Casarão do Chá - Imigrantesjaponeses.com.br
Casarão do Chá - Imigrantesjaponeses.com.br
Casarão do Chá - Imigrantesjaponeses.com.br
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Reconstrução efetuada por Hanaoka, <strong>do</strong> Kaikan<<strong>br</strong> />
(Associação Japonesa) de Tietê, na década de 30.<<strong>br</strong> />
Observa-se a montagem da estrutura <strong>do</strong> edifício,<<strong>br</strong> />
realizada através de guindastes e roldanas, a partir<<strong>br</strong> />
de uma técnica de origem japonesa. Esse sistema<<strong>br</strong> />
assemelha-se ao que foi utiliza<strong>do</strong> posteriormente,<<strong>br</strong> />
na construção <strong>do</strong> <strong>Casarão</strong> <strong>do</strong> <strong>Chá</strong>. Foto cedida por<<strong>br</strong> />
Toko Hanaoka.<<strong>br</strong> />
Vista <strong>do</strong> Kaikan de Tietê, após sua reconstrução,<<strong>br</strong> />
década de 30. Foto cedida por Toko Hanaoka.<<strong>br</strong> />
35<<strong>br</strong> />
zenda ser tomada pelo Exército, Hanaoka decidiu sair de<<strong>br</strong> />
Campinas.<<strong>br</strong> />
Convida<strong>do</strong> por Furihata para voltar a Mogi das Cruzes, permaneceu<<strong>br</strong> />
em Campinas até setem<strong>br</strong>o de 1941, para a colheita<<strong>br</strong> />
de tomate. Logo após, partiu sozinho para a fazenda<<strong>br</strong> />
Katakura a fim de construir uma casa para sua família. Esta,<<strong>br</strong> />
aí se instalou em janeiro de 1942, passan<strong>do</strong> a trabalhar na<<strong>br</strong> />
colheita <strong>do</strong> chá.<<strong>br</strong> />
No início desse mesmo ano Furihata solicitou a Kazuo que<<strong>br</strong> />
desenvolvesse o projeto da nova fá<strong>br</strong>ica de chá da propriedade.<<strong>br</strong> />
Relutou em aceitar tal incumbência, pois nunca havia<<strong>br</strong> />
construí<strong>do</strong> esse tipo de edificação e, mais que isso,<<strong>br</strong> />
encontrava-se desiludi<strong>do</strong> <strong>com</strong> suas atividades em terras paulistas.<<strong>br</strong> />
Emigrara para o Brasil <strong>com</strong> a esperança de realizar<<strong>br</strong> />
projetos semelhantes ao da residência Katakura. No entanto,<<strong>br</strong> />
as condições em que se encontravam os imigrantes japoneses<<strong>br</strong> />
não permitiam a contratação de projetos e o<strong>br</strong>as dessa<<strong>br</strong> />
qualidade. Somente casas e estabelecimentos de concepção<<strong>br</strong> />
muito simples, se <strong>com</strong>para<strong>do</strong>s ao seu conhecimento e<<strong>br</strong> />
experiência profissional, foram solicita<strong>do</strong>s a Hanaoka.<<strong>br</strong> />
Diante da insistência de Furihata, acabou projetan<strong>do</strong> e construin<strong>do</strong><<strong>br</strong> />
o <strong>Casarão</strong> <strong>do</strong> <strong>Chá</strong>, onde pôde finalmente aplicar<<strong>br</strong> />
seu conhecimento de arquitetura tradicional japonesa. Em<<strong>br</strong> />
setem<strong>br</strong>o de 1942 o edifício estava concluí<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />
Após algum tempo a família Hanaoka deixou a fazenda Katakura<<strong>br</strong> />
in<strong>do</strong> trabalhar numa propriedade vizinha (Granja<<strong>br</strong> />
Nagao), fixan<strong>do</strong>-se em seguida no km 4 da Estrada<<strong>br</strong> />
Mogi-Salesópolis. Em 1948, Kazuo estabeleceu uma oficina<<strong>br</strong> />
de marcenaria na cidade de Mogi das Cruzes, vin<strong>do</strong> a<<strong>br</strong> />
falecer em 21 de dezem<strong>br</strong>o de 1950.<<strong>br</strong> />
Durante esse perío<strong>do</strong> em Mogi das Cruzes, Hanaoka construiu<<strong>br</strong> />
outras edificações, entre as quais identificamos duas<<strong>br</strong> />
residências e um pequeno depósito, localiza<strong>do</strong>s em<<strong>br</strong> />
Cocuera e que apresentam características construtivas e<<strong>br</strong> />
alguns elementos formais semelhantes à Fá<strong>br</strong>ica de <strong>Chá</strong><<strong>br</strong> />
Tokio.<<strong>br</strong> />
Uma das residências e o depósito, localiza<strong>do</strong>s próximos ao<<strong>br</strong> />
<strong>Casarão</strong>, pertenciam à fazenda Katakura, e hoje são propriedade<<strong>br</strong> />
de Shotaru Saito.<<strong>br</strong> />
A outra residência foi construída a pedi<strong>do</strong> de Toshio Saito<<strong>br</strong> />
e, apesar de sua execução ter si<strong>do</strong> interrompida por Hanaoka<<strong>br</strong> />
na fase final, e <strong>do</strong>s acréscimos posteriores, destaca-se pelo<<strong>br</strong> />
apuro formal <strong>com</strong> que foi concebida e realizada.<<strong>br</strong> />
Acrescentamos que as informações colhidas no local evidenciam<<strong>br</strong> />
a existência de outras edificações de autoria de Hanaoka,<<strong>br</strong> />
dentro <strong>do</strong>s limites da propriedade administrada por Furihata,<<strong>br</strong> />
infelizmente demolidas e substituídas por construções<<strong>br</strong> />
mais recentes.