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Casarão do Chá - Imigrantesjaponeses.com.br

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produto. Neste momento as folhas murchas lançadas <strong>do</strong> piso<<strong>br</strong> />

superior através <strong>do</strong> tubo de teci<strong>do</strong> eram levadas em balaios<<strong>br</strong> />

para 5 máquinas que as submetiam a grande pressão,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a finalidade de romper as paredes celulares e escoar o<<strong>br</strong> />

excesso de tanino, sem, contu<strong>do</strong> provocar seu dilaceramento.<<strong>br</strong> />

Estas máquinas, hoje desativadas, estão instaladas ao longo<<strong>br</strong> />

da parede que divide o térreo em <strong>do</strong>is ambientes. A posição<<strong>br</strong> />

de antigas roldanas, correias e <strong>do</strong> motor que as acionava<<strong>br</strong> />

são indícios que confirmam a sua localização original.<<strong>br</strong> />

Na terceira fase as folhas eram colocadas, ainda úmidas, em<<strong>br</strong> />

grandes bandejas de madeira de 0,80 m x 1,00 m e transportadas<<strong>br</strong> />

para fermentação em local climatiza<strong>do</strong> a 18° C de<<strong>br</strong> />

temperatura e 90% de umidade. Esse ambiente climatiza<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

de 3,90 m x 3,55 m, situa-se à esquerda da entrada principal<<strong>br</strong> />

e nele as folhas permaneciam fermentan<strong>do</strong> durante duas<<strong>br</strong> />

horas.<<strong>br</strong> />

Para a fase seguinte Furihata concebeu e experimentou um<<strong>br</strong> />

sistema de secagem a vapor. Ao falhar esta invenção,<<strong>br</strong> />

passou-se a utilizar um sistema de secagem em duas etapas.<<strong>br</strong> />

Em primeiro lugar as folhas eram depositadas em um<<strong>br</strong> />

tambor <strong>com</strong> capacidade de 500 litros, que girava so<strong>br</strong>e um<<strong>br</strong> />

forno a carvão. A seguir, ainda meio seco, o produto era<<strong>br</strong> />

coloca<strong>do</strong> em grades de papelão apoiadas num suporte de<<strong>br</strong> />

madeira instala<strong>do</strong> so<strong>br</strong>e um forno a lenha, onde era torra<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Para o funcionamento deste forno, sem que houvesse<<strong>br</strong> />

interferências na circulação principal, a lenha era<<strong>br</strong> />

introduzida por um acesso na face posterior <strong>do</strong> edifício,<<strong>br</strong> />

construí<strong>do</strong> em uma cota mais baixa que o térreo.<<strong>br</strong> />

A última fase de beneficiamento <strong>do</strong> chá preto que se realizava<<strong>br</strong> />

nesta área <strong>do</strong> piso térreo era a seleção ou classificação.<<strong>br</strong> />

Utilizava-se uma máquina <strong>com</strong>posta por cortadeira e peneira,<<strong>br</strong> />

que se situava provavelmente junto às máquinas para rolamento<<strong>br</strong> />

das folhas.<<strong>br</strong> />

O processo de beneficiamento encerrava-se <strong>com</strong> a estocagem<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> chá, pronto para consumo, num depósito onde era introduzi<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

através de um alçapão e retira<strong>do</strong> por quatro<<strong>br</strong> />

aberturas rentes ao piso. Este <strong>com</strong>partimento é revesti<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

internamente <strong>com</strong> papel especial, <strong>com</strong>posto por fi<strong>br</strong>a e piche,<<strong>br</strong> />

para evitar a umidade. Também eram utiliza<strong>do</strong>s 4 depósitos<<strong>br</strong> />

menores, de madeira, situa<strong>do</strong>s nesse mesmo ambiente.<<strong>br</strong> />

A embalagem era feita apenas no momento da saída <strong>do</strong> produto<<strong>br</strong> />

da fá<strong>br</strong>ica, <strong>com</strong> papel impermeável, e colocada em pequenas<<strong>br</strong> />

caixas de papelão ou latinhas que levavam o rótulo<<strong>br</strong> />

"<strong>Chá</strong> Tokio".<<strong>br</strong> />

Segun<strong>do</strong> depoimento de Sethiro Namie, nos últimos anos<<strong>br</strong> />

de funcionamento da Fá<strong>br</strong>ica, o chá preto era embala<strong>do</strong> e<<strong>br</strong> />

25<<strong>br</strong> />

Vista <strong>do</strong> pavimento térreo da Fá<strong>br</strong>ica de <strong>Chá</strong><<strong>br</strong> />

Tokio. Observa-se o acesso principal e um<<strong>br</strong> />

pequeno <strong>com</strong>partimento onde funcionou o<<strong>br</strong> />

escritório da fa<strong>br</strong>ica. 1983. Foto Hugo Segawa.

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