Vanessa Biasi - UFSM
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1 INTRODUÇÃO<br />
A industrialização da carne surgiu com a necessidade de preservá-la em<br />
tempos antigos, aumentando sua vida útil, desenvolvendo sabores diferentes e<br />
utilizando partes do animal de difícil comercialização (VANDENDRIESSCHE, 2008;<br />
TERRA, 1998).<br />
A cura de carnes é um dos processos mais utilizados dentro da indústria<br />
cárnea. Antigamente, a cura tinha apenas o propósito de conservação, passando a<br />
ser empregada também com o objetivo do desenvolvimento da cor e sabor típicos<br />
dos produtos curados, pois a formação e a estabilidade da cor estão entre os<br />
atributos de qualidade de maior importância (GOTTERUP et al., 2007; RAMOS e<br />
GOMIDE, 2007; MARCO et al., 2006; JAY, 2005).<br />
Os ingredientes clássicos usados na cura são sal (NaCl), nitrito ou nitrato de<br />
sódio e açúcar (sacarose ou glicose), sendo o NaCl o ingrediente mais importante. O<br />
nitrito é o agente ativo na cura e todas as reações tem algum tipo de relação com a<br />
química do nitrito. Entretanto, para produtos cárneos secos curados ou fermentados,<br />
nitrato é requerido no longo processo de secagem para a lenta geração de nitrito<br />
pelas bactérias nitrato redutoras (JAY, 2005; PEGG e SHAHIDI, 2004).<br />
Salame é um típico produto cárneo fermentado, produzido em larga escala<br />
por muitas indústrias na região sul do Brasil (SAWITZKI et al., 2008). O salame tipo<br />
Italiano fabricado no Brasil é predominantemente obtido a partir de carne suína<br />
(mínimo 60%), a fermentação é de aproximadamente trinta dias, seu aroma e sabor<br />
são suaves e valores de pH estão em torno de 5,4 (TERRA, 1998).<br />
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