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TCC Fernando Niederle Final.pdf - Unijuí

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO<br />

GRANDE DO SUL<br />

DACEC – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS,<br />

CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO<br />

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS<br />

FERNANDO NIEDERLE<br />

SISTEMA DE CUSTOS E ANALISE DE PREÇOS<br />

NA PADARIA BOM GOSTO<br />

TRÊS PASSOS - RS<br />

2012<br />

1


FERNANDO NIEDERLE<br />

SISTEMA DE CUSTOS E ANALISE DE PREÇOS<br />

NA PADARIA BOM GOSTO<br />

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso<br />

de Ciências Contábeis da <strong>Unijuí</strong>, como requisito de<br />

avaliação para obtenção do titulo de Bacharel em<br />

Ciências Contábeis.<br />

Profa. Orientadora: Ms. Eusélia Paveglio Vieira<br />

TRÊS PASSOS - RS<br />

2012<br />

2


AGRADECIMENTOS<br />

Agradeço aos meus pais, Atalibio e Terezinha, aos meus irmãos<br />

Juliano e Jeancarlo, a minha noiva Teoline, e a minha cunhada Cintia<br />

e sobrinha Gabriela, que de uma maneira ou outra colaboraram para a<br />

realização deste curso nesta universidade, e também neste Trabalho.<br />

Muito Obrigado!!!<br />

3


LISTA DE ILUSTRAÇÕES<br />

Figura 1 - Contabilidade de Custos como um Centro Processador de Dados .......................... 19<br />

Figura 2 - Definições Básicas de Contabilidade de Custos ...................................................... 22<br />

Figura 3 - Estrutura Básica do Critério do Custeio por Absorção ............................................ 28<br />

Figura 4 - Lógica de Funcionamento do ABC ......................................................................... 31<br />

Figura 5 - Simulação de Formação de Preço de Venda ............................................................ 36<br />

Figura 6 - Tipos de Ponto de Equilíbrio ................................................................................... 38<br />

Figura 7 - Fórmulas do Ponto de Equilíbrio Contábil .............................................................. 39<br />

Figura 8 - Formula de Calculo do PEF ..................................................................................... 40<br />

Figura 9 - Formula de Calculo do Ponto de Equilíbrio Econômico ......................................... 41<br />

Figura 10 - Fórmula de Calculo do Ponto de Equilíbrio Mix ................................................... 42<br />

Figura 11 - Resultado Exemplo de Ponto de Equilíbrio Mix ................................................... 44<br />

Figura 12 - Formula de Cálculo da Margem de Segurança Operacional ................................. 46<br />

Figura 13 - Método das Quotas Constantes .............................................................................. 49<br />

Figura 14 - Método das Unidades Produzidas .......................................................................... 50<br />

Figura 15 - Método das Horas Trabalhadas ............................................................................. 51<br />

Figura 16 - Fluxograma Padaria e Confeitaria ......................................................................... 53<br />

Figura 17 - Gráfico Custos Totais – Pão Fatiado ..................................................................... 89<br />

Figura 18 - Gráfico Custos Totais - Pão Bufê .......................................................................... 90<br />

Figura 19 - Gráfico Custos Totais – Torta Creme de Café ....................................................... 90<br />

Figura 20 - Gráficos Custos Totais – Pizza Presunto Grande .................................................. 91<br />

Figura 21 - Gráfico Comparativo PV Orientativo e PV Praticado ........................................... 97<br />

Figura 22 - Comparativo PE em unidades PV orientativo x PE em unidades PV Atual ....... 104<br />

Figura 23 - MSO PV Orientativo x MSO PV Atual ............................................................... 107<br />

4


LISTA DE QUADROS<br />

Quadro 1- Classificação de Custos ........................................................................................... 24<br />

Quadro 2 - Custeamento por Absorção e Custeamento Variável – Diferenças Fundamentais 30<br />

Quadro 3 - Informações de Exemplo ........................................................................................ 43<br />

Quadro 4 - Ponto de Equilíbrio Mix em Valores...................................................................... 44<br />

Quadro 5 - Receita de Produtos e Demanda Mensal ................................................................ 54<br />

Quadro 6 - Parâmetros para as Receitas ................................................................................... 55<br />

Quadro 7 - Depreciação da Padaria .......................................................................................... 56<br />

Quadro 8 - Depreciação da Confeitaria .................................................................................... 57<br />

Quadro 9 - Depreciação Geral .................................................................................................. 58<br />

Quadro 10 - Custos Fixos ......................................................................................................... 59<br />

Quadro 11: Despesas com Vendas ........................................................................................... 59<br />

Quadro 12 - Custo com Mão de Obra - Padaria ....................................................................... 60<br />

Quadro 13 - Custo com Mão de Obra - Confeitaria ................................................................. 61<br />

Quadro 14 - Custo de Matéria Prima e MOD Massas de Pizza ............................................... 62<br />

Quadro 15 - MP e MOD Pão Francês ...................................................................................... 63<br />

Quadro 16 - Custo MP - Pão de Xis – Pão Fatiado – Pão de Cachorro Quente – Pão Sovado 64<br />

Quadro 17 - MOD Pão de Xis Grande e Pequeno .................................................................... 64<br />

Quadro 18 - MOD Pão Fatiado................................................................................................. 65<br />

Quadro 19 - MOD Pães Cachorro Quente Médio e Pequeno ................................................... 66<br />

Quadro 20 - MOD Pão Sovado................................................................................................. 66<br />

Quadro 21 - MP – Recheio de Cuca e Cobertura de Cuca ....................................................... 67<br />

Quadro 22 - MO – Recheio de cuca e Cobertura de Cuca ....................................................... 68<br />

Quadro 23 - MP e MOD Cuca .................................................................................................. 68<br />

Quadro 24 - MP e MOD – Pão Bufê ........................................................................................ 69<br />

Quadro 25 - MP e MOD – Bolacha de Manteiga ..................................................................... 70<br />

Quadro 26 - MP e MOD – Massa Assados e Fritos ................................................................. 71<br />

Quadro 27 - MP e MOD – Cuquinha ....................................................................................... 72<br />

Quadro 28 - MP e MOD – Rosca ............................................................................................. 72<br />

Quadro 29 - MP e MOD – Assado ........................................................................................... 73<br />

Quadro 30 - MP e MOD – Pastelão .......................................................................................... 73<br />

Quadro 31 - MP e MOD – Bolinho .......................................................................................... 74<br />

Quadro 32 - MP e MOD – Calça Virada .................................................................................. 74<br />

5


Quadro 33 - MP e MOD – Pão de Ló ....................................................................................... 75<br />

Quadro 34 - MP e MOD – Recheio Bom ................................................................................. 75<br />

Quadro 35 - MP e MOD – Torta de Bombom .......................................................................... 76<br />

Quadro 36 - MP e MOD – Recheio Creme de Café ................................................................. 77<br />

Quadro 37 - MP e MOD – Torta Creme de Café ..................................................................... 77<br />

Quadro 38 - MP e MOD – Pastelzinho .................................................................................... 78<br />

Quadro 39 - MP e MOD – Pizza Frango Pequena ................................................................... 79<br />

Quadro 40 - MP e MOD – Pizza Calabresa Pequena ............................................................... 79<br />

Quadro 41 - MP e MOD – Pizza de Bacon Pequena ................................................................ 80<br />

Quadro 42 - MP e MOD – Pizza de Carne de Gado Pequena .................................................. 80<br />

Quadro 43 - MP e MOD – Pizza de Presunto Pequena ............................................................ 81<br />

Quadro 44 - MP e MOD – Pizza de Presunto Grande .............................................................. 82<br />

Quadro 45 - MP e MOD – Pizza de Calabresa Grande ............................................................ 82<br />

Quadro 46 - MP e MOD – Pizza de Frango Grande ................................................................ 83<br />

Quadro 47 - MP e MOD – Pizza de Carne de Gado Grande .................................................... 83<br />

Quadro 48 - MP e MOD – Pizza de Bacon Grande ................................................................. 84<br />

Quadro 49 - Custo Fixo Total ................................................................................................... 85<br />

Quadro 50 - Rateio das Depreciações aos Produtos ................................................................. 86<br />

Quadro 51 - Apuração do Custo – Método Custeio por Absorção ........................................... 88<br />

Quadro 52 - Apuração do Custo – Método Custeio Variável................................................... 92<br />

Quadro 53 - Formação do Preço de Venda – Mark Up ............................................................ 93<br />

Quadro 54 - Preço de Venda Orientativo - Custeio por Absorção ........................................... 94<br />

Quadro 55 - Preço de Venda Mínimo - Custeio Variável ........................................................ 95<br />

Quadro 56 – Analise Comparativa entre o PV Orientativo x PV Praticado ............................. 96<br />

Quadro 57 - MC Unitária e Total por Produto PV Orientativo ................................................ 98<br />

Quadro 58 - MC Unitária e Total por Produto PV Atual ......................................................... 99<br />

Quadro 59 - Demonstração do Resultado - PV Orientativo ................................................... 100<br />

Quadro 60 - Demonstração do Resultado = PV Atual ........................................................... 101<br />

Quadro 61 - Ponto de Equilíbrio - PV Orientativo ................................................................. 102<br />

Quadro 62 - Ponto de Equilíbrio – PV Atual.......................................................................... 103<br />

Quadro 63 - MSO – PV Orientativo ....................................................................................... 105<br />

Quadro 64 - MSO – PV Atual ................................................................................................ 106<br />

6


SUMARIO<br />

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 9<br />

1.1 Contextualização Do Estudo .............................................................................................. 10<br />

1.1.1 Área de Conhecimento Contemplada .......................................................................... 10<br />

1.1.2 Caracterização da Entidade ......................................................................................... 10<br />

1.1.3 Problematização do Tema ........................................................................................... 11<br />

1.1.4 Objetivos ...................................................................................................................... 11<br />

1.1.5 Justificativa .................................................................................................................. 12<br />

1.1.6 Metodologia do trabalho .............................................................................................. 13<br />

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................. 17<br />

2.1 Contabilidade .................................................................................................................. 17<br />

2.1.1 Conceito de Contabilidade....................................................................................... 17<br />

2.1.2 <strong>Final</strong>idade da Contabilidade .................................................................................... 17<br />

2.1.3 Aplicação da Contabilidade ..................................................................................... 18<br />

2.2 Contabilidade de Custos ................................................................................................. 18<br />

2.2.1 Objetivos da Contabilidade de Custos ..................................................................... 19<br />

2.2.1 Conceitos Utilizados em Custos .............................................................................. 20<br />

2.3 Custos Com Mão De Obra ............................................................................................. 22<br />

2.3.1 Mão de Obra Direta ................................................................................................. 23<br />

2.3.2 Mão de obra Indireta................................................................................................ 23<br />

2.4 Classificações Dos Custos .............................................................................................. 23<br />

2.4.1 Custos Diretos ......................................................................................................... 24<br />

2.4.2 Custos Indiretos ....................................................................................................... 24<br />

2.4.3 Custos Fixos ............................................................................................................ 25<br />

2.4.5 Custos Relevantes e Não Relevantes ....................................................................... 26<br />

2.5 Métodos De Custeio ....................................................................................................... 27<br />

2.5.1 Custeio por Absorção .............................................................................................. 27<br />

2.5.2 Custeio Variável ...................................................................................................... 28<br />

2.5.3 Método de Custeio Baseado em Atividades (ABC) ................................................ 30<br />

2.6 Formação Do Preço De Venda ....................................................................................... 32<br />

2.6.1 Formação do Mark-up ............................................................................................. 33<br />

2.6.2 Estratégias de precificação ...................................................................................... 35<br />

7


2.7 Apuração Margem De Contribuição .............................................................................. 37<br />

2.8 Ponto De Equilíbrio ........................................................................................................ 37<br />

2.8.1 Ponto de Equilíbrio Contábil ................................................................................... 38<br />

2.8.2 Ponto de Equilíbrio Financeiro ................................................................................ 39<br />

2.8.3 Ponto de Equilíbrio Econômico ............................................................................... 41<br />

2.8.4 Ponto de Equilíbrio Mix ........................................................................................... 42<br />

2.8.5 Benefícios e Limitações do Ponto de Equilíbrio ..................................................... 44<br />

2.9 Margem de Segurança Operacional ................................................................................ 46<br />

2.10 Depreciação .................................................................................................................. 47<br />

2.10.1 Conceitos Utilizados em Depreciação ................................................................... 48<br />

2.10.2 Métodos de Depreciação ....................................................................................... 49<br />

3 ANALISE DOS RESULTADOS .......................................................................................... 53<br />

3.1 Receitas de Produtos e Demanda mensal ....................................................................... 54<br />

3.2 Custos da Matéria-prima dos Produtos ........................................................................... 55<br />

3.3 Custos com Depreciação ................................................................................................ 56<br />

3.4 Custos Fixos ................................................................................................................... 58<br />

3.5 Custo com Mão de Obra ................................................................................................. 60<br />

3.6 Custos com Matéria-Prima e Mão de Obra Direta ......................................................... 62<br />

3.6.1 Custo com Matéria-Prima e Mão de Obra Direta Setor Padaria ............................. 62<br />

3.6.2 Custo com Matéria Prima e Mão de Obra Direta Setor Confeitaria ........................ 70<br />

3.7 Apuração do Custo Total ................................................................................................ 84<br />

3.7.1 Apuração do Custo total – Método de Custeio por Absorção ................................. 87<br />

3.7.2 Apuração do Custo total – Método de Custeio Variável ......................................... 91<br />

3.8 Formação do Preço de Venda Orientativo ...................................................................... 93<br />

3.9 Análises do Custo, Volume e Lucro ............................................................................... 98<br />

3.9.1 Apuração da margem de contribuição ..................................................................... 98<br />

3.9.2 Apuração do resultado ........................................................................................... 100<br />

3.9.3 Ponto de Equilíbrio Contábil ................................................................................. 102<br />

3.9.4 Margem de Segurança Operacional ....................................................................... 104<br />

3.10 Levantamentos das Informações Gerenciais do Sistema Proposto ............................ 107<br />

CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 110<br />

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 112<br />

8


INTRODUÇÃO<br />

Hoje em dia, em um mercado cada vez mais competitivo, as organizações precisam<br />

estar sempre um passo a frente da concorrência para se manterem vivas e com resultado<br />

positivo, onde o lucro desejado seja alcançado com o máximo de produção e com um mínimo<br />

possível de custo e perda, para obter uma posição de destaque perante seus clientes,<br />

fornecedores e sócios.<br />

Sendo assim, o gestor cada vez mais necessita de informações que lhe auxiliem na<br />

tomada de decisões, entre essas informações disponíveis, a questão custos e preços são de<br />

extrema importância, pois sem saber o seu custo de produção e o preço de venda, o gestor é<br />

obrigado a tomar decisões apenas com base em sua experiência, e muitas destas decisões,<br />

quando não estão baseadas em informações confiáveis, podem ser tomadas de forma<br />

equivocadas.<br />

Nesse contexto, o presente trabalho consiste em apresentar um sistema de Gestão de<br />

Custos e Formação de Preços de Venda na empresa denominada Padaria Bom Gosto,<br />

localizada na cidade de Tenente Portela, Rio Grande do Sul, com objetivo de chegar ao valor<br />

real de seus custos de produção, verificando se o preço de venda atualmente praticado está<br />

proporcionando o resultado esperado.<br />

Em um primeiro momento, o relatório apresenta a sua contextualização com a<br />

definição do tema abordado, a caracterização da empresa, bem como o problema e os<br />

objetivos, a justificativa, a metodologia utilizada durante e realização do estudo.<br />

Na segunda etapa deste trabalho é apresentada uma revisão bibliográfica em relação ao<br />

tema abordado, ou seja, a contabilidade de custos com tópicos e definições desta área. É<br />

iniciado pela contabilidade, contabilidade de custos, custos com mão de obra a classificação<br />

dos custos, métodos de custeio, formação do preço de venda, apuração da margem de<br />

contribuição, o ponto de equilíbrio, a margem de segurança operacional e por fim as<br />

depreciações. Esses conceitos são fundamentais para uma contemplação total do assunto<br />

abordado e para a qualificação na execução deste estudo na prática.<br />

A terceira etapa do relatório compreende a realização do estudo aplicado, onde<br />

inicialmente foi realizada a analise dos processos de produção dos diferentes produtos,<br />

levantamentos de tempos, custo, bem como a apuração do custo total, seguido da analise de<br />

preços, custos, resultados e indicadores gerenciais.<br />

9


Posteriormente, o relatório apresenta a sua conclusão, e por fim são apresentados os<br />

pilares que foram utilizados para a realização deste estudo, ou seja, a bibliografia consultada<br />

para a construção das informações.<br />

1.1 Contextualização Do Estudo<br />

Neste primeiro capitulo que contempla a contextualização do estudo, apresenta-se a<br />

área de conhecimento aplicado na realização deste trabalho, bem como, a caracterização da<br />

organização, a problematização do tema, os objetivos gerais e específicos, seguidos da<br />

metodologia que foi utilizada durante a pesquisa.<br />

1.1.1 Área de Conhecimento Contemplada<br />

A Contabilidade de Custos faz parte da Ciência Contábil que se dedica ao estudo dos<br />

gastos feitos para se obter um bem de venda ou de consumo, seja um produto, uma<br />

mercadoria ou um serviço.<br />

De acordo com Mota (2002, p.3):<br />

A Contabilidade de Custos é o ramo da função financeira que acumula, organiza,<br />

analisa e interpreta os custos dos produtos, dos inventários, dos serviços, dos<br />

componentes da organização, dos planos operacionais e das atividades de<br />

distribuição para determinar o lucro, para controlar as operações e para auxiliar o<br />

administrador no processo de tomada de decisão.<br />

Neste sentido o estudo se propôs a aplicar um sistema de custos e analise de preços na<br />

empresa Padaria Bom Gosto.<br />

1.1.2 Caracterização da Entidade<br />

A organização objeto deste estudo, Padaria Bom Gosto, iniciou suas atividades em<br />

setembro de 2003 no município de Tenente Portela, no ramo de fabricação de pães, bolos e<br />

equivalentes industrializados.<br />

A empresa trabalha com 11 colaboradores, sendo um deles o proprietário e mais 10<br />

contratados, além de serviço de contabilidade terceirizado, ainda, pelo seu faturamento<br />

mensal e anual, a empresa está enquadrada no regime tributário Simples Nacional, de acordo<br />

10


com a Lei Complementar nº123, de 14/12/2006, e que é aplicável às Microempresas e as<br />

Empresas de Pequeno Porte, a partir de 01/07/2007.<br />

1.1.3 Problematização do Tema<br />

Com o crescimento das organizações, da intensificação da concorrência e da crescente<br />

escassez de recursos, surge a necessidade de aperfeiçoar os mecanismos de planejamento e<br />

controle das atividades empresariais. Além disso, as inúmeras possibilidades de utilização dos<br />

fatores de produção determinam uma variedade quase infinita no comportamento dos custos<br />

resultantes. É, então, imprescindível, para qualquer empresa ter um sistema de custos, ainda<br />

mais numa economia capitalista e concorrencial como a brasileira. É difícil tomar decisões<br />

confiáveis e ter uma margem de segurança satisfatória, sem o conhecimento dos custos do<br />

modo mais real possível.<br />

Nesse sentido, as informações relativas aos custos de produção; desde que<br />

apropriadamente organizadas, resumidas e relatadas, constituem uma ferramenta de gestão da<br />

mais alta relevância. Assim, as informações de custos transformam-se, gradativamente, num<br />

verdadeiro sistema de informações gerenciais, de vital importância para a gestão das<br />

organizações empresariais. Essas informações constituem um subsídio básico para o processo<br />

de tomada de decisões, bem como, para o planejamento e controle das atividades<br />

empresariais.<br />

A empresa Padaria Bom Gosto não possui um sistema de gerenciamento de custos,<br />

porém, em se tratando de formação de preço é de total importância que o empresário tenha em<br />

mãos informações sobre o real montante de seus custos na produção.<br />

Sendo assim questiona-se: De que forma a contabilidade de custos pode contribuir para<br />

o gerenciamento da padaria com informações sobre os seus custos de produção?<br />

1.1.4 Objetivos<br />

O objetivo deste estudo é desenvolver um sistema de custos, observando no objetivo<br />

geral e especifico o que segue.<br />

11


1.1.4.1 Objetivo Geral<br />

Propor à empresa Padaria Bom Gosto um sistema eficaz de custos que subsidie a<br />

formação de preços e análise dos resultados para qualificar e agilizar as decisões gerenciais.<br />

1.1.4.2 Objetivos Específicos<br />

- Revisão bibliográfica referente à Contabilidade de Custos, gestão de custos, formação de<br />

preço de venda; analise custo, volume e resultado;<br />

- Descrever as etapas de produção dos produtos da padaria;<br />

- Apurar os custos de produção dos produtos;<br />

- Analisar os preços de venda, margens, volumes e resultados;<br />

- Estruturar um sistema de custos para a empresa.<br />

1.1.5 Justificativa<br />

Tendo em vista um mundo cada vez mais competitivo, onde a diferença de área de<br />

atuação pode ser imprescindível para o sucesso profissional do formando em Ciências<br />

Contábeis, este trabalho é de imenso valor teórico e prático, ainda é de extrema importância<br />

para o gestor da empresa em questão.<br />

Nesta microrregião, pouco ou quase nada se fala de custos, os gestores não estão<br />

acostumados a fazer análise de seus custos fixos e variáveis, muitos não tem um sistema<br />

apropriado de informações, acreditam que colocando certo valor percentual sobre o valor da<br />

mercadoria que está na nota fiscal irá garantir o pagamento de seus custos e ainda obterá um<br />

lucro para a empresa, quando na realidade o valor de venda do produto não paga nem mesmo<br />

os impostos a ele incorrido.<br />

Portanto o motivo principal para o desenvolvimento deste estudo é a conscientização<br />

dos gestores sobre esse tema fundamental e de altíssima importância nas empresas que é a<br />

gestão de custos.<br />

Para a empresa, este estudo possibilitou uma análise da composição dos custos dos<br />

seus produtos, dos preços praticados e dos resultados atualmente obtidos, além de<br />

contribuições na formação de novos preços, de formas diferenciadas de precificação para<br />

promoções especiais, entre outras análises de margens e resultados.<br />

12


Para o acadêmico, como concluinte do curso, este trabalho foi de imensa importância,<br />

pois é neste momento, em que se confronta a teoria com a prática, sala de aula e campo de<br />

atuação. É o momento de analisar e verificar como realmente funciona uma empresa fora dos<br />

livros, podendo também servir como fonte de pesquisa para futuros acadêmicos, que venham<br />

a se interessar por esta área do conhecimento.<br />

1.1.6 Metodologia do trabalho<br />

Neste ponto do estudo, demonstram-se como foi desenvolvida a pesquisa, quais<br />

caminhos foram tomados para responder o problema e os objetivos do presente trabalho.<br />

1.1.6.1. Classificação da Pesquisa<br />

Esta pesquisa foi classificada de acordo com sua natureza, dos seus objetivos, quanto a<br />

sua forma de abordagem do problema, com seus procedimentos técnicos, seguidos da forma<br />

como foram coletados os dados.<br />

a) Do Ponto de Vista de sua Natureza<br />

É possível classificar a pesquisa de acordo com sua natureza, ou seja, a pesquisa pode<br />

ser de ordem aplicada ou básica. No caso desta pesquisa foi classificada como aplicada, pois a<br />

mesma gerou “conhecimentos para aplicação prática dirigida à solução de problemas<br />

específicos, envolve verdades e interesses locais e tem inúmeras possibilidades de aplicação<br />

nas ciências sociais” (SILVA e MENEZES, 2000, p.20).<br />

b) Do Ponto de Vista de seus Objetivos<br />

De acordo com seus objetivos a pesquisa pode ser classificada como exploratória<br />

descritiva ou explicativa. Este estudo se classifica como exploratório e descritivo.<br />

Pesquisa Exploratória: visa proporcionar maior familiaridade com o problema, com<br />

vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolvem levantamento bibliográfico,<br />

entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado,<br />

13


análise de exemplos que estimulem a compreensão. Assume, em geral, as formas de pesquisa<br />

bibliográficas e estudos de caso, conforme (GIL, 1999).<br />

Pesquisa Descritiva: visa descrever as características de determinada população ou<br />

fenômenos ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolvem o uso de técnicas<br />

padronizadas de coleta de dados, questionários e observação sistemática. Assume, em geral, a<br />

forma de levantamento, (GIL, 1999).<br />

No caso desta pesquisa, a mesma apresenta características exploratória e descritiva,<br />

pois explicitou o problema por meio de fatos constatados em entrevistas e com levantamento<br />

bibliográfico, bem como, descreveu as características da entidade trabalhada e as várias fases<br />

de produção que compõem os custos.<br />

c) Quanto à Forma de Abordagem do Problema<br />

O presente trabalho foi classificado quanto a sua forma de abordagem do problema<br />

como uma pesquisa qualitativa.<br />

De acordo com Beuren (2004, p. 91) “os estudos que empregam uma metodologia<br />

qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de<br />

certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais”.<br />

d) Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos<br />

Sob o ponto de vista dos procedimentos técnicos, conforme Gil (1999), a pesquisa se<br />

classifica como Bibliográfica, documental, levantamento e estudo de caso.<br />

Pesquisa Bibliográfica: quando elaborada a partir de material publicado, constituído<br />

principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na<br />

internet.<br />

Pesquisa Documental: quando elaborada a partir de material que não recebeu<br />

tratamento analítico, como relatórios de diretorias, balanços patrimoniais, atas de reuniões,<br />

manuais de procedimentos, etc.<br />

Levantamento: quando elaborada a partir da interrogação direta de pessoas cujo<br />

comportamento se deseja conhecer.<br />

Estudo de Caso: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos<br />

objetos de maneira que se permitam o seu conhecimento profundo. Existem restrições à<br />

generalização dos resultados.<br />

14


Baseado no exposto, a presente pesquisa envolveu aspectos bibliográficos, em função<br />

de ter o apoio teórico de livros, documental porque se baseou em documentos fornecidos pela<br />

empresa, que foram transformados em planilhas, contendo as devidas informações para a<br />

elaboração dos respectivos cálculos. E por fim, se classifica como levantamento porque foram<br />

realizadas entrevistas despadronizadas com o empresário, gerente, colaboradores, para apurar<br />

as informações que contribuíram no desenvolvimento da pesquisa, e de estudo de caso, pois<br />

foi realizado um estudo exaustivo na referida empresa.<br />

1.1.6.2 Plano de Coleta de Dados (Instrumentos de coleta de dados)<br />

A coleta de dados para esta pesquisa consistiu em questionamentos na forma de<br />

entrevistas despadronizadas com o gerente da empresa, bem como, um acompanhamento<br />

detalhado do processo de produção, para que assim possa ser construída uma base de dados<br />

real e que é de extrema importância para solução do problema exposto.<br />

1.1.6.2.1 Instrumentos de Coleta de Dados<br />

De acordo com Silva & Menezes (2000, p.33), “a definição do instrumento de coleta<br />

de dados depende dos objetivos que se pretende alcançar com a realização da pesquisa e do<br />

universo investigado”.<br />

Portanto o presente estudo se apoiou na observação, sistemática, pois foi realizado em<br />

condições controladas para responder aos propósitos preestabelecidos, é não participante, ou<br />

seja, não houve participação do observador durante o processo de produção, individual, com a<br />

coleta de dados realizada pelo observador, ainda, a pesquisa ocorreu em tempo real, sendo<br />

registrados os dados à medida em que aconteciam.<br />

No momento da entrevista, em que se buscaram informações do entrevistado sobre o<br />

problema, a mesma ocorreu de forma não estruturada, onde não existe rigidez de roteiro,<br />

assim foi possível explorar mais amplamente algumas questões.<br />

1.1.6.3 Plano de Analise e Interpretação de Dados<br />

Para Beuren (2004, p.136), “analisar dados significa trabalhar com todo o material<br />

obtido durante o processo de investigação, ou seja, com os relatos de observação, as<br />

transcrições de entrevistas, as informações dos documentos e outros dados disponíveis”.<br />

15


Com a devida coleta de dados realizada, é chegada a hora de interpretar estes dados<br />

para se chegar à solução do problema exposto. Neste momento é demonstrado o resultado de<br />

toda a pesquisa, onde por meio de gráficos e planilhas ocorre a interpretação e cálculo dos<br />

respectivos dados e por fim, apresenta-se um relatório expondo os resultados.<br />

16


2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA<br />

Neste capitulo aborda-se uma revisão geral pertinente a literatura sobre o tema deste<br />

estudo, ou seja, a Contabilidade de Custos, por meio de livros, artigos e material<br />

disponibilizado na internet é apresentado uma serie de conceitos dos mais variados campos de<br />

atuação desta área.<br />

Para Silva e Menezes (2000, p.37):<br />

2.1 Contabilidade<br />

A revisão de literatura resultará do processo de levantamento e análise do que já foi<br />

publicado sobre o tema e o problema de pesquisa escolhidos. Permitirá um<br />

mapeamento de quem já escreveu e o que já foi escrito sobre o tema e/ou problema<br />

da pesquisa.<br />

A Contabilidade tem a função de prestar informações e sendo um conjunto de<br />

conhecimentos precisa coletar, registrar, analisar e resumir para relatar com precisão os<br />

diversos dados que interessam a gestão no entendimento econômico/financeiro do negócio.<br />

2.1.1 Conceito de Contabilidade<br />

De acordo com Basso (2005, p.22):<br />

Entendemos que Contabilidade, como conjunto ordenado de conhecimentos, leis,<br />

princípios e métodos de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e<br />

observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo e qualitativo, e<br />

que, como um conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na técnica<br />

de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem como de acumular,<br />

resumir e revelar informações de suas variações e situações, especialmente de<br />

natureza econômico-financeira.<br />

Neste sentido, a contabilidade se propõe ao estudo do patrimônio das entidades, tanto<br />

na forma qualitativa como quantitativa.<br />

2.1.2 <strong>Final</strong>idade da Contabilidade<br />

A contabilidade é o centro de controle do patrimônio, por ela passa todos os fatos de<br />

ordem qualitativa e quantitativa, onde por meio dos relatórios contábeis, o gestor tem<br />

condições de tomar as decisões corretas para se prevenir e planejar o futuro de seu negocio.<br />

