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Escola é essencial acima de tudo, para desenvolvimento intelectual,<br />

abre caixa de ferramenta, mostra além, desenvolve a mente, a escola é<br />

o ponto de partida (Entrevistado G., 2009). Educação abre a mente,<br />

ajuda a desenvolver com ideias, o homem é igual uma lâmina, sem<br />

amolar não corta, não tem nem iniciativa. Ser humano: tem gente boa<br />

em todas as classes, muitos precisam de oportunidade, os fazendeiros<br />

da região se julgam bons. Se não souber o velho, não tem como criar o<br />

novo, só Deus criou do nada, (ENTREVISTADO B., 2009).<br />

Vêem a educação como uma ferramenta para a construção de uma nova vida,<br />

de uma nova condição social, a partir de uma conscientização frente ao modelo<br />

capitalista, que fecha, controla e pune os desprovidos de bens capitais, e esta ação é<br />

mais perceptível na relação entre os remanescentes e os empresários, os primeiros<br />

reivindicam a posse das terras no Vale do Guaporé, enquanto que os segundos<br />

permanecem indiferentes frente à situação da cidade.<br />

4. CORPO SUBJETIVO EM VILA BELA<br />

Em uma nova ordem social, o fazer viver ao invés de deixar morrer, o<br />

biopoder, atua como captura do indivíduo para um aproveitamento de energia, após um<br />

período soberano com martírios em praça pública para se dar o exemplo para os<br />

desobedientes. “São os corpos absolutamente matáveis dos súditos que formam o novo<br />

corpo político do Ocidente” Agamben (2002, p. 131), ao perpassar em revista o período<br />

disciplinar, aponta que é por meio bio-política, que há “a crescente implicação da vida<br />

natural do homem nos mecanismos e nos cálculos do poder” e indica que é por ela que<br />

as relações de força se dão. (AGAMBEN 2002, p. 125)<br />

Para Agamben (2002, p. 149) “na biopolítica moderna, soberano é aquele que<br />

decide sobre o valor ou sobre o desvalor da vida enquanto tal”, onde independente de<br />

estarmos inseridos em um novo regime, os poderes podem emergir e imergirem a todo o<br />

momento, pois por mais que uma época alcance uma civilização avançada, há sempre<br />

novos territórios a serem alcançados. Seguindo a classificação de Foucault, a sociedade<br />

soberana dá lugar a uma nova ordem em fins do século XVI, a sociedade disciplinar,<br />

que começa a investir no corpo como fonte de energia.<br />

Na antiguidade soberana, tinha-se o risco, a partir de suas punições severas,<br />

para servir de exemplo à população do soberano, ver seu império ameaçado por

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