Magnetotelúrico e Eletromagnético Transiente - CPRM
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O efeito da deriva estática provoca o deslocamento das curvas de resistividades aparentes<br />
por um fator indeterminado do valor real. Este fato é ocasionado pelo efeito galvânico, o qual,<br />
para um corpo condutivo, a polarização das cargas resulta num campo secundário opondo-se<br />
ao campo primário e, para um corpo resistivo, o campo secundário é somado. O efeito<br />
galvânico é fortemente sentido nos métodos que trabalham com freqüência baixa, como no<br />
método MT, enquanto que o efeito indutivo é fracamente sentido. Este fato vai se invertendo<br />
com o aumento da freqüência utilizada no método de investigação EM. Varias técnicas são<br />
propostas para correção do efeito galvânico e indutivo como as descritas por Jiracek (1990).<br />
Sternberg et al. (1988) sugerem uma solução para correção da deriva estática devido a<br />
heterogeneidades locais, com o uso do método transiente eletromagnético em casos 2D. As<br />
heterogeneidades com tamanho da ordem do skin depth ou maior, são tratadas por vários<br />
métodos de inversão.<br />
4.2- O método <strong>Eletromagnético</strong> <strong>Transiente</strong> (TEM).<br />
O método <strong>Eletromagnético</strong> <strong>Transiente</strong> utiliza uma fonte induzida de excitação numa<br />
forma de um pulso. Este pulso gera um campo eletromagnético primário que induz campos<br />
eletromagnéticos secundários, os quais são medidos quando o campo primário e a fonte em pulso<br />
estão desligados, conforme apresentado na Figura 4.1.<br />
A vantagem deste método em relação a outros métodos eletromagnéticos reside no fato de<br />
ser desnecessário separar o campo magnético primário do secundário. As medidas das sondagens<br />
TEM são feitas utilizando um loop (espira) de forma quadrada ou circular, na qual é injetado uma<br />
corrente constante na forma de pulsos (corrente estabelecida “on” ou não estabelecida “off”).<br />
Esta corrente gera um campo primário que por sua vez induz correntes secundárias no<br />
interior da terra, o que gera um campo magnético secundário. Após a interrupção da corrente, o<br />
campo primário é nulo e a amplitude do campo secundário começa a decair imediatamente. A<br />
amplitude do fluxo de correntes, como função do tempo, é adquirida pela medição do campo<br />
magnético secundário por um bobina receptora localizada no centro do loop (configuração in<br />
loop) ou por um loop receptor (configuração single loop).<br />
Através das medidas de voltagens nas bobinas receptoras em tempos sucessivos são<br />
adquiridas medidas de fluxo de correntes e conseqüentemente da resistividade elétrica.<br />
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