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grupo imigrante italiano curato de colombo, paraná, 1888 – 1910.

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Guarapuava, afim <strong>de</strong> cultivá-las em favor do Estado. Já a segunda Carta Régia data <strong>de</strong> 25<br />

<strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1808 e, por esse instrumento, D. João tornou possível a concessão <strong>de</strong> terras<br />

para os estrangeiros resi<strong>de</strong>ntes no Brasil. 17<br />

Esse último <strong>de</strong>creto inaugurou uma política imigratória que abria as portas aos<br />

estrangeiros. Para atrair <strong>imigrante</strong>s, o governo prometia uma série <strong>de</strong> vantagens aos<br />

europeus que viessem se estabelecer no Brasil, entre as quais <strong>de</strong>ve ser salientadas a<br />

possibilida<strong>de</strong> da aquisição <strong>de</strong> terras, o financiamento <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> trabalho e, ainda,<br />

ajuda financeira. Nessa direção, a primeira colônia instalada em território que mais tar<strong>de</strong><br />

veio a pertencer a Província do Paraná, foi e a <strong>de</strong> Rio Negro, que já em 1816 recebeu 50<br />

casais <strong>de</strong> açorianos encaminhados pelo governo da Capitania <strong>de</strong> São Paulo e, em 1829, os<br />

primeiros alemães. 18<br />

Com a in<strong>de</strong>pendência em 1822 essas políticas imigratórias implantadas no Brasil se<br />

fortaleceram, pois o governo da jovem nação americana procurou resolver o problema da<br />

ocupação efetiva do solo, que se fazia necessária não só para assegurar a soberania<br />

nacional, como também para valorizar a economia do novo país. 19 Porém, as tensões<br />

políticas dos anos seguintes, como a renúncia <strong>de</strong> Dom Pedro I e o período regencial,<br />

provocaram uma estagnação no processo imigratório. Em <strong>de</strong>corrência, o fluxo enfraqueceu<br />

e, entre 1829 e 1835, não foi registrada nenhuma entrada <strong>de</strong> estrangeiros no país. 20<br />

Mas o governo queria a manutenção da imigração e, nesse sentido, começou a<br />

transferir a responsabilida<strong>de</strong> do assentamento <strong>de</strong> <strong>imigrante</strong>s para as províncias. Nessa<br />

direção os indivíduos que entraram no país a partir <strong>de</strong> 1836 foram dirigidos a colônias<br />

organizadas por governos locais ou por particulares. Outro fato importante e que favoreceu<br />

o novo impulso dado à política imigratória, é que em 1848 o governo imperial conce<strong>de</strong>u às<br />

províncias uma certa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terras <strong>de</strong>volutas para a colonização, possibilitando que<br />

elas promovessem o estabelecimento <strong>de</strong> núcleos coloniais.<br />

Nesse contexto, foram fundadas mais duas colônias no território que viria pertencer<br />

à província paranaense, ambas sob a iniciativa <strong>de</strong> particulares. A primeira foi a Colônia<br />

17<br />

NADALIN, Sergio Odilon. Paraná: ocupação do território, populações e migrações. Curitiba: SEED,<br />

2001. p. 61.<br />

18<br />

MARTINS, Romário. Quantos somos e Quem somos, dados para a história e a estatística do<br />

povoamento do Paraná, pp. 58 e 59.<br />

19<br />

BALHANA, Altiva P.; MACHADO, Brasil P. e WESTPHALEN, Cecília M. História do Paraná. 1º vol.<br />

Curitiba: GRAFIPAR, 1969; p.157.<br />

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