17


Segundo Basso (2005, p.24), “a finalidade fundamental da contabilidade é gerar<br />

informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o<br />

controle e o planejamento”.<br />

2.1.3 Aplicação da Contabilidade<br />

A Contabilidade é aplicada onde se podem fornecer informações seguras para a<br />

tomada de decisões por parte do gestor da empresa.<br />

A informação contábil se expressa por diferentes meios, como demonstrações<br />

contábeis, escrituração ou registros permanentes e sistemáticos, documentos, livros,<br />

planilhas, listagens, prognósticos, descrições, criticas ou quaisquer outros utilizados<br />

no exercício profissional ou previstos em legislação. Os usuários incluem, entre<br />

outros, os integrantes do mercado de capitais, investidores, presentes ou potenciais,<br />

fornecedores e demais credores, clientes, financiadores de qualquer natureza,<br />

autoridades governamentais de diversos níveis, meios de comunicação, entidades<br />

que agem em nome de outros, como associações e sindicatos, empregados,<br />

controladores, acionistas ou sócios, administradores da própria Entidade, além do<br />

público em geral, (CRCRS, 2006, p.74).<br />

Portanto a contabilidade pode ser aplicada nos mais diversos setores da empresa, bem<br />

como em todas as empresas, de pequeno, médio e grande porte.<br />

2.2 Contabilidade de Custos<br />

A contabilidade de custos nos dias de hoje representa cada vez mais um fator de<br />

extrema importância para o sucesso da empresa, pois é através dela que o empresário tem o<br />

controle do quanto seu produto ou serviço custa, o auxiliando na formação de preços e na<br />

tomada de decisão para estratégias de vendas de modo a aumentar o lucro do<br />

empreendimento.<br />

De acordo com Bruni e Famá (2011, p.22),<br />

A contabilidade de custos pode ser definida como o processo ordenado de usar os<br />

princípios da contabilidade geral para registrar os custos de operação de um negócio.<br />

Dessa forma com informações coletadas das operações e das vendas, a<br />

administração pode empregar os dados contábeis e financeiros para estabelecer os<br />

custos de produção e distribuição, unitários ou totais, para um ou para todos os<br />

produtos fabricados ou serviços prestados, além dos custos das outras diversas<br />

funções do negocio, objetivando alcançar uma operação racional eficiente e<br />

lucrativa.<br />

18


Ainda para Leone (2011, p.21), a contabilidade de custos “é uma atividade que se<br />

assemelha a um centro processador de informações que recebe ou obtém dados, acumulando-<br />

os de forma organizada, analisando-os e interpretando-os, produzindo informações de custo<br />

para os diversos níveis gerenciais”.<br />

A figura 01 demonstra a contabilidade de custos agindo como um centro processador<br />

de informações:<br />

Figura 1 - Contabilidade de Custos como um Centro Processador de Dados<br />

Fonte: Leone (2011, p.23)<br />

De acordo com Leone (2011, p.23),<br />

A contabilidade de custos colhe dados internos e externos, monetários e não<br />

monetários, mas quantitativos. Atualmente, em virtude de suas crescentes<br />

responsabilidades, diante das novas exigências por parte dos administradores, a<br />

contabilidade de custos está cada vez mais usando dados quantitativos não<br />

monetários, colhendo-os, trabalhando-os e produzindo informações gerenciais de<br />

alta relevância, baseada nesses dados.<br />

A contabilidade de custos serve como um apoio indispensável para a tomada de<br />

decisão do gestor nas mais diversas áreas é a confiança do gestor nos relatórios de custos que<br />

demonstra a importância deste ramo da contabilidade nas empresas.<br />

2.2.1 Objetivos da Contabilidade de Custos<br />

O objetivo da contabilidade de custos é fornecer informações sobre a utilização de<br />

bens e serviços na produção de outros bens ou serviços, em um ambiente onde são gerados,<br />

direcionados para o fornecimento de subsídios para analise e avaliação do desempenho da<br />

produtividade.<br />

A contabilidade de custos também tem por objetivo servir de instrumento para a<br />

tomada de decisões por parte do gestor da empresa.<br />

19


2.2.1 Conceitos Utilizados em Custos<br />

Dentro da contabilidade de custos são usados alguns termos, e para uma eficiente<br />

gestão de custos é necessária à compreensão de conceitos relacionados a esta literatura. Para<br />

tanto, serão apresentados a seguir conceitos de gastos, investimentos, despesas, perdas, custo<br />

e desperdício.<br />

2.2.1.1 Gastos<br />

De acordo com Leone (2011, p.52), “gasto é o sacrifício financeiro que a entidade arca<br />

para a obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício esse representado por entrega<br />

ou promessa de entrega de ativos”.<br />

Ainda de acordo com Wernke (2008, p.11):<br />

2.2.1.2 Investimentos<br />

Segundo Wernke (2008, p.11):<br />

Gasto é um termo usado para definir as transações financeiras nas quais a empresa<br />

utiliza recursos ou assume uma divida, em troca da obtenção de algum bem ou<br />

serviço. É um conceito abrangente e pode englobar os demais itens. Por exemplo:<br />

um gasto pode ser relacionado a algum investimento, neste caso sendo contabilizado<br />

no ativo da empresa, ou alguma forma de consumo, como custo ou despesa, quando<br />

será registrado em conta de resultado.<br />

Investimentos são os gastos que irão beneficiar a empresa em períodos futuros.<br />

Enquadram-se nesta categoria, por exemplo, as aquisições de ativos, como estoques<br />

e máquinas. Nesses casos, por ocasião da compra, a empresa desembolsa recursos,<br />

visando um retorno futuro sob a forma de produtos fabricados. Convém salientar<br />

que o uso ou o respectivo desgaste das máquinas e o consumo dos estoques no<br />

processo fabril são considerados como custo de fabricação.<br />

Já Bruni e Famá (2011, p.23) relatam que “os investimentos representam gastos<br />

ativados em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos. Ficam<br />

temporariamente congelados no ativo da entidade, e posteriormente de forma gradual, são<br />

descongelados e incorporados aos custos e despesas”.<br />

20


2.2.1.3 Despesas<br />

Para Bruni e Famá (2011, p.23), as despesas “correspondem a bem ou serviço<br />

consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. Não estão associadas a<br />

produção de um produto ou serviço”. Como exemplos de despesa podem ser citados, os<br />

gastos com salário de vendedores.<br />

Já na concepção de Leone (2011, p.52), “despesas são bens ou serviços consumidos<br />

direta ou indiretamente para a obtenção de receitas”.<br />

2.2.1.4 Perdas<br />

Para Wernke (2008, p.12):<br />

As perdas são fatos ocorridos em situações excepcionais que fogem a normalidade<br />

das operações da empresa. Tais itens não são considerados operacionais e não fazem<br />

parte dos custos de fabricação dos produtos. Constituem-se de eventos ocasionais e<br />

indesejados, como a deterioração anormal de ativos causados por incêndios ou<br />

inundações, furto, etc.<br />

Também, de acordo com Bruni e Famá (2011, p.24),<br />

As perdas representam bens ou serviços consumidos de forma anormal. Consiste<br />

em: (I) um gasto anormal decorrente de fatores extraordinários ou (II) atividade<br />

produtiva normal da empresa. Na primeira situação, devem ser considerados como<br />

despesa e lançados diretamente contra o resultado do período. Na segunda situação,<br />

devem ser classificados como custo de produção do período.<br />

As perdas devem ser evitadas a todo custo, pois se deve tentar maximizar a produção<br />

para gerar mais lucros com o mínimo de serviços consumidos de forma anormal.<br />

2.2.1.5 Custos<br />

Para Wernke (2008, p.12):<br />

Custos são os gastos efetuados no processo de fabricação de bens ou de prestação de<br />

serviços. No caso industrial, são os fatores utilizados na produção, como matéria<br />

prima, salários e encargos sociais dos operários da fábrica, depreciação das<br />

máquinas, dos móveis e das ferramentas utilizadas no processo de fabricação.<br />

De acordo com Bruni e Famá (2011, p.23) “os custos representam os gastos relativos a<br />

bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços. Portanto, estão associados<br />

aos produtos ou serviços produzidos pela entidade”.<br />

21


Já para Eliseu Martins (apud, Leone 2011, p.52) “custo é um gasto relativo a bem ou<br />

serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços”, e acrescenta que o custo é também<br />

um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo no momento da utilização dos<br />

fatores de produção para a fabricação de um produto ou execução de um serviço.<br />

2.2.1.6 Desperdícios<br />

Hoje em dia os desperdícios de matéria prima e mão de obra com a ociosidade,<br />

representam um alto custo para as empresas, podendo em certas ocasiões ser o responsável<br />

pelo prejuízo da mesma.<br />

Para Wernke (2008, p.12):<br />

O conceito de desperdício pode englobar os custos e as despesas utilizados de forma<br />

não eficiente. Ou seja, são considerados desperdícios todas as atividades que não<br />

agregam valor e que resultam em gastos de tempo, dinheiro, recursos sem lucro,<br />

além de adicionarem custos desnecessários aos produtos. Podem ser enquadradas<br />

nesta categoria a produção de itens defeituosos, a movimentação desnecessária, a<br />

inspeção de qualidade, a capacidade ociosa, etc.<br />

Figura 2 - Definições Básicas de Contabilidade de Custos<br />

Fonte: Wernke (2008, p.13)<br />

2.3 Custos Com Mão De Obra<br />

Os custos com mão de obra representam os esforços dos colaboradores em produzir<br />

um determinado produto ou serviço que a empresa se propõe.<br />

22


2.3.1 Mão de Obra Direta<br />

Para as indústrias, a base de todo o processo de industrialização é a mão de obra direta,<br />

pois é com o trabalho árduo de seus colaboradores que a empresa cresce através de seus<br />

produtos.<br />

De acordo com Bruni e Famá (2011, p.73):<br />

A mão de obra direta, ou simplesmente, MOD corresponde aos esforços produtivos<br />

das equipes relacionadas a produção dos bens comercializados ou dos serviços<br />

prestados. Refere-se apenas ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em<br />

elaboração, desde que seja possível a mensuração do tempo despendido e a<br />

identificação de quem executou o trabalho, sem necessidade de qualquer apropriação<br />

indireta ou rateio.<br />

Custo com mão de obra direta está relacionado ao tempo que os colaboradores da<br />

empresa necessitam para a produção direta do produto ou serviço.<br />

2.3.2 Mão de obra Indireta<br />

De acordo com Bruni e Famá (2011, p.76) é importante observar que:<br />

Embora a mão de obra direta seja tratada como variável já que esta associada aos<br />

volumes produzidos, no Brasil, em função das restrições legais, os salários e<br />

encargos devem ser considerados como fixos. A eventual diferença entre o gasto<br />

total com mão de obra direta, alocada ao produto, representa a ociosidade ou perda<br />

do trabalho pago, porém não utilizado, podendo ser agrupado genericamente na<br />

categoria de mão de obra indireta.<br />

Também, os custos com mão de obra indireta, são aqueles que não podem ser alocados<br />

diretamente ao produto ou serviço, por se tratarem de departamentos auxiliares existentes na<br />

empresa, um exemplo seria o custo do salário de supervisores e controle de qualidade.<br />

2.4 Classificações Dos Custos<br />

Na literatura contábil existem diversas classificações de custos, onde, as de maior<br />

aplicabilidade gerencial se encontram no quadro a seguir:<br />

23


Quadro 1- Classificação de Custos<br />

Classificação Categorias<br />

Quanto a tomada de decisões Relevantes Não Relevantes<br />

Quanto a identificação Diretos Indiretos<br />

Quanto ao volume produzido Variáveis Fixos<br />

Fonte: Wernke, Gestão de Custos (2008, p.35)<br />

2.4.1 Custos Diretos<br />

Os custos diretos são aqueles que podem ser facilmente ligados ao produto ou serviço,<br />

de acordo com Wernke (2008, p.13):<br />

Custos diretos são os gastos facilmente apropriados às unidades produzidas, ou seja,<br />

são aqueles que podem ser identificados como pertencentes a este ou aquele<br />

produto. Por sua natureza, característica própria e objetividade de identificação no<br />

produto são imputados por medições objetivas ou por controles individuais como a<br />

ficha técnica do produto, sem a necessidade de rateios. Correspondem aos gastos<br />

específicos do produto ou serviço, ou seja, não sendo produzida a unidade ou<br />

executado o serviço, esses gastos não ocorrem. Tais custos podem ser fisicamente<br />

identificados para um segmento particular sob consideração. Assim, se o que esta<br />

sob consideração é uma linha de produtos, então os materiais e mão de obra<br />

envolvidas em sua manufatura seriam ambos custos diretos. Exemplo: as matérias<br />

primas componentes dos produtos.<br />

Ainda de acordo com Bruni e Famá (2011, p.29): “custos diretos são aqueles<br />

diretamente incluídos no cálculo dos produtos. Consistem nos materiais diretos usados na<br />

fabricação do produto e mão de obra direta. Apresentam a propriedade de serem<br />

perfeitamente mensuráveis de maneira objetiva”.<br />

2.4.2 Custos Indiretos<br />

De acordo com Leone (2011, p.59), “custos indiretos são todos os outros custos que<br />

dependam do emprego de recursos, de taxas de rateio, de parâmetros para o débito as obras”.<br />

Os custos indiretos são aqueles que dependem de taxas de rateio para sua mensuração<br />

ao produto, onde de acordo com Bruni e Famá (2011, p.29): “custos indiretos necessitam de<br />

aproximações, isto é, algum critério de rateio, para serem atribuídos aos produtos. Exemplo:<br />

seguro de aluguéis de fabrica, supervisão de linhas de produção”.<br />

24


Também de acordo com Wernke (2008, p.14):<br />

Custos indiretos são os gastos que não podem ser alocados de forma direta ou<br />

objetiva aos produtos ou a outro segmento ou atividade operacional, e caso sejam<br />

atribuídos aos produtos, serviços ou departamentos, serão mediante critérios de<br />

rateio. No caso industrial, são os custos que ocorrem dentro do processo de<br />

produção, mas para serem apropriados aos produtos requerem o uso de rateios (são<br />

artifícios usados para distribuir os custos que não se consegue determinar com<br />

objetividade e segurança a quais produtos se referem). São os gastos que a empresa<br />

tem para exercer suas atividades, mas que não tem relação direta com um produto ou<br />

serviço especifico, pois relacionam-se com vários produtos ao mesmo tempo.<br />

Exemplo: o aluguel da fabrica em que são produzidos diversos produtos em<br />

conjunto. Para atribuir uma parcela do custo com aluguel fabril aos produtos é<br />

necessário ratear por um critério especifico.<br />

Os custos indiretos dificilmente podem ser mensurados no produto, sendo necessário o<br />

uso de rateios para tal.<br />

2.4.3 Custos Fixos<br />

Custo fixo é um fator produção onde os custos independentes do nível de atividade da<br />

empresa. Qualquer que seja a quantidade produzida ou vendida, mesmo que sejam zero, os<br />

custos fixos se mantêm os mesmos. Difere do custo variável, que variam segundo o volume<br />

de vendas ou de produção industrial.<br />

Segundo Wernke (2008, p.14):<br />

Custos fixos são aqueles gastos que tendem a se manter constantes nas alterações de<br />

atividades operacionais, independentemente do volume de produção. São custos que<br />

tem seu montante fixado não em função de oscilações na atividade, ou seja, sem<br />

vinculo com o aumento ou diminuição da produção. Assim, esses custos<br />

permanecem no mesmo valor independentemente da quantidade produzida.<br />

Relacionam-se com a capacidade instalada que a empresa possui e seu valor<br />

independe do volume de produção, existindo independentemente de a empresa estar<br />

produzindo ou parada. Exemplo: se produzir uma unidade ou 200 unidades, o valor<br />

do aluguel do galpão industrial terá o mesmo valor.<br />

Custos fixos são aqueles que independem da produção, mas com critérios de rateio são<br />

alocados aos produtos, segundo Bruni e Famá (2011, p.30), “são custos que em determinado<br />

período de tempo e em certa capacidade instalada, não variam, qualquer que seja o volume de<br />

atividade da empresa”.<br />

25


2.4.4 Custos Variáveis<br />

Os custos variáveis são aqueles que variam de acordo com a produção do produto ou<br />

com a prestação de serviço, onde de acordo com Bruni e Famá (2011, p.30):<br />

Nos custos variáveis, seu valor altera-se diretamente em função das atividades da<br />

empresa. Quanto maior a produção, maiores serão os custos variáveis. Exemplos<br />

óbvios de custos variáveis podem ser expressos por meio dos gastos com matéria<br />

prima e embalagens. Quanto maior a produção, maior o consumo de ambos. Assim<br />

como os custos fixos, os custos variáveis possuem uma interessante característica:<br />

são genericamente tratados como fixos em sua forma unitária.<br />

Custo variável é a soma dos fatores variáveis de produção. Custos que mudam de<br />

acordo com a produção ou a quantidade de trabalho, exemplos incluem o custo de materiais,<br />

suprimentos e salários da equipe de trabalho.<br />

Ainda, Segundo Wernke (2008, p.14):<br />

Custos variáveis são os que estão diretamente relacionados com o volume de<br />

produção ou venda. Quanto maior o volume de produção, maiores serão os custos<br />

variáveis totais. São os valores consumidos ou aplicados que tem seu crescimento<br />

vinculado a quantidade produzida pela empresa. Tem seu valor determinado em<br />

função de oscilações na atividade da empresa, variando de valor na proporção direta<br />

do nível de atividades. O exemplo mais adequado para o custo variável é a matéria<br />

prima, pois se para produzir uma unidade de produto gastam-se R$ 10,00, ao<br />

produzir duas unidades, gastam-se R$ 20,00.<br />

É importante ressaltar a diferença entre custo variável e custo direto. Um custo é<br />

variável se ele realmente acompanha a proporção da atividade com que ele é relacionado. Um<br />

custo direto é aquele que se pode medir em relação a essa atividade, setor ou produto, Wernke<br />

(2008).<br />

2.4.5 Custos Relevantes e Não Relevantes<br />

De acordo com Wernke (2008, p.13), “custos relevantes são aqueles que se alteram<br />

dependendo da decisão tomada e custos não relevantes são os que independem da decisão<br />

tomada”. Assim, os custos realmente importantes como subsidio a tomada de decisão são os<br />

relevantes; os outros não necessitam ser considerados. Essa classificação é feita considerando-<br />

se uma única decisão a ser tomada, sendo valida apenas para aquela decisão.<br />

26


2.5 Métodos De Custeio<br />

Os métodos de custeio são utilizados para se chegar a um determinado resultado,<br />

sendo que custeio é o método usado para apropriação dos custos. Os métodos de custeio<br />

existentes são: Custeio por absorção, custeio variável ou direto, custeio padrão, ABC, RKW.<br />

2.5.1 Custeio por Absorção<br />

O custeio por absorção é o método mais utilizado atualmente quando se deseja atribuir<br />

um valor de custos ao produto atribuindo-lhe também uma parte dos custos indiretos, esse<br />

método consiste basicamente na apropriação de todos os custos de produção ao produto.<br />

O custeio por absorção designa o conjunto de procedimentos realizados para atribuir<br />

todos os custos fabris fixos ou variáveis, diretos ou indiretos, aos produtos<br />

fabricados em um período. Com isso, os produtos “absorvem” todos os gastos<br />

classificáveis como custo, ou seja, matérias primas, salários e encargos sociais,<br />

depreciação das máquinas, aluguel do prédio industrial etc., independentemente de<br />

sua natureza, se custos fixos ou não, se custos diretos ou não, conforme Wernke<br />

(2010, p.19).<br />

O custeio por absorção abrange todos os custos da empresa, além de respeitar os<br />

princípios fundamentais de contabilidade e ser aceito pela legislação brasileira.<br />

Segundo Leone (2011, p. 242):<br />

O custeio por absorção é aquele que faz debitar ao custo dos produtos todos os<br />

custos da área de fabricação, sejam esses custos definidos como custos diretos ou<br />

indiretos, fixos ou variáveis, de estrutura ou operacionais. O próprio nome do<br />

critério é revelador dessa particularidade, ou seja, o procedimento é fazer com que<br />

cada produto ou produção, ou serviço, absorva parcela dos custos diretos e indiretos,<br />

relacionados a fabricação.<br />

A figura 03 demonstra a estrutura básica do critério de custeio por absorção:<br />

27


Figura 3 - Estrutura Básica do Critério do Custeio por Absorção<br />

Fonte: Leone (2011, p.243)<br />

Algumas vantagens do custeio por absorção, conforme Wernke (2008, p. 21)<br />

Atende a legislação fiscal e deve ser usado quando a empresa busca o uso do<br />

sistema de custos integrado a Contabilidade;<br />

Permite a apuração do custo por centro de custos, visto que a aplicação exige a<br />

organização contábil nesse sentido; tal recurso, quando os custos forem alocados<br />

aos departamentos de forma adequada, possibilita o acompanhamento do<br />

desempenho de cada área;<br />

Ao absorver todos os custos de produção, permite a apuração do custo total de<br />

cada produto.<br />

A principal desvantagem do uso do custeio por absorção segundo Wernke (2008, p.<br />

21), “consiste na utilização dos rateios para distribuir os custos entre os departamentos e/ou<br />

produtos.” Como nem sempre tais critérios são objetivos, podem distorcer os resultados,<br />

penalizando alguns produtos e beneficiando outros.<br />

2.5.2 Custeio Variável<br />

O custeio direto, ou custeio variável, é um tipo de custeio que considera como custo de<br />

produção do período apenas os custos variáveis incorridos. Desse modo, o custo dos produtos<br />

vendidos e os estoques finais de produtos em elaboração e produtos acabados só conterão<br />

28


custos variáveis. Os métodos de Custeio atribuem para cada custo uma classificação<br />

específica, na forma de custos fixos ou custos variáveis.<br />

Este método considera apenas os custos variáveis prevê uma apropriação de caráter<br />

gerencial, considerando apenas os custos variáveis como matéria-prima, mão de<br />

obra direta, serviços de terceiros aplicados ao produto, tributos sobre vendas,<br />

comissões de vendas, etc. os demais gastos são transferidos para a apuração do<br />

resultado como despesas, sem serem apropriados aos produtos fabricados. Wernke<br />

(2008, p. 29)<br />

De acordo com Bruni e Famá (2011), embora questionável segundo o ponto de vista<br />

dos princípios e normas contábeis, o custeio variável assume grande importância na análise de<br />

decisões relativas a custos e preços. No método do custeio variável, apenas gastos variáveis<br />

são considerados no processo de formação dos custos dos produtos individuais. Custos ou<br />

despesas indiretas são lançados de forma global contra os resultados.<br />

Os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, não são<br />

consideradas como custo de produção e sim como despesas, sendo encerrados diretamente<br />

contra o resultado do período.<br />

De acordo com Wernke (2010), os defensores desta forma de custeamento entendem<br />

que os gastos variáveis devem ser priorizados em detrimento daqueles que tem<br />

comportamento fixo, especialmente pelos seguintes argumentos, de acordo com Wernke<br />

(2008, p.21):<br />

Os gastos fixos são utilizados basicamente para manter instalada a estrutura<br />

produtiva da empresa;<br />

Para que o montante dos gastos fixos seja alocado aos produtos há a necessidade<br />

de se recorrer a critérios de rateio, ocorrendo a possibilidade de se super custear<br />

alguns produtos;<br />

Pela característica de manter o mesmo valor independentemente do volume<br />

fabricado no período, caso seja rateado aos produtos, o valor do gasto fixo por<br />

unidade estará vinculado a menor ou a maior produção.<br />

Algumas das vantagens e desvantagens de acordo com Wernke (2010, p. 90), deste<br />

método de custeio serão:<br />

Não é aceito pela legislação tributaria para fins de avaliação de estoque; Não<br />

envolve rateios e critérios de distribuição de gastos, facilitando o calculo: por<br />

avaliar o produto ou serviço apenas pelos gastos que lhe são atribuíveis<br />

facilmente, não requer cálculos complexos.<br />

Exige uma estrutura de classificação rigorosa entre os gastos de natureza fixa e<br />

os de natureza variável: em alguns casos, tal divisão nem sempre é fácil de ser<br />

obtida, uma vez que alguns custos têm comportamento de custos semifixos ou de<br />

custos semi-variaveis;<br />

Com a crescente elevação do valor dos gastos verificada nos últimos anos não<br />

diretamente relacionados com a fabricação dos produtos individualmente, não<br />

considerados neste método, a analise de desempenho pode ser prejudicado e deve<br />

merecer considerações com maior rigor por parte dos gestores, Wernke (2010, p.<br />

90)<br />

29


Pelo fato do método de custeio variável não ser aceito pela legislação tributaria, o<br />

mesmo serve única e exclusivamente para fins gerenciais.<br />

Quadro 2 - Custeamento por Absorção e Custeamento Variável – Diferenças Fundamentais<br />

Custeamento por Absorção X Custeamento Variável – Diferenças Fundamentais<br />

Custeamento por Absorção Custeamento Variável<br />

Não há preocupação por essa classificação Classifica os custos em fixos e variáveis.<br />

Também classifica os custos em diretos e indiretos. Classifica os custos em diretos e indiretos.<br />

Debita o segmento, cujo custo está sendo apurado, os<br />

seus custos diretos e também os custos indiretos<br />

através de uma taxa de absorção.<br />

Os resultados apresentados sofrem influência direta do<br />

volume de produção.<br />

Debita o segmento, cujo custo está sendo apurado,<br />

apenas os custos que são diretos ao segmento e<br />

variáveis em relação ao parâmetro escolhido como<br />

base.<br />

Os resultados apresentados sofrem influência direta<br />

do volume de vendas.<br />

É um critério legal, fiscal, externo. É um critério administrativo, gerencial, interno.<br />

Aparentemente, sua filosofia básica alia-se aos<br />

preceitos contábeis geralmente aceitos, principalmente<br />

do “regime de competência”.<br />

Apresenta a Margem Operacional – diferença entre as<br />

receitas e os custos diretos e variáveis do segmento<br />

estudado.<br />

O custeamento por absorção destina-se a auxiliar a<br />

gerência no processo de determinação da rentabilidade<br />

e de avaliação patrimonial.<br />

Como o custeamento por absorção trata dos custos<br />

diretos e indiretos de determinado segmento, sem<br />

cogitar de perquirir se os custos são variáveis ou fixos,<br />

apresenta melhor visão para o controle da absorção<br />

dos custos da capacidade ociosa.<br />

Fonte: Leone (2011, p.406)<br />

Aparentemente sua filosofia básica contraria os<br />

preceitos geralmente aceitos na contabilidade,<br />

principalmente os fundamentos de “regime de<br />

competência”.<br />

Apresenta a Contribuição Marginal – diferença entre<br />

as receitas e os custos diretos e variáveis do segmento<br />

estudado.<br />

O custeamento variável destina-se a auxiliar<br />

sobretudo, a gerencia no processo de planejamento e<br />

tomada de decisões.<br />

Como o custeamento variável trata dos custos diretos<br />

e variáveis de determinado segmento, o controle da<br />

absorção dos custos da capacidade ociosa não é bem<br />

explorado<br />

2.5.3 Método de Custeio Baseado em Atividades (ABC)<br />

No método ABC as atividades são o foco do processo de custeio.<br />

O método de custeio ABC caracteriza-se pela tentativa de identificação dos gastos<br />

das diversas atividades desempenhadas por uma empresa, independentemente de que<br />

sejam executadas dentro ou fora dos limites físicos de um setor, departamento, ou<br />

30


até mesmo da própria organização. Após identificar essas atividades, busca-se<br />

conhecer o montante de recursos consumidos por estas no período (geralmente um<br />

mês), com relação aos salários, ao material de expediente, a energia elétrica, ao<br />

aluguel, a depreciação do equipamento fabril etc, conforme Wernke (2010, p.30)<br />

Os custos são investigados, relacionando-se as atividades aos produtos, com base na<br />

demanda por tais atividades ao processo de produção ou o serviço em questão.<br />

O custeio baseado em atividades ou, simplesmente, ABC, do inglês Activity Based<br />

Costing, difere do sistema de custeio tradicional em função de, no lugar das bases de<br />

rateio, empregar as atividades desenvolvidas dentro da organização para alocar os<br />

custos, contrariamente aos sistemas que se baseiam em volumes. Dessa forma,<br />

objetiva fornecer metodologia mais coerente de alocação de custos, Bruni e Famá<br />

(2011, p.142)<br />

Portanto, as bases de alocação usadas no custeio baseado na atividade são medições<br />

das atividades executadas, que podem incluir horas do tempo de ajuste de máquina ou número<br />

de vezes em que isso foi feito, ou demais maneira de distribuição em função da atividade que<br />

está sendo analisada, seja industrial, serviço ou overhead.<br />

ABC:<br />

Na figura a seguir é demonstrada de forma simples a lógica de funcionamento do<br />

Figura 4 - Lógica de Funcionamento do ABC<br />

Fonte: Wernke (2008, p.24)<br />

Como benefícios proporcionados pela utilização do método ABC, conforme Wernk<br />

(2008, p 23) pode ser citados:<br />

Exposição da informação ao usuário: tende a ser bem recebido pelos usuários por<br />

ser um método que se baseia nas atividades e exibe o vinculo destas com seus<br />

resultados;<br />

Utilização da relação de origem dos custos como ferramenta de gestão;<br />

Estimativa de cada atividade em termos de objetivos da organização;<br />

Inclusão da totalidade dos custos nos produtos, por meio das atividades.<br />

31


Porém Kingcott apud Wernke (2008, p23),<br />

Considera que o problema central do custeamento baseado em atividades é que este<br />

sistema foi desenvolvido para proporcionar nova sobrevida ao custeio por absorção,<br />

que também apresenta grandes limitações quanto a orientação dos processos<br />

decisórias, pois a atribuição dos custos indiretos é sempre arbitraria, consome<br />

tempo, e a informação de custos resultantes é inadequada para a utilização na<br />

tomada de decisão.<br />

Ainda de acordo com Catelli apud (Wernke, 2008, p23),<br />

Concorda que o problema deste custeio é considerar o rateio dos custos e<br />

despesas fixas. Argumento que o rateio desses elementos, não mais pelo custo de<br />

mão de obra direta, e sim mediante a utilização dos direcionadores de custo, não<br />

torna o custo do produto correto pelos seguintes aspectos:<br />

Grande parcela dos custos indiretos, qualquer que seja o tipo de atividade, é de<br />

natureza fixa;<br />

Tendo em vista que o emprego de tecnologias modernas de produção tem<br />

aumentado os custos fixos proporcionalmente aos custos variáveis, esse método<br />

de custeio conduzira a resultados proporcionalmente mais errados;<br />

Sempre que se apura o custo fixo unitário, é modificada a verdadeira natureza<br />

comportamental do elemento de custo, gerando informações distorcidas;<br />

Um sistema adequado deve levar em consideração o verdadeiro comportamento<br />

dos custos em relação às oscilações do volume de atividades, segregando o custo<br />

do produto e o custo da estrutura de responsabilidade, e não efetuando nenhum<br />

tipo de rateio de custos fixos aos produtos.<br />

De acordo com Wernke (2008, p. 23), “cabe salientar que as criticas de Catelli e<br />

