Fundos de Pensão - Fipecafi
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REND REND RENDA REND REND A V VVARIÁVEL<br />
V ARIÁVEL . FIPS IMOBILIÁRIOS<br />
O mercado<br />
imobiliário é<br />
muito<br />
estigmatizado<br />
pelos fundos <strong>de</strong><br />
pensão e vai<br />
levar tempo para<br />
reverter isso<br />
tendência que <strong>de</strong>verá ser refletida pela<br />
oferta dos próximos FIPs, aponta José<br />
Paulo Marzagão.<br />
Avaliando riscos<br />
A governança dos FIPs imobiliários<br />
é um dos pontos <strong>de</strong>licados <strong>de</strong>sse<br />
tipo <strong>de</strong> aplicação, exigindo um trabalho<br />
periódico <strong>de</strong> reavaliação dos gestores<br />
por parte das entida<strong>de</strong>s que quiserem<br />
entrar nesse segmento, observa Ricardo<br />
Nogueira, diretor <strong>de</strong> Investimentos<br />
da Fundação Real Gran<strong>de</strong>za (FRG). A<br />
Política <strong>de</strong> Investimentos da fundação<br />
autoriza investimentos em CRI (Certificados<br />
<strong>de</strong> Recebíveis Imobiliários) mas,<br />
temporariamente, impõe uma restrição<br />
para FIPs já que não prevê gestão externa,<br />
explica Nogueira. “Temos investimento<br />
no FIP Brasil Energia, com mandato<br />
discricionário, mas não po<strong>de</strong>ríamos<br />
entrar em gestão externa por enquanto”.<br />
De todo modo, ele consi<strong>de</strong>ra<br />
necessário maior amadurecimento dos<br />
FIPs imobiliários para que eles possam<br />
ser vistos como uma alternativa interessante.<br />
“O cuidado com a governança<br />
exigiria dos fundos <strong>de</strong> pensão o<br />
acompanhamento cuidadoso dos gestores.<br />
Se não fizermos isso, po<strong>de</strong>remos<br />
ser acusados <strong>de</strong> negligência no futuro”.<br />
Enquanto estuda o assunto, a FRG<br />
também está tratando <strong>de</strong> reduzir sua<br />
carteira <strong>de</strong> imóveis. “Cerca <strong>de</strong> 85% dos<br />
imóveis estão alugados para os patrocinadores<br />
e os restantes estão sendo<br />
alienados porque chegamos à conclusão<br />
<strong>de</strong> que ren<strong>de</strong>ram pouco dinheiro e<br />
muito risco”, comenta Nogueira lembrando<br />
que o mercado imobiliário ainda<br />
é muito estigmatizado pelos fundos<br />
<strong>de</strong> pensão e será necessário algum tempo<br />
para reverter isso.<br />
Na mesma linha, a Celpos mantém<br />
uma política <strong>de</strong> não aumentar a exposi-<br />
ção em imóveis, explica a presi<strong>de</strong>nte da<br />
entida<strong>de</strong>, Sandra Torreão. A fundação<br />
tem atualmente uma participação <strong>de</strong> 2%,<br />
<strong>de</strong> seu patrimônio consolidado aplicados<br />
em fundos imobiliários e o segmento<br />
<strong>de</strong> Imóveis, ao todo, representa investimentos<br />
<strong>de</strong> 4,79% do patrimônio. A<br />
carteira, explica Sandra, está distribuída<br />
em fundos imobiliários, participação direta<br />
em shopping centers e imóveis para<br />
renda/aluguéis (maioria dos imóveis locados<br />
à patrocinadora). A <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong><br />
não ampliar a fatia <strong>de</strong> recursos aplicada<br />
em ativos imobiliários é resultado da experiência<br />
<strong>de</strong>sfavorável, diz ela. “A<br />
Celpos não experimentou resultados<br />
satisfatórios nos fundos imobiliários dos<br />
quais participou ou participa. Preferimos<br />
acompanhar, por certo tempo, o <strong>de</strong>sempenho<br />
<strong>de</strong>sses fundos para posteriormente<br />
discutirmos, com os nossos órgãos<br />
colegiados, sobre a manutenção da <strong>de</strong>cisão<br />
<strong>de</strong> não ampliarmos a exposição ao<br />
segmento (FIPs, CRI, etc.)<br />
A Fundação Refer, cuja carteira <strong>de</strong><br />
investimentos em imóveis equivalia a<br />
10,02% do patrimônio em fevereiro, consi<strong>de</strong>ra<br />
os FIPs interessantes do ponto<br />
<strong>de</strong> vista do retorno, mas teme os riscos<br />
e a baixa liqui<strong>de</strong>z característicos dos<br />
negócios imobiliários, segundo explica<br />
Paulo da Silva Leite, diretor Administrativo<br />
e Financeiro da entida<strong>de</strong>. Os FIPs,<br />
portanto, não são elegíveis na Política<br />
<strong>de</strong> Investimentos da Refer. “De acordo<br />
com análise preliminar, verificamos que<br />
os recentes lançamentos <strong>de</strong> FIPs apresentam<br />
taxas <strong>de</strong> retorno interessantes,<br />
mas se <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar os riscos inerentes<br />
ao segmento imobiliário e a baixa<br />
liqui<strong>de</strong>z <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> fundo e, atualmente,<br />
a Refer trabalha com o objetivo <strong>de</strong><br />
diminuir sua exposição em imóveis do<br />
tipo comercial”. A opção, diz Leite, tem<br />
sido por participações em shopping centers<br />
que apresentam boa rentabilida<strong>de</strong>.<br />
24 FUNDOS DE PENSÃO