strong> é comparado reações <strong>de</strong><br />
hidrólise enzimática em tempos reacionais semelhantes.<br />
Conversão %<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
36<br />
43<br />
Agitação Ultra-som<br />
18<br />
31<br />
PLE CRL AOP<br />
Enzima<br />
Gráfico 4: Hidrólise enzimática do 17a em agitação magnética e ultra-som em 4 horas <strong>de</strong> reação<br />
É possivel observar que o ultra-som aumentou as conversões <strong>de</strong> todas as reações<br />
<strong>de</strong> hidrólise enzimática do acetato <strong>de</strong> sulcatol 7a , tanto para a enzima PLE quanto para<br />
as enzimas AOP e CRL. Os resultados po<strong>de</strong>m ser melhor observados nos Gráficos 5, 6 e<br />
7.<br />
C o n v e r s ã o %<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
12<br />
20<br />
Agitação Ultra-som<br />
35<br />
43<br />
0<br />
36<br />
2 3 4<br />
Tempo (h)<br />
Gráfico 5: ultra-som x agitação na hidrólise enzimática do acetato <strong>de</strong> sulcatol 7a com PLE.<br />
0<br />
48<br />
60
C o n v e r s ã o %<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
18<br />
31<br />
Agitação Ultra-som<br />
41<br />
46<br />
49<br />
4 12 25<br />
Tempo (h)<br />
Gráfico 6: ultra-som x agitação na hidrólise enzimática do acetato <strong>de</strong> sulcatol 7a com CRL.<br />
C o n v e r s ã o %<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
Agitação Ultra-som<br />
0 0 0 0<br />
4 10 15<br />
Tempo (h)<br />
Gráfico 7: ultra-som x agitação na hidrólise enzimática do acetato <strong>de</strong> sulcatol 7a com AOP.<br />
A hidrólise do acetato do pitiol 18a foi realizada primeiramente com 6 mg <strong>de</strong><br />
enzima e 3 horas <strong>de</strong> reação não obtendo o álcool <strong>de</strong>sejado. Posteriormente foram<br />
utilizados 10 mg e ainda assim não se observou conversão. Assim utilizou-se 20 mg <strong>de</strong><br />
PLE e 250 mg <strong>de</strong> CRL e tempos reacionais maiores. Após 15 horas <strong>de</strong> reação tanto em<br />
2<br />
51<br />
4<br />
61
agitação magnética como em ultra-som não foi observado a formação do álcool,<br />
somente após 7 dias <strong>de</strong> reação foi observado a formação do álcool em agitação<br />
magnética (4% <strong>de</strong> conversão com PLE e 9% <strong>de</strong> conversão com AOP). Este elevado<br />
tempo reacional (7 dias) impossibilitou a utilização do ultra-som nas reações <strong>de</strong><br />
hidrólise enzimática do acetato <strong>de</strong> pitiol 18a.<br />
É importante lembrar que o sulcatol 7 e o pitiol 18 são <strong>feromônios</strong> dos insetos<br />
Gnathotrichus sulcatus e Pityophthorus pityographus, respectivamente. Conforme foi<br />
discutido no item 3.2 (pág. 10)<br />
8.2.4 Hidrólise Enzimática do Acetato <strong>de</strong> 2-Metil-4-Octanol 17A<br />
Visando ampliar o estudo, realizou-se a hidrólise do acetato do 2-metil-4-octanol<br />
17a. Assim foi possivel avaliar a influência do ultra-som na hidrólise enzimática <strong>de</strong><br />
mais um substrato e obter o respectivo álcool enriquecido opticamente. Utilizou-se as<br />
enzimas AOP, PLE e CRL na hidrólise do acetato 17a . Po<strong>de</strong>ndo assim avaliar para<br />
mais um substrato a influência do ultra-som na hidrólise enzimática catalisada por<br />
diferentes enzimas.<br />
Assim foi realizado a hidrólise enzimática do acetato <strong>de</strong> 2-metil-4-octanol 17a<br />
em solução tampão fosfato pH 7,0 e as enzimas PLE, AOP e CRL sob agitação<br />
magnética e ultra-som segundo metodologia <strong>de</strong>scrita no item 10.10. Os rendimentos<br />
químicos dos brutos reacionais <strong>de</strong>stas reações foram superiores a 90% (Esquema 37).<br />
OAc<br />
17a<br />
Enzima/Tampão pH=7,0<br />
AM ou US<br />
OAc<br />
*<br />
17a<br />
+<br />
OH<br />
17<br />
Esquema 37: Hidrólise enzimática do acetato 17a<br />
Os valores das conversões do acetato <strong>de</strong> 2-metil-4-octanol 17a em seu respectivo<br />
álcool 17 foram calculados pela proporção das integrais dos picos referentes aos<br />
*<br />
62
hidrogênio dos álcoois e dos acetatos que se diferenciem no espectro <strong>de</strong> RMN 1 H. Os<br />
espectros usados para estas análises foram obtidos a partir do bruto reacional das<br />
reações <strong>de</strong> hidrólise enzimática e po<strong>de</strong>m ser observados na Tabela 6. Estes valores estão<br />
discutidos no item 8.4.4.<br />
Entrada Tempo<br />
Tabela 7: Hidrólises enzimáticas do acetato 17a<br />
Conversão<br />
OAc<br />
Enzima/quantida<strong>de</strong> Método<br />
(horas) (%)<br />
1 1 12 PLE / 2,5mg AM<br />
2 1 9 PLE / 2,5mg US<br />
3 2 18 PLE / 2,5mg AM<br />
4 2 12 PLE / 2,5mg US<br />
5 3 21 PLE / 2,5mg AM<br />
6 3 20 PLE / 2,5mg US<br />
7 6 2 AOP/ 100mg AM<br />
8 6 3 AOP/ 100mg US<br />
9 6 7 CRL/ 150mg AM<br />
10 6 9 CRL/ 150mg US<br />
Po<strong>de</strong> ser observado através dos resultados obtidos que a hidrólise do acetato <strong>de</strong><br />
2-metil-4-octanol 17a com a enzima PLE obteve valores superiores <strong>de</strong> conversões<br />
quando comparados com os valores obtidos com as enzimas CRL e AOP em um mesmo<br />
tempo reacional, tanto em agitação como em ultra-som.<br />
Os resultados <strong>de</strong>monstraram que a hidrólise do acetato 17a teve um aumento na<br />
conversão com o banho <strong>de</strong> ultra-som para as enzimas CRL e AOP. Mas,<br />
inesperadamente, a enzima PLE apresentou melhores resultados com agitação<br />
magnética. Os resultados po<strong>de</strong>m ser melhor observado no gráfico 8.<br />
63
c o n v e r s ã o %<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
18<br />
12<br />
Agitação Ultra-som<br />
7<br />
PLE/2 CRL/6 AOP/6<br />
9<br />
Enzima/ tempo (h)<br />
Gráfico 8: Ultra-som x Agitação das hidrólises do acetato 17a<br />
8.3 PROPOSTA DE CONTINUIDADE.<br />
Assim, como proposta <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste trabalho, é verificado que a<br />
aplicação do ultra-som neste tipo <strong>de</strong> reação <strong>de</strong>va ser testada em outros substratos para<br />
que haja uma maior compreensão a respeito da sua influência na ação das enzimas. Por<br />
exemplo, utilizar substratos que tenham a porção aromática substituída com<br />
substituintes <strong>de</strong> diferentes polarida<strong>de</strong>s, e verificar a influência da posição da<br />
substituição, utilizar substratos alquílicos <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias maiores e com substituintes polares<br />
como <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> aminoácidos, nitrilas, etc.<br />
Analisar a influência do ultra-som com outras enzimas, como as lípases <strong>de</strong> maior<br />
eficiência, por exemplo, a enzima PCL. Além disso, utilizar enzimas suportadas.<br />
Analisar a influência na enantioseletivida<strong>de</strong> nas reações realizadas neste<br />
trabalho, calculando os excessos enantioméricos das reações em agitação e ultra-som.<br />
2<br />
3<br />
64
Como foi <strong>de</strong>scrito anteriormente, as enzimas hidroliticas catalisam inúmeras<br />
reações <strong>de</strong> transesterificação, é sugerido a analise da influência do banho <strong>de</strong> ultra-som<br />
nesta classe <strong>de</strong> reações.<br />
Seria importante o estudo <strong>de</strong> outras condições reacionais, com o uso <strong>de</strong> outras<br />
soluções tampão e em pH diferentes, o uso <strong>de</strong> co-solventes como etanol e acetona. O<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma metodologia que possa ter o controle exato da temperatura do<br />
banho <strong>de</strong> ultra-som e a influência <strong>de</strong>sta nesta classe <strong>de</strong> reações.<br />
Avaliar a influência do ultra-som na hidrólise enzimática <strong>de</strong> outros ésteres que<br />
não acetatos. Como por exemplo o hidróxiéster 3-hidróxi-5-metil-hexanoato <strong>de</strong> etila 24,<br />