Kingcott não dizem respeito apenas ao custeio baseado em atividades, mas para qualquer<br />

sistema que utilize como premissa o rateio dos custos fixos aos produtos”.<br />

2.6 Formação Do Preço De Venda<br />

Um dos grandes problemas que as micros e pequenas empresas enfrentam hoje é a<br />

correta determinação do preço das suas mercadorias. Atualmente, o mercado brasileiro é<br />

composto por empresas de grande, médio e pequenos portes, como também as microempresas<br />

e empresas informais. As estruturas operacionais destas empresas é que determinarão o real<br />

preço de venda de seus produtos, independentemente do mercado.<br />

A correta precificação dos produtos de uma empresa é premissa fundamental para a<br />

sua sobrevivência, independente de seu porte ou sua área de atuação, nesse sentido Wernke<br />

(2008, p.126) diz que “é comum observar companhias que não tem a menor noção da<br />

lucratividade proporcionada por seus produtos e serviços, bem como das suas necessidades<br />

para se atingir os respectivos equilíbrios operacionais”.<br />

32


Ainda, Buni e Famá (2011, p.265) dizem que “um dos mais importantes aspectos<br />

financeiros de qualquer entidade consiste na fixação dos preços dos produtos e serviços<br />

comercializados”.<br />

Em relação ao processo de formação de preços, de acordo com Buni e Famá (2011,<br />

p.265), alguns dos principais objetivos podem ser apresentados como:<br />

Proporcionar em longo prazo, o maior lucro possível;<br />

Permitir a maximização produtiva da participação de mercado;<br />

Maximizar a capacidade produtiva, evitando a ociosidade e desperdício<br />

operacional;<br />

Maximizar o capital empregado para perpetuar os negócios de modo<br />

autossustentado.<br />

A empresa que tem estrutura operacional mais enxuta, certamente conseguirá colocar<br />

uma mercadoria a um preço mais competitivo, talvez, bem abaixo do preço de mercado. Isso é<br />

semelhante à concorrência entre um ambulante e um magazine. Por que o ambulante<br />

consegue precificar abaixo do preço do magazine sendo a mesma mercadoria? Porque o<br />

ambulante não tem estrutura operacional e o magazine possui uma estrutura de gastos que tem<br />

custos tributários, financeiros, comissões, salários, telefone, aluguel, energia elétrica, dentre<br />

tantos outros. Este tipo de concorrência está presente entre as várias empresas que compõem<br />

um mesmo segmento de mercado. Este conjunto de gastos pesa na hora da precificação e<br />

certamente deverá ser cuidadosamente inserido no preço de venda.<br />

2.6.1 Formação do Mark-up<br />

O Mark-Up ou taxa de marcação como é também conhecido, é um multiplicador<br />

aplicado sobre o custo de um bem ou serviço para a formação do preço de venda. Esse<br />

multiplicador é obtido através de uma fórmula que insere os impostos sobre venda, despesas<br />

financeiras, comissões sobre as vendas, despesas administrativas, despesas de vendas, outras<br />

despesas e a margem de lucro desejada.<br />

Wernke (2008, p.130) diz:<br />

A taxa de marcação ou mark-up é o índice aplicado sobre o custo de um bem ou<br />

serviço para a formação do preço de venda. Têm por finalidade cobrir os fatores,<br />

como tributação sobre vendas, percentuais incidentes sobre o preço de venda,<br />

despesas administrativas fixas, despesas de vendas fixas, custos indiretos de<br />

produção fixos e margem de lucro.<br />

33


O Mark-up é um índice muito utilizado para precificação, mas requer um<br />

conhecimento, por parte do micro e pequeno empresário, da estrutura operacional do<br />

empreendimento.<br />

Quanto a elaboração, existem duas formas de utilização do mark-up: divisor ou<br />

multiplicador. Independentemente de qual método é utilizado, o valor de preço de venda será<br />

igual.<br />

2.6.1.1 Obtenção do Mark-up Divisor<br />

imaginaria:<br />

Para se obter o mark-up divisor é necessário que seja observado as seguintes fases:<br />

Listar todas as despesas variáveis de vendas (DVVs) (ICMS sob venda,<br />

comissões, lucro desejado);<br />

Somar as DVVs;<br />

Dividir a soma das DVVs por 100 (para achar a forma unitária)<br />

O cociente da divisão deve ser subtraído de “1”;<br />

Dividir o custo de compra pelo mark-up divisor.<br />

Exemplo de aplicação de mark-up divisor (WERNKE, 2008, p.130) na empresa<br />

ICMS sobre vendas = 17%<br />

Comissões sobre vendas = 3%<br />

Lucro desejado = 5%<br />

Custo unitário da mercadoria = R$ 500,00<br />

Soma DVVs = (17%+3%+5%)<br />

Soma DVVs = 25%<br />

Divisão da soma = 25% : 100 = 0,25<br />

Subtraindo-se 1 = 1 – 0,25 = 0,75<br />

Mark-up divisor = 0,75<br />

Então se o custo de compra da mercadoria é R$ 500,00 seu preço de venda a vista<br />

seria de R$ 666,67 (pois R$ 500,00/0,75 = R$ 666,67).<br />

Tomando-se o Custo de Produção e dividindo pelo percentual do Mark-up Divisor se<br />

obtém o Preço de Venda.<br />

34


2.6.1.2 Obtenção do Mark-up Multiplicador<br />

imaginaria:<br />

Para se calcular o mark-up multiplicador deve-se adotar os seguintes passos:<br />

Listar todas as despesas variáveis de vendas (DVVs) (Icms sob venda,<br />

comissões, lucro desejado);<br />

Somar as DVVs;<br />

Partindo de 100% e subtrair a soma das DVVs;<br />

O mark-up multiplicador é obtido dividindo 100 pelo resultado da fase anterior;<br />

O preço de venda a vista é obtido multiplicando o custo unitário da mercadoria<br />

pelo mark-up multiplicador.<br />

Exemplo de aplicação de mark-up multiplicador (WERNKE, 2008, p.131) na empresa<br />

ICMS sobre vendas = 17%<br />

Comissões sobre vendas = 3%<br />

Lucro desejado = 5%<br />

Custo unitário da mercadoria = R$ 500,00<br />

Soma DVVs = (17%+3%+5%) = 25%<br />

Subtraindo-se 100% da soma = (100%-25%) = 75%<br />

Efetuando a divisão = (100/75) = 1,333<br />

Então se o custo unitário é de R$500,00 seu preço de venda de acordo com o mark-up<br />

multiplicador será de (R$ 500,00x1,333 = R$ 666,67) R$ 666,67.<br />

O Mark-up multiplicador é uma ferramenta para se calcular preços de venda de forma<br />

rápida, a partir do custo por absorção de cada produto.<br />

2.6.2 Estratégias de precificação<br />

A estratégia de precificação é uma das tarefas mais complexas e sensíveis relacionadas<br />

ao planejamento.<br />

Falta de coerência na estratégia de preço promove a guerra de preços que destrói a<br />

rentabilidade do canal de vendas.<br />

Teoricamente, qualquer produto ou serviço deveria ter margem de contribuição<br />

positiva. Mais que positiva, o conjunto de produtos e serviços somados deve ter margem de<br />

contribuição suficientemente positiva para no mínimo pagar os custos e despesas da empresa<br />

conforme seu ponto de equilíbrio.<br />

35


De acordo com Lucio Jr. (2011, p.168) na prática, “a estratégia de precificação se dá<br />

por uma combinação entre as variáveis internas da empresa relacionadas à rentabilidade e<br />

desejo de lucro versus as condições que o produto ou serviço encontrará no mercado”.<br />

Alguns exemplos citados por Lucio Jr.:<br />

Prazo de Pagamento - Impacta diretamente o capital de giro. Em muitas<br />

situações, o prazo de financiamento da venda é maior que o prazo de pagamento<br />

de fornecedores gerando déficit de capital de giro.<br />

Lançamento de Novos Produtos - O nível de descontos exigidos por clientes é<br />

incompatível com a margem mínima necessária para que o produto seja rentável.<br />

No entanto, para um produto entrante, o desconto pode ser a única forma de<br />

ganhar participação de mercado.<br />

Descontos Sobre Volume - Descontos devem ser atrelados a volume incremental<br />

de vendas para compensar a perda de margem. Normalmente, este tipo de<br />

descontos é dado posteriormente ao cumprimento de determinada meta de<br />

volume de vendas.<br />

Figura 5 - Simulação de Formação de Preço de Venda<br />

Fonte: Lucio Jr. (2011, p.170)<br />

36


Em uma simulação de formação de preços, não existe mágica, nem engenharia<br />

financeira. A variável que pode ser manipulada é relativa à margem. A elasticidade da<br />

margem estará diretamente relacionada aos custos e despesas da empresa e estará submetida<br />

ao valor do produto aceito pelo mercado.<br />

2.7 Apuração Margem De Contribuição<br />

Margem de Contribuição é quantia em dinheiro que sobra do preço de venda de um<br />

produto, serviço ou mercadoria após retirar o valor do custo variável unitário e as despesas<br />

variáveis. Esta quantia é que irá garantir a cobertura do custo fixo e do lucro, após a empresa<br />

ter atingido o Ponto de equilíbrio, ou ponto crítico de vendas.<br />

De acordo com Wernke (2010, p. 99):<br />

A expressão “margem de contribuição” designa o valor resultante da venda de uma<br />

unidade após serem deduzidos, do preço de venda respectivo, os custos e despesas<br />

variáveis (como matérias primas, tributos incidentes sobre a venda e comissão dos<br />

vendedores) associados ao produto comercializado. A Margem de Contribuição<br />

pode ser conceituada como o valor (em R$) que cada unidade comercializada<br />

contribui para, inicialmente, pagar os gastos fixos mensais da empresa e,<br />

posteriormente, gerar o lucro do período.<br />

A margem de contribuição representa o quanto cada produto vendido contribuirá para<br />

a empresa cobrir todos seus custos e despesas fixas, chamados de custo de estrutura/suporte.<br />

2.8 Ponto De Equilíbrio<br />

Ponto de equilíbrio é a denominação dada ao estudo, nas empresas, onde o total das<br />

receitas é igual ao total das despesas. Neste ponto o resultado, ou lucro final, é igual a zero.<br />

De acordo com Wernke (2010, p.119), “o ponto de equilíbrio pode ser conceituado<br />

como o nível de vendas, em unidades físicas ou em valor, no qual a empresa opera sem lucro<br />

ou prejuízo”.<br />

O ponto de equilíbrio se configura como uma informação básica para o crescimento da<br />

empresa, pois é onde se identifica o quanto a empresa tem que vender para cobrir seus custos<br />

e despesas.<br />

37


seguir:<br />

O ponto de equilíbrio pode ser estudado das seguintes formas conforme a figura a<br />

Figura 6 - Tipos de Ponto de Equilíbrio<br />

Fonte: Wernke (2010, p.120)<br />

2.8.1 Ponto de Equilíbrio Contábil<br />

De acordo com Bruni e Famá (2011, p.200) “a analise dos gastos variáveis e fixos<br />

torna possível obter o ponto de equilíbrio contábil da empresa: representação do volume (em<br />

unidades ou moeda corrente) de vendas necessário para cobrir todos os custos e no qual o<br />

lucro é nulo”.<br />

Para Wernke (2010, p.120) “o ponto de equilíbrio contábil em unidades informa a<br />

quantidade de produtos que deve ser vendida para que o resultado do período seja nulo” ainda<br />

seguindo essa mesma lógica acrescenta que “o ponto de equilíbrio contábil em valor permite<br />

calcular o valor mínimo de vendas que a empresa deve conseguir para que a empresa não<br />

tenha lucro nem prejuízo”.<br />

A figura seguinte representa as formulas do PEC em unidades e em valores:<br />

38


Figura 7 - Fórmulas do Ponto de Equilíbrio Contábil<br />

Fonte: Wernke (2010, p.121)<br />

Como exemplo, citado por Wernke (2010, p.121), podemos supor que o total de custos<br />

fixos de uma empresa seja R$ 8.000,00, que o preço de venda do produto seja de R$ 200,00<br />

por unidade e que os custos variáveis unitários sejam de R$ 120,00. Neste caso o ponto de<br />

equilíbrio em unidades é de 100 peças, sendo calculado por:<br />

[R$ 8.000,00/( R$ 200,00 - R$ 120,00)] = [R$ 8.000/ R$ 80,00] = 100 unidades<br />

Seguindo essa mesma logica, tem-se que a margem de contribuição percentual é de<br />

40% [(R$ 80,00/ R$ 120,00)x100]. Assim, o ponto de equilíbrio contábil em valor será de R$<br />

20.000,00 pois [R$ 8.000/0,40].<br />

Sendo assim, o ponto de equilíbrio contábil tanto em valor quanto em unidades tem<br />

por objetivo nos mostrar o quanto a empresa deve vender para cobrir seus custos, esse é o<br />

limite da empresa, se vender abaixo tem-se prejuízo e se vender acima tem-se lucro.<br />

2.8.2 Ponto de Equilíbrio Financeiro<br />

O ponto de equilíbrio financeiro é o momento quando despesas e lucros se igualam.<br />

Verifica-se o equilíbrio financeiro de uma organização, quando seus custos e despesas<br />

comparam-se com sua receita.<br />

Segundo Bruni e Famá (2010, p. 205):<br />

O ponto de equilíbrio financeiro corresponde a quantidade que se iguala a receita<br />

total com a soma dos gastos que representam desembolso financeiro para a empresa.<br />

Assim, no cálculo do ponto de equilíbrio financeiro não devem ser considerados<br />

gastos relativos a depreciações, amortizações ou exaustões, pois estas não<br />

representam desembolso para a empresa.<br />

39


No ponto de equilíbrio financeiro, não se consideram despesas não desembolsáveis,<br />

onde de acordo com Wernke (2010, p.122), temos que:<br />

Quando uma empresa deseja saber o volume de vendas (em unidades ou em moeda<br />

corrente) que é suficiente para pagar os custos e despesas variáveis, os custos fixos<br />

(exceto depreciação) e outras dívidas que a empresa tenha que saldar no período,<br />

como empréstimos e financiamentos bancários, aquisições de bens, etc, pode-se<br />

recorrer ao calculo do ponto de equilíbrio financeiro.<br />

A principal diferença do cálculo do PEC para o PEF é que neste não são consideradas<br />

as depreciações, na figura abaixo é demonstrada a fórmula de calculo do PEF:<br />

Figura 8 - Formula de Calculo do PEF<br />

Fonte: Wernke (2010, p.122)<br />

Como exemplo, citado por Wernke (2010, p.122), podemos supor que o total de custos<br />

fixos de uma empresa seja R$ 8.000,00, que o preço de venda do produto seja de R$ 200,00<br />

por unidade e que os custos variáveis unitários sejam de R$ 120,00 e suas depreciações<br />

correspondem a R$ 2.000,00 e ainda que a empresa neste mês pretende quitar a parcela de um<br />

financiamento no valor de R$ 1.200. Nessa situação o PEF é calculado conforme:<br />

PEF = [R$ 8.000,00 – R$ 2.000,00 + R$ 1.200,00/( R$ 200,00 - R$ 120,00)]<br />

PEF = [R$ 7.200,00/R$ 80,00]<br />

PEF = 90 unidades<br />

Portanto no ponto de equilíbrio financeiro o valor das depreciações, por não<br />

representarem desembolso para a empresa, são excluídos do cálculo, neste caso, só é<br />

consideradas os custos e as despesas desembolsáveis, em confrontação com a receita total.<br />

40


2.8.3 Ponto de Equilíbrio Econômico<br />

O ponto de equilíbrio Econômico é a quantidade que iguala a receita total com a soma<br />

dos custos e despesas acrescidas de uma remuneração mínima sobre o capital investido pela<br />

empresa.<br />

De acordo Wernke (2008, p.53):<br />

A cobrança para o atingimento de metas de lucros obriga o gestor a buscar a<br />

informação de qual número de unidades é necessário vender para alcançar o objetivo<br />

fixado pela diretoria da empresa. A quantidade necessária para atingir o lucro<br />

desejado é calculada pelo ponto de equilíbrio econômico.<br />

O ponto de equilíbrio econômico distingue-se dos demais por incluir em sua fórmula a<br />

variável Lucro Desejado, conforme é demonstrado na formula a seguir:<br />

Figura 9 - Formula de Calculo do Ponto de Equilíbrio Econômico<br />

Fonte: Wernke (2008, p.53)<br />

Segundo Bruni e Famá (2010, p.202):<br />

O conceito de ponto de equilíbrio econômico apresenta a quantidade de vendas (ou<br />

do faturamento) que a empresa deveria obter para poder cobrir a remuneração<br />

mínima do capital próprio nela investido, considerando valores de mercado. Nesse<br />

caso, o lucro obtido deveria ser igual a remuneração do capital próprio (RCP),<br />

também denominada custo de oportunidade do capital próprio.<br />

Como exemplo, citado por Wernke (2010, p.123), podemos supor que o total de custos<br />

fixos de uma empresa seja R$ 8.000,00, que o preço de venda do produto seja de R$ 200,00<br />

por unidade e que os custos variáveis unitários sejam de R$ 120,00. Esta empresa pretende<br />

uma remuneração de 20% de seu capital investido no negocio (R$ 200.000,00), quantas<br />

unidades devem ser vendidas para atingir o lucro desejado de R$ 40.000,00. Nessa situação o<br />

PEE é calculado conforme:<br />

PEE = [(R$ 8.000,00+R$ 40.000,00)/( R$ 200,00 - R$ 120,00)]<br />

PEE = [R$ 48.000,00/R$ 80,00]<br />

41


PEE = 600 unidades<br />

Sendo assim o ponto de equilíbrio econômico tende a ser calculado de maneira que se<br />

levam em consideração todos os custos e despesas acrescidos de uma remuneração do capital<br />

investido.<br />

2.8.4 Ponto de Equilíbrio Mix<br />

Quando uma empresa trabalha somente com um produto, o cálculo do ponto de<br />

equilíbrio se torna relativamente simples, porém quando a empresa trabalha com vários<br />

produtos de diferentes categorias o cálculo do ponto de equilíbrio se torna um pouco mais<br />

trabalhoso, nesse caso é usado o ponto de equilíbrio com múltiplos produtos, ou simplesmente<br />

o ponto de equilíbrio mix.<br />

De acordo com Bruni e Famá (2010, p. 202) “nas situações em que se elaboram mais<br />

de um produto ou serviço, a expressão do ponto de equilíbrio em quantidades diferentes de<br />

produtos diferentes perde em boa parte, seu sentido” continuando nesse mesmo raciocínio<br />

concluem:<br />

Se uma empresa opera com diferentes produtos, a melhor forma de expressar o<br />

ponto de equilíbrio seria pela divisão dos gastos fixos por uma margem de<br />

contribuição média. Para obter a margem de contribuição média, basta multiplicar as<br />

margens individuais pela participação percentual nas vendas e depois somar os<br />

resultados.<br />

Uma grande dificuldade nas empresas comerciais que trabalham com vários produtos<br />

é a obtenção do ponto de equilíbrio, de acordo com Wernke (2010, p.124):<br />

As fórmulas apresentadas de ponto de equilíbrio em unidades (quer contábil,<br />

financeiro ou econômico) são aplicáveis a apenas um produto. Como a maioria das<br />

empresas comercializa diversos produtos, o uso dessas formulas é restrito a poucas<br />

situações. Para essas empresas a principal dificuldade encontrada no cálculo do<br />

ponto de equilíbrio é a diversidade de produtos comercializados e as diferentes<br />

margens de contribuição destes.<br />

A figura a seguir ilustra a fórmula de cálculo do ponto de equilíbrio mix:<br />

Figura 10 - Fórmula de Calculo do Ponto de Equilíbrio Mix<br />

Fonte: Wernke (2010, p.125)<br />

42


A seguir é demonstrado um exemplo de uso do ponto de equilíbrio mix.<br />

Exemplo: Wernke (2010, p.125): o administrador do posto de combustíveis<br />

Orleanense coletou os seguintes dados relativos aos produtos vendidos no mês de julho<br />

conforme quadro a seguir:<br />

Quadro 3 - Informações de Exemplo<br />

Produtos Gasolina Diesel Álcool Totais<br />

a) Preço de venda unitário R$ 2,50 1,50 2,00 -<br />

b) Custo variável unitário R$ 1,50 1,00 1,20 -<br />

c) (a - b) Margem de contribuição unitária R$ 1,00 0,50 0,80 -<br />

d) Quantidade vendida no período (litros) 1.500 3.000 500 5.000<br />

e) Percentual do total vendido no mês (%) 30 60 10 100<br />

f) (c x d) margem de contribuição total (R$) 1.500 1.500 400 3.400<br />

g) Custos fixos do período R$ - - - 4000<br />

Fonte: Wernke (2010, p.125)<br />

Para encontrar o ponto de equilíbrio em unidades (mix) são necessárias duas etapas:<br />

Primeiro é necessário determinar o ponto de equilíbrio total utilizando a fórmula do<br />

PE Mix, conforme o cálculo a seguir:<br />

PE unid. (mix) = [custos fixos/(MC total/Quant. total)]<br />

PE unid. (mix) = [R$ 4.000,00/(R$ 3.400/5.000)]<br />

PE unid. (mix) = [R$ 4.000,00/(0,68000)]<br />

PE unid. (mix) = 5.882,35<br />

Após encontrar o número total de unidades calcula-se quanto desse total refere-se aos<br />

produtos individualmente, considerando os percentuais do volume total vendido. Conforme<br />

expresso na base de dados, do total de litros vendidos no mês a gasolina representou 30%, o<br />

diesel 60% e o álcool apenas 10%. Então o ponto de equilíbrio em unidades (mix) calculado é<br />

composto de acordo com a figura 11:<br />

43


Figura 11 - Resultado Exemplo de Ponto de Equilíbrio Mix<br />

Fonte: Wernke (2010, p.125)<br />

Para ser calculado em valores, basta multiplicar o ponto de equilíbrio mix em unidades<br />

de cada produto pelo seu respectivo preço de venda, conforme é apresentado no quadro a<br />

seguir:<br />

Quadro 4 - Ponto de Equilíbrio Mix em Valores<br />

Produtos Gasolina Diesel Álcool Totais<br />

a) Preço de venda unitário R$ 2,50 1,50 2,00<br />

b) PE Mix em unidades 1.764,71 3.529,41 588,23 5.882,35<br />

c) (axb) PE Mix em valores R$ 4.411,78 5.294,12 1.176,46 10.882,36<br />

Fonte: Wernke (2010, p.126)<br />

O Ponto de Equilíbrio Mix é de suma importância para empresas que comercializam<br />

vários produtos, pois é através dele que se tem ideia de quanto se deve vender para não ficar<br />

no prejuízo.<br />

2.8.5 Benefícios e Limitações do Ponto de Equilíbrio<br />

Alguns dos benefícios constantes do cálculo do Ponto de Equilíbrio, segundo Wernke<br />

(2010, p.126) serão demonstrados a seguir:<br />

Alteração do mix de vendas tendo em vista o comportamento do mercado;<br />

Definição do mix de produtos, do nível de produção e preço do produto;<br />

Simulação de cenários, pois responde a perguntas como:<br />

• quantas unidades de produto devem ser vendidas para se obter determinado<br />

montante de lucro, que atenda às exigências dos investidores quanto a<br />

remuneração do capital integrado?<br />

44


• qual a influencia de um desconto promocional nos preços de venda?<br />

• o que acontecerá com o lucro se o preço de venda aumentar em 10%, mesmo<br />

com uma queda estimada na demanda de 15%?<br />

• o que ocorrerá com o ponto de equilíbrio se o custo de compra de determinada<br />

mercadoria aumentar 25% e o mercado consumidor não aceitar o repasse ao preço<br />

de venda?<br />

• um aumento ou redução nos custos fixos terá qual a influência no resultado final<br />

da empresa?<br />

• uma modificação na legislação dos tributos que incidem sobre as vendas da<br />

empresa, refletirá de que maneira no resultado final da empresa?<br />

Por outro lado o ponto de equilíbrio possui algumas limitações que devem ser levadas<br />

em conta, limitações essas que serão listadas a seguir:<br />

Para que se possam utilizar as fórmulas matemáticas mencionadas, assume-se que os<br />

fatores considerados no cálculo da margem de contribuição e do ponto de equilíbrio<br />

tenham valores e volumes estáveis. Porém isso na pratica não ocorre, por que no<br />

próprio mês enfocado podem ocorrer (i) variações nos preços de venda, (ii)<br />

alterações nos valores dos custos e despesas variáveis dos produtos, (iii)<br />

modificações nas despesas e custos fixos e (iv) oscilações de quantidades vendidas.<br />

Qualquer alteração ocorrida nos fatores computados no cálculo impacta diretamente<br />

no resultado final do ponto de equilíbrio;<br />

O comportamento dos custos podem apresentar alterações quando considerados os<br />

diversos níveis de ocupação da capacidade instalada. Neste sentido, o gestor deve<br />

procurar conhecer, de forma mais atenta, as possíveis modificações nos custos com a<br />

formulação de hipóteses sobre o mix de produção e vendas previsto para<br />

determinado período;<br />

Na mesma direção, alterações nos componentes envolvidos podem ter implicação,<br />

mediatas ou imediatas, em outros fatores. Por exemplo: (i) o repasse aos preços de<br />

venda do aumento no custo de compra de um produto poderá alterar a sua demanda<br />

e consequentemente interferir no resultado final ou (ii) a redução de custos fixos<br />

com salários (pela diminuição do quadro de funcionários) pode acarretar menor<br />

qualidade no atendimento, originando uma possível queda no faturamento mensal<br />

futuro, entre outras situações. Wernke (2010, p.127)<br />

Sendo assim, o ponto de equilíbrio possui limitações que devem ser consideradas<br />

pelos gestores, em face do tipo de atividade e do horizonte de tempo da tomada de decisão na<br />

qual será empregado.<br />

45


2.9 Margem de Segurança Operacional<br />

A margem de segurança operacional é a quantia de produtos ou valor de receitas em<br />

que se opera acima do ponto de equilíbrio.<br />

De acordo com Bruni e Famá (2010, p.208), “a margem de segurança consiste na<br />

quantia ou índice das vendas que excedem o ponto de equilíbrio da empresa. Representa o<br />

quanto as vendas podem cair sem que a empresa incorra em prejuízo, podendo ser expressa eu<br />

quantidade, valor ou percentual”.<br />

Quanto maior for a margem de segurança operacional, maior a capacidade de geração<br />

de lucro e também maior a segurança de que a empresa não incorrerá em prejuízo.<br />

operacional:<br />

A figura a seguir representa a fórmula de cálculo da margem de segurança<br />

Figura 12 - Formula de Cálculo da Margem de Segurança Operacional<br />

Fonte: Bruni e Famá (2010, p. 209)<br />

Com base na fórmula, é possível por meio de exemplo uma melhor compreensão da<br />

margem de segurança operacional, para tanto vamos considerar os seguintes dados,<br />

Quantidade Vendida de 10 unidades por mês; Custos e despesas variáveis de $ 2.000,00 por<br />

unidade; Custos e despesas fixas de R$ 12.000,00 por mês; Preço de Venda de R$ 4.000,00<br />

por unidade. Primeiramente vamos calcular o ponto de equilíbrio em quantidades:<br />

PE(q) = (R$ 12.000,00/(R$ 4.000,00 - R$ 2.000,00) = 6 unidades<br />

Em seguida vamos efetuar o calculo da margem de segurança operacional:<br />

MSO = 10u - 6u MSO = 4 unidades<br />

Nesse caso as vendas poderão ser reduzidas em até 4 unidades ou 40%, que a empresa<br />

não entrará na área de prejuízo.<br />

46


Em uma situação em que o Ponto de Equilíbrio fique muito próximo das vendas totais,<br />

teremos uma Margem de Segurança muito frágil, pois qualquer redução de atividades coloca a<br />

empresa em situação de lucro nulo ou em área de prejuízo.<br />

2.10 Depreciação<br />

A depreciação significa a diminuição do valor de bens do ativo resultante de seu<br />

desgaste pelo seu uso podendo ser considera como custo ou despesas não desembolsáveis.<br />

De acordo com Basso (2005, p.226) a depreciação ocorre “quando corresponder a<br />

perda de valor dos direitos que tem por objetivo, bens físicos, sujeitos a desgaste ou perda de<br />

utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência”.<br />

De acordo com o regulamento do imposto de renda, é possível computar a<br />

depreciação como sendo custo ou encargos, onde no artigo 305 do referido regulamento lê-se:<br />

“Poderá ser computada, como custo ou encargo, em cada período de apuração, a importância<br />

correspondente à diminuição do valor dos bens do ativo resultante do desgaste pelo uso, ação<br />

da natureza e obsolescência normal”.<br />

“A entidade deve alocar o valor depreciável de ativo em base sistemática ao longo de<br />

sua vida útil”, (CRC RS, 2011, p.121).<br />

De acordo com o Conselho Regional de Contabilidade RS (2011, p.121 e p.122), a<br />

determinação de vida útil de ativo deve considerar todos os seguintes fatores:<br />

Uso esperado do ativo. O uso é avaliado com base na capacidade esperada do ativo<br />

ou na produção física;<br />

Desgaste e quebra física esperada, que depende de fatores operacionais, como, por<br />

exemplo, o numero de turnos para os quais o ativo é utilizado, programas de reparo<br />

e manutenção e o cuidado e a manutenção do ativo enquanto estiver ocioso;<br />

Obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou melhorias na<br />

produção, ou de mudança na demanda do mercado para o produto ou serviço<br />

resultante do ativo;<br />

Há limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de termino dos<br />

arrendamentos mercantis relacionados.<br />

De acordo com Basso (2005, p.227):<br />

Estudos mostram que é possível agrupar os elementos do imobilizado ou ativo não<br />

circulante, de acordo com a vida útil estimada média, e estender a todos os<br />

elementos do grupo a mesma taxa de depreciação, o que tem sido pratica constante<br />

entre os profissionais da contabilidade. Ao longo do tempo, tais praticas foram<br />

sendo aperfeiçoadas, de modo que hoje é de praxe a autoridade fiscal do imposto de<br />

renda aceitar certas taxas de depreciações como indicadores de despesas dedutíveis<br />

no calculo do referido tributo, ajustáveis as mudanças legais decorrentes da politica<br />

fiscal em vigor.<br />

47


As taxas anuais de depreciação mais comumente usadas são:<br />

Máquinas, equipamentos, móveis e utensílios – 10% ao ano;<br />

Veículos de carga e transporte – 20% ao ano;<br />

Veículos de uso administrativos – 10% ao ano;<br />

Construções – 4% ao ano.<br />

Sendo assim, podemos entender a depreciação como sendo o custo ou a despesa<br />

decorrente do desgaste ou da obsolescência dos ativos imobilizados (máquinas, veículos,<br />

móveis, imóveis e instalações) da empresa.<br />

2.10.1 Conceitos Utilizados em Depreciação<br />

Alguns termos são de suma importância para se entender a depreciação como um todo,<br />

