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Magnetotelúrico e Eletromagnético Transiente - CPRM

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Na borda ocidental da bacia (Figura 2.4), o embasamento é composto pela faixa móvel<br />

Araguaia-Tocantins que apresenta lineamentos N-S. Esta faixa de dobramento é uma unidade<br />

geotectônica do Proterozóico Superior, com deformações intensas ocorridas entre 1000 a 500 Ma,<br />

as últimas relativas ao ciclo Brasiliano. Ela é composta por duas unidades litoestratigráficas: o<br />

Grupo Estrondo e Grupo Tocantins. A faixa móvel Araguaia-Tocantins termina junto ao<br />

lineamento Transbrasiliano (Figura 2.4).<br />

Na borda sul (Figura 2.4), a bacia desaparece por baixo de rochas mesozóicas da<br />

Formação Urucuia. A região apresenta intensa deformação cataclástica, com os principais<br />

falhamentos de direção NE-SW. Apresenta ainda metassedimentos do Grupo Natividade.<br />

Na borda sudeste encontra-se a Faixa Móvel Riacho do Pontal, limitada a sul e sudeste<br />

pelo craton do São Francisco e ao norte pelo Lineamento de Pernambuco.<br />

Toda a borda leste da bacia, entre o lineamento de Pernambuco e a costa atlântica<br />

encontra-se à província estrutural da Borborema (Figura 2.4). Sua estruturação principal foi<br />

formada no ciclo Brasiliano. As principais estruturas estão orientadas NE-SW, são transversais à<br />

borda da bacia e provavelmente adentram por baixo da bacia.<br />

Segundo Loczy & Ladeira (1976), do ponto de vista tectônico, a bacia representaria um<br />

golfo intracratônico suavemente deformado mostrando assimetria segundo NW. Ao longo do seu<br />

bordo oriental os estratos paleozóicos mergulham regionalmente para o centro, com valores de 4 o<br />

a 2 o , ao passo que no setor norte-ocidental, os mergulhos nos bordos variam de 4 o a 5 o . Os rumos<br />

dominantes das falhas são ENE e NNW, aos quais paralelizam vários sistemas de juntas, grabens<br />

e horsts .<br />

Cunha (1986) relaciona duas importantes estruturas do embasamento da bacia do<br />

Parnaíba: o lineamento Transbrasiliano e o lineamento Picos-Santa Inês (Figura 2.5). O<br />

lineamento Transbrasiliano representa uma feição alongada de cerca de 9700 Km, com<br />

orientação NE-SW, que cruza o território brasileiro do Ceará ao Mato Grosso e prossegue para<br />

sudoeste, penetrando no Paraguai e Argentina (Schobbenhaus et al., 1975). Este lineamento é<br />

demarcado na bacia por falhas orientadas na direção NE-SW, que cortam rochas paleozóicas e<br />

mesozóicas, e por diques de diabásicos orientados no mesmo sentido. O lineamento<br />

Transbrasiliano teria mantido ativo desde a sua instalação até a época presente (Cunha, 1986). O<br />

lineamento Picos-Santa Inês constitui uma faixa cataclástica com orientação NW-SE. Esta faixa<br />

reflete a morfologia atual, produzindo alinhamentos orientados na direção NW. Este lineamento<br />

exerceu uma grande influência no desenvolvimento da bacia do Parnaíba, controlando<br />

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