TV e educação: capíTuloS de uma hiSTória - TV Brasil
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escolas ou pelos alunos – oferecem outros<br />
olhares e outras possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aproveita-<br />
mento na sala <strong>de</strong> aula, <strong>de</strong>ntro do currículo<br />
ou como ativida<strong>de</strong> cultural. Filmes, em sua<br />
forma comercial <strong>de</strong> longa metragem, e par-<br />
te do cinema como indústria cultural e <strong>de</strong><br />
entretenimento também têm lugar na sala<br />
<strong>de</strong> aula, sobretudo como possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
ampliação e diversificação das percepções<br />
culturais dos alunos.<br />
Estes exemplos se referem, evi<strong>de</strong>ntemente, a<br />
três formas <strong>de</strong> comunicação (arte e técnica)<br />
audiovisual, e entre eles há diferenças impor-<br />
tantes em termos <strong>de</strong> linguagem. Mas, inte-<br />
ressam mais aqui os aspectos comuns. Antes<br />
<strong>de</strong> tudo, são linguagens essencialmente ima-<br />
géticas e que po<strong>de</strong>m ser tecnicamente redu-<br />
zidas a <strong>uma</strong> mesma forma <strong>de</strong> apresentação,<br />
através <strong>de</strong> um aparelho <strong>de</strong> <strong>TV</strong> (vi<strong>de</strong>ocassetes,<br />
DVDs, conectados a um computador etc.).<br />
Na tela <strong>de</strong> um televisor, hoje com dimensões<br />
maiores, tela plana, alta <strong>de</strong>finição e outros<br />
aperfeiçoamentos tecnológicos, o que vemos<br />
é televisão. Sem intenção <strong>de</strong> levantar <strong>uma</strong><br />
discussão teórica sobre o tema, po<strong>de</strong>ríamos<br />
dizer que, neste caso, “tudo é televisão”, ou<br />
“tudo vira televisão”, em termos práticos.<br />
Nossa referência é a sala <strong>de</strong> aula e as ativida-<br />
<strong>de</strong>s didáticas que ali se <strong>de</strong>senvolvem e, nesse<br />
caso, as estratégias são semelhantes. O uso<br />
<strong>de</strong> filmes é menos comum, mas merece al-<br />
guns comentários à parte.<br />
Um filme (<strong>uma</strong> história <strong>de</strong> ficção, mesmo<br />
se baseada em fatos reais) é, antes <strong>de</strong> tudo,<br />
<strong>uma</strong> história, <strong>uma</strong> narrativa. Deve ser visto<br />
como um todo, não em fragmentos. A análi-<br />
se <strong>de</strong> partes (cenas, inci<strong>de</strong>ntes) po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve<br />
ser feita, mas fará mais sentido no contexto<br />
da história. O tempo do filme não é o mes-<br />
mo tempo da televisão. A linguagem se dife-<br />
rencia: sequências e planos longos e <strong>de</strong>mo-<br />
rados, ao contrário da <strong>TV</strong>, que geralmente<br />
“corre contra o relógio”, mudando <strong>de</strong> cena,<br />
através <strong>de</strong> cortes, com muita frequência,<br />
em nome do dinamismo e da ação que, num<br />
efeito circular, tornou-se um padrão para<br />
os espectadores. Um filme narrado em ou-<br />
tro ritmo é consi<strong>de</strong>rado, principalmente por<br />
adolescentes, “monótono”, “chato”, “difícil<br />
<strong>de</strong> aguentar” por 90 minutos ou mais. Não<br />
estamos nos referindo a filmes “difíceis”,<br />
“intelectualizados”, mas à reação contra fil-<br />
mes que não sigam o padrão popularizado<br />
através <strong>de</strong> sua exibição na própria televisão:<br />
ação ininterrupta, perseguições em alta ve-<br />
locida<strong>de</strong> nos mais diversos veículos – carros,<br />
lanchas, helicópteros... tiroteios, explosões.<br />
Um filme fora <strong>de</strong>sse mo<strong>de</strong>lo corre o risco <strong>de</strong><br />
ser consi<strong>de</strong>rado <strong>de</strong>sinteressante e esse é um<br />
problema real a enfrentar quando se opta<br />
por exibir um filme em sala <strong>de</strong> aula.<br />
conTexTuAlIzAndo,<br />
crITIcAndo, coMPreen<strong>de</strong>ndo<br />
Vamos dar alguns exemplos (reais) <strong>de</strong> uso<br />
em sala <strong>de</strong> aula. Filme: “Caminho para<br />
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