é nesse sentido que foi apresentado aqui uma série de termos utilizados em depreciações,<br />

conforme a Cartilha de Depreciação (2010, p.4-5):<br />

Avaliação - é a atribuição de um valor monetário a itens do ativo ou passivo cuja<br />

obtenção decorreu de julgamento fundado em consenso entre as partes e que traduza,<br />

com razoabilidade, o processo de evidenciação dos atos e fatos da administração.<br />

Mensuração - é o ato de constatação de valor monetário para itens do ativo ou<br />

passivo, expresso no processo de evidenciação dos atos e fatos da administração,<br />

revelado mediante a aplicação de procedimentos técnicos suportados em análises<br />

tanto qualitativas quanto quantitativas.<br />

Valor de reavaliação ou da redução do ativo a valor recuperável - é a diferença<br />

entre o valor líquido contábil do bem e o valor de mercado ou de consenso, com<br />

base em laudo técnico.<br />

Valor recuperável - é o valor de venda de um ativo menos o custo para a sua<br />

alienação (preço liquido de venda), ou o valor que a entidade do setor público espera<br />

recuperar pelo uso futuro desse ativo nas suas operações, estimado com base nos<br />

fluxos de caixa futuros trazidos a valor presente por meio de taxa de desconto (valor<br />

em uso), o que for maior.<br />

Reavaliação - é a adoção do valor de mercado ou do valor de consenso entre as<br />

partes para os bens do ativo, quando estes forem superiores ao valor líquido<br />

contábil. Na impossibilidade de se estabelecer o valor de mercado, o valor do ativo<br />

permanente pode ser definido com base em parâmetros de referência, que<br />

considerem características, circunstâncias e localizações assemelhadas.<br />

Redução a valor recuperável (impairment) - é o ajuste ao valor de mercado ou de<br />

consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for inferior ao valor líquido<br />

contábil. É o reconhecimento de uma perda dos benefícios econômicos futuros ou<br />

potenciais de serviço de um ativo, adicional e acima do reconhecimento sistemático<br />

das perdas de benefícios econômicos futuros ou potenciais de serviços que se efetua<br />

normalmente.<br />

Valor depreciável, amortizável e exaurível - é o valor original de um ativo<br />

deduzido do seu valor residual, quando possível ou necessária a sua determinação.<br />

Valor residual - é o montante líquido que a entidade espera, com razoável<br />

segurança, obter por um ativo no fim de sua vida útil econômica deduzida os gastos<br />

esperados para sua alienação.<br />

Valor líquido contábil - é o valor do bem registrado na contabilidade, em uma<br />

determinada data, deduzido da correspondente depreciação, amortização ou exaustão<br />

acumulada.<br />

Depreciação - é a redução do valor dos bens pelo desgaste ou perda de utilidade<br />

por uso, ação da natureza ou obsolescência.<br />

48


Amortização - é a redução do valor aplicado na aquisição de direitos de<br />

propriedade e quaisquer outros, inclusive ativos intangíveis, com existência ou<br />

exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo<br />

legal ou contratualmente limitado.<br />

Exaustão - é a redução do valor, decorrente da exploração, dos recursos minerais,<br />

florestais e outros recursos naturais esgotáveis.<br />

Vida útil econômica - é o período de tempo definido ou estimado tecnicamente,<br />

durante o qual se espera obter fluxos de benefícios futuros de um ativo.<br />

Vida útil - é o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo<br />

ou o número de unidade de produção ou de unidades semelhantes que a entidade<br />

espera obter pela utilização do ativo.<br />

Com esta série de conceitos apresentados para o melhor entendimento do assunto de<br />

depreciações é chegada a hora de ir adiante sobre o estudo de depreciações.<br />

2.10.2 Métodos de Depreciação<br />

Na literatura pertinente a contabilidade, é verificada a existência de vários métodos de<br />

depreciação, Basso (2005) ressalta que o uso dos cálculos depende de sua finalidade, se são<br />

para fins contábeis ou para fins gerenciais. De acordo com o CRC RS (2011, p.122):<br />

2.10.2.1 Método das Quotas Constantes<br />

parte do fisco.<br />

A entidade deve escolher o método de depreciação que reflita o padrão pelo qual se<br />

espera consumir os benefícios econômicos futuros do ativo. Os possíveis métodos de<br />

depreciação incluem o método em linha reta, o método dos saldos decrescentes e<br />

método baseado no uso, tal como o método das unidades produzidas.<br />

Este método de depreciação é o mais utilizado, por sua simplicidade e aceitação por<br />

O método das quotas constantes (ou linha reta) considera, segundo Basso (2005,<br />

p.229), “que o bem tem um desgaste constante – mês a mês, ano a ano – dentro da vida útil<br />

estimada, o que pode ser representado pela fórmula a seguir”:<br />

Figura 13 - Método das Quotas Constantes<br />

Fonte: Basso (2005, p. 229)<br />

49


Como exemplo pode-se citar o seguinte: Aquisição de um Veículo no valor de R$<br />

10.000,00 com vida útil de 05 anos, e valor residual de R$ 5.000,00.<br />

Depreciação anual = R$ 10.000,00-R$ 5.000,00/5 anos<br />

Depreciação anual = R$ 1.000,00 por ano<br />

As quotas de depreciação devem ser reconhecidas mensalmente, em regime de<br />

competência, ou seja, lançadas mês a mês, sendo assim basta dividir o resultado por 12.<br />

2.10.2.2 Método das Unidades produzidas<br />

A depreciação pelo método de unidades produzidas é utilizada por determinados tipos<br />

de imobilizados. Este método de depreciação permite considerar as flutuações de atividade<br />

para o cálculo da depreciação, através da ligação do montante do período de depreciação<br />

diretamente à quantidade produzida.<br />

De acordo com Basso (2005, p.229), “o método das unidades produzidas pressupõe a<br />

existência de informações adicionais, como a capacidade de produção da máquina ou<br />

equipamento ao longo de sua vida útil estimada”.<br />

Para se encontrar esta quota de depreciação é usada a fórmula da figura 14:<br />

Figura 14 - Método das Unidades Produzidas<br />

Fonte: Basso (2005, p.229)<br />

Cabe salientar que o resultado da divisão representará o percentual de depreciação do<br />

bem a ser aplicado no ano em referência.<br />

Como exemplo pode-se citar uma máquina que custou R$ 30.000,00 que tem<br />

capacidade de produção durante sua vida útil de 20.000 unidades, e que esta máquina produz<br />

anualmente 2.000 unidades, ao aplicarmos a fórmula teremos:<br />

Taxa de depreciação anual = 20.000un/2.000un<br />

50


Taxa de depreciação anual = 10%<br />

Depreciação anual = R$ 30.000,00 x 10%<br />

Depreciação anual = R$ 3.000,00<br />

Portanto do valor da máquina, será depreciado 10% por ano, porém, assim como no<br />

método anterior de depreciação, o lançamento real da depreciação por unidade de produção é<br />

executado pela execução de lançamento de depreciação periódica, sendo assim basta dividir o<br />

resultado por 12.<br />

2.10.2.3 Método de Horas Trabalhadas<br />

Este método consiste em estimar o número de horas de trabalho durante o tempo de<br />

vida útil previsto do bem.<br />

Sendo assim Basso (2005, p.230) diz que o “método das horas trabalhadas baseia-se<br />

nas horas estimadas de vida útil do bem, geralmente fornecidas pelo fabricante da máquina ou<br />

equipamento”.<br />

Para o cálculo do respectivo método de depreciação é utilizada a fórmula a seguir:<br />

Figura 15 - Método das Horas Trabalhadas<br />

Fonte: Basso (2005, p.230)<br />

Como exemplo pode-se citar uma máquina que custou R$ 30.000,00 que tem sua vida<br />

útil estimada de 1.000 horas, e que esta máquina trabalha 100 horas por ano, ao aplicarmos a<br />

fórmula teremos:<br />

Taxa de depreciação anual = 1.000/100<br />

Taxa de depreciação anual = 10%<br />

Depreciação anual = R$ 30.000,00 x 10%<br />

Depreciação anual = R$ 3.000,00<br />

51


Do valor da máquina serão depreciados 10% ao ano, porém, as quotas de depreciação<br />

devem ser reconhecidas mensalmente, em regime de competência, ou seja, lançadas mês a<br />

mês, sendo assim basta dividir o resultado por 12.<br />

52


3 ANALISE DOS RESULTADOS<br />

Neste momento é apresentado o estudo de caso, onde inicialmente foram listados os<br />

produtos que formaram a base de dados para serem efetuados os devidos cálculos relativos à<br />

gestão de custos, também com descrição dos processos de produção, apresentando os<br />

parâmetros para as receitas, os custos fixos, as despesas, os custos com mão de obra direta e<br />

indireta, as depreciações, custos com materiais, rateio dos custos indiretos fixos, custos<br />

variáveis, também a apuração do custo total pelos métodos de custeio por absorção e variável.<br />

Posteriormente foi realizada a análise da formação do custo, do volume de produção e vendas<br />

e da rentabilidade.<br />

A seguir é apresentado o fluxograma da empresa, onde se pode notar que existem dois<br />

setores de produção, o da padaria e o da confeitaria.<br />

Figura 16 - Fluxograma Padaria e Confeitaria<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

53


3.1 Receitas de Produtos e Demanda mensal<br />

A seguir apresenta-se o quadro 5, onde é relatado a quantidade de produtos que foram<br />

objetos de estudo neste caso.<br />

Quadro 5 - Receita de Produtos e Demanda Mensal<br />

RELAÇÃO DE PRODUTOS Demanda Mensal<br />

Massa Pizza Pequena 100g 400<br />

Massa Pizza Grande 225g 200<br />

Pão Cacetinho (pão francês) 22500<br />

Pão de Xis Grande 2600<br />

Pão de Xis Pequeno 1560<br />

Pão Fatiado 1040<br />

Pão de Cachorro Quente 80g 4888<br />

Pão de Cachorro Quente 50g 2600<br />

Pão Sovado 312<br />

Cuca 1040<br />

Recheios de Cuca 0<br />

Cobertura de Cuca 0<br />

Pão Bufê (cachorro quente grande) 120g 7800<br />

Bolacha de Manteiga 3000<br />

Massa Assados<br />

Cuquinha 280g 104<br />

Rosca 180g 104<br />

Assado 300g 156<br />

Pastelão 335g 156<br />

Bolinho 125g 260<br />

Calça Virada 225g 156<br />

Bolo Pão de Ló 0<br />

Recheio Bom 0<br />

Torta de bombom 25<br />

Recheio creme café 0<br />

Torta de Creme de Café 25<br />

Pastelzinho (congelado) 1620<br />

Pizza Frango 80<br />

Pizza Calabresa 80<br />

Pizza Bacon 60<br />

Pizza Carne de Gado 60<br />

Pizza Presunto 60<br />

Pizza Presunto Grande 28<br />

Pizza Calabresa Grande 75<br />

Pizza Frango Grande 40<br />

Pizza carne de Gado Grande 28<br />

Pizza Bacon Grande 28<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Neste quadro foi descrito todos os produtos que foram objeto de estudo, bem como a<br />

quantidade vendida mensalmente, tendo em vista que houve um acompanhamento minucioso<br />

do processo de produção e venda.<br />

Nota-se que alguns produtos não contem a demanda mensal, isto se da ao fato de que<br />

estes produtos são na realidade subprodutos, e não são vendidos separadamente.<br />

54


3.2 Custos da Matéria-prima dos Produtos<br />

A seguir no quadro 6, apresenta-se uma relação com todos os ingredientes constantes<br />

nas receitas descritas no quadro 5, bem como o seu valor de mercado.<br />

Quadro 6 - Parâmetros para as Receitas<br />

Parâmetros para as receitas<br />

INGREDIENTES DAS RECEITAS: Unidade Valor em R$<br />

Farinha Kg R$ 1,12<br />

Farinha Mix Kg R$ 1,02<br />

Farinha de Milho Kg R$ 1,28<br />

Sal Kg R$ 0,80<br />

Água l R$ 0,02<br />

Açúcar Kg R$ 2,20<br />

Óleo l R$ 2,68<br />

Fermento Kg R$ 9,44<br />

Reforçador Kg R$ 3,95<br />

Leite l R$ 1,53<br />

Ovos um R$ 0,20<br />

Canela Kg R$ 13,60<br />

Framboesa Kg R$ 4,93<br />

Maisena Kg R$ 8,92<br />

Chocolate em Pó Kg R$ 7,97<br />

Coco Ralado Kg R$ 4,28<br />

Uva Fruta Kg R$ 2,50<br />

Suco de Uva (pó) um R$ 0,25<br />

Margarina Kg R$ 3,80<br />

Polvilho Doce Kg R$ 1,99<br />

Sal Amoníaco Kg R$ 3,90<br />

Leite Condensado Kg R$ 5,38<br />

Bombom um R$ 15,87<br />

Cobertura Chantili Kg R$ 11,66<br />

Café Kg R$ 32,90<br />

Vinagre l R$ 1,57<br />

Polvilho Kg R$ 2,54<br />

Chocolate Granulado Kg R$ 6,89<br />

Molho de Tomate (Pizza) Kg R$ 3,95<br />

Queijo Kg R$ 2,80<br />

Frango Kg R$ 3,80<br />

Milho/Ervilha Kg R$ 3,66<br />

Tomate Kg R$ 1,30<br />

Pimentão Kg R$ 3,00<br />

Calabresa Kg R$ 7,30<br />

Bacon Kg R$ 10,12<br />

Carne de Gado Kg R$ 6,00<br />

Presunto Kg R$ 4,47<br />

Manteiga Kg R$ 5,30<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

55


No quadro anterior foram descritos os ingredientes utilizados no processo de produção<br />

bem como sua unidade de medida e preço de mercado, sendo este preço retirado das notas<br />

fiscais de compra da padaria.<br />

Este quadro é de extrema importância para o restante dos cálculos pois os valores de<br />

mercado podem mudar com uma certa frequencia, sendo assim, bastará o gestor atualizar os<br />

valores dos ingredientes, para que automaticamente o restante das tabelas e calculos sejam<br />

atualizados, onde o mesmo poderá verificar de imediato o reflexo das alterações sobre o custo<br />

dos produtos, e também se deve ou não atualizar o preço de venda por ele praticado.<br />

3.3 Custos com Depreciação<br />

Com a constante produção da padaria e da confeitaria fica claro que as máquinas e<br />

equipamentos tendem a ter um desgaste mensal devido a grande quantidade de produtos<br />

fabricados, e neste caso devem-se alocar os custos com sua depreciação, em cada setor, seja<br />

na padaria, seja na confeitaria ou ainda alocar aos custos fixos a depreciação de máquinas de<br />

uso geral. A seguir apresenta-se o quadro 7, constando o valor da depreciação da padaria.<br />

DEPRECIAÇAO DA PADARIA<br />

BENS<br />

Quadro 7 - Depreciação da Padaria<br />

Valor atual<br />

do bem<br />

Valor<br />

residual<br />

Valor a<br />

depreciar<br />

Taxa de<br />

Depr.<br />

Depreciação<br />

do ano<br />

56<br />

Depreciação<br />

do mês<br />

Prateleiras R$500,00 R$50,00 R$450,00 5% R$22,50 R$1,88<br />

Estufa – Klimapão R$6.000,00 R$600,00 R$5.400,00 10% R$540,00 R$45,00<br />

Forno Turbogás R$5.000,00 R$500,00 R$4.500,00 10% R$450,00 R$37,50<br />

Forno Tedesco R$3.000,00 R$300,00 R$2.700,00 10% R$270,00 R$22,50<br />

Armarios para pães R$2.500,00 R$250,00 R$ 2.250,00 5% R$112,50 R$9,38<br />

Batedeira Industrial R$4.000,00 R$400,00 R$3.600,00 10% R$360,00 R$30,00<br />

Cilindro Industrial R$4.000,00 R$400,00 R$3.600,00 10% R$360,00 R$30,00<br />

Massadeira Gpaniz industrial R$3.000,00 R$300,00 R$2.700,00 10% R$270,00 R$22,50<br />

Fatiadeira Pão R$800,00 R$80,00 R$720,00 5% R$36,00 R$3,00<br />

Cilindro Modelador R$1.500,00 R$150,00 R$1.350,00 5% R$67,50 R$5,63<br />

Maquina de fazer Bolacha R$1.000,00 R$100,00 R$900,00 5% R$45,00 R$3,75<br />

Empacotador R$500,00 R$50,00 R$ 450,00 5% R$22,50 R$1,88<br />

Balança GVRAL 252-15 R$1.500,00 R$150,00 R$1.350,00 10% R$135,00 R$11,25<br />

Mesa de Montagem R$1.000,00 R$100,00 R$900,00 5% R$45,00 R$3,75<br />

Total R$34.300,00 R$3.430,00 R$30.870,00 R$2.736,00 R$228,00<br />

Tempo Disponível Total/Mês 352<br />

Custo do Minuto R$0,011<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa


Conforme o quadro 7, o montante que deve ser alocado mensalmente aos produtos<br />

produzidos na padaria é de R$ 228,00 e há um tempo disponível de produção de 352 horas<br />

por mês, portando o custo do minuto é de R$ 0,011.<br />

Quadro 8 - Depreciação da Confeitaria<br />

DEPRECIAÇAO DA CONFEITARIA<br />

Valor atual Valor Valor a<br />

Taxa<br />

de Depreciação Depreciação<br />

BENS<br />

do bem residual depreciar Depr. do ano do mês<br />

Fatiadeira de Frios R$1.100,00 R$110,00 R$990,00 5% R$49,50 R$4,13<br />

Embalador R$800,00 R$80,00 R$720,00 5% R$36,00 R$3,00<br />

Batedeira Lisboa R$1.500,00 R$150,00 R$1.350,00 10% R$135,00 R$11,25<br />

Forno Turbo pró Gás R$4.500,00 R$450,00 R$4.050,00 10% R$405,00 R$33,75<br />

Câmara Fria R$5.000,00 R$500,00 R$4.500,00 10% R$450,00 R$37,50<br />

Prateleiras R$500,00 R$50,00 R$450,00 5% R$22,50 R$1,88<br />

Mesa de Montagem R$1.000,00 R$100,00 R$900,00 5% R$45,00 R$3,75<br />

Batedeira Gpaniz R$1.200,00 R$120,00 R$1.080,00 10% R$108,00 R$9,00<br />

Microondas R$400,00 R$40,00 R$360,00 5% R$18,00 R$1,50<br />

Fogão Industrial 4 bocas R$1.000,00 R$100,00 R$900,00 10% R$90,00 R$7,50<br />

Fritadeira elétrica R$1.000,00 R$100,00 R$900,00 10% R$90,00 R$7,50<br />

Total R$18.000,00 R$1.800,00 R$16.200,00 R$1.449,00 R$ 116,63<br />

Tempo disponivel total/mes 704<br />

Custo do minuto R$ 0,0028<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Conforme o quadro 8, o montante que foi alocado mensalmente aos produtos<br />

produzidos na confeitaria é de R$ 116,63 havendo ainda um tempo disponível de produção de<br />

704 horas por mês, portando o custo do minuto será de R$ 0,0028.<br />

57


DEPRECIAÇAO GERAL<br />

BENS<br />

Quadro 9 - Depreciação Geral<br />

Valor atual<br />

do bem<br />

Valor<br />

residual<br />

Valor a<br />

depreciar<br />

Taxa de<br />

depr.<br />

Depr. do<br />

Ano<br />

Depr. do<br />

mês<br />

Prateleiras R$2.200,00 R$220,00 R$1.980,00 5% R$ 99,00 R$8,25<br />

Freezer de amostra gelopar 1 R$4.200,00 R$420,00 R$3.780,00 10% R$378,00 R$31,50<br />

Climatizador Rotoplas R$10.500,00 R$1.050,00 R$9.450,00 10% R$945,00 R$78,75<br />

Mesas p/ Lanche R$200,00 R$20,00 R$180,00 5% R$9,00 R$0,75<br />

Freezer Steigleider R$400,00 R$40,00 R$360,00 5% R$18,00 R$1,50<br />

Balcão de vendas R$1.200,00 R$120,00 R$1.080,00 5% R$54,00 R$4,50<br />

Maquina registradora R$1.000,00 R$100,00 R$900,00 10% R$90,00 R$7,50<br />

Balcão climatizado 01 frio R$3.000,00 R$300,00 R$2.700,00 10% R$270,00 R$22,50<br />

Balcão climatizado 02 quente R$500,00 R$50,00 R$450,00 10% R$45,00 R$3,75<br />

Refrigerador para tortas - expositor R$4.000,00 R$400,00 R$3.600,00 10% R$360,00 R$30,00<br />

Freezer amostragem Gelopar 2 R$6.000,00 R$600,00 R$5.400,00 10% R$540,00 R$45,00<br />

Expositor Frutas R$1.000,00 R$100,00 R$900,00 5% R$45,00 R$3,75<br />

Expositor Pães e Bolachas R$1.200,00 R$120,00 R$1.080,00 10% R$108,00 R$ 9,00<br />

Freezer para guardar congelados 01 R$1.000,00 R$100,00 R$900,00 10% R$90,00 R$7,50<br />

Freezer para guardar congelados 02 R$1.000,00 R$100,00 R$900,00 10% R$90,00 R$7,50<br />

Freezer para guardar congelados 03 R$1.000,00 R$100,00 R$900,00 10% R$90,00 R$7,50<br />

Freezer para guardar congelados pro R$400,00 R$40,00 R$360,00 10% R$36,00 R$3,00<br />

Computador R$1.200,00 R$120,00 R$1.080,00 20% R$216,00 R$18,00<br />

Ponto Eletrônico R$2.700,00 R$270,00 R$2.430,00 10% R$243,00 R$20,25<br />

Balança Toledo PRIx4 R$2.500,00 R$250,00 R$2.250,00 10% R$225,00 R$18,75<br />

Carro Para entrega 01 ano 2011 R$32.000,00 R$3.200,00 R$28.800,00 20% R$5.760,00 R$480,00<br />

Carro Para entrega 02 ano 2001 R$15.000,00 R$1.500,00 R$13.500,00 20% R$2.700,00 R$225,00<br />

total R$92.200,00 R$ 9.220,00 R$82.980,00 R$12.411,00 R$1.034,25<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

O quadro apresentado refere-se ao custo total com depreciação, das maquinas e<br />

equipamentos de uso geral na empresa, é o valor comum a todos os produtos, que corresponde<br />

à R$ 1.034,25 sendo assim este valor é rateado em conjunto com os demais custos indiretos<br />

fixos como demonstrado a seguir.<br />

3.4 Custos Fixos<br />

Os custos fixos representam os custos que independem de produção da empresa, no<br />

quadro a seguir apresentam-se os custos fixos mensais, estes dados foram coletados por meio<br />

de entrevista com o gestor bem como analise das informações contábeis.<br />

58


Quadro 10 - Custos Fixos<br />

CUSTOS FIXOS MENSAIS %<br />

Aluguel R$- 0,00%<br />

Luz R$2.350,00 43,72%<br />

Telefone R$150,00 2,79%<br />

Água R$160,00 2,98%<br />

Pró-labore R$1.244,00 23,14%<br />

Segurança Noturna R$136,84 2,55%<br />

Depreciação R$1.034,25 19,24%<br />

Material higiene e limpeza R$200,00 3,72%<br />

Dedetização R$100,00 1,86%<br />

Total R$5.375,09 100,00%<br />

Tempo disponível de produção todos os colaboradores 176<br />

Custo hora 30,54<br />

Custo Minuto 0,51<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

No quadro apresentado foram elencados todos os custos fixos da empresa, pelo fato de<br />

possuir estabelecimento próprio, não há despesas com aluguel, e não há custos com a<br />

depreciação do prédio, pois o mesmo é de propriedade do dono da empresa, e esta sendo<br />

usado como comodato pela padaria, porém o custo com eletricidade representa 43% do total<br />

do CF, também o pró labore representa 23,14% do CF somente estes dois indicadores<br />

representam juntos 66,86% do CF, um valor relativamente alto e que deverá ser<br />

minuciosamente avaliado pelo gestor para possível diminuição deste.<br />

A seguir consta o quadro 11 onde são elencados as despesas relativas à venda, sendo<br />

apurado posteriormente o percentual destes custos em relação ao faturamento médio mensal,<br />

que posteriormente será usado no calculo do mark-up.<br />

Quadro 11: Despesas com Vendas<br />

DESPESAS COM VENDAS MENSAIS Valores em reais<br />

Combustíveis R$800,00<br />

Salários atendentes R$2.141,50<br />

Embalagens R$300,00<br />

Material expediente R$200,00<br />

Seguros R$100,00<br />

Propaganda R$400,00<br />

Manutenção R$250,00<br />

Honorários R$420,00<br />

Uniformes R$400,00<br />

Jornais R$32,00<br />

Total R$5.043,50<br />

Faturamento médio/mês R$55.000,00<br />

% despesa s/faturamento 9,17%<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

59


Este quadro mostra as despesas mensais com vendas, baseada em uma média de um<br />

ano. Considerando um faturamento médio mensal de R$ 55.000,00 as despesas com vendas<br />

representaram 9,17% o que nos dá uma segurança, porque esse indice é considerado baixo em<br />

relação ao padrão desse tipo de negócio, que fica com uma despesa em média de 15% ao mês.<br />

3.5 Custo com Mão de Obra<br />

Na produção dos produtos, tanto na padaria quanto na confeitaria, existem diferentes<br />

custos com mão de obra, isto ocorre em função do tempo em cada um destes departamentos,<br />

bem como o número de profissionais envolvidos na elaboração destes. A seguir, são<br />

apresentados quadros 12 e 13, onde foram separados os custos com o pessoal que trabalha na<br />

Padaria e na Confeitaria. Cada produto deve levar em conta somente os custos de sua<br />

produção.<br />

Quadro 12 - Custo com Mão de Obra - Padaria<br />

CUSTOS COM MOD - PESSOAL DA PRODUÇAO - PADEIROS<br />

SALARIOS Padeiro A Padeiro B TOTAL<br />

Salario Bruto R$1.170,00 R$1.170,00 R$2.340,00<br />

Subtotal R$1.170,00 R$1.170,00 R$2.340,00<br />

Provisão férias R$97,50 R$97,50 R$195,00<br />

Provisão 13º sal R$97,50 R$97,50 R$195,00<br />

1/3 férias R$32,50 R$32,50 R$65,00<br />

Subtotal R$1.397,50 R$1.397,50 R$2.795,00<br />

Previsões R$ 97,83 R$97,83 R$195,65<br />

FGTS R$111,80 R$111,80 R$223,60<br />

Total R$1.607,13 R$1.607,13 R$ 3.214,25<br />

Nº Funcionários 1 1 2,00<br />

Custo Total R$1.607,13 R$1.607,13 R$ 3.214,25<br />

Tempo trabalhado no mês 176 176 352<br />

Custo da hora R$9,13 R$9,13 R$9,13<br />

Custo do minuto R$0,15 R$0,15 R$ 0,15<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

O quadro a seguir apresenta o custo com MOD da confeitaria.<br />

60


Quadro 13 - Custo com Mão de Obra - Confeitaria<br />

CUSTOS COM MOD - PESSOAL DA PRODUÇAO - CONFEITEIROS<br />

SALARIOS Confeiteiro A Confeiteiro B Confeiteiro C Confeiteiro D TOTAL<br />

Salario Bruto R$622,00 R$622,00 R$1.028,30 R$1.244,00 R$3.516,30<br />

Insalubridade R$- R$- R$- R$- R$-<br />

Subtotal R$622,00 R$622,00 R$1.028,30 R$1.244,00 R$3.516,30<br />

Provisão férias R$51,83 R$51,83 R$85,69 R$103,67 R$293,03<br />

Provisão 13º sal R$51,83 R$51,83 R$85,69 R$103,67 R$293,03<br />

Salario Família R$22,00 R$22,00 R$- R$- R$44,00<br />

1/3 férias R$17,28 R$17,28 R$28,56 R$34,56 R$97,68<br />

Subtotal R$764,94 R$764,94 R$1.228,25 R$1.485,89 R$4.244,03<br />

Previsões R$53,55 R$53,55 R$85,98 R$104,01 R$297,08<br />

FGTS R$49,76 R$49,76 R$82,26 R$99,52 R$281,30<br />

Total R$868,25 R$868,25 R$1.396,49 R$1.689,42 R$ 4.822,41<br />

Nº Funcionários 1 1 1 1 4,00<br />

Custo Total R$868,25 R$868,25 R$1.396,49 R$1.689,42 R$ 4.822,41<br />

Tempo trabalhado no mês 176 176 176 176 704<br />

Custo da hora 4,93 4,93 7,93 9,60 6,85<br />

Custo do minuto R$0,08 R$0,08 R$0,13 R$0,16 R$0,1142<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Nos quadros que se refere a MOD, foram expostos os custos com mão de obra direta<br />

nos setores da padaria e confeitaria, nota-se que para compor o custo com mão de obra, não<br />

basta apenas somar os salários dos colaboradores, é preciso somar todos os custos a ele<br />

referidos e que geralmente não aparecem na folha de pagamento, como as provisões para<br />

férias, provisão para 13º salário, além de uma previsão de um percentual de 7% relativo a um<br />

possível processo rescisório, com multa indenizatória, e o FGTS, na razão de 8% já a<br />

contribuição para o instituto nacional de previdência social – INSS, não foi computada em<br />

razão de a empresa ser optante do Simples Nacional.<br />

Após todo levantamento de dados em relação à mão de obra direta, chegou-se ao<br />

resultado que realmente importa para o estudo dos custos dos produtos, ou seja, tendo em<br />

mãos o tempo que os colaboradores trabalham, é possível através de cálculos chegar ao custo<br />

do minuto em cada setor, onde, este é de suma importância para os cálculos vindouros.<br />