lembramos que o éster 24 já foi utilizado na <strong>síntese</strong> do feromônio 2-metil-4-octanol 17.<br />
Visando este estudo este hidróxiéster foi preparado para futuramente ser avaliada sua<br />
hidrólise enzimática mediada por ultra-som.<br />
O álcool quíral 2-metil-4-octanol 17 po<strong>de</strong>rá ser obtido através da alquilação do<br />
hidroxiácido 24a seguida <strong>de</strong> redução. O hidroxiácido 24a enriquecido opticamente<br />
po<strong>de</strong>rá ser obtido através <strong>de</strong> uma reação <strong>de</strong> hidrólise enzimática sob ultra-som ou<br />
agitação do hidróxiéster racêmico 24. O hidróxiéster 24 será obtido através <strong>de</strong> uma<br />
reação <strong>de</strong> Reformatzki entre o isovaleral<strong>de</strong>ído e bromoacetato <strong>de</strong> etila (Esquema 38),<br />
conforme literatura 109 .<br />
OH O Hidrólise<br />
OH O Reformatsky O<br />
*<br />
24a<br />
OH AM ou US<br />
24<br />
O<br />
H<br />
+ Br<br />
Esquema 38: Retro<strong>síntese</strong> da resolução enzimática para obtenção <strong>de</strong> 24a<br />
O hidróxiéster 24 foi obtido com 54% <strong>de</strong> rendimento químico, conforme<br />
metodologia <strong>de</strong>scrita no item 10.5 (pág. 87).<br />
109 Ribeiro, C.; M.;R.; Santos, E.; S.; Jardim, A.; H.; O.; Maia, M.; P.; Silca, F.; C.; Moreira, P.; D.; e<br />
Ferreira, V.; F. Asymmetric Reformatsky reaction: application of mono- and dihydroxy carbohydrate<br />
<strong>de</strong>rivatives as chiral ligands. Tetrahedorn Asymm. 2002, 13, 1703.<br />
O<br />
O<br />
65
8.4 ANALISE DAS CONVERSÕES DAS RESOLUÇÕES ENZIMÁTICAS<br />
O valor da conversão dos acetatos em seus respectivos álcoois foram calculados<br />
pela proporção das integrais dos picos referentes aos hidrogênio com <strong>de</strong>slocamento<br />
químico distinguível dos álcoois e dos respectivos acetatos como po<strong>de</strong> ser observado<br />
nos espectros <strong>de</strong> RMN 1 H dos brutos reacionais. O valor das conversões das resoluções<br />
enzimáticas serão discutidos na seguinte or<strong>de</strong>m: substratos alquílicos (item 8.7.1),<br />
substratos aromáticos (item 8.7.2), acetato <strong>de</strong> sulcatol 7a e acetato <strong>de</strong> pitiol 18a (item<br />
8.7.3) e acetato <strong>de</strong> 2-metil-4-octanol 17a (item 8.7.4).<br />
8.4.1- Análise das conversões dos acetatos alquílicos<br />
A conversão do acetato 19a em álcool 19 das hidrólises foram calculados pela<br />
proporção das integrais dos picos referentes aos hidrogênios H-2 do álcool e H-2 do<br />
acetato. O fato <strong>de</strong> terem <strong>de</strong>slocamentos químicos distintos, possibilita a análise das<br />
conversões das hidrólises enzimáticas no espectro <strong>de</strong> RMN 1 H do bruto reacional. O<br />
pico referente ao H-2 no acetato apresenta um <strong>de</strong>slocamento químico <strong>de</strong> 4,83 ppm<br />
enquanto o H-2 do respectivo álcool aparece em 3,79 ppm (Figura 6).<br />
Figura 6: Hidrogênios H2 do álcool 19 e acetato 19a.<br />
66
Desta maneira, como somente a região que compreen<strong>de</strong> os hidrogênios H-2 do<br />
álcool 19 e H-2 do acetato 19a é importante para o calculo da conversão, será mostrado<br />
somente a região <strong>de</strong> 3,6 – 4,9 ppm do espectro do bruto reacional das reações <strong>de</strong><br />
hidrólise enzimática usando ultra-som e agitação magnética (Figura 7).<br />
PLE/ Agitação Magnética /55´/3% PLE/ Ultra-som /55´ /21%<br />
Figura 7: Hidrólises do acetato 19a<br />
A conversão do acetato 20a no respectivo álcool 20 das hidrólises enzimáticas<br />
foram calculados pela proporção das integrais dos picos referentes aos hidrogênios H-2<br />
do álcool e H-2 do acetato. O fato <strong>de</strong> terem <strong>de</strong>slocamentos químicos distintos,<br />
possibilita a análise das conversões das hidrólises enzimáticas no espectro <strong>de</strong> RMN 1 H<br />
do bruto reacional. O pico referente ao H-2 no acetato apresenta um <strong>de</strong>slocamento<br />
químico <strong>de</strong> 4,89 ppm enquanto o H-2 do respectivo álcool aparece em 3,80 ppm (Figura<br />
8).<br />
Figura 8: Espectros do 20 e 20a .<br />
67
Desta maneira, como somente a região que compreen<strong>de</strong> os hidrogênios H-2 do<br />
álcool 20 e H-2 do acetato 20a é importante para o calculo da conversão, será utilizado<br />
somente a região <strong>de</strong> 3,6 – 5,0 ppm do espectro do bruto reacional das reações <strong>de</strong><br />
hidrólise enzimática usando ultra-som e agitação magnética (Figura 9).<br />
PLE/ Agitação Magnética /70´/8% PLE/ Ultra-som /70´ /12%<br />
PLE / Agitação Magnética /90´/10% PLE/ Ultra-som /90´ /14%<br />
Figura 9 : Hidrólises do acetato 20a<br />
A conversão do acetato 21a no respectivo álcool 21 das hidrólises enzimáticas<br />
foram calculados pela proporção das integrais dos picos referentes aos hidrogênios H-2<br />
do álcool e H-2 do acetato. O fato <strong>de</strong> terem <strong>de</strong>slocamentos químicos distintos possibilita<br />
a análise das conversões das hidrólises enzimáticas no espectro <strong>de</strong> RMN 1 H do bruto<br />
68
eacional. O pico referente ao H-2 no acetato apresenta um <strong>de</strong>slocamento químico <strong>de</strong><br />
4,89 ppm enquanto o H-2 do respectivo álcool aparece em 3,80 ppm (Figura 10).<br />
Figura 10: Espectros do 21 e 21a<br />
Desta maneira, como somente a região que compreen<strong>de</strong> os hidrogênios H-2 do<br />
álcool 21 e H-2 acetato 21a é importante para o calculo da conversão, será utilizado<br />
somente a região <strong>de</strong> 3,6 – 5,0 ppm do espectro do bruto reacional das reações <strong>de</strong><br />
hidrólise enzimática usando ultra-som e agitação magnética (Figura 11).<br />
PLE / Agitação Magnética /60´/11% PLE/ Ultra-som /60´ /15%<br />
69
PLE / Agitação Magnética /75´/12% PLE/ Ultra-som /75´ /18%<br />
PLE / Agitação Magnética /90´/16% PLE/ Ultra-som /90´ /19%<br />
Figura 11: Hidrólises do acetato 21a<br />
A conversão do acetato 22a no respectivo álcool 22 das hidrólises enzimáticas<br />
foram calculados pela proporção das integrais dos picos referentes aos hidrogênios H-3<br />
do álcool e H-9 do acetato. O fato <strong>de</strong> terem <strong>de</strong>slocamentos químicos distintos possibilita<br />
a análise das conversões das hidrólises enzimáticas no espectro <strong>de</strong> RMN 1 H do bruto<br />
reacional. O H-3 do acetato não foi utilizado por aparecer junto com os hidrogênios da<br />
ligação dupla. O pico referente ao H-9 no acetato apresenta um <strong>de</strong>slocamento químico<br />
<strong>de</strong> 2,07 ppm enquanto o H-3 do respectivo álcool aparece em 4,09 ppm . neste caso a<br />
razão é <strong>de</strong> 1:3 do H-3 para o H-9 (Figura 12).<br />
70
Figura 12: espectros do 22 e 22a .<br />
Desta maneira, como somente a região que compreen<strong>de</strong> os hidrogênios H-3 do<br />
álcool 22 e H-9 do acetato 22a é importante para o calculo da conversão, utilizou-se<br />
somente a região <strong>de</strong> 2,0 – 4,3 ppm do espectro do bruto reacional das reações <strong>de</strong><br />
hidrólise enzimática usando ultra-som e agitação magnética (Figura 13).<br />
PLE / Agitação Magnética /30´/2% PLE/ Ultra-som /30´ /6%<br />
71
PLE / Agitação Magnética /180´/6% PLE/ Ultra-som /180´ /17%<br />
Figura 13: Hidrólises do acetato 22a<br />
A conversão do acetato 23a no respectivo álcool 23 das hidrólises enzimáticas<br />
foram calculados pela proporção das integrais dos picos referentes aos hidrogênios H-1<br />
do álcool e H-1 do acetato. O fato <strong>de</strong> terem <strong>de</strong>slocamentos químicos distintos possibilita<br />
a análise das conversões das hidrólises enzimáticas no espectro <strong>de</strong> RMN 1 H do bruto<br />
reacional. O pico referente ao H-1 no acetato apresenta um <strong>de</strong>slocamento químico <strong>de</strong><br />
