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TV e educação: capíTuloS de uma hiSTória - TV Brasil

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Inicialmente, acreditava-se que para fazer um<br />

“programa educativo” bastava gravar e trans-<br />

mitir a aula <strong>de</strong> um bom professor. Os alunos,<br />

após assisti-lo, po<strong>de</strong>riam tirar suas dúvidas<br />

e aprofundar seus conhecimentos, seguindo<br />

as orientações e preenchendo as lacunas dos<br />

módulos instrucionais. Esses recursos seriam<br />

suficientes para substituir a presença real dos<br />

professores do Primeiro Grau, especialmente<br />

nas regiões mais carentes, <strong>de</strong> difícil acesso.<br />

Apesar <strong>de</strong> esta concepção ainda existir até<br />

hoje, mesmo nos<br />

suportes digitais,<br />

<strong>de</strong>vido aos resul-<br />

tados negativos<br />

relacionados às<br />

aprendizagens,<br />

ao <strong>de</strong>sinteresse e<br />

à evasão dos alu-<br />

nos, começou-se<br />

a buscar novas<br />

estratégias, a<br />

partir <strong>de</strong> um diá-<br />

logo mais provei-<br />

toso com os profissionais <strong>de</strong> comunicação.<br />

Surgiram, então, os telejornais e as novelas<br />

radiofônicas e televisivas “educativas”. A no-<br />

vela era, e ainda é, o programa <strong>de</strong> maior audi-<br />

ência, por que não usá-la para a transmissão<br />

dos conteúdos escolares?<br />

Foi <strong>de</strong>ssa época a construção do “pré-con-<br />

ceito” sobre a “chatice” dos programas edu-<br />

cativos, pois narravam histórias com textos<br />

e ações impregnados <strong>de</strong> textos didáticos,<br />

termos científicos, completamente distan-<br />

tes do cotidiano <strong>de</strong> <strong>uma</strong> proposta <strong>de</strong> entre-<br />

tenimento.<br />

O diálogo contínuo entre<br />

educadores e comunicadores<br />

propiciou a formação <strong>de</strong><br />

um novo profissional, tanto<br />

no campo da <strong>educação</strong><br />

quanto no da comunicação,<br />

capaz <strong>de</strong> transitar nos dois<br />

mundos<br />

Esse processo gerou aprendizagens funda-<br />

mentais para a televisão educativa e para<br />

os projetos <strong>de</strong> EAD no <strong>Brasil</strong> e do mundo.<br />

O diálogo contínuo entre educadores e co-<br />

municadores propiciou a formação <strong>de</strong> um<br />

novo profissional, tanto no campo da edu-<br />

cação quanto no da comunicação, capaz<br />

<strong>de</strong> transitar nos dois<br />

mundos. Não basta-<br />

va reproduzir a sala <strong>de</strong><br />

aula nem reproduzir a<br />

novela, era necessário<br />

experimentar novos<br />

formatos e a<strong>de</strong>quar os<br />

conteúdos educativos<br />

às características das<br />

mídias.<br />

Por outro lado, consta-<br />

tava-se a importância<br />

da presença do professor na sala <strong>de</strong> aula,<br />

especialmente nos primeiros anos da vida<br />

escolar, quando os apren<strong>de</strong>ntes ainda não<br />

estão familiarizados com os procedimentos<br />

nem com as habilida<strong>de</strong>s acadêmicas. O pa-<br />

pel do professor como mediador entre su-<br />

jeito e objeto <strong>de</strong> conhecimento é condição<br />

primordial nesse segmento <strong>de</strong> ensino. A re-<br />

lação presencial, afetiva, faz parte <strong>de</strong> qual-<br />

quer processo <strong>de</strong> aprendizagem e nos pri-<br />

meiros anos escolares precisa ser real, para<br />

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