Nota-se, portanto, que o custo do minuto no setor da padaria é de R$ 0,15 e o custo do<br />

minuto no setor da confeitaria é de R$ 0,11.<br />

61


3.6 Custos com Matéria-Prima e Mão de Obra Direta<br />

A partir deste momento são elencados os custos relativos à matéria-prima e mão de<br />

obra direta aos produtos fabricados nos setores da Padaria e Confeitaria.<br />

3.6.1 Custo com Matéria-Prima e Mão de Obra Direta Setor Padaria<br />

Na sequência apresentam-se diversos quadros com informações pertinentes a produção<br />

dos produtos no setor da padaria, envolvendo os custos com MP e MOD.<br />

Quadro 14 - Custo de Matéria-Prima e MOD Massas de Pizza<br />

Massa de Pizza<br />

Ingredientes UnMedida Quantid. Pequena 100g Grande 225g Custo Total<br />

Farinha Kg 14,00 R$1,12 R$15,68<br />

Sal Kg 0,10 R$0,80 R$0,08<br />

Água L 4,00 R$0,02 R$0,08<br />

Açúcar Kg 2,00 R$2,20 R$4,40<br />

Fermento Kg 0,40 R$9,44 R$3,78<br />

Óleo L 0,60 R$2,68 R$1,61<br />

Reforçador Kg 0,15 R$3,95 R$0,59<br />

Total Receita Kg 21,25 10 11,25 R$26,22<br />

Custo do Kg R$1,23 R$1,23 R$1,23<br />

Custo Total do Produto R$12,34 R$13,88<br />

Rendimento Unid. 100 50<br />

Custo por unidade R$0,12 R$0,28<br />

Custo com MOD<br />

Setores<br />

Tempo Pizza<br />

Pequena<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Neste caso é utilizada uma receita para a fabricação de dois produtos semanalmente,<br />

que são as massas de pizza, pizza pequena e pizza grande, o total da receita em quilogramas é<br />

de 21,25Kg o que representa um custo com matéria prima de R$ 26,22 com isso em mente é<br />

possível fazer a relação do custo por quilograma, que neste caso resultou em R$ 1,23 por Kg.<br />

São fabricadas 100 unidades de massa de pizza pequena de 100g o que equivale a<br />

10Kg de massa pronta, esta quantia de massa tem um valor total de R$ 12,34 sendo R$ 0,12 o<br />

62<br />

Tempo Pizza<br />

Grande Custo min Pequena Grande Custo total<br />

Cilindro 5 3 R$0,1522 R$0,76 R$0,46 R$1,22<br />

Batedeira 14 7 R$0,1522 R$2,13 R$1,07 R$3,20<br />

Cortar/pesar/informar 14 7 R$0,1522 R$2,13 R$1,07 R$3,20<br />

Embalar 7 4 R$0,1522 R$1,07 R$0,61 R$1,67<br />

Total 40 21 R$6,09 R$3,20 R$9,28<br />

Rendimento Unid. 100 50 100 50 150<br />

Custo por unidade R$0,06 R$0,06 R$0,06


custo por unidade, por outro lado temos as massas de pizza grande, destas são fabricados 50<br />

unidades de 225g o que equivale a 11,25Kg portanto um custo total de R$ 13,88 e um custo<br />

unitário de R$ 0,28.<br />

A seguir é demonstrado o custo com MOD, para as massas de pizza pequena o tempo<br />

gasto é de 40 minutos, o que tem um custo de R$ 6,09 para a produção das 100 unidades, o<br />

que significa um custo unitário de R$ 0,06 enquanto que para as massas de pizza grande o<br />

tempo estimado de produção das 50 unidades é de 21 minutos, o que tem um custo de R$3,20<br />

sendo que o custo unitário é de R$ 0,06.<br />

Os produtos massa de pizza pequena e grande além de serem vendidas também fazem<br />

parte do produto final pizza montada, neste caso as massas de pizza serão alocadas como um<br />

subproduto.<br />

Pão Cacetinho (pão francês)<br />

Quadro 15 - MP e MOD Pão Francês<br />

Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total<br />

Farinha Mix Kg 43 R$1,12 R$48,16<br />

Fermento Kg 0,5 R$0,80 R$0,40<br />

Água L 25 R$0,02 R$0,50<br />

Reforçador Kg 0,1 R$2,20 R$0,22<br />

Total Receita R$49,28<br />

Rendimento Unid. 960<br />

Custo por unidade R$0,05<br />

Custo com MOD<br />

Setores Tempo Custo Min. Custo total<br />

Cilindro 9 0,1522 R$1,37<br />

Cortar/Modelar 27 0,1522 R$4,11<br />

Batedeira 22 0,1522 R$3,35<br />

Embalar 13 0,1522 R$1,98<br />

Total 71 R$10,81<br />

Rendimento Unid. 960<br />

Custo por unidade R$0,01<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Na receita do pão francês o custo com matéria-prima é de R$ 49,28 o que rende 960<br />

unidades de pães diariamente sendo que o custo unitário é de R$ 0,05 por outro lado, esta<br />

receita leva em torno de 71 minutos para ficar pronta, entre cilindrar, cortar bater e embalar,<br />

sendo que o custo total com MOD é de R$10,81 por receita e o custo unitário fica em R$<br />

0,01.<br />

63


Quadro 16 - Custo MP - Pão de Xis – Pão Fatiado – Pão de Cachorro Quente – Pão Sovado<br />

Massa<br />

Pão de<br />

Xis<br />

Pão de<br />

Xis<br />

Pão<br />

Fatiado<br />

Cachorro<br />

Quente<br />

Cachorro<br />

Quente<br />

Ingredientes Unid Quantid 230g 150g 630g 80g 50g 600g<br />

Pão<br />

Sovado Custo Total<br />

Farinha kg 50 R$1,12 R$56,00<br />

Fermento Kg 0,5 R$9,44 R$4,72<br />

Açúcar Kg 6 R$2,20 R$13,20<br />

Água l 22 R$0,02 R$0,44<br />

Óleo l 1 R$2,68 R$2,68<br />

Reforçador kg 0,3 R$3,95 R$1,19<br />

Total Receita kg 84,44 23,00 9,00 25,2 15,04 5 7,2 R$78,23<br />

Custo do Kg R$0,93 R$0,93 R$0,93 R$0,93 R$0,93 R$0,93 R$0,93<br />

Custo Total por Produto R$21,31 R$8,34 R$23,35 R$13,93 R$4,63 R$6,67<br />

Rendimento em Unidade 100 60 40 188 100 12<br />

Custo por Unidade R$0,21<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

R$0,14 R$0,58 R$0,07 R$0,05 R$0,56<br />

Observando o quadro 16, pode–se notar que de uma mesma receita foram fabricados<br />

vários produtos, que são eles pão de xis grande e pequeno, pão fatiado, pão de cachorro<br />

quente médio e pequeno e pão sovado.<br />

A quantidade total de massa que é feita é de 84,44Kg a qual tem um custo total de R$<br />

78,23 sendo assim, pode-se chegar ao custo por quilograma da receita para posteriormente<br />

fazer o rateio correto do custo total aos produtos, este custo por quilo será de R$ 0,93.<br />

Os primeiros produtos analisados deste quadro foram os pães de xis grande e pequeno.<br />

São fabricados diariamente 100 unidades de pão de xis grande de 225g, o que nos leva a uma<br />

quantidade de 23Kg de massa a um custo total com matéria prima de R$ 21,31 e portanto um<br />

custo unitário de R$ 0,21. Para o pão de xis pequeno de 150g é produzido diariamente uma<br />

quantidade de 60 unidades utilizando cerca de 9Kg da massa pronta, o que nos leva a um<br />

custo total com matéria prima de R$ 8,34 e um custo unitário de R$ 0,14. c O quadro 17<br />

mostra o tempo que os pães de xis levam para ficarem prontos.<br />

Custo com MOD<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Quadro 17 - MOD Pão de Xis Grande e Pequeno<br />

Pão de Xis<br />

230g<br />

Pão de<br />

Xis 150g<br />

Custo<br />

Custo Custo<br />

Setores Tempo Tempo Custo Min. minuto/230g minuto/150g total<br />

Cilindro 7 3 R$0,15219 R$1,07 R$0,46 R$1,52<br />

Cortar/Pesar/Modelar 16 5 R$0,15219 R$2,44 R$0,76 R$3,20<br />

Embalar/pesar 8 7 R$0,15219 R$1,22 R$1,07 R$2,28<br />

Total 31 15 R$4,72 R$2,28 R$7,00<br />

Rendimento Unid. 100,00 60,00 140,00<br />

Custo por unidade R$0,05 R$0,04 R$0,05<br />

64


Observando o quadro 17, verificou-se que o tempo total gasto para a produção do pão<br />

de xis grande é de 31 minutos, o que equivale a um custo total com MOD de R$ 4,72 e um<br />

custo unitário com MOD de R$ 0,05 por outro lado temos que para a fabricação do pão de xis<br />

pequeno é necessário um tempo de 15 minutos, a um custo total de R$ 2,28 e um custo<br />

unitário com MOD de R$ 0,04.<br />

Ainda com relação ao quadro 16, nota-se que o produto pão fatiado, necessita de<br />

25,2Kg de massa pronta para render 40 unidades diariamente, isto representa um custo total<br />

com matéria prima de R$ 23,35. A seguir no quadro 18 será apresentado o custo com MOD<br />

para o produto pão fatiado.<br />

Quadro 18 - MOD Pão Fatiado<br />

Custo com MOD Pão Fatiado 630g<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Fatiar 23 R$0,1522 R$3,50<br />

Embalar 10 R$0,1522 R$1,52<br />

Cilindro 3 R$0,1522 R$0,46<br />

Cortar Pesar Massa 9 R$0,1522 R$1,37<br />

Total 45 R$6,85<br />

Rendimento Unid. 40<br />

Custo por unidade R$ 0,17<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

De acordo com o quadro 18 pode-se verificar que o produto pão fatiado leva em média<br />

45 minutos para ficar pronto, isto significa um custo total com MOD de R$ 6,85 e um custo<br />

unitário de R$ 0,17.<br />

Dando sequência a analise, os próximos produtos a serem analisados foram os pães de<br />

cachorro quente médio e pequeno.<br />

Para este produto de acordo com os dados coletados é necessário cerca de 15,04Kg de<br />

massa pronta para a produção do pão de cachorro quente médio, o que rende 188 unidades de<br />

80g diariamente a um custo total de R$ 13,93 e um custo unitário de R$ 0,07 já o produto pão<br />

de cachorro quente pequeno utiliza cerca de 5Kg de massa pronta o que nos da um custo total<br />

com matéria prima de R$ 4,63 e um custo unitário de R$ 0,05.<br />

A seguir será apresentado o quadro 19 com informações sobre a mão de obra direta<br />

relativa aos produtos pães de cachorro quente médio e pequeno.<br />

65


Custo com MOD<br />

Quadro 19 - MOD Pães Cachorro Quente Médio e Pequeno<br />

Pão<br />

Sovadinho<br />

80g<br />

Pão sovadinho<br />

50g<br />

Setores Tempo Tempo Custo Min.<br />

Custo<br />

minuto/80g<br />

Custo<br />

minuto/50g<br />

Custo<br />

total<br />

Cilindro 5 5 R$0,1522 R$0,76 R$0,76 R$1,52<br />

Cortar/Pesar/Modelar 10 10 R$0,1522 R$1,52 R$1,52 R$3,04<br />

Embalar/pesar 15 10 R$0,1522 R$2,28 R$1,52 R$3,80<br />

Total 30 25 R$ 4,57 R$ 3,80 R$ 8,37<br />

Rendimento Unid. 168 100 268<br />

Custo por unidade R$ 0,03 R$ 0,04 R$ 0,03<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

De acordo com o quadro 19, nota-se que o tempo total para a fabricação do pão de<br />

cachorro quente médio é de 30 minutos, o que significa um custo total com MOD de R$ 4,57<br />

e um custo unitário de R$ 0,03 já o pão de cachorro quente pequeno leva em torno de 25<br />

minutos para ficar pronto, o que equivale a um custo total com MOD de R$ 3,80 e um custo<br />

unitário de R$ 0,04.<br />

Na sequencia será apresentado o custo com matéria prima do ultimo produto do<br />

quadro 16, ou seja, o pão sovado, este produto requer 7,2Kg de massa pronta, o que revela um<br />

custo com matéria prima de R$ 6,67 e rende 12 unidades diariamente a um custo unitário de<br />

R$ 0,56.<br />

sovado.<br />

O quadro 20 traz informações pertinentes ao custo com mão de obra do produto pão<br />

Custo com MOD Pão Sovado 600g<br />

Quadro 20 - MOD Pão Sovado<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Cilindro 5 R$0,1522 R$0,76<br />

Cortar Moldar 10 R$0,1522 R$1,52<br />

Embalar 5 R$0,1522 R$0,76<br />

Total 20 R$ 3,04<br />

Rendimento Unid. 12<br />

Custo por unidade R$ 0,25<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Para a produção do Pão Sovado, é necessário um tempo estimado de 20 minutos, o que<br />

representa um custo total com MOD de R$ 3,04 e um custo unitário de R$ 0,25.<br />

66


Nota-se, portanto que dos produtos apresentados no quadro 16, o que representa o<br />

maior valor com matérias primas é o produto Pão Fatiado, este produto igualmente é o que<br />

mais necessita de tempo para ficar pronto.<br />

A seguir consta o quadro 21 ao que se refere aos subprodutos recheio e cobertura de<br />

cuca, estes produtos fazem parte do produto final cuca que está representado no quadro 23.<br />

Recheios de Cuca<br />

Quadro 21 - MP – Recheio de Cuca e Cobertura de Cuca<br />

Ingredientes Unid Medida Quant Custo Total<br />

Framboesa Um (vidro) 2 R$4,93 R$9,86<br />

Água l 4,5 R$0,02 R$0,09<br />

Açúcar Kg 8 R$2,20 R$17,60<br />

Maisena Kg 3,2 R$8,92 R$28,54<br />

Leite l 8 R$1,53 R$12,24<br />

Chocolate em pó Kg 0,4 R$7,97 R$3,19<br />

Coco Ralado Kg 0,4 R$4,28 R$1,71<br />

Uva Kg 2 R$2,50 R$5,00<br />

Suco de Uva em pó Pcte 2 R$0,25 R$0,50<br />

Total Receita R$ 78,73<br />

Rendimento Unid. 40<br />

Custo por unidade R$ 1,97<br />

Cobertura de Cuca<br />

Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total<br />

Açúcar kg 2 R$2,20 R$4,40<br />

Farinha Kg 0,5 R$1,12 R$0,56<br />

Total Receita R$ 4,96<br />

Rendimento Unid. 40<br />

Custo por unidade R$ 0,12<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Nota-se que o valor total do subproduto recheio de cuca é de R$ 78,73 sendo que esta<br />

receita rende recheio para 40 unidades, o que nos da um valor unitário com matéria prima de<br />

R$ 1,97. No subproduto cobertura de cuca, o valor total da receita é R$ 4,96 o que rende<br />

cobertura para aproximadamente 40 unidades de cuca, sendo assim podemos chegar ao valor<br />

unitário de R$ 0,12.<br />

67


Quadro 22 - MO – Recheio de cuca e Cobertura de Cuca<br />

Custo com MOD Recheio de Cuca Recheios<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Misturar Ingredientes 10 R$0,1522 R$1,52<br />

Sovadeira 5 R$0,1522 R$0,76<br />

Total 15 R$2,28<br />

Rendimento Unid. 40<br />

Custo por unidade R$0,06<br />

Custo com MOD Cobertura Cuca Cobertura<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Misturar Ingredientes 10 R$0,1522 R$1,52<br />

Total 10 R$1,52<br />

Rendimento Unid. 40<br />

Custo por unidade R$0,04<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

De acordo com o quadro 22 pode-se notar que o tempo total para a fabricação do<br />

subproduto recheio de cuca é de 15 minutos o que equivale a um custo total com MOD de R$<br />

2,28 sendo de R$ 0,06 o custo unitário, bem como no subproduto cobertura de cuca, este, leva<br />

em torno de 10 minutos para ficar pronto, o que significa um custo com MOD de R$ 1,52<br />

sendo o custo unitário de R$ 0,04.<br />

Quadro 23 - MP e MOD Cuca<br />

Cuca<br />

Ingredientes Unid. Medida Quant Custo Total<br />

Farinha kg 15 R$1,12 R$16,80<br />

Açúcar Kg 3 R$2,20 R$6,60<br />

Leite l 3 R$1,53 R$4,59<br />

Água l 1,5 R$0,02 R$0,03<br />

Ovo um 20 R$0,20 R$4,00<br />

Óleo l 0,5 R$2,68 R$1,34<br />

Recheio de Cuca Kg 0,3 R$2,22 R$0,67<br />

Cobertura Kg 0,1 R$0,29 R$0,03<br />

Canela kg 0,15 R$13,60 R$2,04<br />

Total Receita R$ 36,10<br />

Rendimento Unid. 40<br />

Custo por unidade R$ 0,90<br />

Custo com MOD Cuca<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Cilindro 20 R$0,1522 R$3,04<br />

Cortar pedaços e pesar 13 R$0,1522 R$1,98<br />

Modelar 17 R$0,1522 R$2,59<br />

Batedeira 20 R$0,1522 R$3,04<br />

Embalar 12 R$0,1522 R$1,83<br />

Total 82 R$ 12,48<br />

Rendimento Unid. 40<br />

Custo por unidade R$ 0,31<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

68


De acordo com o quadro 23, para a produção de 40 unidades do produto cuca, há um<br />

custo total de R$ 36,10 com matéria prima, e um custo unitário de R$ 0,90. Nota-se que os<br />

subprodutos recheio de cuca e cobertura de cuca fazem parte do produto final cuca, estes<br />

subprodutos são alocados levando-se em consideração seu valor pelo método custeio por<br />

absorção que será descrito posteriormente no quadro 51. Ainda, seguindo o quadro 23 pode-se<br />

verificar que o produto cuca leva em torno de 82 minutos para ficar pronto, isto representa um<br />

custo de R$ 12,48 com MOD.<br />

Quadro 24 - MP e MOD – Pão Bufê<br />

Pão Bufê (cachorro quente grande) 120g<br />

Unidade<br />

Ingredientes<br />

Medida Quantidade Custo Total<br />

Farinha Kg 20 R$1,12 R$22,40<br />

Fermento Kg 0,25 R$9,44 R$2,36<br />

Açúcar Kg 2 R$2,20 R$4,40<br />

Óleo l 1 R$2,68 R$2,68<br />

Agua l 8 R$0,02 R$0,16<br />

reforçador Kg 0,1 R$3,95 R$0,40<br />

Total Receita R$ 32,40<br />

Rendimento Unid. 300<br />

Custo por unidade<br />

Custo com MOD<br />

R$ 0,11<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Batedeira 20 R$0,1522 R$3,04<br />

Cilindro 5 R$0,1522 R$0,76<br />

Moldar cortar 23 R$0,1522 R$3,50<br />

Empacotar e embalar 16 R$0,1522 R$2,44<br />

Total 64 R$ 9,74<br />

Rendimento Unid. 300<br />

Custo por unidade R$ 0,03<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

De acordo com o quadro 24, foram elencados os custos com matéria prima e mão de<br />

obra direta, pode-se notar que o custo total com MP é de R$ 32,40 o que rende 300 unidades<br />

diárias, isto representa um custo unitário de R$ 0,11. Ainda de acordo com o quadro, pode-se<br />

verificar que para esta receita ficar pronta, leva em torno de 64 minutos, o que representa um<br />

custo total com MOD de R$ 9,74 bem com um custo unitário de R$ 0,03.<br />

69


Bolacha de Manteiga<br />

Quadro 25 - MP e MOD – Bolacha de Manteiga<br />

Ingredientes Medida Quant Custo Total<br />

Farinha kg 7 R$1,12 R$7,84<br />

Açúcar Kg 4 R$2,20 R$8,80<br />

Ovos Um 20 R$0,20 R$4,00<br />

Manteiga Kg 2 R$5,30 R$10,60<br />

Fermento Kg 0,2 R$9,44 R$1,89<br />

Total Receita R$ 33,13<br />

Rendimento Unid. 750<br />

Custo por unidade R$ 0,04<br />

Custo com MOD<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Batedeira 15 R$0,1522 R$2,28<br />

Cilindro 5 R$0,1522 R$0,76<br />

Dar forma 30 R$0,1522 R$4,57<br />

Total 50 R$ 7,61<br />

Rendimento Unid. 750<br />

Custo por unidade R$ 0,01<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

De acordo com o quadro 25, nota-se que o custo total de matéria prima para a<br />

fabricação do produto bolacha de manteiga é de R$ 33,13 sendo produzidas 750 unidades<br />

semanalmente, a um custo unitário de R$ 0,04. Já o tempo necessário para a produção desta<br />

receita é de aproximadamente 50 minutos, o que representa um custo total com MOD de R$<br />

7,61 e um custo por unidade de R$ 0,01.<br />

3.6.2 Custo com Matéria Prima e Mão de Obra Direta Setor Confeitaria<br />

A seguir são apresentados diversos quadros com informações pertinentes a produção<br />

dos produtos no setor da confeitaria.<br />

O quadro 26 esta elencado os ingredientes necessários para a fabricação do subproduto<br />

massa Assados e Fritos que comporá os custos dos seguintes produtos: Cuquinha, Rosca,<br />

Assado, Pastelão, Bolinho e Calça Virada.<br />

70


Quadro 26 - MP e MOD – Massa Assados e Fritos<br />

Massa Assados e Fritos Custo Total<br />

Ingredientes Unidade Medida Quant.<br />

Farinha Kg 6,00 R$1,12 R$6,72<br />

Fermento Kg 0,25 R$9,44 R$2,36<br />

Açúcar Kg 0,20 R$2,20 R$0,44<br />

Água L 1,50 R$0,02 R$0,03<br />

Sal Kg 0,06 R$0,80 R$0,05<br />

Ovos Uni 10(300g) R$0,20 R$2,00<br />

Margarina Kg 0,25 R$3,80 R$0,95<br />

Reforçador Kg 0,10 R$3,95 R$0,40<br />

Total Receita R$ 12,94<br />

Rendimento em Kg 8,66<br />

Custo do Kg R$ 1,49<br />

Massa Necessária 8,25<br />

Total Receita Preparo da massa<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Amassar manual 5 0,1142 0,57<br />

Cilindro 8 0,1142 0,91<br />

Total Receita 13 R$ 1,48<br />

Rend. Kg 8,66<br />

Custo do Kg R$ 0,17<br />

Preparo dos Produtos<br />

Setores Tempo Total<br />

Cortar pesar modelar 12<br />

Fritar 15<br />

Total 27<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

O quadro 26 apresenta o custo total com matéria prima para a fabricação do<br />

subproduto massa de assados e fritos, sendo produzidos 8,66Kg diariamente, o que representa<br />

um custo total com matéria prima de R$ 12,94 sendo o custo por quilograma equivalente a R$<br />

1,49. Para o preparo desta massa, é necessário cerca de 13 minutos, este tempo representa um<br />

custo com MOD de R$ 1,48 o e um custo unitário de R$ 0,17 por quilograma.<br />

Para ser calculado o rateio do custo com matéria prima deste subproduto criou-se uma<br />

relação entre a quantidade de massa requerida pelos produtos vezes o custo total da massa<br />

utilizando-se o custeio por absorção.<br />

Já no rateio da MOD aos produtos foi criada uma relação entre a quantidade de massa<br />

requerida pelo produto vezes o tempo necessário em cada setor dividindo-se este resultado<br />

pela quantidade total de massa.<br />

71


Cuquinha 280g<br />

Quadro 27 - MP e MOD – Cuquinha<br />

Ingredientes Medida Quant Custo Total<br />

Massa Assado Kg 1,12 R$2,43 R$2,73<br />

Cobertura Cuca Kg 0,01 R$0,29 R$0,003<br />

Recheio Cuca Kg 0,05 R$2,22 R$0,11<br />

Total Receita R$ 2,84<br />

Rendimento Unid. 4<br />

Custo por unidade R$ 0,71<br />

Custo MOD Cuquinha<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Cortar; Pesar; Modelar 1,63 R$0,1142 R$0,19<br />

Total Receita R$0,19<br />

Rend. Unid. 4<br />

Custo do Un. R$0,05<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

De acordo com o quadro 27, o produto cuquinha utiliza um total de R$ 2,84 com<br />

matéria prima, sendo que o custo unitário é de R$ 0,71 este produto leva em torno de 1,63<br />

minutos para cortar, pesar e modelar, e posteriormente é levado ao forno, este produto tem um<br />

custo com MOD de R$ 0,19 e um custo unitário de R$ 0,05.<br />

Quadro 28 - MP e MOD – Rosca<br />

Rosca 180g<br />

Ingredientes Medida Quant Custo Total<br />

Massa Assado Kg 0,72 R$2,43 R$1,75<br />

Açúcar Kg 0,05 R$2,20 R$0,11<br />

Total Receita R$ 1,86<br />

Rendimento Unid. 4<br />

Custo por unidade R$ 0,47<br />

Custo MOD Rosca 180g<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Cortar; Pesar; Modelar 1,05 R$0,1142 R$0,12<br />

Total Receita R$0,12<br />

Rend. Un. 4<br />

Custo do Un. R$0,03<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

De acordo com o quadro 28 nota-se que esta receita tem um custo total com MP de R$<br />

1,86 sendo o custo unitário de R$ 0,47 este produto leva em torno de 1,05 minutos para ficar<br />

pronto, o que representa um custo com MOD de R$ 0,12 e um custo unitário de R$ 0,03.<br />

72


Assado 300g<br />

Quadro 29 - MP e MOD – Assado<br />

Ingredientes Medida Quant Custo Total<br />

Massa Assado Kg 1,80 R$2,43 R$4,38<br />

Carne de Gado Kg 0,25 R$6,00 R$1,50<br />

Total Receita R$ 5,88<br />

Rendimento Unid. 6<br />

Custo por unidade R$ 0,98<br />

Custo MOD Assado 300g<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Cortar; Pesar; Modelar 2,62 R$0,1142 R$0,30<br />

Total Receita R$0,30<br />

Rend. Un. 6<br />

Custo do Un. R$0,05<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

No quadro 29 fica evidenciado que o produto assado tem um custo total com matéria<br />

prima de R$ 5,88 e um custo unitário de R$ 0,98, por outro lado este produto leva em torno de<br />

2,62 minutos para ser cortado, pesado e modelado, isto representa um custo total de R$ 0,30<br />

com MOD.<br />

Pastelão 335g<br />

Quadro 30 - MP e MOD – Pastelão<br />

Ingredientes Medida Quant Custo Total<br />

Massa Assado Kg 2,01 R$2,43 R$4,89<br />

Carne de Gado Kg 0,25 R$0,04 R$0,01<br />

Total Receita R$ 4,90<br />

Rendimento Unid. 6<br />

Custo por unidade R$ 0,82<br />

Custo MOD Pastelão 335g<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Cortar; Pesar; Modelar 2,92 R$0,1142 R$0,33<br />

Total Receita R$0,33<br />

Rend. Un. 6<br />

Custo do Un. R$0,06<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

O tempo estimado para a produção do pastelão é de 2,92 minutos, o que equivale a um<br />

custo total com MOD de R$ 0,33 e um custo unitário de R$ 0,06. Também fica evidenciado<br />

que o custo total com matéria prima seja de R$ 4,90 e seu custo unitário R$ 0,82.<br />

73


Bolinho 125g<br />

Quadro 31 - MP e MOD – Bolinho<br />

Ingredientes Medida Quant Custo Total<br />

Massa Assado Kg 1,25 R$2,43 R$3,04<br />

Açúcar Kg 0,05 R$2,20 R$0,11<br />

Total Receita R$ 3,15<br />

Rendimento Unid. 10<br />

Custo por unidade R$ 0,32<br />

Custo MOD Bolinho 125g<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Cortar; Pesar; Modelar 1,82 R$0,1142 R$0,21<br />

Fritar 2,17 R$0,1142 R$0,25<br />

Total Receita 3,98 R$0,45<br />

Rend. Un. 10<br />

Custo do Un. R$0,05<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

O tempo estimado para a produção do Bolinho é de 3,98 minutos, o que equivale a um<br />

custo total com MOD de R$ 0,45 e um custo unitário de R$ 0,05. Também fica evidenciado<br />

que o custo total com matéria prima é de R$ 3,15 e seu custo unitário R$ 0,32.<br />

Calça Virada 225g<br />

Quadro 32 - MP e MOD – Calça Virada<br />

Ingredientes Medida Quant Custo Total<br />

Massa Assado Kg 1,35 R$2,43 R$3,29<br />

Açúcar Kg 0,05 R$6,00 R$0,30<br />

Total Receita R$ 3,59<br />

Rendimento Unid. 6<br />

Custo por unidade R$ 0,60<br />

Custo MOD Calça Virada 225g<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Cortar; Pesar; Modelar 1,96 R$0,1142 R$0,22<br />

Fritar 2,34 R$0,1142 R$0,27<br />

Total Receita 4,30 R$0,49<br />

Rend. Un. 6<br />

Custo do Un. R$0,08<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

O tempo estimado para a produção do Bolinho é de 4,30 minutos, o que equivale a um<br />

custo total com MOD de R$ 0,49 e um custo unitário de R$ 0,08. Também fica evidenciado<br />

que o custo total com matéria prima seja de R$ 3,57 e seu custo unitário R$ 0,60.<br />

74


Quadro 33 - MP e MOD – Pão de Ló<br />

Bolo Pao de Ló<br />

Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total<br />

Farinha Kg 1,1 R$1,12 R$1,23<br />

Ovos Um 40 R$0,20 R$8,00<br />

Açúcar Kg 0,4 R$2,20 R$0,88<br />

Fermento Kg 0,1 R$9,44 R$0,94<br />

Total Receita 4,1Kg R$ 11,06<br />

Rendimento Unid. 14<br />

Custo por unidade R$ 0,79<br />

Custo com MOD<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Batedeira 19 R$0,1142 R$2,17<br />