3,98 ppm enquanto o H-1 do respectivo álcool aparece em 3,55 ppm (Figura 14).<br />
Figura 14: espectros do 23 e 23a<br />
Desta maneira, como somente a região que compreen<strong>de</strong> os hidrogênios H-1 do<br />
álcool 23 e acetato 23a é importante para o calculo da conversão, utilizou-se a região <strong>de</strong><br />
3,4 – 4,1 ppm do espectro do bruto reacional das reações <strong>de</strong> hidrólise enzimática usando<br />
ultra-som e agitação magnética (Figura 15).<br />
72
PLE / Agitação Magnética /30´/11% PLE/ Ultra-som /30´ /13%<br />
PLE / Agitação Magnética /60´/15% PLE/ Ultra-som /60´ /19%<br />
Figura 15: Hidrolises do acetato 23a .<br />
8.4.2 Analise das conversões dos acetatos aromáticos<br />
A conversão do acetato 25a no respectivo álcool 25 das hidrólises enzimáticas<br />
foram calculados pela proporção das integrais dos picos referentes aos hidrogênios H-1<br />
do álcool e H-1 do acetato. O fato <strong>de</strong> terem <strong>de</strong>slocamentos químicos distintos possibilita<br />
a análise das conversões das hidrólises enzimáticas no espectro <strong>de</strong> RMN 1 H do bruto<br />
reacional. O pico referente ao H-1 no acetato apresenta um <strong>de</strong>slocamento químico <strong>de</strong><br />
5,88 ppm enquanto o H-1 do respectivo álcool aparece em 4,89 ppm (Figura 16).<br />
73
Figura 16: espectros <strong>de</strong> 25 e 26a<br />
Desta maneira, como somente a região que compreen<strong>de</strong> os hidrogênios H1 do<br />
álcool 25 e H1 do acetato 25a é importante para o calculo da conversão, utilizou-se<br />
somente a região <strong>de</strong> 4,7- 6,0 ppm do espectro do bruto reacional das reações <strong>de</strong><br />
hidrólise enzimática usando ultra-som e agitação magnética (Figura 17).<br />
PLE / Agitação Magnética /30´/2% PLE/ Ultra-som /30´ /16%<br />
PLE / Agitação Magnética /65´/21% PLE / Ultra-som /65´/28%<br />
Figura 17: hidrólises do acetato 25a<br />
74
A conversão do acetato 26a no respectivo álcool 26 das hidrólises enzimáticas<br />
foram calculados pela proporção das integrais dos picos referentes aos hidrogênios H-1<br />
do álcool e H-1 do acetato. O fato <strong>de</strong> terem <strong>de</strong>slocamentos químicos distintos possibilita<br />
a análise das conversões das hidrólises enzimáticas no espectro <strong>de</strong> RMN 1 H do bruto<br />
reacional. O pico referente ao H-1 no acetato apresenta um <strong>de</strong>slocamento químico <strong>de</strong><br />
6,00 ppm enquanto o H-1 do respectivo álcool aparece em 4,79 ppm (Figura 18).<br />
Figura 18: espectros do 26 e 26a<br />
Desta maneira, como somente a região que compreen<strong>de</strong> os hidrogênios H-1 do<br />
álcool 26 e H-2 do acetato 26a é importante para o calculo da conversão, usou-se a<br />
região <strong>de</strong> 4,6- 6,1 ppm do espectro do bruto reacional das reações <strong>de</strong> hidrólise<br />
enzimática usando ultra-som e agitação magnética (Figura 19).<br />
PLE / Agitação Magnética /90´/28% PLE / Ultra-som /90´/36%<br />
Figura 19: Hidrolise enzimática do acetato 26a<br />
A conversão do acetato 24a no respectivo álcool 24 das hidrólises enzimáticas<br />
foram calculados pela proporção das integrais dos picos referentes aos hidrogênios H-1<br />
do álcool e H-1 do acetato. O fato <strong>de</strong> terem <strong>de</strong>slocamentos químicos distintos possibilita<br />
75
a análise das conversões das hidrólises enzimáticas no espectro <strong>de</strong> RMN 1 H do bruto<br />
reacional. O pico referente ao H-1 no acetato apresenta um <strong>de</strong>slocamento químico <strong>de</strong><br />
5,49 ppm enquanto o H-1 do respectivo álcool aparece em 4,37 ppm (Figura 20).<br />
Figura 20: espectros do acetato 27a<br />
Desta maneira, como somente a região que compreen<strong>de</strong> os hidrogênios H-1 do<br />
álcool 27 e H-1 do acetato 27a é importante para o calculo da conversão, foi utilizado<br />
somente a região <strong>de</strong> 4,2- 5,6 ppm do espectro do bruto reacional das reações <strong>de</strong><br />
hidrólise enzimática usando ultra-som e agitação magnética (Figura 21)<br />
PLE / Agitação Magnética /30´/0% PLE / Ultra-som /30´/0,4%<br />
Figura 21: hidrólises do acetato 27a<br />
76
8.4.3 Analise das conversões dos acetatos <strong>de</strong> sulcatol 7a<br />
A conversão do acetato 7a no respectivo álcool 7 das hidrólises enzimáticas<br />
foram calculados pela proporção das integrais dos picos referentes aos hidrogênios H-2<br />
do álcool e H-2 do acetato. O fato <strong>de</strong> terem <strong>de</strong>slocamentos químicos distintos possibilita<br />
a análise das conversões das hidrólises enzimáticas no espectro <strong>de</strong> RMN 1 H do bruto<br />
reacional. O pico referente ao H-2 no acetato apresenta um <strong>de</strong>slocamento químico <strong>de</strong><br />
4,90 ppm enquanto o H-2 do respectivo álcool aparece em 3,82 ppm (Figura 22).<br />
Figura 22: Espectro do sulcatol 7 e acetato <strong>de</strong> sulcatol 7a.<br />
Desta maneira, como somente a região que compreen<strong>de</strong> os hidrogênios H-2 do<br />
álcool 7 e H-2 do acetato <strong>de</strong> sulcatol 7a é importante para o calculo da conversão,<br />
utilizou-se somente a região <strong>de</strong> 3,5 – 5,0 ppm do espectro do bruto reacional das reações<br />
<strong>de</strong> hidrólise enzimática usando ultra-som e agitação magnética (Figura 23) .<br />
PLE/ Agitação Magnética/2 horas/12% PLE/ Ultra-som/2 horas/20%<br />
77
PLE/ Agitação Magnética/3 horas/35% PLE/ Ultra-som/3 horas/43%<br />
PLE/ Agitação Magnética/4 horas/36% PLE/ Ultras-om/4 horas/48%<br />
CRL/ Agitação Magnética/4 horas/18% CRL/ Ultra-som/4 horas/31%<br />
CRL/ Agitação Magnética/12 horas/41% CRL/ Ultra-som/12 horas/46%<br />
CRL/ Agitação Magnética/25 horas/49% CRL/ Ultra-som/25 horas/51%<br />
78
AOP/ Agitação Magnética/4 horas/0% AOP/ Ultra-som/4 horas/0%<br />
AOP/ Agitação Magnética/10 horas/0% AOP/ Ultra-som/10 horas/0%<br />
AOP/ Agitação Magnética/15 horas/2% AOP/ Ultra-som/15 horas/4%<br />
Figura 23: Hidrólise enzimática do acetato <strong>de</strong> sulcatol<br />
8.4.4 Analise das conversões do acetato <strong>de</strong> 2-metil-4-octanol 17a .<br />
A conversão do acetato 17a no respectivo álcool 17 das hidrólises enzimáticas<br />
foram calculados pela proporção das integrais dos picos referentes aos hidrogênios H-4<br />
do álcool e H-4 do acetato. O fato <strong>de</strong> terem <strong>de</strong>slocamentos químicos distintos possibilita<br />
a análise das conversões das hidrólises enzimáticas no espectro <strong>de</strong> RMN 1 H do bruto<br />
79
eacional. O pico referente ao H-4 no acetato apresenta um <strong>de</strong>slocamento químico <strong>de</strong><br />
4,97 ppm enquanto o H-4 do respectivo álcool aparece em 3,66 ppm (Figura 24).<br />
Figura 24: espectros do 17 e 17a<br />
Desta maneira, como somente a região que compreen<strong>de</strong> os hidrogênios H-4 do<br />
álcool 17 e H-4 do acetato 17a é importante para o calculo da conversão, utilizou-se<br />
somente a região <strong>de</strong> 3,5 – 5,2 ppm do espectro do bruto reacional das reações <strong>de</strong><br />
hidrólise enzimática usando ultra-som e agitação magnética (Figura 25) .<br />
PLE/ Agitação Magnética /1 hora /12% PLE/ Ultra-som /1 hora /9%<br />
PLE/ Agitação Magnética /2 horas /18% PLE/ Ultra-som /2 horas /12%<br />
80
PLE/ Agitação Magnética /3 horas /21% PLE/ Ultra-som /3 horas /20%<br />
CRL /Agitação Magnética /6 horas /7 % CRL /Ultra-som /6 horas /9 %<br />
AOP /Agitação Magnética /6 horas /2 % AOP /Ultra-som /6 horas /3 %<br />
Figura 25: Hidrólises enzimáticas do acetato <strong>de</strong> 2-metil-4-octanol 17a<br />
81
9. CONCLUSÃO<br />
Através dos resultados obtidos nas reações <strong>de</strong> hidrólise enzimáticas, com as<br />
enzimas: PLE, CRL e AOP, estudadas neste trabalho, é possivel concluir que:<br />
