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grupo imigrante italiano curato de colombo, paraná, 1888 – 1910.

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do tipo “M” encontramos 808 crianças, e por fim, 5 <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes provém <strong>de</strong> mães solteiras.<br />

A diferença <strong>de</strong> um tipo <strong>de</strong> família para o outro se torna gritante, ao observarmos que as<br />

<strong>de</strong>scobertas que po<strong>de</strong>mos fazer mudam bruscamente <strong>de</strong> uma para outra.<br />

No caso das famílias “M”, po<strong>de</strong>mos reconstituir até três gerações da genealogia,<br />

graças ao registro <strong>de</strong> casamento que informa o nome dos pais dos cônjuges. Para as famílias<br />

“E” po<strong>de</strong>mos reconstituir apenas duas gerações, pois nos assentos <strong>de</strong> batismos não são<br />

informados os nomes dos avós. Já para os casos <strong>de</strong> mães solteiras, não é possível nem<br />

<strong>de</strong>scobrir duas gerações inteiras, na medida que o nome do pai não aparece no registro <strong>de</strong><br />

batismo. Porém, em todos esses casos, po<strong>de</strong>mos reconstituir a família “espiritual” dos<br />

batizados, ou seja, po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>finir quem foram seus padrinhos. Dessa forma, a partir dos<br />

registros religiosos, existe a viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seguir, ao longo do ciclo, as relações entre o<br />

indivíduo, sua família, seus parentes mais próximos longínquos e sua comunida<strong>de</strong>, por<br />

meio da escolha dos compadres e comadres. 65<br />

Assim, ao reconstituirmos as famílias <strong>de</strong>sses <strong>imigrante</strong>s, po<strong>de</strong>mos perceber as<br />

relações existentes entre os membros do <strong>grupo</strong>, e também entre o <strong>grupo</strong> e a socieda<strong>de</strong><br />

receptora. Em outras palavras, os registros religiosos usados para reconstituir as famílias <strong>de</strong><br />

<strong>imigrante</strong>s mostram as relações <strong>de</strong>sses estrangeiros com a comunida<strong>de</strong>, o comportamento<br />

<strong>de</strong>sses frente aos elementos portadores da mesma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e frente aos elementos <strong>de</strong><br />

outra i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> étnica.<br />

65 ibid., p. 65.<br />

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