Colocar formas 4 R$0,1142 R$0,46<br />

Pesagem 2 R$0,1142 R$0,23<br />

Total Receita 25 R$ 2,85<br />

Rendimento Unid. 14<br />

Custo por unidade R$ 0,20<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

O produto pão de ló é um subproduto das tortas, e seu valor é agregado a estes,<br />

usando-se o seu custo total pelo método custeio por absorção. A receita para se fabricar o<br />

subproduto pão de ló leva em torno de 25 minutos para ficar pronta, com isto temos que para<br />

a fabricação de 14 unidades semanais, o custo total com MOD será de R$ 2,85 e<br />

consequentemente R$ 0,20 o custo unitário com MOD. Ainda, esta receita tem um custo total<br />

com matéria prima de R$ 11,06 e um custo unitário de R$ 0,79.<br />

Quadro 34 - MP e MOD – Recheio Bom<br />

Recheio Bom<br />

Ingredientes<br />

Unidade<br />

Medida Quantidade Custo Total<br />

Açúcar Kg 0,4 R$2,20 R$0,88<br />

Leite condensado Kg 3,2 R$5,38 R$17,22<br />

Leite l 4 R$1,53 R$6,12<br />

Ovo Un 60(1,80Kg) 0,20 12,00<br />

Maisena Kg 0,2 8,92 1,78<br />

Total Receita 9,6 R$ 38,00<br />

Rendimento Kg 9,60<br />

Custo por Kg<br />

Custo com MOD<br />

R$ 3,96<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Misturar ingredientes 4 R$0,1142 R$0,46<br />

Fogão a gás 21 R$0,1142 R$2,40<br />

Total Receita 25 R$ 2,85<br />

Rendimento 9,60<br />

Custo por Kg<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

R$ 0,30<br />

75


O produto Recheio Bom é um subproduto das tortas, e seu valor vai ser agregado a<br />

estes usando-se o seu custo total pelo método custeio por absorção, nota-se que este rende<br />

9,6Kg de recheio.<br />

O tempo necessário para a fabricação deste subproduto é de aproximadamente 25<br />

minutos, o que representa um custo total com MOD de R$ 2,85 e um custo unitário de R$<br />

0,30 também, este subproduto requer um total de R$ 38,00 com matéria prima, para a<br />

produção de 9,6Kg o que representa um custo unitário por quilograma de R$ 3,96.<br />

Quadro 35 - MP e MOD – Torta de Bombom<br />

Torta de bombom<br />

Ingredientes<br />

Unidade<br />

Medida Quantidade Custo Total<br />

Pão de Ló un 2 (,58Kg) 1,91 3,81<br />

Recheio bom Kg 1,195 5,59 6,68<br />

Bombom Kg 0,075 15,87 1,19<br />

Leite condensado Kg 0,33 5,38 1,78<br />

Cobertura chantili Kg 0,25 11,66 2,92<br />

Total Receita R$ 16,37<br />

Rendimento Kg 2,43<br />

Custo por Kg R$ 6,74<br />

Custo com MOD<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Montar 20 R$0,1142 R$2,28<br />

Total Receita 20 R$ 2,28<br />

Rendimento 2,43<br />

Custo por Kg R$ 0,94<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

O tempo requerido para a montagem da torta de bombom é de aproximadamente 20<br />

minutos, o que corresponde a um custo total com MOD de R$ 2,28 para cada torta montada,<br />

ainda, o custo com matéria prima é de R$ 16,37.<br />

76


Quadro 36 - MP e MOD – Recheio Creme de Café<br />

Recheio creme café<br />

Ingredientes<br />

Unidade<br />

Medida Quantidade Custo Total<br />

Ovo Um 90(2,70Kg) 0,20 18,00<br />

Açúcar Kg 0,7 2,20 1,54<br />

Manteiga Kg 0,8 5,30 4,24<br />

Café Kg 0,1 32,90 3,29<br />

Total Receita R$ 27,07<br />

Rendimento Kg 4,30<br />

Custo por Kg R$ 6,30<br />

Custo com MOD<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Misturar ingredientes 5 R$0,1142 R$0,57<br />

Ferver 21 R$0,1142 R$2,40<br />

Total Receita 26 R$ 2,97<br />

Rendimento Kg 4,3<br />

Custo por Kg R$ 0,69<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Para ser fabricado o subproduto creme de café é necessário um tempo estimado de 26<br />

minutos, isto representa um custo com MOD de R$ 2,97, sendo que esta receita rende 4,3Kg<br />

sendo assim, para cada quilograma há um custo de R$ 0,69 com MOD, também, esta receita<br />

gera um custo com matéria prima de R$ 27,07 sendo que o custo unitário do quilograma é de<br />

R$ 6,30.<br />

Quadro 37 - MP e MOD – Torta Creme de Café<br />

Torta de Creme de Café<br />

Ingredientes<br />

Unidade<br />

Medida Quantidade Custo Total<br />

Pão de Ló Um 2(,58Kg) 1,91 3,81<br />

Recheio bom Kg 1,195 5,59 6,68<br />

Recheio creme de café Kg 0,98 10,08 9,88<br />

Leite condensado Kg 0,33 5,38 1,78<br />

Cobertura chantili Kg 0,25 11,66 2,92<br />

Total Receita 2,76 R$ 25,06<br />

Rendimento Kg 3,34<br />

Custo por Kg R$ 9,10<br />

Custo com MOD<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Montar 20 R$0,0108 R$0,22<br />

Total Receita 20 R$ 2,97<br />

Rendimento Kg 3,34<br />

Custo por Kg R$ 0,06<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

77


Para a montagem de uma unidade de torta de creme de café que pesa 3,34Kg é<br />

necessário um tempo estimado de 20 minutos, sendo que o custo unitário com MOD é de R$<br />

0,60 ainda há um custo necessário para sua montagem de R$ 25,06 com matéria prima.<br />

Nota-se que tanto para a torta de bombom quanto para a torta de creme de café são<br />

utilizados subprodutos que são fabricados na própria confeitaria, foi alocado o custo destes<br />

produtos conforme apurado no quadro 51 onde são demonstrados os custos totais conforme<br />

custeio por absorção.<br />

Quadro 38 - MP e MOD – Pastelzinho<br />

Pastelzinho (congeldao)<br />

Ingredientes<br />

Unidade<br />

Medida Quantidade Custo Total<br />

Farinha Kg 5,5 R$1,12 R$6,16<br />

Gema Um 30 R$0,20 R$6,00<br />

Leite l 1 R$1,53 R$1,53<br />

Sal Kg 0,095 R$0,80 R$0,08<br />

Açúcar Kg 0,07 R$2,20 R$0,15<br />

Óleo l 0,1 R$2,68 R$0,27<br />

Vinagre l 0,1 R$1,57 R$0,16<br />

Carne de Gado Kg 4,05 R$6,00 R$24,30<br />

Polvilho Kg 0,2 R$2,54 R$0,51<br />

Total Receita R$ 39,15<br />

Rendimento Unid. 405<br />

Custo por unidade<br />

Custo com MOD<br />

R$ 0,10<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Batedeira Bolacha 15 R$0,1142 R$1,71<br />

Cilindro 15 R$0,1142 R$1,71<br />

Corte moldar 12 R$0,1142 R$1,37<br />

Total Receita 42 R$ 4,80<br />

Rendimento Unid. 405<br />

Custo por unidade<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

R$ 0,01<br />

Do produto pastelzinho são fabricados 405 unidades diariamente, que são congeladas e<br />

distribuídas posteriormente, para a fabricação deste produto é necessário um tempo estimado<br />

de 42 minutos, o que significa um custo total com MOD de R$ 4,08 e consequentemente um<br />

custo unitário de R$ 0,01 ainda com relação à matéria prima, este produto apresenta um custo<br />

total de R$ 39,15 e um custo por unidade de R$ 0,10.<br />

A seguir constam os custos relativos às pizzas montadas, nestas pizzas foi alocado o<br />

custo total da massa de pizza, que neste caso se tornou em um subproduto.<br />

78


Quadro 39 - MP e MOD – Pizza Frango Pequena<br />

Pizza Frango<br />

Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total<br />

Massa Pronta Um 20 R$0,44 R$8,84<br />

Molho de tomate Kg 1 R$3,95 R$3,95<br />

Queijo Kg 2,2 R$2,80 R$6,16<br />

Frango Kg 1,6 R$3,80 R$6,08<br />

Milho e ervilha Kg 0,2 R$3,66 R$0,73<br />

Tomate Kg 0,3 R$1,30 R$0,39<br />

Pimentão Kg 0,1 R$3,00 R$0,30<br />

Total Receita R$ 26,46<br />

Rendimento Unid. 20<br />

Custo por unidade R$ 1,32<br />

Custo com MOD<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Picar ingredientes 5 R$0,1142 R$0,61<br />

Montar/pesar/embalar 18 R$0,1142 R$2,09<br />

Total Receita 23,66 R$ 2,70<br />

Rendimento Unid. 20<br />

Custo por unidade R$ 0,14<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Para a fabricação de 20 unidades de pizza de frango pequena são necessários<br />

aproximadamente 23minutos de MOD o que representa um custo total de R$ 2,70 e um custo<br />

unitário de R$ 0,14 enquanto que o custo total com matéria prima é de R$ 26,46 o que<br />

significa um custo unitário de R$ 1,32.<br />

Quadro 40 - MP e MOD – Pizza Calabresa Pequena<br />

Pizza Calabresa<br />

Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total<br />

Massa Pronta Um 20 R$0,44 R$8,84<br />

Molho de tomate Kg 1 R$3,95 R$3,95<br />

Queijo Kg 2,2 R$2,80 R$6,16<br />

Calabresa Kg 0,9 R$7,30 R$6,57<br />

Milho e ervilha Kg 0,2 R$3,66 R$0,73<br />

Tomate Kg 0,3 R$1,30 R$0,39<br />

Pimentão Kg 0,1 R$3,00 R$0,30<br />

Total Receita R$ 26,95<br />

Rendimento Unid. 20<br />

Custo por unidade R$ 1,35<br />

Custo com MOD<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Picar ingredientes 5 R$0,1142 R$0,61<br />

Montar/pesar/embalar 18 R$0,1142 R$2,09<br />

Total Receita 24 R$ 2,70<br />

Rendimento Unid. 20<br />

Custo por unidade R$ 0,14<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

79


Na fabricação de 20 unidades de pizza de calabresa pequena é necessário<br />

aproximadamente 24 minutos de MOD o que representa um custo total de R$ 2,70 e um custo<br />

unitário de R$ 0,14 já o custo total com matéria prima é de R$ 26,95 o que significa um custo<br />

unitário de R$ 1,35.<br />

Quadro 41 - MP e MOD – Pizza de Bacon Pequena<br />

Pizza Bacon<br />

Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total<br />

Massa Pronta Um 15 R$0,44 R$6,63<br />

Molho de tomate Kg 1 R$3,95 R$3,95<br />

Queijo Kg 2,2 R$2,80 R$6,16<br />

Bacon Kg 0,68 R$10,12 R$6,88<br />

Milho e ervilha Kg 0,2 R$3,66 R$0,73<br />

Tomate Kg 0,3 R$1,30 R$0,39<br />

Pimentão Kg 0,1 R$3,00 R$0,30<br />

Total Receita R$ 25,05<br />

Rendimento Unid. 15<br />

Custo por unidade R$ 1,67<br />

Custo com MOD<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Picar ingredientes 4 R$0,1142 R$0,46<br />

Montar/pesar/embalar 14 R$0,1142 R$1,57<br />

Total Receita 18 R$ 2,03<br />

Rendimento Unid. 15<br />

Custo por unidade R$ 0,14<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Para a fabricação de 15 unidades de pizza de bacon pequena é necessário<br />

aproximadamente 18 minutos de MOD o que representa um custo total de R$ 2,03 e um custo<br />

unitário de R$ 0,14 já o custo total com matéria prima é de R$ 25,05 o que significa um custo<br />

unitário de R$ 1,67.<br />

Quadro 42 - MP e MOD – Pizza de Carne de Gado Pequena<br />

Pizza Carne de Gado<br />

Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total<br />

Massa Pronta Um 15 R$0,44 R$6,63<br />

Molho de tomate Kg 1 R$3,95 R$3,95<br />

Queijo Kg 2,2 R$2,80 R$6,16<br />

Carne de Gado Kg 0,98 R$6,00 R$5,88<br />

Milho e ervilha Kg 0,2 R$3,66 R$0,73<br />

Tomate Kg 0,3 R$1,30 R$0,39<br />

Pimentão Kg 0,1 R$3,00 R$0,30<br />

Total Receita R$ 24,04<br />

Rendimento Unid. 15<br />

Custo por unidade R$ 1,60<br />

Custo com MOD<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Picar ingredientes 4 R$0,1142 R$0,46<br />

Montar/pesar/embalar 14 R$0,1142 R$1,57<br />

Total Receita 18 R$ 2,03<br />

Rendimento Unid. 15<br />

Custo por unidade R$ 0,14<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

80


Para a produção de 15 unidades de pizza de carne de gado pequena é necessário<br />

aproximadamente 18 minutos de MOD o que representa um custo total de R$ 2,03 e um custo<br />

unitário de R$ 0,14 já o custo total com matéria prima é de R$ 24,04 o que significa um custo<br />

unitário de R$ 1,60.<br />

Quadro 43 - MP e MOD – Pizza de Presunto Pequena<br />

Pizza Presunto<br />

Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total<br />

Massa Pronta Um 15 R$0,44 R$6,63<br />

Molho de tomate Kg 1 R$3,95 R$3,95<br />

Queijo Kg 2,2 R$2,80 R$6,16<br />

Presunto Kg 0,9 R$4,47 R$4,02<br />

Milho e ervilha Kg 0,2 R$3,66 R$0,73<br />

Tomate Kg 0,3 R$1,30 R$0,39<br />

Pimentão Kg 0,1 R$3,00 R$0,30<br />

Total Receita R$ 22,19<br />

Rendimento Unid. 15<br />

Custo por unidade R$ 1,48<br />

Custo com MOD<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Picar ingredientes 4 R$0,1142 R$0,46<br />

Montar/pesar/embalar 14 R$0,1142 R$1,57<br />

Total Receita 18 R$ 2,03<br />

Rendimento Unid. 15<br />

Custo por unidade R$ 0,14<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Para a fabricação de 15 unidades de pizza de presunto pequena é necessário<br />

aproximadamente 18 minutos de MOD o que representa um custo total de R$ 2,03 e um custo<br />

unitário de R$ 0,14 já o custo total com matéria prima é de R$ 22,19 o que significa um custo<br />

unitário de R$ 1,48.<br />

81


Pizza Presunto Grande<br />

Quadro 44 - MP e MOD – Pizza de Presunto Grande<br />

Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total<br />

Massa Pronta Um 7 R$0,61 R$4,27<br />

Molho de tomate Kg 0,39 R$3,95 R$1,54<br />

Queijo Kg 2 R$2,80 R$5,60<br />

Presunto Kg 0,77 R$4,47 R$3,44<br />

Milho e ervilha Kg 0,14 R$3,66 R$0,51<br />

Tomate Kg 0,11 R$1,30 R$0,14<br />

Pimentão Kg 0,11 R$3,00 R$0,33<br />

Total Receita R$ 15,84<br />

Rendimento Unid. 7<br />

Custo por unidade R$ 2,26<br />

Custo com MOD<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Picar ingredientes 2 R$0,1142 R$0,21<br />

Montar/pesar/embalar 6 R$0,1142 R$0,73<br />

Total Receita 8 R$ 0,95<br />

Rendimento Unid. 7<br />

Custo por unidade R$ 0,14<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Na fabricação de sete unidades de pizza de presunto grande é necessário<br />

aproximadamente 8 minutos de MOD o que representa um custo total de R$ 0,95 e um custo<br />

unitário de R$ 0,14 já o custo total com matéria prima é de R$ 15,84 o que significa um custo<br />

unitário de R$ 2,26.<br />

Quadro 45 - MP e MOD – Pizza de Calabresa Grande<br />

Pizza Calabresa Grande<br />

Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total<br />

Massa Pronta Um 15 R$0,61 R$9,15<br />

Molho de tomate Kg 0,83 R$3,95 R$3,28<br />

Queijo Kg 4,28 R$2,80 R$11,98<br />

Calabresa Kg 0,98 R$7,30 R$7,15<br />

Milho e ervilha Kg 0,3 R$3,66 R$1,10<br />

Tomate Kg 0,23 R$1,30 R$0,30<br />

Pimentão Kg 0,23 R$3,00 R$0,69<br />

Total Receita R$ 33,65<br />

Rendimento Unid. 15<br />

Custo por unidade R$ 2,24<br />

Custo com MOD<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Picar ingredientes 4 R$0,1142 R$0,46<br />

Montar/pesar/embalar 14 R$0,1142 R$1,57<br />

Total Receita 18 R$ 2,03<br />

Rendimento 15<br />

Custo por unidade R$ 0,14<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

82


Para a fabricação de 15 unidades de pizza de calabresa grande é necessário<br />

aproximadamente 18 minutos de MOD o que representa um custo total de R$ 2,93 e um custo<br />

unitário de R$ 0,14 já o custo total com matéria prima é de R$ 33,65 o que significa um custo<br />

unitário de R$ 2,24.<br />

Quadro 46 - MP e MOD – Pizza de Frango Grande<br />

Pizza Frango Grande<br />

Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total<br />

Massa Pronta Um 10 R$0,61 R$6,10<br />

Molho de tomate Kg 0,55 R$3,95 R$2,17<br />

Queijo Kg 2,85 R$2,80 R$7,98<br />

Frango Kg 0,95 R$3,80 R$3,61<br />

Milho e ervilha Kg 0,2 R$3,66 R$0,73<br />

Tomate Kg 0,15 R$1,30 R$0,20<br />

Pimentão Kg 0,15 R$3,00 R$0,45<br />

Total Receita R$ 21,24<br />

Rendimento Unid. 10<br />

Custo por unidade R$ 2,12<br />

Custo com MOD<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Picar ingredientes 3 R$0,1142 R$0,31<br />

Montar/pesar/embalar 9 R$0,1142 R$1,05<br />

Total Receita 12 R$ 1,35<br />

Rendimento Unid. 10<br />

Custo por unidade R$ 0,14<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Para a fabricação de 10 unidades de pizza de frango grande é necessário<br />

aproximadamente 12 minutos de MOD o que representa um custo total de R$ 1,35 e um custo<br />

unitário de R$ 0,14 já o custo total com matéria prima é de R$ 21,24 o que significa um custo<br />

unitário de R$ 2,12.<br />

Quadro 47 - MP e MOD – Pizza de Carne de Gado Grande<br />

Pizza carne de Gado Grande<br />

Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total<br />

Massa Pronta Um 7 R$0,61 R$4,27<br />

Molho de tomate Kg 0,39 R$3,95 R$1,54<br />

Queijo Kg 2 R$2,80 R$5,60<br />

Carne de Gado Kg 0,67 R$6,00 R$4,02<br />

Milho e ervilha Kg 0,14 R$3,66 R$0,51<br />

Tomate Kg 0,11 R$1,30 R$0,14<br />

Pimentão Kg 0,11 R$3,00 R$0,33<br />

Total Receita R$ 16,41<br />

Rendimento Unid. 7<br />

Custo por unidade R$ 2,34<br />

Custo com MOD<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Picar ingredientes 2 R$0,1142 R$0,21<br />

Montar/pesar/embalar 6 R$0,1142 R$0,73<br />

Total Receita 8 R$ 0,95<br />

Rendimento 7<br />

Custo por unidade R$ 0,14<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

83


Na fabricação de sete unidades de pizza de carne de gado grande é necessário<br />

aproximadamente 8 minutos de MOD o que representa um custo total de R$ 0,95 e um custo<br />

unitário de R$ 0,14 já o custo total com matéria prima é de R$ 16,41 o que significa um custo<br />

unitário de R$ 2,34.<br />

Quadro 48 - MP e MOD – Pizza de Bacon Grande<br />

Pizza Bacon Grande<br />

Ingredientes Unidade Medida Quantidade Custo Total<br />

Massa Pronta Um 7 R$0,61 R$4,27<br />

Molho de tomate Kg 0,39 R$3,95 R$1,54<br />

Queijo Kg 2 R$2,80 R$5,60<br />

Bacon Kg 0,46 R$10,12 R$4,66<br />

Milho e ervilha Kg 0,14 R$3,66 R$0,51<br />

Tomate Kg 0,11 R$1,30 R$0,14<br />

Pimentão Kg 0,11 R$3,00 R$0,33<br />

Total Receita R$ 17,05<br />

Rendimento Unid. 7<br />

Custo por unidade R$ 2,44<br />

Custo com MOD<br />

Setores Tempo Custo minuto Custo total<br />

Picar ingredientes 2 R$0,1142 R$0,21<br />

Montar/pesar/embalar 6 R$0,1142 R$0,73<br />

Total Receita 8 0,95<br />

Rendimento 7<br />

Custo por unidade 0,14<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Ao produzir sete unidades de pizza de carne de gado grande é necessário<br />

aproximadamente 8 minutos de MOD o que representa um custo total de R$ 0,95 e um custo<br />

unitário de R$ 0,14 já o custo total com matéria prima é de R$ 17,05 o que significa um custo<br />

unitário de R$ 2,44.<br />

3.7 Apuração do Custo Total<br />

A seguir apresentam-se informações pertinentes ao rateio dos custos indiretos aos<br />

produtos. Os Custos indiretos foram classificados como fixos e também foram separados os<br />

custos com depreciação especifica e comum a todos os processos e/ou produtos, os quais<br />

foram apropriados aos produtos em estudo conforme o tempo utilizado em cada processo de<br />

produção.<br />

84


Rateio dos CIF<br />

Produtos<br />

Quadro 49 - Custo Fixo Total<br />

Tempo<br />

Total<br />

Tempo<br />

Unit.<br />

CIF<br />

min<br />

CIF<br />

Unit.<br />

Quant.<br />

Prod.<br />

85<br />

CF Total<br />

– R$<br />

Pequena 100g 40,00 0,40 0,51 0,2036 400 81,44<br />

Grande 225g 21,00 0,42 0,51 0,2138 200 42,76<br />

Pão cacetinho (pão francês) 40,00 0,04 0,51 0,0212 22.500 477,19<br />

Pão de Xis Grande 31,00 0,31 0,51 0,1578 2.600 410,26<br />

Pão de Xis Pequeno 15,00 0,25 0,51 0,1273 1.560 198,51<br />

Pão Fatiado 45,00 1,13 0,51 0,5726 1.040 595,54<br />

Pão de Cachorro Quente 80g 30,00 0,16 0,51 0,0812 4.888 397,02<br />

Pão de Cachorro Quente 50g 25,00 0,25 0,51 0,1273 2.600 330,85<br />

Pão Sovado 20,00 1,67 0,51 0,8483 312 64,68<br />

Cuca 82,00 2,05 0,51 1,0435 1.040 1.085,20<br />

Recheios de Cuca 15,00 0,38 0,51 0,1909 - -<br />

Cobertura de Cuca 10,00 0,25 0,51 0,1273 - -<br />

Pão Bifê (cachorro quente grande) 120g 64,00 0,21 0,51 0,1086 7.800 846,98<br />

Bolacha de Manteiga 50,00 0,07 0,51 0,0339 3.000 101,80<br />

Massa Assado 13,00 1,50 0,51 0,7641 - -<br />

Cuquinha 280g 1,63 0,41 0,51 0,2073 104 21,56<br />

Rosca 180g 1,05 0,26 0,51 0,1333 104 13,86<br />

Assado 300g 2,62 0,44 0,51 0,2221 156 34,65<br />

Pastelão 335g 2,92 0,49 0,51 0,2480 156 38,69<br />

Bolinho 125g 3,98 0,40 0,51 0,2028 260 52,72<br />

Calça Virada 225g 4,30 0,72 0,51 0,3650 156 56,93<br />

Bolo Pão de Ló 25,00 1,79 0,51 0,9089 - -<br />

Recheio Bom 25,00 2,60 0,51 1,3255 - -<br />

Torta de bombom 20,00 20,00 0,51 10,1801 25 254,50<br />

Recheio creme café 26,00 6,05 0,51 3,0777 - -<br />

Torta de Creme de Café 20,00 6,00 0,51 3,053 25 76,31<br />

Pastelzinho (congelado) 42,00 0,10 0,51 0,0100 1.620 16,20<br />

Pizza Frango 23,66 1,18 0,51 0,6023 80 48,18<br />

Pizza Calabresa 23,66 1,18 0,51 0,6023 80 48,18<br />

Pizza Bacon 17,75 1,18 0,51 0,6023 60 36,14<br />

Pizza Carne de Gado 17,75 1,18 0,51 0,6023 60 36,14<br />

Pizza Presunto 17,75 1,18 0,51 0,6023 60 36,14<br />

Pizza Presunto Grande 8,28 1,18 0,51 0,6023 28 16,86<br />

Pizza Calabresa Grande 17,75 1,18 0,51 0,6023 75 45,17<br />

Pizza Frango Grande 11,83 1,18 0,51 0,6023 40 24,09<br />

Pizza carne de Gado Grande 8,28 1,18 0,51 0,6023 28 16,86<br />

Pizza Bacon Grande 8,28 1,18 0,51 0,6023 28 16,86<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

No quadro 49 foi elencado o tempo total que é gasto na produção e o tempo unitário e<br />

logo após encontra-se o custo indireto fixo, calculado anteriormente, conforme consta no<br />

quadro 10, estes dados são relevantes para se chegar ao rateio do custo indireto fixo alocado


aos produtos de forma unitária e o custo fixo total do produto, para posteriormente ser<br />

efetuado o cálculo do ponto de equilíbrio.<br />

É importante frisar que para os produtos Recheios de Cuca, Cobertura de Cuca, Massa<br />

Assada, Bolo Pão de Ló, Recheio Bom e Recheio creme café, não foi calculado o custo fixo<br />

total, por que estes são na realidade subprodutos, não são comercializados, e não irão<br />

interferir no calculo do ponto de equilíbrio.<br />

Produtos<br />

Quadro 50 - Rateio das Depreciações aos Produtos<br />

Tempo<br />

Total<br />

Tempo<br />

Unit. Deprec/min<br />

86<br />

Custo com deprec<br />

por unidade – R$<br />

PADARIA<br />

Pequena 100g 40 0,40 0,0108 0,0043<br />

Grande 225g 21 0,42 0,0108 0,0045<br />

Pão cacetinho (pão francês) 40 0,04 0,0108 0,0004<br />

Pão de Xis Grande 31 0,31 0,0108 0,0033<br />

Pão de Xis Pequeno 15 0,25 0,0108 0,0027<br />

Pão Fatiado 45 1,13 0,0108 0,0121<br />

Pão de Cachorro Quente 80g 30 0,16 0,0108 0,0017<br />

Pão de Cachorro Quente 50g 25 0,25 0,0108 0,0027<br />

Pão Sovado 20 1,67 0,0108 0,0180<br />

Cuca 82 2,05 0,0108 0,0221<br />

Recheios de Cuca 15 0,38 0,0108 0,0040<br />

Cobertura de Cuca 10 0,25 0,0108 0,0027<br />

Pão Bufê (cachorro quente grande) 120g 64 0,21 0,0108 0,0023<br />

Bolacha de Manteiga 0 0,07 0,0108 0,0007<br />

Total Depreciação Padaria 88 0,08<br />

CONFEITARIA<br />

Massa Assado 13 1,50 0,0028 0,0041<br />

Cuquinha 280g 2 0,41 0,0028 0,0011<br />

Rosca 180g 1 0,26 0,0028 0,0007<br />

Assado 300g 3 0,44 0,0028 0,0012<br />

Pastelão 335g 3 0,49 0,0028 0,0013<br />

Bolinho 125g 4 0,40 0,0028 0,0011<br />

Calça Virada 225g 4 0,72 0,0028 0,0020<br />

Bolo Pão de Ló 25 1,79 0,0028 0,0049<br />

Recheio Bom 25 2,60 0,0028 0,0072<br />

Torta de bombom 20 20,00 0,0028 0,0552<br />

Recheio creme café 26 6,05 0,0028 0,0167<br />

Torta de Creme de Café 20,00 6,00 0,0028 0,01656<br />

Pastelzinho (congelado) 42 0,10 0,0028 0,0003<br />

Pizza Frango 24 1,18 0,0028 0,0033<br />

Pizza Calabresa 24 1,18 0,0028 0,0033<br />

Pizza Bacon 18 1,18 0,0028 0,0033<br />

Pizza Carne de Gado 18 1,18 0,0028 0,0033<br />

Pizza Presunto 18 1,18 0,0028 0,0033<br />

Pizza Presunto Grande 8 1,18 0,0028 0,0033<br />

Pizza Calabresa Grande 18 1,18 0,0028 0,0033<br />

Pizza Frango Grande 12 1,18 0,0028 0,0033<br />

Pizza carne de Gado Grande 8 1,18 0,0028 0,0033<br />

Pizza Bacon Grande 8 1,18 0,0028 0,0033<br />

Total Depreciação Confeitaria 330 0,18<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa


Conforme o quadro anterior foi apurado o valor da depreciação por produto e por<br />

setor. Onde inicialmente foi considerado o tempo total de produção, efetuando-se a divisão<br />

pelo total de produtos fabricados encontrando o tempo unitário de produção, após isso, foi<br />

feito a multiplicação pelo valor da depreciação de cada setor, ou seja, da padaria e da<br />

confeitaria, e o resultado destas operações é o custo com depreciação por unidade.<br />

No caso do pão cacetinho o custo unitário com depreciação que será alocado ao custo<br />

total do produto, corresponde à R$ 0,0004 este valor parece até certo ponto insignificante,<br />

mas se a empresa deixar de alocar este custo estará deixando de provisionar a depreciação que<br />

está implícita na produção.<br />

3.7.1 Apuração do Custo total – Método de Custeio por Absorção<br />

O custeio por absorção abrange todos os custos da empresa, além de respeitar os<br />

princípios fundamentais de contabilidade e ser aceito pela legislação brasileira. Neste método<br />

é considerado o custo com Matéria Prima (MP), os custos com Mão de Obra Direta (MOD), o<br />

Custo Indireto Fixo(CIF), as Depreciações Específicas(DE), além das embalagens, que<br />

somando tudo, encontra-se o Custo Total, assim, saberemos exatamente quanto devemos<br />

dispor para cobrir os custos.<br />

87


Quadro 51 - Apuração do Custo – Método Custeio por Absorção<br />

Custo total - Método de custeio por absorção<br />

Produtos MP MOD CIF<br />

Deprec.<br />

Especifica Emb. CT<br />

Massa de Pizza Pequena 100g R$0,12 R$0,06 R$0,20 R$0,004 R$0,05 R$0,44<br />

Massa de Pizza Grande 225g R$0,28 R$0,06 R$0,21 R$0,005 R$0,05 R$0,61<br />

Pão Francês R$0,05 R$0,01 R$0,02 R$0,0004 R$0,10 R$0,18<br />

Pão de Xis Grande R$0,21 R$0,05 R$0,16 R$0,003 R$0,10 R$0,52<br />

Pão de Xis Pequeno R$0,14 R$0,04 R$0,13 R$0,003 R$0,10 R$0,41<br />

Pão Fatiado R$0,58 R$0,17 R$0,57 R$0,012 R$1,00 R$2,34<br />

Pão de Cachorro Quente 80g R$0,07 R$0,03 R$0,08 R$0,002 R$0,10 R$0,28<br />

Pão de Cachorro Quente 50g R$0,05 R$0,04 R$0,13 R$0,003 R$0,10 R$0,31<br />

Pão Sovado R$0,56 R$0,25 R$0,85 R$0,018 R$0,10 R$1,78<br />

Cuca R$0,90 R$0,31 R$1,04 R$0,022 R$0,20 R$2,48<br />

Recheios de Cuca R$1,97 R$0,06 R$0,19 R$0,004 R$- R$2,22<br />

Cobertura de Cuca R$0,12 R$0,04 R$0,13 R$0,003 R$- R$0,29<br />

Pão Bufê (cachorro quente grande) 120g R$0,11 R$0,03 R$0,11 R$0,002 R$0,10 R$0,35<br />

