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Casarão do Chá - Imigrantesjaponeses.com.br

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18<<strong>br</strong> />

Depósito subterrâneo, concebi<strong>do</strong> por Fukashi<<strong>br</strong> />

Fu-rihata, para a conservação da batata-inglesa<<strong>br</strong> />

(batatinha) produzida na propriedade Katakura.<<strong>br</strong> />

1929/30. Foto cedida por Toko Hanaoka.<<strong>br</strong> />

Processo tradicional da colheita das folhas de chá,<<strong>br</strong> />

em Registro, Vale <strong>do</strong> Ribeira. 1952. Foto Carlos Borges<<strong>br</strong> />

Schmidt in ALMEIDA, V.U. Condições de vida<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> pequeno agricultor no município de Registro.<<strong>br</strong> />

A Sociedade Katakura Gomei Kaisha é uma das pioneiras na<<strong>br</strong> />

implantação de projetos agroindustriais financia<strong>do</strong>s por<<strong>br</strong> />

empresas particulares japonesas, no Brasil. Na realidade, empreendimentos<<strong>br</strong> />

dessa natureza tornaram-se mais freqüentes no<<strong>br</strong> />

segun<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> da imigração nipônica, quan<strong>do</strong> o Brasil passou<<strong>br</strong> />

a ser considera<strong>do</strong> um merca<strong>do</strong> promissor para os investimentos<<strong>br</strong> />

empresariais japoneses.<<strong>br</strong> />

Furihata encontra-se entre os primeiros japoneses que se estabeleceram<<strong>br</strong> />

em Cocuera, ten<strong>do</strong> se destaca<strong>do</strong> pelo caráter<<strong>br</strong> />

experimental que imprimiu a essa propriedade: desenvolvimento<<strong>br</strong> />

de técnicas agrícolas apropriadas às características locais,<<strong>br</strong> />

visan<strong>do</strong> um maior rendimento da terra, introdução <strong>do</strong> cultivo <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

pêssego, incentivo ao plantio de eucaliptos, tentativas de<<strong>br</strong> />

aperfeiçoamento de técnicas de beneficiamento <strong>do</strong> chá, etc.<<strong>br</strong> />

A preocupação de Furihata <strong>com</strong> o preparo e aperfeiçoamento<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong>s imigrantes japoneses em relação às técnicas e culturas<<strong>br</strong> />

desenvolvidas no Brasil pode ser igualmente observada na<<strong>br</strong> />

aquisição e publicação da revista Brasil Agrícola. Através desse<<strong>br</strong> />

meio de <strong>com</strong>unicação, extensivo a um público maior,<<strong>br</strong> />

divulgaram-se traduções de matérias so<strong>br</strong>e a agricultura <strong>br</strong>asileira,<<strong>br</strong> />

além de artigos envia<strong>do</strong>s pelos próprios lavra<strong>do</strong>res. Esta<<strong>br</strong> />

revista foi editada mensalmente em japonês até 1937, quan<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

deixou de ser publicada em decorrência das restrições impostas<<strong>br</strong> />

pelo Esta<strong>do</strong> Novo.<<strong>br</strong> />

Os lavra<strong>do</strong>res que trabalharam <strong>com</strong> Furihata — principalmente<<strong>br</strong> />

os imigrantes vin<strong>do</strong>s diretamente <strong>do</strong> Japão para a propriedade<<strong>br</strong> />

Katakura — foram favoreci<strong>do</strong>s por essas iniciativas:<<strong>br</strong> />

diferentemente <strong>do</strong> que ocorria <strong>com</strong> os destina<strong>do</strong>s às regiões<<strong>br</strong> />

cafeeiras, puderam contar <strong>com</strong> melhores condições de adaptação<<strong>br</strong> />

ao novo meio.<<strong>br</strong> />

Até mea<strong>do</strong>s da década de 30 a propriedade administrada por<<strong>br</strong> />

Furihata era mais conhecida na região pela produção de frutas e<<strong>br</strong> />

hortaliças. A partir desse momento, o cultivo e beneficiamento<<strong>br</strong> />

de chá tornaram-se as principais atividades dessa fazenda.<<strong>br</strong> />

O plantio e demais cuida<strong>do</strong>s <strong>com</strong> esse produto devem ter si<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

bastante semelhantes àqueles desenvolvi<strong>do</strong>s no Vale <strong>do</strong> Ribeira,<<strong>br</strong> />

tradicional e significativa área produtora no Esta<strong>do</strong> de São Paulo.<<strong>br</strong> />

Nesta região o plantio ocorria entre setem<strong>br</strong>o e novem<strong>br</strong>o, isto é,<<strong>br</strong> />

no perío<strong>do</strong> das águas. Dois anos depois iniciava-se a colheita,<<strong>br</strong> />

que se tornava <strong>com</strong>erciável a partir <strong>do</strong> ano seguinte. De junho a<<strong>br</strong> />

agosto realizava-se uma poda "<strong>br</strong>uta", utilizan<strong>do</strong>-se tesouras e<<strong>br</strong> />

de setem<strong>br</strong>o a maio, época da colheita, podavam-se<<strong>br</strong> />

manualmente os arbustos.

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