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Laudo pericial por João B. Paes de Barros, Suzana Greco de ...

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<strong>João</strong> B. <strong>Paes</strong> <strong>de</strong> <strong>Barros</strong> 18<br />

Engenheiro, Perito.<br />

Tel 11 223 6488<br />

Analisando-se as informações do Documento TS 97.52804 emitido pela FOKKER<br />

SERVICES em 11/mar/97 (fls 12 do RCenipa) a respeito dos testes <strong>por</strong> ela efetuados<br />

o documento ressalta, entre outras informações:<br />

A especificação <strong>de</strong> projeto da Fokker, constante no documento UK 28.292 (fls 12<br />

Rcenipa), para a situação em que o piloto está exercendo força máxima (estática)<br />

sobre o TL é <strong>de</strong> 632 lb (2815 N). Conforme certificado, <strong>por</strong>tanto, falha ou <strong>de</strong>sconexão<br />

do FEEDBACK SYSTEM não <strong>de</strong>veria ocorrer antes <strong>de</strong> tensão no cabo atingir o valor<br />

<strong>de</strong> 632 Ib. (2815 N).<br />

Em testes on<strong>de</strong> a Fokker usou incrementos <strong>de</strong> 500 N, quando a carga <strong>de</strong> teste<br />

alcançou 3500 N (786 Ib.), o engate (FÊMEA/MACHO) se abriu, sem fratura, com<br />

formação <strong>de</strong> engrossamento da parte macho do cabo – cabo GRUMAN - que<br />

alcançou a borda interna do TURNBUCKLE, preenchendo a folga construtiva<br />

existente no cabo. O <strong>de</strong>slocamento da conexão macho foi <strong>de</strong>, aproximadamente, 36,0<br />

mm (20,5 mm <strong>de</strong> estiramento e 15,5 mm <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento do conjunto).<br />

Os resultados obtidos pela FOKKER SERVICES nestes testes <strong>de</strong> 11/mar/97 (fls 12 do<br />

RCenipa) não foram consi<strong>de</strong>rados oficiais, sendo só foram utilizados como referência<br />

<strong>de</strong> resistência à tração <strong>de</strong> um cabo idêntico ao instalado na aeronave aci<strong>de</strong>ntada.<br />

Contudo, analisando-se as informações fls 11 do Documento P-100-3018, <strong>de</strong><br />

MAR/97, emitido pela FOKKER SERVICES (fls 13 do RCenipa) vê-se que houve<br />

"<strong>de</strong>slocamento" do engate; nota-se que existe um espaço interno no TURNBUCKLE,<br />

on<strong>de</strong> a fricção <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> existir uma vez que a conexão fica exposta, e a fêmea do<br />

conector não está mais radialmente comprimida.<br />

5.II. Conclusão relevante sobre o FEED BACK CABLE:<br />

Os Requisitos <strong>de</strong> Projeto da FOKKER estipulavam um valor limite <strong>de</strong> 2812 / 2815<br />

N, consi<strong>de</strong>rando a concha aberta e o piloto exercendo máximo esforço ao levar a<br />

manete <strong>de</strong> potencia TL à frente. O projeto da FOKKER ao especificar o sistema<br />

<strong>de</strong> FEEDBACK seguiu valores preconizados pela maioria dos fabricantes<br />

aeronáuticos, estipulando um valor limite <strong>de</strong> 2812 N, isto é; EMBORA, não<br />

consi<strong>de</strong>rando em projeto o caso do piloto resistindo à tendência da manete TL <strong>de</strong><br />

recuar pela ação das conchas se abrindo como havido neste aci<strong>de</strong>nte, o valor<br />

2812 N estipulado pela própria FOKKER em seus Requisitos <strong>de</strong> Projetos é maior<br />

que o valor registrado nos testes “oficiais”, que foram 1835 N, 1732 N.<br />

Os testes foram positivos em apontar o local em que a separação do FEEDBACK<br />

CABLE ocorreu, que foi internamente ao TURNBUCKLE, cujo diâmetro interior é<br />

maior do que o diâmetro da capa externa do cabo, o que permitiu que houvesse<br />

uma "expansão" da conexão fêmea com a saída do pino macho durante o<br />

tracionamento e que resultou em danos a essas peças <strong>de</strong> forma similar aos danos<br />

ocorridos nas peças pertencentes ao motor direito do PT -MRK, cuja avaliação<br />

consta do relatório do CTA – AMR <strong>de</strong> 18/NOV/96.

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