Bolacha de Manteiga R$0,04 R$0,01 R$0,03 R$0,001 R$0,15 R$0,24<br />

Massa Assado R$1,49 R$0,17 R$0,76 R$0,004 R$- R$2,43<br />

Cuquinha 280g R$0,71 R$0,05 R$0,21 R$0,001 R$- R$0,96<br />

Rosca 180g R$0,47 R$0,03 R$0,13 R$0,001 R$- R$0,63<br />

Assado 300g R$0,98 R$0,05 R$0,22 R$0,001 R$- R$1,25<br />

Pastelão 335g R$0,82 R$0,06 R$0,25 R$0,001 R$- R$1,12<br />

Bolinho 125g R$0,32 R$0,05 R$0,20 R$0,001 R$- R$0,56<br />

Calça Virada 225g R$0,60 R$0,08 R$0,36 R$0,002 R$- R$1,05<br />

Bolo Pão de Ló R$0,79 R$0,20 R$0,91 R$ 0,005 R$ - R$ 1,91<br />

Recheio Bom R$3,96 R$0,30 R$1,33 R$ 0,007 R$ - R$ 5,59<br />

Torta de bombom R$6,74 R$0,94 R$4,19 R$ 0,023 R$1,54 R$13,43<br />

Recheio creme café R$6,30 R$0,69 R$3,08 R$ 0,017 R$ - R$10,08<br />

Torta Creme café R$7,51 R$0,06 R$3,05 R$0,017 R$2,12 R$12,77<br />

Pastelzinho (congelado) R$0,10 R$0,01 R$0,01 R$0,000 R$0,20 R$0,32<br />

Pizza Frango R$1,32 R$0,14 R$0,60 R$0,003 R$0,21 R$2,27<br />

Pizza Calabresa R$1,35 R$0,14 R$0,60 R$0,003 R$0,21 R$2,30<br />

Pizza Bacon R$1,67 R$0,14 R$0,60 R$0,003 R$0,21 R$2,62<br />

Pizza Carne de Gado R$1,60 R$0,14 R$0,60 R$0,003 R$0,21 R$2,55<br />

Pizza Presunto R$1,48 R$1,48 R$0,60 R$0,003 R$0,21 R$3,77<br />

Pizza Presunto Grande R$2,26 R$0,14 R$0,60 R$0,003 R$0,21 R$3,21<br />

Pizza Calabresa Grande R$2,24 R$0,14 R$0,60 R$0,003 R$0,21 R$3,19<br />

Pizza Frango Grande R$2,12 R$0,14 R$0,60 R$0,003 R$0,21 R$3,07<br />

Pizza carne de Gado Grande R$2,34 R$0,14 R$0,60 R$0,003 R$0,21 R$3,30<br />

Pizza Bacon Grande R$2,44 R$0,14 R$0,60 R$0,003 R$0,21 R$3,39<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Neste quadro foi calculado o custo total pelo método de custeio por absorção, é dele<br />

que vai ser tiradas informações para formação do preço de venda. Como no caso do pão<br />

cacetinho, o custo com matéria prima é de R$ 0,05 a mão de obra direta representa um custo<br />

de R$ 0,01, o custo indireto fixo é de R$ 0,02 mais o custo de depreciação específica de R$<br />

88


0,0004 estes dados nos mostram um custo total de R$ 0,18. Dado este de suma importância<br />

para informações em nível gerencial.<br />

Na sequência, são apresentados quatro gráficos de produtos diferentes, com<br />

comparativos entre os custos de matéria prima, de mão de obra, custo indireto fixo e custo da<br />

depreciação, sendo que juntos formam o custo total, conforme o Método de Custeio por<br />

Absorção.<br />

Figura 17 - Gráfico Custos Totais – Pão Fatiado<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Nota-se que o maior custo deste produto é composto pela embalagem representando<br />

43% do custo total, em seguida a matéria prima do produto com 25%, também os custos fixos<br />

representam 24% e ainda a mão de obra direta representa 7% do custo total, as depreciações<br />

correspondem a 1% do custo.<br />

89


Pão Bifê (cachorro quente grande)<br />

120g<br />

1%<br />

28%<br />

31%<br />

31%<br />

9%<br />

Figura 18 - Gráfico Custos Totais - Pão Bufê<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

MP<br />

MOD<br />

CIF<br />

Deprec Especifica<br />

Embalagens<br />

Nota-se que os maiores custos deste produto são respectivamente a matéria prima e os<br />

custos indiretos de fabricação onde cada um representa 31% do custo total, em seguida as<br />

embalagens correspondem a 28%, também a mão de obra direta representa 9% e ainda, as<br />

depreciações correspondem a 1% do custo.<br />

Figura 19 - Gráfico Custos Totais – Torta Creme de Café<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Diferentemente dos produtos anteriores, a maior parte do custo da torta creme de café<br />

é a matéria prima, que corresponde a 59% do custo total, as embalagens representam 17% e o<br />

custo indireto de fabricação representa 24% do custo total.<br />

90


Figura 20 - Gráficos Custos Totais – Pizza Presunto Grande<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Nota-se que neste caso a matéria prima com 70%, representa a maior parte do custo<br />

total do produto, seguido pelos custos indiretos de fabricação que representam 19% e a mão<br />

de obra direta corresponde a 4% ainda o custo com embalagem representa 7% do custo total.<br />

3.7.2 Apuração do Custo total – Método de Custeio Variável<br />

O custeio direto, ou custeio variável, é um tipo de custeio que consiste em considerar<br />

como custo de produção do período apenas os custos variáveis incorridos, ou seja, leva em<br />

consideração somente o custo com Matéria Prima, o custo com Mão de Obra Direta, e as<br />

embalagens, não inclui o custo indireto fixo e a depreciação.<br />

91


Quadro 52 - Apuração do Custo – Método Custeio Variável<br />

Custo total - Método de custeio variável R$<br />

Produtos MP MOD Embalagem Custo total<br />

Massa Pizza Pequena 100g 0,12 0,06 0,05 0,23<br />

Massa Pizza Grande 225g 0,28 0,06 0,05 0,39<br />

Pão Francês 0,05 0,01 0,10 0,16<br />

Pão de Xis Grande 0,21 0,05 0,10 0,36<br />

Pão de Xis Pequeno 0,14 0,04 0,10 0,28<br />

Pão Fatiado 0,58 0,17 1,00 1,75<br />

Pão de Cachorro Quente 80g 0,07 0,03 0,10 0,20<br />

Pão de Cachorro Quente 50g 0,05 0,04 0,10 0,18<br />

Pão Sovado 0,56 0,25 0,10 0,91<br />

Cuca 0,90 0,31 0,20 1,41<br />

Recheios de Cuca 1,97 0,06 - 2,03<br />

Cobertura de Cuca 0,12 0,04 - 0,16<br />

Pão Bufê (cachorro quente grande) 120g 0,11 0,03 0,10 0,24<br />

Bolacha de Manteiga 0,04 0,01 0,15 0,20<br />

Cuquinha 0,71 0,05 - 0,76<br />

Rosca 0,47 0,03 - 0,50<br />

Assado 0,98 0,05 - 1,03<br />

Pastelão 0,82 0,06 - 0,87<br />

Sonho 0,32 0,05 - 0,36<br />

Calça virada 0,60 0,08 - 0,68<br />

Bolo Pão de Ló 0,79 0,20 - 0,99<br />

Recheio Bom 3,96 0,30 - 4,26<br />

Torta de bombom 6,74 0,94 1,54 9,22<br />

Recheio creme café 6,30 0,69 - 6,99<br />

Torta Creme café 7,51 0,06 2,12 9,70<br />

Pastelzinho (congelado) 0,10 0,01 0,20 0,31<br />

Pizza Frango 1,32 0,14 0,21 1,67<br />

Pizza Calabresa 1,35 0,14 0,21 1,69<br />

Pizza Bacon 1,67 0,14 0,21 2,01<br />

Pizza Carne de Gado 1,60 0,14 0,21 1,95<br />

Pizza Presunto 1,48 1,48 0,21 3,17<br />

Pizza Presunto Grande 2,26 0,14 0,21 2,61<br />

Pizza Calabresa Grande 2,24 0,14 0,21 2,59<br />

Pizza Frango Grande 2,12 0,14 0,21 2,47<br />

Pizza carne de Gado Grande 2,34 0,14 0,21 2,69<br />

Pizza Bacon Grande 2,44 0,14 0,21 2,78<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

De acordo com o quadro, fica expresso o valor total dos produtos pelo método custeio<br />

variável, este método por não ser aceito pela legislação vigente, é usado única e<br />

exclusivamente para informação gerencial.<br />

92


3.8 Formação do Preço de Venda Orientativo<br />

Após a apuração do custo total, apresenta-se o quadro 53 que fornece informações<br />

para a formação do Preço de venda – Mark up, esta tabela é uma ferramenta muito importante<br />

para a empresa, pois através dele é possível conhecer os percentuais que representam as<br />

despesas, impostos e a margem de lucro a qual se pretende alocar aos produtos. São<br />

calculados os Mark up‘s divisores e multiplicadores, onde podemos calcular o preço mínimo<br />

sabendo exatamente se está sendo aplicado ou não a margem de lucro desejada.<br />

Formação do Preço de Venda - Mark up<br />

Produtos<br />

Quadro 53 - Formação do Preço de Venda – Mark Up<br />

Despesas<br />

(%)<br />

Impostos<br />

(%)<br />

Margem<br />

de<br />

Lucro<br />

(%)<br />

Total<br />

(%)<br />

Mark<br />

up<br />

Divisor<br />

Mark up<br />

Multiplicador<br />

MK<br />

PV<br />

mínimo<br />

Pequena 100g 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403<br />

Grande 225g 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403<br />

Pão Francês 9,17 6,8 5 20,97 0,7903 1,2653 15,97 0,8403<br />

Pão de Xis Grande 9,17 6,8 6 21,97 0,7803 1,2816 15,97 0,8403<br />

Pão de Xis Pequeno 9,17 6,8 4 19,97 0,8003 1,2495 15,97 0,8403<br />

Pão Fatiado 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403<br />

Pão de Cachorro Quente 80g 9,17 6,8 6 21,97 0,7803 1,2816 15,97 0,8403<br />

Pão de Cachorro Quente 50g 9,17 6,8 5 20,97 0,7903 1,2653 15,97 0,8403<br />

Pão Sovado 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403<br />

Cuca 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403<br />

Pão bufê 120g 9,17 6,8 6 21,97 0,7803 1,2816 15,97 0,8403<br />

Bolacha de Manteiga 9,17 6,8 5 20,97 0,7903 1,2653 15,97 0,8403<br />

Cuquinha 280g 9,17 6,8 5 20,97 0,7903 1,2653 15,97 0,8403<br />

Rosca 180g 9,17 6,8 5 20,97 0,7903 1,2653 15,97 0,8403<br />

Assado 300g 9,17 6,8 5 20,97 0,7903 1,2653 15,97 0,8403<br />

Pastelão 335g 9,17 6,8 5 20,97 0,7903 1,2653 15,97 0,8403<br />

Bolinho 125g 9,17 6,8 5 20,97 0,7903 1,2653 15,97 0,8403<br />

Calça Virada 225g 9,17 6,8 5 20,97 0,7903 1,2653 15,97 0,8403<br />

Torta de bombom 9,17 6,8 15 30,97 0,6903 1,4486 15,97 0,8403<br />

Torta de Creme de Café 9,17 6,8 15 30,97 0,6903 1,4486 15,97 0,8403<br />

Pastelzinho (congelado) 9,17 6,8 15 30,97 0,6903 1,4486 15,97 0,8403<br />

Pizza Frango 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403<br />

Pizza Calabresa 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403<br />

Pizza Bacon 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403<br />

Pizza Carne de Gado 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403<br />

Pizza Presunto 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403<br />

Pizza Presunto Grande 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403<br />

Pizza Calabresa Grande 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403<br />

Pizza Frango Grande 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403<br />

Pizza carne de Gado Grande 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403<br />

Pizza Bacon Grande 9,17 6,8 10 25,97 0,7403 1,3508 15,97 0,8403<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

MK<br />

PV<br />

Min<br />

93


Conforme demonstrado no quadro anterior, com base na apuração do Mark up<br />

multiplicador ou do Mark-up divisor, que proporciona todos os custos por absorção, e a<br />

margem de lucro desejada é que será calculado o preço de venda orientativo.<br />

Este dado é de extrema importância, pois é o preço que a empresa deveria vender seus<br />

produtos para obter lucratividade desejada, e também a partir destes dados, pode-se fazer<br />

variar as margens de lucros em determinadas ocasiões, por questões de gerenciamento.<br />

Quadro 54 - Preço de Venda Orientativo - Custeio por Absorção<br />

Preço de venda Orientativo - custeio por absorção<br />

Produtos Custo total R$ Mark up PV Orientativo R$<br />

Pequena 100g 0,44 1,35080 0,60<br />

Grande 225g 0,61 1,35080 0,82<br />

Pão Francês 0,18 1,26534 0,23<br />

Pão de Xis Grande 0,52 1,28156 0,67<br />

Pão de Xis Pequeno 0,41 1,24953 0,51<br />

Pão Fatiado 2,34 1,35080 3,16<br />

Pão de Cachorro Quente 80g 0,28 1,28156 0,36<br />

Pão de Cachorro Quente 50g 0,31 1,26534 0,40<br />

Pão Sovado 1,78 1,35080 2,40<br />

Cuca 2,48 1,35080 3,35<br />

Pão bufê 0,35 1,28156 0,45<br />

Bolacha de Manteiga 0,24 1,26534 0,30<br />

Cuquinha 280g 0,96 1,26534 1,22<br />

Rosca 180g 0,63 1,26534 0,80<br />

Assado 300g 1,25 1,26534 1,59<br />

Pastelão 335g 1,12 1,26534 1,42<br />

Bolinho 125g 0,56 1,26534 0,71<br />

Calça Virada 225g 1,05 1,26534 1,32<br />

Torta de bombom 13,43 1,44865 19,46<br />

Torta de Creme de Café 12,77 1,44865 18,50<br />

Pastelzinho (congelado) 0,32 1,44865 0,46<br />

Pizza Frango 2,27 1,35080 3,07<br />

Pizza Calabresa 2,30 1,35080 3,10<br />

Pizza Bacon 2,62 1,35080 3,54<br />

Pizza Carne de Gado 2,55 1,35080 3,45<br />

Pizza Presunto 3,77 1,35080 5,10<br />

Pizza Presunto Grande 3,21 1,35080 4,34<br />

Pizza Calabresa Grande 3,19 1,35080 4,31<br />

Pizza Frango Grande 3,07 1,35080 4,15<br />

Pizza carne de Gado Grande 3,30 1,35080 4,45<br />

Pizza Bacon Grande 3,39 1,35080 4,57<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

94


Utilizando o mark-up multiplicador com base no custeio por absorção, baseado na<br />

margem de lucro desejada, obtêm-se o preço de venda orientativo. Como exemplo, pode-se<br />

citar o caso do pão cacetinho ou pão francês, onde o ideal é que este produto seja vendido por<br />

R$ 0,23, a Cuquinha 280g deve ser vendido por no mínimo R$ 1,22 e a Torta de Bombom R$<br />

19,46 o quilo.<br />

Quadro 55 - Preço de Venda Mínimo - Custeio Variável<br />

Preço de venda mínimo - custeio variável<br />

Produtos Custo variável R$ Mark up PV mínimo R$<br />

Pequena 100g 0,23 0,8403 0,28<br />

Grande 225g 0,39 0,8403 0,47<br />

Pão cacetinho (pão francês) 0,16 0,8403 0,19<br />

Pão de Xis Grande 0,36 0,8403 0,43<br />

Pão de Xis Pequeno 0,28 0,8403 0,33<br />

Pão Fatiado 1,75 0,8403 2,09<br />

Pão de Cachorro Quente 80g 0,20 0,8403 0,24<br />

Pão de Cachorro Quente 50g 0,18 0,8403 0,22<br />

Pão Sovado 0,91 0,8403 1,08<br />

Cuca 1,41 0,8403 1,68<br />

Pão bufê (cachorro quente grande) 120g 0,24 0,8403 0,29<br />

Bolacha de Manteiga 0,20 0,8403 0,24<br />

Cuquinha 280g 0,76 0,8403 0,90<br />

Rosca 180g 0,50 0,8403 0,59<br />

Assado 300g 1,03 0,8403 1,23<br />

Pastelão 335g 0,87 0,8403 1,04<br />

Bolinho 125g 0,36 0,8403 0,43<br />

Calça Virada 225g 0,68 0,8403 0,81<br />

Torta de bombom 9,22 0,8403 10,97<br />

Torta de Creme de Café 9,70 0,8403 11,54<br />

Pastelzinho (congelado) 0,31 0,8403 0,37<br />

Pizza Frango 1,67 0,8403 1,98<br />

Pizza Calabresa 1,69 0,8403 2,01<br />

Pizza Bacon 2,01 0,8403 2,40<br />

Pizza Carne de Gado 1,95 0,8403 2,32<br />

Pizza Presunto 3,17 0,8403 3,77<br />

Pizza Presunto Grande 2,61 0,8403 3,10<br />

Pizza Calabresa Grande 2,59 0,8403 3,08<br />

Pizza Frango Grande 2,47 0,8403 2,94<br />

Pizza carne de Gado Grande 2,69 0,8403 3,20<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Este quadro contém informações valiosas, pois dá a dimensão do preço mínimo que<br />

pode ser praticado, para a empresa não ter prejuízos, este é o preço onde não se leva em<br />

95


consideração o lucro do produto, mas sim por quanto tem que se vender para cobrir todas as<br />

despesas. É uma informação de suma importância para o gestor, pois quando desejar efetuar<br />

algum tipo de promoção ou desconto, saberá até onde pode baixar os preços para cobrir os<br />

custos. No caso do pão cacetinho, o valor do preço de venda mínimo será de R$ 0,19 por<br />

unidade, a cuquinha 280g R$ 0,90 a unidade, e a torta de Bombom R$ 24,04 o quilo.<br />

Quadro 56 – Analise Comparativa entre o PV Orientativo x PV Praticado<br />

Analise comparativa entre o PV Orientativo x PV Atual<br />

Produtos PV Orientativo PV Atual Diferença<br />

Pequena 100g R$0,60 R$1,25 R$0,65<br />

Grande 225g R$0,82 R$1,25 R$0,43<br />

Pão cacetinho (pão francês) R$0,23 R$0,30 R$0,07<br />

Pão de Xis Grande R$0,67 R$1,00 R$0,33<br />

Pão de Xis Pequeno R$0,51 R$0,60 R$0,09<br />

Pão Fatiado R$3,16 R$ 3,25 R$0,09<br />

Pão de Cachorro Quente 80g R$0,36 R$0,35 R$(0,01)<br />

Pão de Cachorro Quente 50g R$0,40 R$0,30 R$(0,10)<br />

Pão Sovado R$2,40 R$3,25 R$0,85<br />

Cuca R$3,35 R$4,00 R$0,65<br />

Pão bufê R$0,45 R$0,50 R$0,05<br />

Bolacha de Manteiga R$0,30 R$0,25 R$(0,05)<br />

Cuquinha 280g R$1,22 R$2,00 R$0,78<br />

Rosca 180g R$0,80 R$1,50 R$0,70<br />

Assado 300g R$1,59 R$3,50 R$1,91<br />

Pastelão 335g R$1,42 R$3,50 R$2,08<br />

Bolinho 125g R$0,71 R$2,50 R$1,79<br />

Calça Virada 225g R$1,32 R$2,75 R$1,43<br />

Torta de bombom R$19,46 R$35,00 R$ 15,54<br />

Torta de Creme de Café R$18,50 R$38,00 R$19,50<br />

Pastelzinho (congelado) R$0,46 R$0,40 R$(0,06)<br />

Pizza Frango R$3,07 R$5,00 R$1,93<br />

Pizza Calabresa R$3,10 R$5,00 R$1,90<br />

Pizza Bacon R$3,54 R$5,00 R$1,46<br />

Pizza Carne de Gado R$3,45 R$5,00 R$1,55<br />

Pizza Presunto R$5,10 R$5,00 R$(0,10)<br />

Pizza Presunto Grande R$4,34 R$8,00 R$3,66<br />

Pizza Calabresa Grande R$4,31 R$8,00 R$3,69<br />

Pizza Frango Grande R$4,15 R$8,00 R$3,85<br />

Pizza carne de Gado Grande R$4,45 R$8,00 R$3,55<br />

Pizza Bacon Grande R$4,57 R$8,00 R$3,43<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Pode se constatar de acordo com as informações no quadro anterior que cinco<br />

produtos estão com o preço de venda menor do que o calculado são eles: Pão de Cachorro<br />

96


Quente 80g, Pão de Cachorro Quente 50g, Bolacha de Manteiga, Pastelzinho (congelado) e<br />

Pizza Presunto, onde os preços atualmente praticados estão inferiores ao preço orientativo.<br />

Figura 21 - Gráfico Comparativo PV Orientativo e PV Praticado<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

A figura 21 mostra a dimensão da diferença entre alguns produtos. O pão de xis<br />

grande, a cuca, a cuquinha e a torta de bombom estão de acordo quanto ao preço de venda<br />

orientativo ser menor que o preço de venda praticado, significa que a empresa esta obtendo<br />

um lucro ainda maior que o planejado, já na pizza de presunto, a situação se inverte, para cada<br />

torta vendida a empresa não esta tendo o lucro desejado, pois há uma diferença de R$ 0,10 do<br />

preço orientativo para o preço de venda praticado, porém isto não significa que a empresa<br />

esteja tendo prejuízo, pois de acordo com o preço de venda mínimo utilizando-se o custeio<br />

variável onde não é considerado o lucro, este produto teve um preço de venda mínimo de R$<br />

3,77 o que fica abaixo do preço de venda praticado. Estes são dados importantes para todo<br />

controle gerencial da empresa, pois fornecem uma visão entre o que se deseja e o que se está<br />

obtendo.<br />

97


3.9 Análises do Custo, Volume e Lucro<br />

Neste ponto é analisada a margem de contribuição sobre o preço orientativo, baseada<br />

na média da quantidade de produtos vendidos durante o período de um mês.<br />

A margem de contribuição representa o valor total que cada produto representa na<br />

venda total do mês, baseado no preço orientativo e no preço atual.<br />

3.9.1 Apuração da margem de contribuição<br />

A seguir apresenta-se o cálculo da margem de contribuição pelo preço de venda<br />

orientativo e pelo preço de venda praticado, que são os preços calculados no método de<br />

custeio por absorção e pelos preços atualmente praticados na padaria.<br />

Quadro 57 - MC Unitária e Total por Produto PV Orientativo<br />

Margem de contribuição - preço orientativo<br />

PV<br />

Impostos MC Quantidade<br />

Produtos<br />

orientativo CV 6,8% Unit. Vendida MC Total<br />

Pequena 100g R$0,60 R$0,23 R$0,04 R$0,32 400 R$128,97<br />

Grande 225g R$0,82 R$0,39 R$0,06 R$0,38 200 R$75,25<br />

Pão cacetinho (pão francês) R$0,23 R$0,16 R$0,02 R$0,05 22500 R$1.230,61<br />

Pão de Xis Grande R$0,67 R$0,36 R$0,05 R$0,26 2600 R$682,51<br />

Pão de Xis Pequeno R$0,51 R$0,28 R$0,03 R$0,20 1560 R$307,20<br />

Pão Fatiado R$3,16 R$1,75 R$0,21 R$1,19 1040 R$1.238,24<br />

Pão de Cachorro Quente 80g R$0,36 R$0,20 R$0,02 R$0,14 4888 R$675,55<br />

Pão de Cachorro Quente 50g R$0,40 R$0,18 R$0,03 R$0,19 2600 R$484,40<br />

Pão Sovado R$2,40 R$0,91 R$0,16 R$1,33 312 R$413,77<br />

Cuca R$3,35 R$1,41 R$0,23 R$1,71 1040 R$1.776,09<br />

Pão bufê 120g R$0,45 R$0,24 R$0,03 R$0,18 7800 R$1.397,73<br />

Bolacha de Manteiga R$0,30 R$0,20 R$0,02 R$0,08 3000 R$232,50<br />

Cuquinha 280g R$1,22 R$0,76 R$0,08 R$0,38 104 R$39,67<br />

Rosca 180g R$0,80 R$0,50 R$0,05 R$0,25 104 R$25,67<br />

Assado 300g R$1,59 R$1,03 R$0,11 R$0,45 156 R$69,90<br />

Pastelão 335g R$1,42 R$0,87 R$0,10 R$0,45 156 R$70,28<br />

Bolinho 125g R$0,71 R$0,36 R$0,05 R$0,31 260 R$79,32<br />

Calça Virada 225g R$1,32 R$0,68 R$0,09 R$0,55 156 R$86,51<br />

Torta de bombom R$19,46 R$ 9,22 R$ 1,32 R$ 8,91 25 R$ 222,86<br />

Torta de Creme de Café R$18,50 R$9,70 R$1,26 R$7,54 25 R$188,50<br />

Pastelzinho (congelado) R$0,46 R$0,31 R$0,03 R$0,12 1620 R$197,49<br />

Pizza Frango R$3,07 R$1,67 R$0,21 R$1,19 80 R$95,54<br />

Pizza Calabresa R$3,10 R$1,69 R$0,21 R$1,20 80 R$96,04<br />

Pizza Bacon R$3,54 R$2,01 R$0,24 R$1,28 60 R$77,04<br />

Pizza Carne de Gado R$3,45 R$1,95 R$0,23 R$1,27 60 R$76,01<br />

Pizza Presunto R$5,10 R$3,17 R$0,35 R$1,58 60 R$94,97<br />

Pizza Presunto Grande R$4,34 R$2,61 R$0,30 R$1,44 28 R$40,25<br />

Pizza Calabresa Grande R$4,31 R$2,59 R$0,29 R$1,43 75 R$107,45<br />

Pizza Frango Grande R$4,15 R$2,47 R$0,28 R$1,40 40 R$56,07<br />

Pizza carne de Gado Grande R$4,45 R$2,69 R$0,30 R$1,46 28 R$40,85<br />

Pizza Bacon Grande R$4,57 R$2,78 R$0,31 R$1,48 28 R$41,51<br />

Total 11.434,14<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

98


O próximo quadro apresenta a margem de contribuição unitária e total pelo atual preço<br />

de venda utilizado pela padaria.<br />

Margem de contribuição - preço atual<br />

Produtos PV atual CV<br />

Quadro 58 - MC Unitária e Total por Produto PV Atual<br />

Impostos<br />

6,8%<br />

MC<br />

Unit.<br />

Quantidade<br />

Vendida MC Total<br />

Pequena 100g R$1,25 R$0,23 R$0,09 R$0,93 400 R$372,30<br />

Grande 225g R$1,25 R$0,39 R$0,09 R$0,77 200 R$154,70<br />

Pão cacetinho (pão francês) R$0,30 R$0,16 R$0,02 R$0,12 22.500 R$2.632,75<br />

Pão de Xis Grande R$1,00 R$0,36 R$0,07 R$0,57 2.600 R$1.486,55<br />

Pão de Xis Pequeno R$0,60 R$0,28 R$0,04 R$0,28 1.560 R$440,22<br />

Pão Fatiado R$3,25 R$1,75 R$0,22 R$1,27 1.040 R$1.325,12<br />

Pão de Cachorro Quente 80g R$0,35 R$0,20 R$0,02 R$0,12 4.888 R$610,57<br />

Pão de Cachorro Quente 50g R$0,30 R$0,18 R$0,02 R$0,10 2.600 R$247,60<br />

Pão Sovado R$3,25 R$0,91 R$0,22 R$2,12 312 R$661,29<br />

Cuca R$4,00 R$1,41 R$0,27 R$2,31 1.040 R$2.406,17<br />

Pão bufê 120g R$0,50 R$0,24 R$0,03 R$0,23 7.800 R$1.759,29<br />

Bolacha de Manteiga R$0,25 R$0,20 R$0,02 R$0,03 3.000 R$86,05<br />

Cuquinha 280g R$2,00 R$0,76 R$0,14 R$1,11 104 R$115,17<br />

Rosca 180g R$1,50 R$0,50 R$0,10 R$0,90 104 R$93,86<br />

Assado 300g R$3,50 R$1,03 R$0,24 R$2,23 156 R$348,18<br />

Pastelão 335g R$3,50 R$0,87 R$0,24 R$2,39 156 R$372,74<br />

Bolinho 125g R$2,50 R$0,36 R$0,17 R$1,97 260 R$512,00<br />

Calça Virada 225g R$2,75 R$0,68 R$0,19 R$1,88 156 R$293,82<br />

Torta de bombom R$35,00 R$9,22 R$2,38 R$23,40 25 R$585,06<br />

Torta de Creme de Café R$38,00 R$9,70 R$2,58 R$25,72 25 R$642,91<br />

Pastelzinho (congelado) R$0,40 R$0,31 R$0,03 R$0,06 1.620 R$104,14<br />

Pizza Frango R$5,00 R$1,67 R$0,34 R$2,99 80 R$239,37<br />

Pizza Calabresa R$5,00 R$1,69 R$0,34 R$2,97 80 R$237,41<br />

Pizza Bacon R$5,00 R$2,01 R$0,34 R$2,65 60 R$158,71<br />

Pizza Carne de Gado R$5,00 R$1,95 R$0,34 R$2,71 60 R$162,72<br />

Pizza Presunto R$5,00 R$3,17 R$0,34 R$1,49 60 R$89,50<br />

Pizza Presunto Grande R$8,00 R$2,61 R$0,54 R$4,85 28 R$135,76<br />

Pizza Calabresa Grande R$8,00 R$2,59 R$0,54 R$4,87 75 R$365,06<br />

Pizza Frango Grande R$8,00 R$2,47 R$0,54 R$4,99 40 R$199,49<br />

Pizza carne de Gado Grande R$8,00 R$2,69 R$0,54 R$4,77 28 R$133,45<br />

Pizza Bacon Grande R$8,00 R$2,78 R$0,54 R$4,68 28 R$130,91<br />

Total 16.385,93<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Como o faturamento mensal gira em torno de R$ 55.000,00 por mês, e baseando-se<br />

nas quantidades vendidas mensalmente, de acordo com o preço de venda praticado, a<br />

lucratividade destes produtos representa a quantia de R$16.385,93 e conforme o quadro 57<br />

