TV e educação: capíTuloS de uma hiSTória - TV Brasil
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o que escolHer<br />
As possibilida<strong>de</strong>s são inúmeras, consi<strong>de</strong>ran-<br />
do-se a programação <strong>de</strong> emissoras educa-<br />
tivas, da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> emissoras comerciais, do<br />
acervo da escola, <strong>de</strong> locadoras (que já estão<br />
em crise, per<strong>de</strong>ndo espaço para os filmes<br />
que po<strong>de</strong>m ser baixados da internet) etc.<br />
Seja utilizando-se <strong>de</strong> acervo disponível na es-<br />
cola – que po<strong>de</strong> ser a opção mais imediata<br />
– ou buscando outros programas ou filmes<br />
tanto nas re<strong>de</strong>s educativas como nas emis-<br />
soras abertas ou<br />
por assinatura,<br />
o professor po<strong>de</strong><br />
fazer da <strong>TV</strong> um<br />
uso diferenciado<br />
em relação aos<br />
outros meios<br />
e tecnologias<br />
que hoje repre-<br />
sentam maior<br />
atrativo para os<br />
alunos. Estes, ao usar os computadores da<br />
escola ou <strong>de</strong> sua casa, ao se comunicar atra-<br />
vés dos recursos técnicos <strong>de</strong> um celular, se<br />
envolvem <strong>de</strong> <strong>uma</strong> forma individualizada e,<br />
para muitos, individualizante, que estimu-<br />
laria o isolamento. Mesmo tal julgamento<br />
sendo questionável, não há dúvida <strong>de</strong> que a<br />
sala <strong>de</strong> aula é um espaço coletivo, e <strong>de</strong>ve ser<br />
um lugar em que se promove e se exercita<br />
a socialização em função das aprendizagens<br />
que constituem a finalida<strong>de</strong> da escola. E a <strong>TV</strong><br />
po<strong>de</strong> ser usada com esse objetivo, ao con-<br />
Um programa <strong>de</strong> <strong>TV</strong> ou um<br />
ví<strong>de</strong>o não são apenas <strong>uma</strong><br />
outra fonte <strong>de</strong> conteúdo,<br />
meros substitutos do livro<br />
ou <strong>de</strong> outros materiais<br />
didáticos.<br />
trário da i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que ela impõe, inevitavel-<br />
mente, <strong>uma</strong> atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> passivida<strong>de</strong> do espec-<br />
tador. O professor e os alunos não têm por<br />
que aceitar essa suposta imposição e se com-<br />
portarem como audiência passiva. Qualquer<br />
programa ou filme po<strong>de</strong> ter seus conteúdos<br />
explorados <strong>de</strong> forma a motivar a discussão,<br />
o <strong>de</strong>bate, o diálogo em torno do tema, dos<br />
argumentos apresentados, do seu forma-<br />
to artístico (estética, beleza <strong>de</strong> imagens) e<br />
técnico (linguagem televisiva), entre muitas<br />
vertentes. Isso <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, evi<strong>de</strong>ntemente, da<br />
mediação do professor<br />
– e este não fará <strong>uma</strong><br />
mediação produtiva<br />
sem um trabalho pré-<br />
vio <strong>de</strong> conhecimento<br />
do programa ou filme<br />
e da elaboração <strong>de</strong> um<br />
roteiro que mobilize os<br />
alunos e relacione seu<br />
tema com a parte do<br />
currículo em execução.<br />
Um programa <strong>de</strong> <strong>TV</strong> ou um ví<strong>de</strong>o não são<br />
apenas <strong>uma</strong> outra fonte <strong>de</strong> conteúdo, me-<br />
ros substitutos do livro ou <strong>de</strong> outros mate-<br />
riais didáticos. São outros meios que têm<br />
sua própria linguagem e outras possibilida-<br />
<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aproveitamento no processo ensino-<br />
aprendizagem. Assim como seu conteúdo<br />
<strong>de</strong>ve ser problematizado, transformado<br />
n<strong>uma</strong> discussão que não se limita ao que ele<br />
expõe literalmente, a própria natureza <strong>de</strong>s-<br />
se rico material audiovisual <strong>de</strong>ve constituir<br />
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