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Vanessa Biasi - UFSM

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1 INTRODUÇÃO<br />

As carnes curadas ocupam uma grande porção dos produtos processados<br />

comercializados. Estas carnes processadas são atrativas por sua cor, textura e<br />

sabor, e são populares entre os consumidores porque combinam estes fatores com<br />

a conveniência da estabilidade durante a estocagem. Com o advento da moderna<br />

refrigeração, a importância da cura de carnes com nitrito para preservação tem<br />

declinado, mas os consumidores adquiriram um paladar por certos produtos curados<br />

e por isso, a demanda continua (SHAHIDI e PEGG, 1995).<br />

As mudanças na demanda dos consumidores e o aumento na competição<br />

global são as causas pelas quais o setor de processamento das indústrias de<br />

produtos cárneos busca novas tecnologias de processamento e novos ingredientes<br />

e sistemas. Isto vem acontecendo porque a percepção positiva dos consumidores de<br />

que a carne e os produtos cárneos são boas fontes de minerais, vitaminas e<br />

proteínas ―completas‖ está gradualmente dando espaço a uma visão mais negativa,<br />

principalmente relacionada à ingestão de nitrato e nitrito (MITACEK et al., 2008) e ao<br />

câncer (FERGUSON, 2010).<br />

Três diferentes períodos, complementares e consecutivos podem ser<br />

definidos na história dos produtos cárneos, em termos de realizações e<br />

oportunidades: a qualidade, período que iniciou cerca de 15 anos atrás com a<br />

introdução das ISOs (Sistema de Padronização da Qualidade); a segurança<br />

alimentar, período que iniciou com a introdução da Análise dos Perigos e Pontos<br />

Críticos de Controle (APPCC); e a nutrição e saúde, período que está apenas<br />

começando. Problemas de saúde global relacionados com a alimentação e indústria<br />

da carne são destaque (VANDENDRIESSCHE, 2008).<br />

A carne, devido ao seu elevado valor nutricional, torna-se altamente sensível<br />

ao desenvolvimento de micro-organismos que conduzem à sua deterioração. Além<br />

disso, a sua elevada quantidade de água livre e o favorável pH facilitam um ótimo<br />

crescimento para aqueles micro-organismos. Os procedimentos tradicionais para<br />

preservação da carne são a secagem, salga e fermentação. Este último<br />

procedimento remonta aos babilônicos e chega até nós através dos salames<br />

(TERRA, 1998).

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