Todas as enzimas escolhidas foram capazes <strong>de</strong> promover a hidrólise dos<br />
substratos, apesar <strong>de</strong> elevado tempo reacional na hidrólise do substrato<br />
18a.<br />
Os substratos aromáticos 25a e 26a apresentaram maiores conversões<br />
que os <strong>de</strong>mais substratos avaliados neste trabalho.<br />
Os substratos apresentaram um aumento nas conversões pelo uso do<br />
banho <strong>de</strong> ultra-som quando comparado com o uso da agitação magnética<br />
com as enzimas estudadas, exceto com o substrato 17a que mostrou uma<br />
menor velocida<strong>de</strong>, quando comparado à agitação, quando foi aplicado o<br />
banho <strong>de</strong> ultra-som com a enzima PLE, mas com as enzimas AOP e CRL<br />
o banho <strong>de</strong> ultra-som aumentou a velocida<strong>de</strong> reacional.<br />
As reações <strong>de</strong> hidrólise enzimáticas realizadas neste trabalho mostraram que os<br />
<strong>feromônios</strong> sulcatol e 2-metil-4-octanol po<strong>de</strong>m ser obtidos por hidrólise enzimática<br />
mediada por ultra-som, assim como os outros substrato alquílicos e aromáticos.<br />
82
10. EXPERIMENTAL<br />
O estudo da aplicação <strong>de</strong> ultrasom na hidrólise enzimática <strong>de</strong> acetatos, se<br />
iniciara com ma série <strong>de</strong> acetatos alquilicos 19a, 20a, 21a, 22a e 23a e aromáticos 25a,<br />
26a e 27a.<br />
As hidrólises enzimáticas serão promovidas pelas enzimas PLE, CRL e AOP,<br />
conforme estudo realizado pelo nosso grupo 11 . A escolha <strong>de</strong>stas enzimas <strong>de</strong>ve-se ao seu<br />
baixo custo, disponibilida<strong>de</strong> no laboratório e por terem sido muito utilizadas 88 .<br />
Os acetatos serão obtidos por sua vez, pela acetilação dos respectivos álcoois<br />
usando anidrido acético, DMAP e dicloro-metano, conforme <strong>de</strong>scrito na literatura 107 . O<br />
acetato <strong>de</strong> pitiol será obtido por uma reação <strong>de</strong> ciclofuncionalização 108 .<br />
Os álcoois 19, 20, 21, 22 e 23 são álcoois comerciais, enquanto os álcoois 25, 26<br />
e 27 serão obtidos pela redução clássica, com LiAlH4 em éter anedio, conforme <strong>de</strong>scrito<br />
na literatura 107. . O álcool 24 será obtido por reação <strong>de</strong> alquilação com n-butillitio em<br />
éter anedio conforme literatura 107 . O hidróxiéster 24 será obtido por reação <strong>de</strong><br />
Reformatsky.<br />
10.1 MATERIAIS E MÉTODOS<br />
O monitoramento das reações químicas foi feito através <strong>de</strong> cromatografia em<br />
camada <strong>de</strong>lgada (CCD) nas quais foram utilizadas cromatofolhas <strong>de</strong> sílica gel 60 F254<br />
em alumínio (Merck Darmstadt). A purificação <strong>de</strong> alguns produtos foi realizada em<br />
coluna cromatográfica na qual foi usada sílica gel 230-400 mesh (60 A).<br />
O ultrasom Cole-Parmer foi utilizado nas reações enzimáticas.<br />
83
Os espectros na região do infravermelho (IV) foram obtidos pela analise das<br />
substâncias no espectrômetro Perkin-Elmer 1420, na forma <strong>de</strong> filme líquido em células<br />
<strong>de</strong> NaCl (amostras líquidas) ou como pastilhas <strong>de</strong> KBr (Amostras sólidas), conforme<br />
necessida<strong>de</strong>.<br />
Os espectros <strong>de</strong> ressonância nuclear magnética <strong>de</strong> prótons (RMN 1 H) e <strong>de</strong><br />
carbono (RMN 13 C) foram realizados em um espectrômetro Varian_Unity Plus 300. Os<br />
<strong>de</strong>slocamentos químicos (δ) estão relatados em parte por milhão (ppm), em relação ao<br />
tetrametilsilano (TMS), utilizado como padrão interno e a constante <strong>de</strong> acoplamento (J)<br />
em Hertz (Hz). O número <strong>de</strong> hidrogênios foi calculado a partir das integrações relativas<br />
das áreas dos sinais, e suas multiplicida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>scritas como: s_simpleto; sl_simpleto<br />
largo; d_dupleto; dd_duplo dupleto; dt_duplo tripleto; t_tripleto; q_quarteto;<br />
m_multipleto.<br />
As enzimas: “Porcine liver” esterase (PLE), E 3128, 300 unida<strong>de</strong>s/mg <strong>de</strong><br />
proteína; Candida rugosa lípase (CRL) tipo VII, L 1754, 835 unida<strong>de</strong>s/mg <strong>de</strong> sólido;<br />
Aspergilus oryzae protease (AOP) tipo XXIII, P 4032, 3,6 unida<strong>de</strong>s/mg <strong>de</strong> sólido; foram<br />
adquiridas da Sigma.<br />
Os <strong>de</strong>mais reagentes e solventes usados são comercializados pelas indústrias<br />
químicas: Aldrich, Merck, Nuclear e Vetec.<br />
Os solventes utilizados foram <strong>de</strong>stilados e secos, quando necessário, <strong>de</strong> acordo<br />
com os processos <strong>de</strong>scritos na literatura. 110<br />
As soluções tampão foram preparadas conforme <strong>de</strong>scrito na literatura. 111<br />
110 Perrin, D.D; Armarego, W. L. F. Purification of laboratory chemicals, Pergamon Press, Oxford, 1980.<br />
111 Morita, T., Assumpção, R. V. manual <strong>de</strong> soluções, reagentes & solventes – padronização, preparação,<br />
purificação, Edgard Blücher, São Paulo, 1990.<br />
84
CETONAS<br />
10.2 PROCEDIMENTO GERAL PARA REAÇÃO DE REDUÇÃO DAS<br />
A um balão <strong>de</strong> 150 mL <strong>de</strong> 2 bocas sob atmosfera <strong>de</strong> N2 adicionou-se 15<br />
mmol da respectiva cetona e 60 mL <strong>de</strong> éter etílico, então a mistura foi mantida sob<br />
agitação magnética em banho <strong>de</strong> gelo. A seguir foram adicionados lentamente<br />
16,5 mmol <strong>de</strong> LiAlH4 e o banho <strong>de</strong> gelo foi retirado. O sistema foi mantido sob<br />
agitação magnética a temperatura ambiente.A reação foi interrompida pela adição<br />
<strong>de</strong> água seguida da adição <strong>de</strong> solução <strong>de</strong> NaOH 15% formando um precipitado. A<br />
mistura foi filtrada e extraída com acetato <strong>de</strong> etila e posteriormente concentrada<br />
em rotaevaporador.Os produtos foram purificados em coluna cromatográfica;<br />
eluente: hexano/ acetato <strong>de</strong> etila com variação do gradiente obtendo o produto<br />
(Tabela 8).<br />
Tabela 8: Redução das cetonas aromáticas<br />
Entrada Cetona Tempo <strong>de</strong> Álcool obtido<br />
reação (h) (%)<br />
1 1-feniletanona 96 98<br />
2 3,4-di-hidro-1(2H)-naftalenona 96 86<br />
3 Ciclo-hexil(fenil)metanona 24 52<br />
1) 1-feniletanol 25<br />
Líquido incolor<br />
IV (cm -1 ): 3350; 3085; 3029; 2973; 2875; 1493; 1203; 760; 699.<br />
RMN 1 H ( 300MHz, CDCl3), δ (ppm) 112 : 1,50 (3H, d, j=6,3 Hz); 1,81<br />
(1H, sl); 4,90 (1H, q, j= 6,3Hz); 6,31 (5H, m).<br />
145,7.<br />
RMN 13 C (75 MHz, CDCl3), δ (ppm) 112 : 25,1; 70,3; 125,3; 127,4; 128,4;<br />
112 Bianchi, D.; Cesti, P.; Battistel, E. Anhydri<strong>de</strong>s as acylating agents in lipase-catalyzed stereoselective<br />
esterification of racemic alcohols J. Org. Chem. 1988, 53, 5531.<br />
OH<br />
85
2) 1,2,3,4-tetra-hidro-1-naftalenol 26<br />
Líquido incolor<br />
IV (cm -1 ): 3349; 3061; 3019; 2935; 2864; 1489; 1453; 773; 738.<br />
RMN 1 H ( 300MHz, CDCl3), δ (ppm): 1,87 (5H, m); 2,77 (2H, m); 4,78<br />
(1H, t, j= 4,6Hz); 7,27 (4H, m).<br />
RMN 13 C (75 MHz, CDCl3), δ (ppm): 18,7; 29,1; 32,2; 68,0; 126,1;<br />
127,5; 128,6; 128,9; 137,0; 138,7.<br />
3) Ciclo-hexil(fenil)metanol 27<br />
Líquido incolor<br />
IV (cm -1 ): 3390; 3084; 3028; 2923;2851; 1492; 1450; 1066; 759; 701.<br />
OH<br />
RMN 1 H ( 300MHz, CDCl3), δ (ppm): 1,12 (6H,m); 1,72 (5H,m); 1,99<br />
(1H, m); 4,37 (1H, d, j=7,1 Hz); 7,31 (5H,m).<br />
RMN 13 C (75 MHz, CDCl3), δ (ppm): 26,0; 26,1; 26,4; 28,8; 29,3; 44,9;<br />
79,4; 126,6; 127,4; 128,2; 143,6.<br />
OH<br />
86
10.3 PROCEDIMENTO PARA REAÇÃO DE ALQUILAÇÃO PARA<br />
OBTENÇÃO DE 2-METIL-4-OCTANOL 17<br />
A um balão <strong>de</strong> 100 mL <strong>de</strong> duas bocas foi adicionado 30 mmol (3,2mL) <strong>de</strong><br />