99


que corresponde ao preço de venda orientativo, a margem de lucratividades destes produtos<br />

representa R$ 11.434,14. Percebe-se que pelo preço orientativo a margem é menor, em função<br />

de que em vários produtos eles tem uma rentabilidade maior do que a desejada que foi<br />

colocada na formação do mark up.<br />

3.9.2 Apuração do resultado<br />

A seguir apresenta-se a demonstração do resultado, em valores e em percentual, por<br />

meio do preço orientativo chegando à margem de contribuição que foi proposta para os<br />

produtos.<br />

Quadro 59 - Demonstração do Resultado - PV Orientativo<br />

Demonstração do Resultado - PV Orientativo<br />

Produtos PV CT Impostos Despesas Resultado Resultado %<br />

Pequena 100g R$0,60 R$0,44 R$0,04 R$0,05 R$0,06 10<br />

Grande 225g R$0,82 R$0,61 R$0,06 R$0,08 R$0,08 10<br />

Pão cacetinho (pão francês) R$0,23 R$0,18 R$0,02 R$0,02 R$0,01 5<br />

Pão de Xis Grande R$0,67 R$0,52 R$0,05 R$0,06 R$0,04 6<br />

Pão de Xis Pequeno R$0,51 R$0,41 R$0,03 R$0,05 R$0,02 4<br />

Pão Fatiado R$3,16 R$2,34 R$0,21 R$0,29 R$0,32 10<br />

Pão de Cachorro Quente 80g R$0,36 R$0,28 R$0,02 R$0,03 R$0,02 6<br />

Pão de Cachorro Quente 50g R$0,40 R$0,31 R$0,03 R$0,04 R$0,02 5<br />

Pão Sovado R$2,40 R$1,78 R$0,16 R$0,22 R$0,24 10<br />

Cuca R$3,35 R$2,48 R$0,23 R$0,31 R$0,33 10<br />

Pão bufê 120g R$0,45 R$0,35 R$0,03 R$0,04 R$0,03 6<br />

Bolacha de Manteiga R$0,30 R$0,24 R$0,02 R$0,03 R$0,02 5<br />

Cuquinha 280g R$1,22 R$0,96 R$0,08 R$0,11 R$0,06 5<br />

Rosca 180g R$0,80 R$0,63 R$0,05 R$0,07 R$0,04 5<br />

Assado 300g R$1,59 R$1,25 R$0,11 R$0,15 R$0,08 5<br />

Pastelão 335g R$1,42 R$1,12 R$0,10 R$0,13 R$0,07 5<br />

Bolinho 125g R$0,71 R$0,56 R$0,05 R$0,07 R$0,04 5<br />

Calça Virada 225g R$1,32 R$1,05 R$0,09 R$0,12 R$0,07 5<br />

Torta de bombom R$19,46 R$13,43 R$ 1,32 R$ 1,78 R$ 2,92 15<br />

Torta de Creme de Café R$18,50 R$12,77 R$1,26 R$1,70 R$2,77 15<br />

Pastelzinho (congelado) R$0,46 R$0,32 R$0,03 R$0,04 R$0,07 15<br />

Pizza Frango R$3,07 R$2,27 R$0,21 R$0,28 R$0,31 10<br />

Pizza Calabresa R$3,10 R$2,30 R$0,21 R$0,28 R$0,31 10<br />

Pizza Bacon R$3,54 R$2,62 R$0,24 R$0,32 R$0,35 10<br />

Pizza Carne de Gado R$3,45 R$2,55 R$0,23 R$0,32 R$0,34 10<br />

Pizza Presunto R$5,10 R$3,77 R$0,35 R$0,47 R$0,51 10<br />

Pizza Presunto Grande R$4,34 R$3,21 R$0,30 R$0,40 R$0,43 10<br />

Pizza Calabresa Grande R$4,31 R$3,19 R$0,29 R$0,40 R$0,43 10<br />

Pizza Frango Grande R$4,15 R$3,07 R$0,28 R$0,38 R$0,42 10<br />

Pizza carne de Gado Grande R$4,45 R$3,30 R$0,30 R$0,41 R$0,45 10<br />

Pizza Bacon Grande R$4,57 R$3,39 R$0,31 R$0,42 R$0,46 10<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

100


Observa-se, que na demonstração de resultado pelo preço orientativo chega-se à<br />

margem que foi proposta anteriormente no mark up, que define o lucro do produto. No caso<br />

da pizza de presunto grande, o preço de venda orientativo é de R$ 4,34, pois se for diminuído<br />

o custo total de R$ 3,21 os impostos de R$ 0,30 e as despesas R$ 0,40 teremos o resultado<br />

desejado de 10% que fica no valor de R$ 0,43.<br />

Quadro 60 - Demonstração do Resultado = PV Atual<br />

Demonstração do Resultado = PV Atual<br />

Produtos PV CT Impostos Despesas Resultado Resultado %<br />

Pequena 100g R$1,25 R$0,44 R$0,09 R$0,11 R$0,61 48,66<br />

Grande 225g R$1,25 R$0,61 R$0,09 R$0,11 R$0,44 35,24<br />

Pão cacetinho (pão francês) R$0,30 R$0,18 R$0,02 R$0,03 R$0,07 22,61<br />

Pão de Xis Grande R$1,00 R$0,52 R$0,07 R$0,09 R$0,32 31,89<br />

Pão de Xis Pequeno R$0,60 R$0,41 R$0,04 R$0,06 R$0,10 16,20<br />

Pão Fatiado R$3,25 R$2,34 R$0,22 R$0,30 R$0,39 12,04<br />

Pão de Cachorro Quente 80g R$0,35 R$0,28 R$0,02 R$0,03 R$0,01 2,82<br />

Pão de Cachorro Quente 50g R$0,30 R$0,31 R$0,02 R$0,03 R$(0,06) -20,74<br />

Pão Sovado R$3,25 R$1,78 R$0,22 R$0,30 R$0,96 29,39<br />

Cuca R$4,00 R$2,48 R$0,27 R$0,37 R$0,88 22,03<br />

Pão bufê 120g R$0,50 R$0,35 R$0,03 R$0,05 R$0,07 13,76<br />

Bolacha de Manteiga R$0,25 R$0,24 R$0,02 R$0,02 R$(0,03) -11,56<br />

Cuquinha 280g R$2,00 R$0,96 R$0,14 R$0,18 R$0,72 35,78<br />

Rosca 180g R$1,50 R$0,63 R$0,10 R$0,14 R$0,63 42,06<br />

Assado 300g R$3,50 R$1,25 R$0,24 R$0,32 R$1,69 48,22<br />

Pastelão 335g R$3,50 R$1,12 R$0,24 R$0,32 R$1,82 51,97<br />

Bolinho 125g R$2,50 R$0,56 R$0,17 R$0,23 R$1,54 61,45<br />

Calça Virada 225g R$2,75 R$1,05 R$0,19 R$0,25 R$1,26 45,98<br />

Torta de bombom R$35,00 R$13,43 R$ 2,38 R$ 3,21 R$ 15,98 45,66<br />

Torta de Creme de Café R$38,00 R$12,77 R$2,58 R$3,48 R$19,16 50,43<br />

Pastelzinho (congelado) R$0,40 R$0,32 R$0,03 R$0,04 R$0,02 4,33<br />

Pizza Frango R$5,00 R$2,27 R$0,34 R$0,46 R$1,93 38,56<br />

Pizza Calabresa R$5,00 R$2,30 R$0,34 R$0,46 R$1,90 38,07<br />

Pizza Bacon R$5,00 R$2,62 R$0,34 R$0,46 R$1,58 31,62<br />

Pizza Carne de Gado R$5,00 R$2,55 R$0,34 R$0,46 R$1,65 32,96<br />

Pizza Presunto R$5,00 R$3,77 R$0,34 R$0,46 R$0,43 8,55<br />

Pizza Presunto Grande R$8,00 R$3,21 R$0,54 R$0,73 R$3,51 43,87<br />

Pizza Calabresa Grande R$8,00 R$3,19 R$0,54 R$0,73 R$3,53 44,11<br />

Pizza Frango Grande R$8,00 R$3,07 R$0,54 R$0,73 R$3,65 45,60<br />

Pizza carne de Gado Grande R$8,00 R$3,30 R$0,54 R$0,73 R$3,43 42,84<br />

Pizza Bacon Grande R$8,00 R$3,39 R$0,54 R$0,73 R$3,34 41,70<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Neste quadro, apresenta-se o resultado de acordo com o preço de venda praticado pela<br />

empresa. É possível verificar que ocorre oscilações de percentuais em alguns produtos, que<br />

101


são o pão de cachorro quente 50g e a bolacha de manteiga, estes produtos apresentam<br />

prejuízo, o que é uma situação preocupante. Cabe ao gestor fazer uma reavaliação, em função<br />

do alto custo das matérias primas usadas, bem como o custo da embalagem do pão de<br />

cachorro quente pequeno e da bolacha de manteiga. Já os demais produtos na sua grande<br />

maioria apresentam um bom índice de lucratividade.<br />

3.9.3 Ponto de Equilíbrio Contábil<br />

Os quadros seguintes demonstram o calculo do Ponto de Equilíbrio Contabil, com a<br />

utilização do preço de venda orientativo e o preço de venda atual.<br />

Produtos<br />

Quadro 61 - Ponto de Equilíbrio - PV Orientativo<br />

Ponto de equilíbrio - PV Orientativo<br />

Custo Fixo<br />

Total<br />

MC<br />

unitária<br />

PE<br />

unidades PE em R$<br />

Pequena 100g R$81,44 R$0,32 253 R$150,87<br />

Grande 225g R$42,76 R$0,38 114 R$93,61<br />

Pão cacetinho (pão francês) R$477,19 R$0,05 8.725 R$2.034,07<br />

Pão de Xis Grande R$410,26 R$0,26 1.563 R$1.044,30<br />

Pão de Xis Pequeno R$198,51 R$0,20 1.008 R$512,62<br />

Pão Fatiado R$595,54 R$1,19 500 R$1.580,79<br />

Pão de Cachorro Quente 80g R$397,02 R$0,14 2.873 R$1.046,42<br />

Pão de Cachorro Quente 50g R$330,85 R$0,19 1.776 R$ 706,29<br />

Pão Sovado R$264,68 R$1,33 200 R$478,76<br />

Cuca R$1.085,20 R$1,71 635 R$2.128,71<br />

Pão bufê 120g R$846,98 R$0,18 4.727 R$2.128,21<br />

Bolacha de Manteiga R$101,80 R$0,08 1.314 R$397,19<br />

Cuquinha 280g R$21,56 R$0,38 57 R$69,01<br />

Rosca 180g R$13,86 R$0,25 56 R$44,72<br />

Assado 300g R$34,65 R$0,45 77 R$122,65<br />

Pastelão 335g R$38,69 R$0,45 86 R$121,92<br />

Bolinho 125g R$52,72 R$0,31 173 R$123,44<br />

Calça Virada 225g R$56,93 R$0,55 103 R$135,94<br />

Torta de bombom R$ 104,73 R$ 8,91 12 R$ 228,57<br />

Torta de Creme de Café R$76,31 R$7,54 10 R$187,21<br />

Pastelzinho (congelado) R$16,20 R$0,12 133 R$61,37<br />

Pizza Frango R$48,18 R$1,19 40 R$123,90<br />

Pizza Calabresa R$48,18 R$1,20 40 R$124,57<br />

Pizza Bacon R$36,14 R$1,28 28 R$99,61<br />

Pizza Carne de Gado R$36,14 R$1,27 29 R$98,40<br />

Pizza Presunto R$36,14 R$1,58 23 R$116,38<br />

Pizza Presunto Grande R$16,86 R$1,44 12 R$50,91<br />

Pizza Calabresa Grande R$45,17 R$1,43 32 R$136,03<br />

Pizza Frango Grande R$24,09 R$1,40 17 R$71,38<br />

Pizza carne de Gado Grande R$16,86 R$1,46 12 R$51,46<br />

Pizza Bacon Grande R$16,86 R$1,48 11 R$52,03<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

102


É interessante observar que para o produto pão cacetinho, a empresa precisa produzir e<br />

vender 8.725 unidades para chegar ao ponto de equilíbrio, que corresponde ao momento onde<br />

todos os custos estarão pagos, porém com resultado nulo. No momento em que a empresa<br />

produzir e vender 8.726 unidades de pão cacetinho é que as vendas começam a apresentar<br />

lucratividade.<br />

Quadro 62 - Ponto de Equilíbrio – PV Atual<br />

Ponto de equilíbrio - PV atual<br />

Custo Fixo<br />

PE<br />

Produtos<br />

Total MC unitária unidades PE em R$<br />

Pequena 100g R$81,44 R$0,98 84 R$104,40<br />

Grande 225g R$42,76 R$0,80 53 R$66,60<br />

Pão cacetinho (pão francês) R$477,19 R$0,12 3.926 R$ 1.177,69<br />

Pão de Xis Grande R$410,26 R$0,59 690 R$ 690,31<br />

Pão de Xis Pequeno R$198,51 R$0,29 688 R$412,97<br />

Pão Fatiado R$595,54 R$1,28 465 R$ 1.511,81<br />

Pão de Cachorro Quente 80g R$397,02 R$0,12 3.203 R$ 1.121,16<br />

Pão de Cachorro Quente 50g R$330,85 R$0,09 3.735 R$ 1.120,42<br />

Pão Sovado R$264,68 R$2,18 122 R$ 395,07<br />

Cuca R$1.085,20 R$2,36 460 R$ 1.841,01<br />

Pão bufê 120g R$846,98 R$0,23 3.700 R$ 1.849,86<br />

Bolacha de Manteiga R$101,80 R$0,03 4.052 R$ 1.013,08<br />

Cuquinha 280g R$21,56 R$1,16 19 R$37,16<br />

Rosca 180g R$13,86 R$0,95 15 R$21,88<br />

Assado 300g R$34,65 R$2,36 15 R$51,34<br />

Pastelão 335g R$38,69 R$2,53 15 R$53,51<br />

Bolinho 125g R$52,72 R$ 2,09 25 R$63,04<br />

Calça Virada 225g R$56,93 R$1,98 29 R$79,06<br />

Torta de bombom R$104,73 R$24,46 4 R$149,87<br />

Torta de Creme de Café R$76,31 R$27,04 3 R$107,23<br />

Pastelzinho (congelado) R$16,20 R$ 0,06 270 R$107,85<br />

Pizza Frango R$48,18 R$3,12 15 R$77,13<br />

Pizza Calabresa R$48,18 R$3,10 16 R$77,80<br />

Pizza Bacon R$36,14 R$2,74 13 R$65,83<br />

Pizza Carne de Gado R$36,14 R$2,82 13 R$64,13<br />

Pizza Presunto R$36,14 R$1,49 24 R$121,67<br />

Pizza Presunto Grande R$16,86 R$5,10 3 R$26,47<br />

Pizza Calabresa Grande R$45,17 R$5,12 9 R$70,60<br />

Pizza Frango Grande R$24,09 R$5,25 5 R$36,72<br />

Pizza carne de Gado Grande R$16,86 R$5,01 3 R$26,94<br />

Pizza Bacon Grande R$16,86 R$4,91 3 R$27,49<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Da mesma forma, de acordo com o quadro anterior, onde consta o ponto de equilíbrio<br />

baseado no preço de venda praticado, ou seja, quando a indústria produzir e vender 3.926<br />

103


unidades de pão cacetinho, será atingido o ponto de equilíbrio, neste momento será coberto<br />

todos os custos, porém sem lucro algum, a partir de 3.927 unidades produzidas e vendidas é<br />

que a empresa começara a obter lucro. Quanto ao valor, no momento que o pão cacetinho<br />

atingir R$ 1.177,69 é que a empresa alcançar o ponto de equilíbrio. A seguir apresenta-se um<br />

gráfico comparativo onde se pode verificar o ponto de equilíbrio sob outra ótica com uma<br />

projeção entre as unidades vendidas através do preço de venda orientativo e o preço de venda<br />

praticado atualmente.<br />

Figura 22 - Comparativo PE em unidades PV orientativo x PE em unidades PV Atual<br />

Fonte: Dados conforme pesquisa<br />

De acordo com o gráfico fica evidente a diferença existente nas quantidades para se<br />

alcançar o ponto de equilíbrio conforme o preço de venda orientativo e o praticado.<br />

3.9.4 Margem de Segurança Operacional<br />

Na sequência foi calculada a Margem de Segurança Operacional (MSO),<br />

primeiramente considerando o preço orientativo, que representa o nível que a empresa estaria<br />

operando ao praticar o preço que corresponde a margem de lucro desejada.<br />

104


Produtos<br />

Quadro 63 - MSO – PV Orientativo<br />

Margem de segurança operacional - PV Orientativo<br />

Quant<br />

vendida<br />

Quant no<br />

PE MSO MSO%<br />

Pequena 100g 400 253 147 37%<br />

Grande 225g 200 114 86 43%<br />

Pão cacetinho (pão francês) 22.500 8.725 13.775 61%<br />

Pão de Xis Grande 2.600 1.563 1.037 40%<br />

Pão de Xis Pequeno 1.560 1.008 552 35%<br />

Pão Fatiado 1.040 500 540 52%<br />

Pão de Cachorro Quente 80g 4.888 2.873 2.015 41%<br />

Pão de Cachorro Quente 50g 2.600 1.776 824 32%<br />

Pão Sovado 312 200 112 36%<br />

Cuca 1.040 635 405 39%<br />

Pão bufê 120g 7.800 4.727 3.073 39%<br />

Bolacha de Manteiga 3.000 1.314 1.686 56%<br />

Cuquinha 280g 104 57 47 46%<br />

Rosca 180g 104 56 48 46%<br />

Assado 300g 156 77 79 50%<br />

Pastelão 335g 156 86 70 45%<br />

Bolinho 125g 260 173 87 34%<br />

Calça Virada 225g 156 103 53 34%<br />

Torta de bombom 25 12 13 53%<br />

Torta de Creme de Café 25 10 15 60%<br />

Pastelzinho (congelado) 1.620 133 1.487 92%<br />

Pizza Frango 80 40 40 50%<br />

Pizza Calabresa 80 40 40 50%<br />

Pizza Bacon 60 28 32 53%<br />

Pizza Carne de Gado 60 29 31 52%<br />

Pizza Presunto 60 23 37 62%<br />

Pizza Presunto Grande 28 12 16 58%<br />

Pizza Calabresa Grande 75 32 43 58%<br />

Pizza Frango Grande 40 17 23 57%<br />

Pizza carne de Gado Grande 28 12 16 59%<br />

Pizza Bacon Grande 28 11 17 59%<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Fazendo uma análise sobre o produto Pão cacetinho, com uma produção de 22.500<br />

unidades por mês, a margem de segurança operacional fica em 61%, ou seja, este percentual<br />

gera a margem de lucratividade, e o restante, os 39% vão servir para cobrir todos os custos,<br />

fixos e variáveis.<br />

105


produtos<br />

Quadro 64 - MSO – PV Atual<br />

Margem de segurança operacional - PV Atual<br />

Quant<br />

vendida<br />

Quant no<br />

PE MSO MSO%<br />

Pequena 100g 400 84 316 79%<br />

Grande 225g 200 53 147 73%<br />

Pão cacetinho (pão francês) 22.500 3.926 18.574 83%<br />

Pão de Xis Grande 2.600 690 1.910 73%<br />

Pão de Xis Pequeno 1.560 688 872 56%<br />

Pão Fatiado 1.040 465 575 55%<br />

Pão de Cachorro Quente 80g 4.888 3.203 1.685 34%<br />

Pão de Cachorro Quente 50g 2.600 3.735 (1.135) -44%<br />

Pão Sovado 312 122 190 61%<br />

Cuca 1.040 460 580 56%<br />

Pão bufê 120g 7.800 3.700 4.100 53%<br />

Bolacha de Manteiga 3.000 4.052 (1.052) -35%<br />

Cuquinha 280g 104 19 85 82%<br />

Rosca 180g 104 15 89 86%<br />

Assado 300g 156 15 141 91%<br />

Pastelão 335g 156 15 141 90%<br />

Bolinho 125g 260 25 235 90%<br />

Calça Virada 225g 156 29 127 82%<br />

Torta de bombom 25 4 21 83%<br />

Torta de Creme de Café 25 3 22 89%<br />

Pastelzinho (congelado) 1.620 270 1.350 83%<br />

Pizza Frango 80 15 65 81%<br />

Pizza Calabresa 80 16 64 81%<br />

Pizza Bacon 60 13 47 78%<br />

Pizza Carne de Gado 60 13 47 79%<br />

Pizza Presunto 60 24 36 59%<br />

Pizza Presunto Grande 28 3 25 88%<br />

Pizza Calabresa Grande 75 9 66 88%<br />

Pizza Frango Grande 40 5 35 89%<br />

Pizza carne de Gado Grande 28 3 25 88%<br />

Pizza Bacon Grande 28 3 25 88%<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Neste quadro, apurou-se a margem de segurança operacional, baseada nos preços<br />

praticados pela empresa, sendo que, alguns produtos como a bolacha de manteiga e pão de<br />

cachorro quente 50g não geram margem de lucro, porém os demais geram margem de lucro, o<br />

que da uma certa segurança para a empresa, desde que a venda siga neste patamar.<br />

A seguir é apresentado um gráfico que mostra de outra perspectiva a margem de<br />

segurança operacional entre o preço orientativo e o preço praticado, para que seja realizado<br />

uma comparação entre ambos.<br />

106


Figura 23 - MSO PV Orientativo x MSO PV Atual<br />

Fonte: Dados Conforme Pesquisa<br />

Neste gráfico percebe-se que a margem de segurança operacional encontra-se numa<br />

situação confortável, no caso do pão cacetinho, este opera com uma margem de segurança<br />

operacional acima da estipulada no preço de venda orientativo, bem como acontece com os<br />

demais produtos.<br />

3.10 Levantamentos das Informações Gerenciais do Sistema Proposto<br />

Com base nos dados coletados na pesquisa, onde foi possível efetuar o cálculo dos<br />

custos dos produtos escolhidos, há varias informações de cunho gerencial que podem e<br />

necessitam ser analisadas pelo gestor para ser formulada uma eficaz gestão estratégica de<br />

custos.<br />

Num primeiro momento do sistema de custos proposto, onde este foi elaborado no<br />

programa Windows Excel, a primeira planilha apresentada é a do calculo dos custos com<br />

matérias primas. Esta planilha é de extrema importância, pois com possíveis variações nos<br />

preços de compra dos ingredientes e com a simples atualização destes valores, o gestor terá<br />

em tempo real os impactos destas oscilações no custo dos produtos, e também, se deve ou não<br />

fazer ajustes no preço de venda.<br />

Também foi apresentada uma planilha com o custo de mão de obra direta dos padeiros<br />

e confeiteiros, sendo esta de extrema importância no calculo dos custos com mão de obra dos<br />

107


produtos, o que nada mais é do que a relação do tempo efetivamente utilizado na elaboração<br />

destes e o tempo disponível para outras atividades. Com os tempos colhidos durante a<br />

pesquisa para a fabricação dos produtos é possível chegar ao custo com mão de obra direta de<br />

cada produto.<br />

Os produtos elaborados pela empresa se utilizam de diferentes setores para ficarem<br />

prontos, ou seja, é utilizado o setor da padaria e da confeitaria, salvo as exceções das pizzas<br />

montadas, onde a massa é fabricada na padaria e a montagem se dá na confeitaria.<br />

Esta divisão entre setores é necessária, para a correta alocação dos custos conforme<br />

diferentes situações, a começar pelos salários das confeiteiras e dos padeiros que influenciam<br />

diretamente no custo com mão de obra direta de cada produto. Se fosse utilizado um custo<br />

único de mão de obra direta, haveria distorção no custo real, pois, por haver mais funcionários<br />

na confeitaria, este custo, é mais elevado em relação à padaria. Então, se um produto que é<br />

fabricado somente na padaria e utilizando-se um único valor para se calcular a mão de obra,<br />

esta ficaria com um valor mais alto, por ter sido somado os setores da padaria e confeitaria.<br />

Para um bom gerenciamento de custos o gestor necessita de informações para poder<br />

lidar com situações muitas vezes desagradáveis, e para suprir estas necessidades que é<br />

apresentada como parte do sistema de custos, uma planilha contendo a apuração do custo pelo<br />

método custeio por absorção. Nesta planilha, o gestor tem uma visão geral dos custos onde<br />

pode buscar informações verificando qual índice representa o maior custo em cada produto,<br />

ou seja, se na matéria prima, mão de obra direta, custos indiretos fixos, depreciação ou<br />

embalagens.<br />

Também foi apresentada no sistema de custos uma planilha contendo o custo mínimo.<br />

Este método é conhecido como custeio variável, onde é deixado de alocar custos relativos à<br />

depreciação e custos indiretos fixos. Esta informação de cunho gerencial serve para a empresa<br />

quando vai realizar negociação de grande escala, ou oferecer descontos, ou ainda realizar<br />

promoções.<br />

No desenvolvimento do estudo, consta uma planilhas contendo informações sobre a<br />

margem de contribuição unitária e total, o preço de venda orientativo calculado por meio do<br />

mark-up, o ponto de equilíbrio e a margem de segurança operacional. Estas planilhas tem com<br />

função fornecer dados que demonstram qualquer impacto no custo ou no preço de venda, o<br />

que significa um aumento do volume necessário para cobrir os custos e no próprio resultado<br />

apurado.<br />

Com todos os dados apurados, foi apresentado ao gestor da empresa objeto deste<br />

estudo Padaria Bom Gosto, um sistema completo de gestão de custos e formação de preços.<br />

108


Este sistema pretende tornar a empresa mais competitiva, e ajudá-la a crescer. Fica clara a<br />

satisfação que o empresário teve em conhecer todos esses dados, que com toda certeza não<br />

estavam claros, de forma objetiva, em planinhas no seu controle gerencial.<br />

109


CONCLUSÃO<br />

Por detrás da boa técnica Contábil, existe uma profunda e ampla teoria que a justifica e<br />

a fundamenta, constituindo-se em conhecimento contábil, estudado e praticado pelos<br />

profissionais da contabilidade. É neste contexto que a contabilidade gerencial,<br />

especificamente a contabilidade de custos, vem para ajudar o gestor a traçar estratégias para<br />

competir num mercado cada vez mais acirrado, sendo este o tema principal deste estudo.<br />

O objetivo geral desta pesquisa foi alcançado, com um sistema de gerenciamento de<br />

custos implantado na Padaria Bom Gosto, onde o mesmo descreve as etapas de produção,<br />

bem como faz a apuração do custo dos produtos e presta informações de cunho gerencial em<br />

tempo real.<br />

Com a atualização dos valores neste sistema, é possível traçar estratégias de venda<br />

para se obter uma lucratividade ainda maior, como é o caso dos custos totais. Naquele ponto<br />

do sistema o gestor saberá exatamente o que está implicando em maior valor no seu custo, ou<br />

seja, em matéria prima, mão de obra, embalagens, depreciação ou custos fixos. Com isso ele<br />

poderá traçar mudanças para corrigir possíveis valores que estão acima dos patamares para<br />

determinado produto.<br />

Ainda, no sistema podem ser avaliadas as margens de contribuição dos produtos, bem<br />

como, se o preço de venda praticado pela empresa esta de acordo com o preço de venda<br />

calculado para se obter um determinado índice de lucro. Há também informações sobre o<br />

mínimo que a empresa deve produzir e vender para não ter prejuízo. E, através da apuração do<br />

custo pelo custeio variável, que é uma informação para ser usado somente para o<br />

gerenciamento, o gestor saberá até onde poderá baixar seu preço de venda para competir com<br />

seus concorrentes.<br />

E, por fim, com a análise da demonstração do resultado o gestor saberá quais os<br />

produtos que estão dando lucro, quais estão dando prejuízo e onde deve se focar para corrigir<br />

os erros apontados pelo sistema.<br />

Portanto, ao concluir este trabalho posso dizer que objetivos propostos no estudo<br />

foram plenamente contemplados, bem como a satisfação do empresário ao receber o sistema<br />

110


proposto com as respectivas analises e interpretações, as quais foram fundamentais para ele<br />

definir algumas estratégias de preços e negócios.<br />

Na condição de concluinte do curso, posso dizer que tudo o que foi visto em sala de<br />

aula durante o curso envolvendo essa temática, foram aplicados no estudo, de modo que pude<br />

verificar na prática os ensinamentos de uma das mais promissoras áreas de atuação do<br />

profissional Contábil, ou seja, a contabilidade de custos. Pois, é através dela que o gestor tem<br />

as principais informações para o bom gerenciamento de sua empresa.<br />

111


REFERÊNCIAS<br />

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BEUREN, Ilse Maria. Como Elaborar Trabalhos Monográficos em Contabilidade: Teoria<br />

e Prática. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2004.<br />

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Paulo: Atlas, 2011.<br />

CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE – RS - Princípios Fundamentais de<br />

Contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade. 5 ed.Rev. e Atualizada, Porto<br />

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Gráfica e Editora, 2011:<br />

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acessado em 24/11/11.<br />

GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas, 1999.<br />

LEONE, George Sebastião Guerra. Custos: Planejamento, Implantação e Controle. 3.ed.<br />

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LUCIO Jr., Norival. Planejamento Estratégico – Pequenas e Medias Empresas , 2011,<br />

disponível em: >, acessado 14/11/2011.<br />

MOTA, António Gustavo da. Noções da Contabilidade de Custos. Contabilidade de Custos.<br />

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http://www.sescon-rs.com.br/legis/rir_04.html , acessado dia 24/11/2011.<br />

WERNKE, Rodney. Analise de Custos e Preços de Venda: Ênfase em Aplicações e Casos<br />

Nacionais. 1.ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2010.<br />

______. Gestão de Custos: Uma Abordagem Prática. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2008.<br />

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