Casarão do Chá - Imigrantesjaponeses.com.br
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Introdução<<strong>br</strong> />
Darumá, apóstolo <strong>do</strong> Budismo, partiu da índia, seu<<strong>br</strong> />
país natal, para ir pregar no Celeste Império. Fez prodígios<<strong>br</strong> />
na propaganda da fé que encarnava; mas, apesar<<strong>br</strong> />
<strong>do</strong>s seus bons sentimentos, da sua pureza e da sua<<strong>br</strong> />
fé, certa manhã acor<strong>do</strong>u aborreci<strong>do</strong>; sem que se saiba<<strong>br</strong> />
a causa, num gesto de desespero, cortou as pálpe<strong>br</strong>as<<strong>br</strong> />
e arremessou-as ao solo; delas nasceram alguns arbustos<<strong>br</strong> />
que foram crescen<strong>do</strong> e tomaram a forma de uma<<strong>br</strong> />
moita. Eram as árvores de chá. Nasci<strong>do</strong> de um santo,<<strong>br</strong> />
o chá também é santo.<<strong>br</strong> />
DA MITOLOGIA JAPONESA<<strong>br</strong> />
(SPALDING, Tassilo Orpheu. Dicionário das<<strong>br</strong> />
mitologias européias e ocidentais. São<<strong>br</strong> />
Paulo, Cultrix/MEC, 1973).<<strong>br</strong> />
Realizar um estu<strong>do</strong> de tombamento significa, antes de mais<<strong>br</strong> />
nada, mergulhar na história <strong>do</strong> bem cultural a ser preserva<strong>do</strong><<strong>br</strong> />
e assim poder reconstituir o processo de seu surgimento<<strong>br</strong> />
e as diferentes fases pelas quais passou. Não se trata, contu<strong>do</strong>,<<strong>br</strong> />
de uma reconstituição meramente cronológica, pois o<<strong>br</strong> />
objetivo final é <strong>com</strong>preender o conjunto das relações que<<strong>br</strong> />
estabeleceu e ainda mantém <strong>com</strong> o contexto geográfico,<<strong>br</strong> />
sócio-político e cultural mais a<strong>br</strong>angente no qual se insere.<<strong>br</strong> />
Isto implica a<strong>do</strong>tar uma estratégia de análise que, a partir<<strong>br</strong> />
de diferentes <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> conhecimento, seja capaz de <strong>com</strong>preender<<strong>br</strong> />
to<strong>do</strong>s esses aspectos. Só então é que se poderá concluir,<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> fundamento científico, so<strong>br</strong>e sua<<strong>br</strong> />
representatividade e importância.<<strong>br</strong> />
Os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> são submeti<strong>do</strong>s à apreciação <strong>do</strong><<strong>br</strong> />
colegia<strong>do</strong> <strong>do</strong> CONDEPHAAT ao qual cabe a<<strong>br</strong> />
responsabilidade de avaliar, mediante critérios próprios, a<<strong>br</strong> />
relevância desse bem no contexto <strong>do</strong> patrimônio cultural de<<strong>br</strong> />
nosso Esta<strong>do</strong>, reconhecer seu valor e preservá-lo por meio<<strong>br</strong> />
da aplicação de um instrumento legal, o Tombamento.<<strong>br</strong> />
Ao iniciar o estu<strong>do</strong> de tombamento <strong>do</strong> <strong>Casarão</strong> <strong>do</strong> <strong>Chá</strong>, nossa<<strong>br</strong> />
primeira sensação diante desse edifício foi de estranha-<<strong>br</strong> />
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