isovaleral<strong>de</strong>ído e 30 mL <strong>de</strong> éter etílico anidro. Então a mistura foi mantida sob agitação<br />
em banho <strong>de</strong> gelo. Foi adicionado lentamente a esta solução 46 mL <strong>de</strong> solução <strong>de</strong> BuLi<br />
1,6 M. O banho <strong>de</strong> gelo foi retirado e a mistura levada à temperatura ambiente e<br />
mantida sob agitação por 15 h. A mistura foi novamente colocada em banho <strong>de</strong> gelo e a<br />
reação interrompida pela adição <strong>de</strong> água. Então a reação foi extraída com éter etílico e<br />
concentrada em rotaevaporador. O produto foi <strong>de</strong>stilado e recolhida a fração que saiu a<br />
164ºC e purificada em coluna cromatográfica em sílica com o eluente: hexano/ acetato<br />
<strong>de</strong> etila com variação do gradiente obtendo o produto com 62% <strong>de</strong> rendimento.<br />
1) 2-metil-4-octanol 24.<br />
Líquido incolor<br />
OH<br />
IV (cm -1 ): 3368; 2956; 2930; 2871; 1467; 1147.<br />
RMN 1 H (300MHz, CDCl3), δ (ppm) 83 : 0,91 (9H, m); 1,32 (9H, m); 1,76<br />
(1H, m); 3,67 (1H, m).<br />
RMN 13 C (75 MHz, CDCl3), δ (ppm) 83 : 14,1; 22,0; 22,8; 23,5; 24,6; 27,8;<br />
37,8; 46,8; 70,0.<br />
10.4 PROCEDIMENTO GERAL PARA A REAÇÃO DE ACETILAÇÃO DOS<br />
ÁLCOOIS RACÊMICOS<br />
A um balão <strong>de</strong> 150 mL <strong>de</strong> 2 bocas, sob atmosfera <strong>de</strong> N2 e com agitação<br />
magnética, foram adicionados, sob banho <strong>de</strong> gelo, 15 mmol do álcool e 84 mL <strong>de</strong> DCM<br />
seco e agitados por cerca <strong>de</strong> 10 minutos até a temperatura estar em torno <strong>de</strong> 4ºC. A<br />
seguir foram adicionados uma ponta <strong>de</strong> espátula <strong>de</strong> DMAP, 30 mmol <strong>de</strong> trietilamina e<br />
30 mmol <strong>de</strong> anidrido acético. Então o banho <strong>de</strong> gelo foi retirado e a mistura foi mantida<br />
87
sob agitação. A reação foi interrompida pela adição <strong>de</strong> água e consecutiva agitação por<br />
30 minutos. A extração foi feita com DCM e consecutiva lavagem com solução <strong>de</strong> HCl<br />
a 5% e solução <strong>de</strong> NaCl saturada. A fase orgânica foi seca com Na2SO4 anedio e<br />
concentrada em rotaevaporador. Os produtos foram purificados em coluna<br />
cromatográfica; eluente: hexano/ acetato <strong>de</strong> etila/ trietilamina com variação do gradiente<br />
obtendo o produto (Tabela 9).<br />
Tabela 9: Reação <strong>de</strong> acetilação<br />
Entrada Álcool Tempo <strong>de</strong> reação (h) Acetato obtido (%)<br />
1 Sulcatol 7 19 97<br />
2 2-metil-4-octanol 17 24 82<br />
3 2-hexanol 19 24 79<br />
4 2-heptanol 20 5 90<br />
5 2-nonaol 21 5 95<br />
6 1-hepten-3-ol 22 72 90<br />
7 2-etil-1-hexanol 23 22 80<br />
8 1-feniletanol 25 24 96<br />
9 1,2,3,4-tetra-hidro-1-naftalenol 26 20 94<br />
10 Ciclo-hexil(fenil)metanol 27 18 98<br />
1) acetato <strong>de</strong> 1,5-dimetil-4-hexenila 7a ( acetato <strong>de</strong> sulcatol )<br />
Líquido incolor<br />
O<br />
O<br />
7a<br />
IV (cm -1 ): 2974; 2930; 1739; 1131;<br />
RMN 1 H ( 300MHz, CDCl3), δ (ppm) 113 : 1,22 (3H, d, j= 6.1 Hz);<br />
1.57 (8H, m); 2.01 (2H, t, j=7,4 Hz); 2,05 (3H, s); 4,89 (1H, m); 5,09 (1H, m).<br />
RMN 13 C (75 MHz, CDCl3), δ (ppm) 113 : 17,6; 19,9; 21,4; 24,0;<br />
25, 7, 353,9; 70,6; 123,4; 132,1; 178.<br />
113 Kita, Y.; Takebe, Y.; Murata, K.; Naka, T.; Akai, S. Convenient Enzymatic Resolution of Alcohols<br />
Using Highly Reactive, Nonharmful Acyl Donors, 1-Ethoxyvinyl Esters. J. Org. Chem. 2000, 65, 83.<br />
88
2) acetato <strong>de</strong> 2-metil-4-octanol 17a.<br />
Líquido incolor<br />
IV (cm -1 ): 2957; 2933; 2872; 1737; 1127; 1141; 1170.<br />
O<br />
RMN 1 H (300MHz, CDCl3), δ (ppm): 0,89 (9H, m); 1,28 (5H, m);<br />
1,55 (4H, m); 2,04 (3H,s); 4,97 (1H, m).<br />
RMN 13 C (75 MHz, CDCl3), δ (ppm): 14,0; 21,3; 22,2; 22,6; 23,2;<br />
24,6; 27,4; 34,5; 43,3; 72,7; 170,9.<br />
3) acetato <strong>de</strong> 2-hexanol 19a.<br />
Líquido incolor<br />
IV (cm -1 ): 2935; 2862; 1736; 1124.<br />
O<br />
O<br />
RMN 1 H (300MHz, CDCl3), δ (ppm): 0,90 (3H, t, j=6,8Hz); 1,20<br />
(3H, d, j= 6,1Hz); 1,30 (4H,m); 1,53 (2H, m); 2,03 (3H, s); 4,83 (1H, sexteto,<br />
j=6,3 Hz).<br />
RMN 13 C (75 MHz, CDCl3), δ (ppm): 14,0; 19,9; 21,4; 22,5; 27,5;<br />
35,6; 71,0; 170,8.<br />
4) Acetato <strong>de</strong> 1-metil-hexila 20a.<br />
Líquido incolor<br />
IV (cm -1 ): 2933; 2861; 1738; 1124.<br />
O<br />
O<br />
O<br />
89
RMN 1 H (300MHz, CDCl3), δ (ppm) 114 : 0,89 (3H, t, j=6,84 Hz);<br />
1,20 (3H, d, j=6,1 Hz); 1,29 (6H, m); 1,5 (2H, m); 2,03 (3H, s); 4,89 (1H, m).<br />
RMN 13 C (75 MHz, CDCl3), δ (ppm) 114 : 13,9; 19,9; 21,5; 22,5;<br />
25,0; 31,6; 35,8; 71,0; 170,7.<br />
5) Acetato <strong>de</strong> 1-metil-octila 21a.<br />
Líquido incolor<br />
IV (cm -1 ): 2929; 2857; 1739; 1124.<br />
O<br />
O<br />
RMN 1 H (300MHz, CDCl3), δ (ppm): 0,88 (3H, t, j=6 Hz); 1,2<br />
(3H, d, j=6,3 Hz); 1,27 (10H, sl); 1,53 (2H,m); 2,03 (3H, s); 4,89 (1H, m).<br />
RMN 13 C (75 MHz, CDCl3), δ (ppm):14,1; 20,0; 21,4; 22,6; 25,4;<br />
29,2; 29,4; 31,8; 36,0; 71,1; 170,8.<br />
6) Acetato <strong>de</strong> 1-butil-2-propenila 22a.<br />
Líquido incolor<br />
IV (cm -1 ): 2973; 2929; 1783; 1128.<br />
O<br />
O<br />
RMN 1 H (300MHz, CDCl3), δ (ppm): 0,90 (3H, t, j=6,9Hz); 1,31<br />
(4H,m); 1,61 (2H, m); 2,07 (3H, s); 5,20 (3H, m); 5,78 (1H, m).<br />
RMN 13 C (75 MHz, CDCl3), δ (ppm): 13,9; 21,1; 22,4; 27,1; 33,8;<br />
74,8; 116,4; 136,5; 170,4.<br />
114 Tamami, B.; Goudarzian, N.; Kiasat, A. R. Polymer Supported zinc Borohydri<strong>de</strong> as a Chemoselective<br />
Reducing Agent for Reductive Acetylation of Al<strong>de</strong>hy<strong>de</strong>s .Eur. Polym. J.1997, 33, 977.978.<br />
90
7) Acetato <strong>de</strong> 2-etil-hexanol 23a.<br />
Líquido incolor<br />
IV (cm -1 ): 2960; 2931; 2874; 2861; 1743; 1121.<br />
O<br />
O<br />
RMN 1 H (300MHz, CDCl3), δ (ppm): 0,89 (6H, m) 112 ; 1,33 (8H,<br />
m); 1,57 (1H, m); 2,05 (3H, s); 3,98 (2H, dd, j= 1,3 e seis Hz).<br />
RMN 13 C (75 MHz, CDCl3), δ (ppm) 112 : 10,9; 19,9; 20,9; 22,9;<br />
23,6; 28,8; 30,3; 38,6; 66,8; 171,3.<br />
8) Acetato <strong>de</strong> 1-feniletanol 25a.<br />
Líquido incolor<br />
IV (cm -1 ): 3034; 2982; 2934; 1743; 762; 699.<br />
RMN 1 H (300MHz, CDCl3), δ (ppm) 112 :1,54 (3H, d, j= 6,59 Hz);<br />
2,07 (3H, s); 5,88 (1H, q, j= 6,59 Hz); 7,31 (5H, m).<br />
RMN 13 C (75 MHz, CDCl3), δ (ppm) 112 : 21,3; 22,1; 72,2; 126,0;<br />
127,8; 128,4; 141,6; 170,2.<br />
9) Acetato <strong>de</strong> 1,2,3,4-tetrahidro-1-nafitalenol 26a.<br />
Líquido incolor<br />
IV (cm -1 ): 3023; 2940; 2869; 1731; 1119; 764; 741.<br />
O<br />
O<br />
O<br />
O<br />
91
RMN 1 H (300MHz, CDCl3), δ (ppm):1,91 (4H, m); 2,08 (3H, s);<br />
2,80 (2H, m); 6,00 (1H, t, j= 4,2Hz); 7,20 (4H, m).<br />
RMN 13 C (75 MHz, CDCl3), δ (ppm): 18,7; 21,4; 28,9; 69,9;<br />
126,0; 128,0; 129,1; 129,3; 134,5; 137,8; 170,7.<br />
10) Acetato <strong>de</strong> ciclo-hexil (fenil) metanol 27a.<br />
Líquido incolor<br />
IV (cm -1 ): 3064; 3032; 2929; 2853; 1740; 1072; 759; 700.<br />
O<br />
RMN 1 H (300MHz, CDCl3), δ (ppm): 1,12 (6H, m); 1,74 (5H, m)<br />
2,06 (3H, s); 5,49 (1H, d, j= 8,05Hz); 7,29 (5H, m).<br />
RMN 13 C (75 MHz, CDCl3), δ (ppm): 21,2; 25,8; 25,8; 26,2; 28,9;<br />
42,9; 80,2; 127,1; 127,6; 128,2; 139,5; 170,4.<br />
PITIOL 18<br />
10.5. PROCEDIMENTO PARA OBTENÇÃO DO ACETATO DE<br />
A um balão <strong>de</strong> 100 mL foram adicionados 18 mL <strong>de</strong> acido acético glacial,<br />
6 mmol (0,77g) <strong>de</strong> sulcatol e 7,2 mmol (2,75g) <strong>de</strong> triacetato <strong>de</strong> tálio. A reação foi<br />
mantida sob agitação magnética, a temperatura ambiente, por 3 h. A reação foi<br />
