grupo imigrante italiano curato de colombo, paraná, 1888 – 1910.
grupo imigrante italiano curato de colombo, paraná, 1888 – 1910.
grupo imigrante italiano curato de colombo, paraná, 1888 – 1910.
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
inferiores no mercado, eliminando a concorrência do pequeno agricultor; e, finalmente, a<br />
sua transformação em mão-<strong>de</strong>-obra para a indústria nascente. 11<br />
MAPA 1 <strong>–</strong> REGIÕES SETENTRIONAIS ITALIANAS FORNECEDORAS DE IMIGRANTES.<br />
Não fica difícil enten<strong>de</strong>r porque foram eles, os pequenos proprietários, arrendatários<br />
ou meeiros, os primeiros a abandonarem a Itália. É só nos aprofundarmos mais nas<br />
condições <strong>de</strong> vida que essa porção da população italiana estava enfrentando para enten<strong>de</strong>r<br />
a causa <strong>de</strong>stes terem sido os primeiros a <strong>de</strong>sembarcarem no Brasil.<br />
A produção <strong>de</strong>sses pequenos proprietários se apoiava no trabalho <strong>de</strong> toda família, e<br />
era da terra que eles tiravam a maioria dos alimentos para a sua sobrevivência. Esse hábito<br />
milenar ligado à pequena proprieda<strong>de</strong> criava a ilusão, para esses camponeses, <strong>de</strong><br />
in<strong>de</strong>pendência. As famílias vênetas, que contavam com doze ou até quinze elementos ao<br />
todo, viviam do pequeno núcleo <strong>de</strong> terra que lhes pertencia. O pai era a autorida<strong>de</strong> máxima<br />
e o <strong>grupo</strong> se mantinha unido enquanto a proprieda<strong>de</strong> fornecia os recursos necessários à sua<br />
manutenção.<br />
Toda a população, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os mais abastados até os mais pobres, alimentavam-se<br />
basicamente <strong>de</strong> polenta, preparada com a farinha <strong>de</strong> milho. Quando a mesa era farta, o<br />
11 ALVIM, Zuleika M.F. Brava Gente! Os Italianos em São Paulo (1870-1920). Brasiliense: 1986. p.23.<br />
7