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dia mais presente. Algumas brigas são atribuídas ao consumo de álcool, principalmente<br />
por parte dos jovens.<br />
Mas há quem critique o trabalho do policiamento e sua postura:<br />
53<br />
Há bastante viciados em drogas, não vejo a segurança com bons olhos,<br />
aproveitam para ganhar dinheiro, tem elementos, mesmo ficando 2 a 3<br />
anos em um lugar, logo, mesmo sem não ter chegado com nada,<br />
enriquece rápido (ENTREVISTADO G., 2009).<br />
Por ser uma cidade de fronteira, o efetivo para com a segurança deveria ser<br />
fortalecido constantemente, fator contrário a esta ideia e que é usado como ponto de<br />
favorecimento, melhorando de situação financeira significativamente em um período<br />
curto, que segundo alguns moradores, apenas os salários não poderiam ser suficientes<br />
para conseguir tantos bens.<br />
A saúde em Vila Bela, exceto o acontecimento da mineradora que é um caso a<br />
parte, onde o povo não tem esclarecimentos sobre o que acontece no campo de trabalho<br />
da mineradora, está bem desenvolvida se comparar com os tempos que se seguiram a<br />
sua criação. Conforme relatos registrados em Amado e Anzai (2006, p.41) no “mês de<br />
agosto (1734), começou a picar a peste... morreram... muitos... assim brancos como<br />
carijós e negros”. E não dando sossego ao povo da pequena cidade, no mesmo ano,<br />
“sem embargo de ser limitada a cheia do rio, com a vazante dele começaram a picar as<br />
sezões nesta Vila, geralmente em todos, padecendo-se por bastantes meses Sua<br />
Excelência e toda sua família, penetrando mais nos soldados dragões por viagem<br />
recente” (AMADO e ANZAI, 2006, p.52).<br />
Os anos sucedem em Vila Bela oscilando e nunca livre das pestes, tendo em<br />
vista a quantidade de águas que havia na região, os alagamentos, o saneamento etc. Pelo<br />
relato de Amado e Anzai (2006, p.69), a cidade registra em “1758... um dos anos mais<br />
saudáveis e mais preservados de contágio ou epidemias”.<br />
A posição geográfica do Vale do Guaporé com seus pantanais e alagamentos<br />
anuais não oferecia condições idéias de moradia para seus habitantes, mesmo quando as<br />
chuvas não eram intensas, conforme o relato registrado pela autoras referidas acima. No<br />
ano de 1785, não ouve tantas chuvas nem alagamentos, e, no entanto, “houve moléstias<br />
graves, de que morreram muitas pessoas, entrando advogados, cirurgiões e até o único<br />
boticário” (AMADO e ANZAI, 2006, p. 255). Esse parece ter sido um dos anos mais