interrompida pela adição <strong>de</strong> água e solução <strong>de</strong> bicarbonato <strong>de</strong> sódio 10% e<br />
extraída com acetato <strong>de</strong> etila. A fase orgânica foi lavada com solução saturada <strong>de</strong><br />
NaCl e concentrada em rotaevaporador. O produto foi purificado em coluna<br />
cromatográfica; eluente: hexano/ acetato <strong>de</strong> etila/trietilamina com variação do<br />
gradiente obtendo o produto com 87% <strong>de</strong> rendimento.<br />
O<br />
92
1) Acetato <strong>de</strong> 1-metil-1-(5-metiltetra-hidro-2-furanil) etila 18a<br />
Líquido levemente amarelado<br />
IV (cm -1 ): 2973; 2873; 1735; 1088.<br />
O<br />
RMN 1 H (300MHz, CDCl3), δ (ppm) 108 : 1,23 (3H, d, J= 6,0Hz);<br />
1,68 (4H, m); 1,45 (3H, s); 1,47 (3H, s); 1,99 (3H, s); 4,08 (1H, dd, J= 7,7 Hz e<br />
6,7 Hz); 4,05 (1H, m).<br />
RMN 13 C (75 MHz, CDCl3), δ (ppm) 108 : 21,1; 21,8; 22,0; 22,5;<br />
27,6; 34,2; 76,3; 84,0; 84,1; 171,0.<br />
10.6 PROCEDIMENTO PARA OBTENÇÃO DO HIDRÓXIÉSTER 24<br />
A um balão <strong>de</strong> 250 mL <strong>de</strong> três bocas, sob atmosfera <strong>de</strong> N2, foram<br />
adicionados 20 mL <strong>de</strong> THF anidro e 40 mmol (2,62 g) <strong>de</strong> zinco e mantidos sob<br />
refluxo. A esta mistura foi adiciona lentamente uma solução <strong>de</strong> 20 mmol <strong>de</strong><br />
isovaleral<strong>de</strong>ído (2,2 mL), 40mmol <strong>de</strong> bromoacetato <strong>de</strong> etila (6,7 mL) e 80 mL <strong>de</strong><br />
THF anidro. A reação foi mantida sob refluxo por 4h e a temperatura ambiente<br />
por mais 18 h. A reação foi interrompida pela adição <strong>de</strong> água e solução <strong>de</strong> ácido<br />
sulfúrico 5%, extraído com acetato <strong>de</strong> etila, lavado novamente com solução <strong>de</strong><br />
ácido sulfúrico 5% e com solução <strong>de</strong> bicarbonato <strong>de</strong> sódio 10%. A fase orgânica<br />
foi seca com sulfato <strong>de</strong> sódio anidro e concentrado em rotaevaporador. O produto<br />
foi purificado em coluna cromatográfica; eluente: hexano/ acetato <strong>de</strong> etila com<br />
variação do gradiente obtendo o produto com 54% <strong>de</strong> rendimento.<br />
O<br />
O<br />
93
1) 3-hidróxi-5-metil-hexanoato <strong>de</strong> etila 24<br />
OH O<br />
Líquido levemente amarelado<br />
IV (cm -1 ): 3427; 2956; 2871; 1733.<br />
RMN 1 H (300MHz, CDCl3), δ (ppm): 0,93 (6H, d, j= 6,6Hz);<br />
1,22 (4H,m); 1,49 (1H, m); 1,81 (1H, m); 2,40 (2H, m); 3,13 (1H, sl); 4,18 (2H, q,<br />
J= 7,2 Hz); 4,14 (1H, m).<br />
RMN 13 C (75 MHz, CDCl3), δ (ppm): 13,9; 21,9; 23,0; 24,2; 41,6;<br />
45,1; 60,4; 65,9; 172,9.<br />
10.7) PROCEDIMENTO PARA A HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DOS<br />
ACETATOS ALQUILICOS 19a, 20a, 21a, 22a E 23a<br />
A 1 mmol do acetato , em um balão <strong>de</strong> 25 mL, foram adicionados 10 mL <strong>de</strong><br />
solução tampão <strong>de</strong> fosfato pH=7,0 e a 50 unida<strong>de</strong>s (2,5 mg) da enzima (PLE (“Pig liver”<br />
esterase)). A reação permaneceu sob agitação ou ultrasom, após o tempo pré-<br />
estabelecido à reação foi diluída com 20 mL <strong>de</strong> água <strong>de</strong>stilada e extraída com éter<br />
etílico, seca com sulfato <strong>de</strong> sódio anidro e concentrada em rotaevaporador.<br />
As conversões foram <strong>de</strong>terminadas pela proporção das integrais dos picos do<br />
espectro <strong>de</strong> RMN 1 H referentes ao álcool e o acetato (Tabela 10).<br />
Entrada Substrato Tempo<br />
Tabela 10: Hidrólises dos acetatos alquílicos.<br />
(minutos)<br />
O<br />
Conversão<br />
(%)<br />
Método<br />
1 19a 55 3 AM<br />
2 19a 55 21 US<br />
3 20a 70 8 AM<br />
94
4 20a 70 12 US<br />
5 20a 90 10 AM<br />
6 20a 90 14 US<br />
7 21a 60 11 AM<br />
8 21a 60 15 US<br />
9 21a 75 12 AM<br />
10 21a 75 18 US<br />
11 21a 90 16 AM<br />
12 21a 90 19 US<br />
13 22a 30 2 AM<br />
14 22a 30 6 US<br />
15 22a 180 6 AM<br />
16 22a 180 17 US<br />
17 23a 30 11 AM<br />
18 23a 30 13 US<br />
19 23a 60 15 AM<br />
20 23a 60 19 US<br />
10.8) PROCEDIMENTO PARA A HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DOS<br />
ACETATOS AROMÁTICOS 25a, 26a e 27a<br />
A 1 mmol do acetato , em um balão <strong>de</strong> 25 mL, foram adicionados 10 mL <strong>de</strong><br />
solução tampão <strong>de</strong> fosfato pH=7,0 e 50 unida<strong>de</strong>s (2,5 mg) da enzima (PLE (Pig liver<br />
esterase)). A reação permaneceu sob agitação ou ultrasom, após o tempo pré-<br />
estabelecido à reação foi diluída com 20 mL <strong>de</strong> água <strong>de</strong>stilada e extraída com éter<br />
etílico, seca com sulfato <strong>de</strong> sódio anidro e concentrada em rotaevaporador.<br />
As conversões foram <strong>de</strong>terminadas pela proporção das integrais dos picos do<br />
espectro <strong>de</strong> RMN 1 H referentes ao álcool e o acetato (Tabela 11).<br />
95
Entrada Substrato Tempo<br />
Tabela 11: Hidrólises enzimáticas dos acetatos arílicos<br />
(minutos)<br />
Conversão<br />
(%)<br />
Método<br />
1 25a 30 2 AM<br />
2 25a 30 16 US<br />
3 25a 65 21 AM<br />
4 25a 65 28 US<br />
5 26a 90 28 AM<br />
6 26a 90 36 US<br />
7 27a 30 0 AM<br />
8 27a 30 0,4 US<br />
9 27a 330 2 AM<br />
10 27a 480 2 US<br />
10.9) PROCEDIMENTO PARA A HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DO<br />
ACETATO DE SULCATOL 7a<br />
OAc ENZIMA<br />
TAMPÃO pH=7,0<br />
OH<br />
Esquema 39: Hidrólises do acetato <strong>de</strong> sulcatol 7a<br />
*<br />
+ *<br />
OAc<br />
A 1 mmol do acetato 7a, em um balão <strong>de</strong> 25 mL, foram adicionados 10<br />
mL <strong>de</strong> solução tampão <strong>de</strong> fosfato pH=7,0 e a enzima (PLE (Pig liver esterase), AOP<br />
(Aspergillus Oryzae Protease), CRL (Candida rugosa lípase)) (Tabela 3). A reação<br />
permaneceu sob agitação ou ultra-som, após o tempo pré-estabelecido à reação foi<br />
diluída com 20 mL <strong>de</strong> água <strong>de</strong>stilada e extraída com éter etílico, seca com sulfato<br />
<strong>de</strong> sódio anidro e concentrada em rotaevaporador.<br />
As conversões foram <strong>de</strong>terminadas pela proporção das integrais dos picos<br />
do espectro <strong>de</strong> RMN 1 H referentes ao álcool e o acetato 7ª (Tabela 12).<br />
96
Tabela 12: Resultados da Hidrólise Enzimática do acetato do sulcatol 7a<br />
Entrada Tempo (horas) Conversão (%) Enzima/<br />
quantida<strong>de</strong><br />
Método<br />
1 2 12 PLE / 6mg AG<br />
2 2 20 PLE / 6mg US<br />
3 3 35 PLE / 6mg AG<br />
4 3 43 PLE / 6mg US<br />
5 4 36 PLE / 6mg AG<br />
6 4 48 PLE / 6mg US<br />
7 4 18 CRL / 150mg AG<br />
8 4 31 CRL / 150mg US<br />
9 12 41 CRL / 150mg AG<br />
10 12 46 CRL / 150mg US<br />
11 25 49 CRL / 150mg AG<br />
12 25 51 CRL / 150mg US<br />
13 4 0 AOP / 100 AG<br />
13 4 0 AOP / 100 US<br />
15 10 0 AOP / 100 AG<br />
16 10 0 AOP / 100 US<br />
17 15 2 AOP / 100 AG<br />
18 15 4 AOP / 100 US<br />
10.10) PROCEDIMENTO PARA A HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DO<br />
ACETATO DE TRANSPITIOL 18a<br />
ENZIMA<br />
+<br />
O OAc TAMPÃO pH=7,0 O * OAc O * OH<br />
Esquema 40: Hidrólise do acetato <strong>de</strong> pitiol 18a<br />
97
A 1 mmol do acetato 18a, em um balão <strong>de</strong> 25 mL, foram adicionados 10 mL <strong>de</strong><br />
solução tampão <strong>de</strong> fosfato pH=7,0 e a enzima (PLE (Pig liver esterase), AOP (Aspergillus<br />
Oryzae Protease), CRL (Candida rugosa lípase)) (Tabela 3). A reação permaneceu sob<br />
agitação ou ultra-som, após o tempo pré-estabelecido à reação foi diluída com 20 mL <strong>de</strong><br />
água <strong>de</strong>stilada e extraída com éter etílico, seca com sulfato <strong>de</strong> sódio anidro e<br />
concentrada em rotaevaporador.<br />
As conversões foram <strong>de</strong>terminadas pela proporção das integrais dos picos do<br />
espectro <strong>de</strong> RMN 1 H referentes ao álcool e o acetato (Tabela 13).<br />
Tabela 13: Hidrólise do acetato <strong>de</strong> pitiol 18a<br />
Entrada Tempo (horas) Conversão (%) Enzima/quant<br />
ida<strong>de</strong><br />
Método<br />
1 15 0 PLE / 20mg AG<br />
2 15 0 PLE / 20mg US<br />
3 48 0 PLE / 20mg AG<br />
4 168 4 PLE / 20mg AG<br />
5 422 19 PLE / 10mg AG<br />
6 24 0 CRL / 250mg AG<br />
7 1687 9 CRL / 250mg AG<br />
10.11) PROCEDIMENTO PARA A HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DO<br />
ACETATO DE 2-METIL-4-OCTANOL 17a<br />
OAc OAc<br />
Enzima<br />
OH<br />
Tampão pH=7,0<br />
+<br />
*<br />
Esquema 41: Hidrólises do acetato <strong>de</strong> 2-Metil-4-Octanol 18a.<br />
A um mmol do acetato 17a, em um balão <strong>de</strong> 25 mL, foram adicionados 10 mL<br />
<strong>de</strong> solução tampão <strong>de</strong> fosfato pH=7,0 e a enzima (PLE (Pig liver esterase), AOP<br />
(Aspergillus Oryzae Protease), CRL (Candida rugosa lípase)) (Tabela 3). A reação<br />
*<br />
98
permaneceu sob agitação ou ultra-som, após o tempo pré-estabelecido à reação foi<br />
diluída com 20 mL <strong>de</strong> água <strong>de</strong>stilada e extraída com éter etílico, seca com sulfato <strong>de</strong><br />
sódio anidro e concentrada em rotaevaporador.<br />
As conversões foram <strong>de</strong>terminadas pela proporção das integrais dos picos do<br />
espectro <strong>de</strong> RMN 1 H referentes ao álcool e o acetato (Tabela 14).<br />
Tabela 14: Hidrólise do acetato <strong>de</strong> 2-metil-4-Octanol 17a<br />
Entrada Tempo (horas) Conversão Enzima/quant<br />
ida<strong>de</strong><br />
Método<br />
1 1 12 PLE / 2,5mg AG<br />
2 1 9 PLE / 2,5mg US<br />
3 2 18 PLE / 2,5mg AG<br />
4 2 12 PLE / 2,5mg US<br />
5 3 21 PLE / 2,5mg AG<br />
6 3 20 PLE / 2,5mg US<br />
8 6 2 AOP/ 100mg AG<br />
9 6 3 AOP/ 100mg US<br />
10 6 7 CRL/ 150mg AG<br />
11 6 9 CRL/ 150mg US<br />
99
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110
12. ANEXOS<br />
H2´, H3´, H4´, H5´ E H6´<br />
7.37<br />
7.26<br />
5.36<br />
3´<br />
4´<br />
2´<br />
5´<br />
1´<br />
6´<br />
3<br />
OH<br />
1<br />
CH3 2<br />
1479.3<br />
1472.7<br />
1466.4<br />
1460.1<br />
4.925 4.875<br />
H1<br />
4.89<br />
4.91<br />
1.00<br />
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0<br />
Espectro 1: RMN 1 H (300 MHz, CDCl3) do 1-feniletanol 25.<br />
C1'<br />
145.74<br />
C3´e C5´<br />
128.44<br />
125.33<br />
C4´<br />
127.41<br />
C2´e C6´<br />
Chloroform-d<br />
H 3<br />
1.81<br />
H2<br />
1.51<br />
1.49<br />
1.53 3.29<br />
144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24<br />
Espectro 2: RMN 13 C (75MHz) do 1-feniletanol 25.<br />
C1<br />
70.34<br />
452.7<br />
446.3<br />
1.500<br />
C2<br />
25.09<br />
111
Espectro 3: Infravermelho do 1-feniletanol 25<br />
H 1 ´, H 2 ´, H 3 ´ e H 4 ´<br />
7.44<br />
7.19<br />
4.00<br />
7.11<br />
H 1<br />
1439.4<br />
1434.6<br />
1430.2<br />
4.825 4.775<br />
4.79<br />
0.89<br />
8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 -0.5<br />
2.81<br />
2.75<br />
Espectro 4: RMN 1 H (300 MHz, CDCl3) do 1,2,3,4-tetrahidro-1-naftalenol 26.<br />
2´<br />
3´<br />
1´<br />
4´<br />
2<br />
3<br />
1<br />
OH<br />
4<br />
2.10<br />
6<br />
5<br />
1.98<br />
1.68<br />
5.30<br />
0.00<br />
112
137.04<br />
138.72<br />
128.92<br />
128.59<br />
127.47<br />
126.08<br />
Chloroform-d<br />
32.18<br />
29.17<br />
136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24<br />
Espectro 5: RMN 13 C (75MHz) do 1,2,3,4-tetrahidro-1-naftalenol 26.<br />
Espectro 6: Infravermelho do 1,2,3,4-tetrahidro-1-naftalenol 26.<br />
77.00<br />
C 1<br />
68.04<br />
C 6<br />
C 4<br />
C 5<br />
18.73<br />
113
H 2 ´, H 3 ´, H 4 ´, H 5 ´ e H 6<br />
7.31<br />
7.34<br />
7.26<br />
5.00<br />
H1<br />
1313.6<br />
1306.5<br />
4.400 4.350<br />
4.35<br />
4.38<br />
1.00<br />
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 -0.5<br />
3´<br />
4´<br />
2´<br />
5´<br />
1´<br />
6´<br />
H 2 , H 3 , H 7 e H 7 ´<br />
1.85<br />
1.97<br />
2.01<br />
1.74<br />
7.32<br />
H7 ´<br />
OH<br />
1<br />
1.59<br />
3<br />
1.39<br />
1.35<br />
2<br />
1.16<br />
6.29<br />
7<br />
4<br />
H 6 , H 5 e H 4<br />
Espectro 7: RMN 1 H (300 MHz, CDCl3) do Ciclohexil (fenil) metanol 27.<br />
C 1 ´<br />
143.59<br />
C 4 ´<br />
128.17<br />
127.40<br />
126.61<br />
127.5<br />
99.96<br />
Chloroform-d<br />
144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24<br />
Espectro 8: RMN 13 C (75MHz) do Ciclohexil (fenil) metanol 27.<br />
C 1<br />
79.39<br />
77.00<br />
44.94<br />
0.86<br />
C 2<br />
6<br />
5<br />
TMS<br />
26.41<br />
26.08<br />
25.99<br />
26.25<br />
29.29<br />
28.81<br />
26.08<br />
25.99<br />
114
Espectro 9: Infravermelho do Ciclohexil (fenil) metanol 27.<br />
H3C 1<br />
10 11<br />
CH3 OH<br />
2<br />
3<br />
4<br />
5<br />
6<br />
8<br />
3.68<br />
3.63<br />
1.00<br />
CH3 9<br />
H 2 . H 3 , H 5 , H 6 ,H 7 e H 8<br />
H 4 H 11<br />
1.82<br />
1.77<br />
1.73<br />
7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 -0.5<br />
Espectro 10: RMN 1 H (300 MHz, CDCl3) 2-metil-4-octanol 24.<br />
1.03<br />
1.43<br />
1.37<br />
1.32<br />
9.75<br />
H 1 , H 9 e H 10<br />
1.19<br />
0.91<br />
0.94<br />
0.90<br />
9.42<br />
115
C 4<br />
CH 4<br />
69.91<br />
23.39<br />
22.65<br />
21.93<br />
104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0<br />
Espectro 11: RMN 13 C (75MHz) do 2-metil-4-octanol 24.<br />
Espectro 12: Infravermelho do 2-metil-4-octanol 24.<br />
C 3<br />
46.64<br />
C 5<br />
37.62<br />
C 2<br />
27.69<br />
24.49<br />
C 9<br />
13.97<br />
116
H3C 1<br />
O<br />
2<br />
O<br />
8<br />
3<br />
CH3 9<br />
4<br />
5<br />
10<br />
CH3 6<br />
H 2 H 5<br />
5.10<br />
5.07<br />
4.91<br />
4.89<br />
0.92<br />
CH3 7<br />
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 -0.5<br />
H 9<br />
2.05<br />
2.01<br />
1.98 1.70<br />
1.60<br />
1.47<br />
4.75<br />
8.34<br />
370.3<br />
364.2<br />
1.25 1.20 1.15<br />
1.23<br />
1.21<br />
H 10 , H 7 e H 4<br />
Espectro 13: RMN 1 H (300 MHz, CDCL3) do acetato <strong>de</strong> sulcatol 7a.<br />
C 8<br />
170.79<br />
C 6<br />
132.11<br />
C 5<br />
123.42<br />
Chloroform-d<br />
170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20<br />
Espectro 14: RMN 13 C (75 MHz) do acetato <strong>de</strong> sulcatol 7a.<br />
77.00<br />
C 2<br />
70.66<br />
H 3<br />
H 1<br />
2.99<br />
C 3<br />
35.91<br />
23.98<br />
25.69<br />
19.97<br />
21.38<br />
17.58<br />
117
Espectro 15: Infravermelho do acetato <strong>de</strong> sulcatol 7a.<br />
H3C 1<br />
H 4<br />
5.01<br />
4.97<br />
4.93<br />
1.00<br />
11<br />
CH3 2<br />
3<br />
O<br />
4<br />
O<br />
9<br />
5<br />
CH3 10<br />
6<br />
7<br />
CH3 8<br />
5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0<br />
H 10<br />
2.04<br />
2.98<br />
H 3 e H 5<br />
1.64<br />
1.55<br />
1.46<br />
1.36<br />
1.28<br />
4.17<br />
1.20<br />
5.27<br />
0.92<br />
0.89<br />
H 2, H 6 e H 7<br />
H 1 , H 8 e H 11<br />
Espectro 16: RMN 1 H (300 MHz, CDCL3) do acetato <strong>de</strong> 2-metil-4-octanol 17a.<br />
0.87<br />
9.24<br />
118
C 9<br />
170.88<br />
Chloroform-d<br />
C4 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10<br />
Espectro 17: RMN 13 C (75 MHz) do acetato <strong>de</strong> 2-metil-4-octanol 17a .<br />
Espectro 18: Infravermelho do acetato <strong>de</strong> 2-metil-4-octanol 17a .<br />
77.00<br />
72.72<br />
C 3<br />
43.35<br />
C 5<br />
34.46<br />
27.41<br />
23.16<br />
22.61<br />
22.19<br />
24.65<br />
21.28<br />
22.0<br />
13.99<br />
119
1482.8<br />
1476.4<br />
1470.3<br />
1463.5<br />
1457.4<br />
1451.0<br />
4.95 4.90 4.85<br />
H 2<br />
4.90<br />
4.88<br />
0.99<br />
H3C 1<br />
O<br />
2<br />
O<br />
7<br />
3<br />
CH3 8<br />
4<br />
5<br />
CH3 6<br />
3.97 3.29<br />
5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0<br />
2.03<br />
3.00<br />
1.62<br />
1.53<br />
1.42<br />
Espectro 19: RMN 1 H (300 Mz, CDCL3) do acetato <strong>de</strong> 2-hexanol 19a .<br />
C 7<br />
170.66<br />
H 8<br />
2.09<br />
364.5<br />
358.4<br />
1.22<br />
1.19<br />
1.31<br />
H 1<br />
H 4 e H 5<br />
1.175<br />
262.5 269.3<br />
276.1<br />
170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10<br />
Espectro 20: RMN 13 C (75 MHz) do acetato <strong>de</strong> 2-hexanol 19a .<br />
C 2<br />
70.91<br />
H 3<br />
C 3<br />
35.49<br />
27.43<br />
22.39<br />
0.90<br />
0.90<br />
H 6<br />
3.02<br />
19.82<br />
13.85<br />
120
Espectro 21: Infravermelho do acetato <strong>de</strong> 2-hexanol 19a.<br />
1.00<br />
H3C 1<br />
H 2<br />
4.94<br />
4.92<br />
4.90<br />
4.88<br />
4.86<br />
4.84<br />
O<br />
2<br />
O<br />
8<br />
3<br />
CH3 9<br />
4<br />
5<br />
6<br />
CH3 7<br />
6.093.30<br />
5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0<br />
H 9<br />
2.03<br />
3.02<br />
1.61<br />
1.56<br />
1.48<br />
1.40<br />
1.94<br />
H 2<br />
364.0<br />
357.9<br />
1.200<br />
H 4 , H 5 e H 6<br />
Espectro 22: RMN 1 H (300 MHz, CDCl3) do acetato do 2-heptanol 20a .<br />
H 3<br />
1.21<br />
1.19<br />
1.29<br />
272.2<br />
0.90<br />
0.89<br />
H 7<br />
265.6<br />
0.91<br />
0.86<br />
3.10<br />
258.8<br />
121
C 8<br />
12871.8<br />
170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10<br />
Espectro 23: RMN 13 C (75MHz) do acetato <strong>de</strong> 2-heptanol 20a .<br />
Espectro 24: Infravermelho do acetato <strong>de</strong> 2-heptanol 20a .<br />
C 2<br />
5349.5<br />
C 3<br />
2695.9<br />
2375.8<br />
1880.3<br />
1689.8<br />
1494.2<br />
C 7<br />
1044.6<br />
122
1481.6<br />
1475.3<br />
1469.0<br />
1462.3<br />
1456.2<br />
1450.1<br />
4.95 4.90 4.85 4.80<br />
H 2<br />
4.94<br />
4.92<br />
4.88<br />
4.83<br />
1.00<br />
H3C 1<br />
O<br />
2<br />
O<br />
10 CH3 11<br />
4<br />
3 5<br />
6 7<br />
8<br />
CH3 9<br />
5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0<br />
H 11<br />
2.03<br />
3.00<br />
H 4 , H 5 , H 6 , H 7 e H 8<br />
Espectro 25: RMN 1 H (300 MHz, CDCl3) do acetato do 2-nonanol 21a .<br />
C 10<br />
170.80<br />
C2 Chloroform-d<br />
H 3<br />
1.56<br />
1.47<br />
1.93<br />
1.27<br />
363.7<br />
357.4<br />
H 1<br />
1.21<br />
1.19<br />
3.20<br />
1.2001.150<br />
170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10<br />
Espectro 26: RMN 13 C (75MHz) do acetato <strong>de</strong> 2-nonanol 21a .<br />
77.00<br />
71.06<br />
C 3<br />
35.90<br />
29.18<br />
25.39<br />
31.76<br />
22.62<br />
19.93<br />
H 9<br />
0.88<br />
0.90<br />
0.86<br />
C 9<br />
14.06<br />
2.86<br />
123
Espectro 27: Infravermelho do acetato <strong>de</strong> 2-nonanol 21a .<br />
H2C 1<br />
2<br />
O<br />
3<br />
H 2<br />
5.83<br />
5.72<br />
1.00<br />
O<br />
8<br />
4 5<br />
CH3 9<br />
5.26<br />
5.14<br />
3.10<br />
6<br />
H 1 e H 3<br />
CH3 7<br />
6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5<br />
Espectro 28: RMN 1 H (300 MHz, CDCl3) do acetato <strong>de</strong> 1-hepten-3-ol 22a .<br />
H 9<br />
2.07<br />
3.57<br />
H 4<br />
1.61<br />
2.22<br />
H 5 e H 6<br />
1.30<br />
4.30<br />
276.2<br />
269.3<br />
262.5<br />
0.90<br />
0.90<br />
0.92<br />
H 7<br />
0.88<br />
3.18<br />
124
C 8<br />
170.35<br />
C 2<br />
136.54<br />
116.40<br />
C3 Chloroform-d<br />
180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10<br />
Espectro 29: RMN 13 C (75MHz) do acetato <strong>de</strong> 1-hepten-3-ol 22a .<br />
Espectro 30: Infravermelho do acetato <strong>de</strong> 1-hepten-3-ol 22a .<br />
C 1<br />
77.00<br />
74.80<br />
33.80<br />
27.12<br />
22.36<br />
21.14<br />
C 7<br />
13.86<br />
125
2.13<br />
H 1<br />
4.000 3.975<br />
H3C 8<br />
3.99<br />
3.99<br />
3.97<br />
3.97<br />
3.99<br />
3.99<br />
3.97<br />
3.97<br />
O<br />
7<br />
O<br />
1 2<br />
H3C 10<br />
9<br />
3<br />
4 5<br />
6<br />
CH3 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0<br />
H 8<br />
2.05<br />
3.00<br />
1.61<br />
1.59<br />
1.57<br />
1.55<br />
1.53<br />
1.38<br />
1.36<br />
H 2<br />
1.04<br />
H 3 , H 4 , H 5 e H 9<br />
Espectro 31: RMN 1 H (300 MHz, CDCl3) do acetato <strong>de</strong> 2-etil-1-hexanol 23a .<br />
C 7<br />
171.19<br />
170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10<br />
Espectro 32: RMN 13 C (75MHz) do acetato <strong>de</strong> 2-etil-1-hexanol 23a .<br />
C 1<br />
66.76<br />
C 2<br />
38.52<br />
1.28<br />
8.78<br />
30.20<br />
28.75<br />
22.80<br />
23.56<br />
20.81<br />
H 6 e H 10<br />
0.89<br />
0.92<br />
0.87<br />
6.37<br />
C10 C6 13.87<br />
10.79<br />
126
Espectro 33: Infravermelho do acetato <strong>de</strong> 2-etil-1-hexanol 23a .<br />
Espectro 34: RMN 1 H (300 MHz, CDCl3) do acetato <strong>de</strong> 1-feniletanol 25a.<br />
127
C 3<br />
170.24<br />
C 1 ´<br />
141.60<br />
128.41<br />
126.01<br />
Chloroform-d<br />
77.43<br />
77.00<br />
76.57<br />
170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20<br />
Espectro 35: RMN 13 C (75MHz) do acetato <strong>de</strong> 1-feniletanol 25a .<br />
Espectro 36: Infravermelho do acetato <strong>de</strong> 1-feniletanol 25a.<br />
C 1<br />
72.24<br />
C 4<br />
22.13<br />
C 2<br />
21.27<br />
128
H 1 ´, H 2 ´, H 3 ´ e H 4 ´<br />
7.33<br />
7.20<br />
7.10<br />
4.00<br />
2´<br />
3´<br />
1´<br />
4´<br />
1802.1<br />
1798.3<br />
1793.9<br />
6.025 5.975<br />
H 1<br />
6.01<br />
6.00<br />
5.98<br />
0.98<br />
2<br />
O<br />
3 4<br />
1<br />
O<br />
7<br />
6<br />
5<br />
CH3 8<br />
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0<br />
H 2<br />
2.83<br />
2.76<br />
1.97<br />
H 8<br />
2.07<br />
2.11<br />
1.97<br />
H 5 e H 4<br />
Espectro 37: RMN 1 H (300 MHz, CDCl3) acetato <strong>de</strong> 1,2,3,4-tetrahidro-1-nafitalenol<br />
26a .<br />
C 7<br />
170.68<br />
C 2<br />
137.83<br />
C 3<br />
134.46<br />
129.35<br />
128.00<br />
125.98<br />
C1 Chloroform-d<br />
77.42<br />
77.00<br />
76.57<br />
170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20<br />
Espectro 38: RMN 13 C (75MHz) do acetato <strong>de</strong> 1,2,3,4-tetrahidro-1-nafitalenol 26a .<br />
69.90<br />
1.81<br />
7.42<br />
C 6<br />
28.88<br />
C 5<br />
21.40<br />
18.72<br />
129
Espectro 39: Infravermelho do acetato <strong>de</strong> 1,2,3,4-tetrahidro-1-nafitalenol 26a .<br />
2185.9<br />
2177.1<br />
5.00<br />
3´<br />
4´<br />
2´<br />
5´<br />
H 2 ´, H 3 ´, H 4 ´, H 5 ´ e H 6 ´<br />
1´<br />
6´<br />
1640.2<br />
1648.3<br />
O<br />
9<br />
8 CH3 7<br />
1 6<br />
2<br />
H 1<br />
5.475<br />
0.94<br />
1640.2<br />
1648.3 O<br />
3<br />
4<br />
5<br />
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 -0.5<br />
618.4<br />
3.00<br />
518.6<br />
457.5<br />
418.7<br />
406.3<br />
370.9<br />
344.3<br />
265.2<br />
Espectro 40: RMN 1 H (300 MHz, CDCl3) acetato <strong>de</strong> ciclohexil (fenil) metanol 27a .<br />
H 9<br />
5.56<br />
6.23<br />
130
C 8<br />
170.29<br />
C 1 ´<br />
139.56<br />
127.00<br />
128.01<br />
77.33<br />
76.90<br />
76.48<br />
28.85<br />
26.14<br />
25.74<br />
170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10<br />
Espectro 41: RMN 13 C (75MHz) acetato <strong>de</strong> ciclohexil (fenil) metanol 27a .<br />
Espectro 42: Infravermelho do acetato <strong>de</strong> ciclohexil (fenil) metanol 27a .<br />
C 1<br />
80.15<br />
C 2<br />
42.78<br />
C 9<br />
21.08<br />
131
Espectro 43: RMN 1 H (300 MHz, CDCl3) do 3-hidróxi-5-metilhexanoato <strong>de</strong> etila 24 .<br />
Espectro 44: RMN 13 C (75MHz) do 3-hidróxi-5-metilhexanoato <strong>de</strong> etila 24 .<br />
Espectro 45: Infravermelho do 3-hidróxi-5-metilhexanoato <strong>de</strong> etila 24.<br />
132
Espectro 46 RMN 1 H (300 MHz, CDCl3) do acetato <strong>de</strong> pitiol 18a .<br />
Espectro 47: RMN 13 C (75MHz) acetato <strong>de</strong> pitiol 18a .<br />
133
Espectro 48: Infravermelho do acetato <strong>de</strong> pitiol 18a .<br />
134